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sábado, 8 de agosto de 2015

O POSTAL DA VARININHA

MARINA TAVARES DIAS
em

 OS MELHORES POSTAIS ANTIGOS DE LISBOA

«Fosse ou não pela notoriedade da sua imagem quase logotipo, orgulhavam-se do mester de vender. Desde pequenas, consideravam-no vocação. Seria o caso desta minúscula varininha fotografada por Paulo Guedes? Há quem a considere apenas mascarada, num qualquer carnaval por volta de 1900. Seja como for, é o mais celebrado postal da melhor série sobre costumes de Lisboa (Lisboa na Rua), o que equivale a dizer um dos melhores postais portugueses. Numa análise mais minuciosa (a partir do negativo original), nota-se indumentária idêntica - incluindo tecido utilizado - à da figura da esquerda. Provavelmente, o mesmo sangue nas veias, o mesmo sangue na guelra. O que quer dizer não se tratar de máscara, mas de encaminhamento. Dada a exiguidade da canastrinha, é de crer, contudo, que ainda não pregoasse...»

Raríssimo e muito valioso, este é um dos exemplares escolhidos pela escritora Marina Tavares Dias como fazendo parte das melhores edições cartófilas de sempre, no livro de 1995 «Os Melhores Postais Antigos de Lisboa»




quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O traje típico de Lisboa é «o capote e lenço». Sabia?

[...] Por exemplo, já no início de século XIX, a elegância lisboeta envergava capote em todas as estações, a todas as horas do dia. Havia-os com mangas, cabeção ou gola de veludo. Mas, regra geral, eram mais simples, direitos, com forro de lã e reforço mais curto, protegendo os braços. 

(...)Numa evolução rápida a partir do "josezinho" - casaco curto do final do século XVIII -, passaram de vermelhos a pretos, confirmando a tendência ancestral das lisboetas para trajar de negro. Quando o "josezinho" encarnado ficou sendo pertença exclusiva das saloias de Loures, Queluz ou Mafra, e os lenços de cambraia e musselina foram por estas substituídos pelos barretes, as alfacinhas começaram a talhar o capote em linhas direitas e austeras. 

O lenço inicial manteve-se, mas, de tão ensopada em goma, a tarlatana branca já nem tocava o pescoço. (...) 

[CONTINUA NO LIVRO a explicação da razão pela qual os lisboetas ignoram que este é o traje típico da sua cidade]

MARINA TAVARES DIAS
em
LISBOA DESAPARECIDA,
volume III
capítulo «A Mulher de capote e Lenço»


postal ilustrado editado por Faustino Gomes. 
Fototipia a partir de cliché antigo 
de um dos maiores fotógrafos lisboetas 
do século XIX: Francesco Rocchini