E o povo de Lisboa, sempre desconfiado do poder instituído, corria em massa para o «chora», apoiando a teimosia do proprietário. Eduardo Jorge viu-se aflito com a chegada dos eléctricos, que dificilmente travavam a tempo de não abalroar as suas carruagens, mas rapidamente calculou a solução: passou a espetar-lhes uma espécie de lança, evitando assim a colisão.
Continuou alegremente sobre os trilhos da Carris. Neles se manteve até à Grande Guerra (mais exactamente até 1917), quando a aquisição das mulas por parte do Exército lhe prejudicou irreversivelmente o negócio.»
MARINA TAVARES DIAS
em HISTÓRIA DO ELÉCTRICO DE LISBOA