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sábado, 5 de abril de 2014

O HOSPITAL OFERECIDO PELA RAINHA À CIDADE





Stéphanie (técnica mista; Arquivo Marina Tavares Dias)



«D. Estefânia, calma e breve, foi uma das rainhas mais queridas pelos lisboetas do seu tempo. A sua sombra estende o nome por todo um bairro da capital, construído à volta do hospital pediátrico com que sonhou.

[...]No ano em que D. Estefânia chegou a Lisboa (1858), os terrenos onde seria construído o hospital pertenciam à velha Quinta da Bemposta [...]. A sua ideia de prover a cidade de um hospital pediátrico foi rapidamente acarinhada pelo marido, D. Pedro V, que pediu ao Príncipe Alberto, marido da Rainha Vitória, que lhe enviasse um plano traçado por arquitectos ingleses e que correspondesse ao que de mais moderno se construía na Europa desse tempo. Mortos prematuramente D. Estefânia e D. Pedro V, foi já no reinado do irmão deste último, D. Luís, (a 17 de Julho de 1877) que decorreu a inauguração.» [...] (continua no livro)

MARINA TAVARES DIAS
LISBOA DESAPARECIDA,
capítulo: 
«D. Estefânia: 
uma Rainha, 
um hospital, 
um bairro» (2001)


domingo, 29 de maio de 2011

Hospital de D. Estefânia


Começou o «abate» do
Hospital de D. Estefânia.

Nestas coisas de destruição da cidade, já pouco me revolta. Este triplo atentado (histórico, patrimonial e ao bem da comunidade) faz-me abrir uma excepção.

Em 2009, fiz uma página no Facebook para defender a obra da Rainha D. Estefânia (Hospital de D. Estefânia: Nós estamos contra o encerramento»). Duvido que consigamos seja o que for, contra especuladores e PPPs. Mas é obrigação de todos os lisboetas não deixar morrer o assunto.

Este atentado é a coisa mais grave que se programa contra a nossa cidade e as futuras gerações aqui nascidas. Mesmo eu, habituada a toda a espécie de destruição do património, não consigo deixar de ficar pasmada. E já repararam na política de silêncio do Ministério da Saúde (cujas «fontes» nada mandam para os jornais)?

Já repararam no verdadeiro atestado de incompetência que isso representa? - Neste assunto de alienação de património, e mesmo que implique maltratar a saúde das nossas crianças, o MS nem sequer é ouvido ou achado. Valores mais altos...

Começou o abate do Hospital, com a decisão inacreditável de encerrar o bloco de partos a 6 de Junho de 2011. Edifício modelo, com obras de pouco mais de uma década e funcionamento considerado exemplar em termos técnicos e humanos. A partir de Junho, uma criança que nasça doente na Maternidade Alfredo da Costa é separada da mãe, para ir para o Hospital de D. Estefânia. Pareceria anedota, se não fosse aquilo que é.


MARINA TAVARES DIAS