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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Loverboy na Feira das Vanessas --- últimos 8 exemplares! à venda na NEAT RECORDS





Não estamos a vender bonecos!

Já várias dezenas de pessoas nos abordaram com esta nossa promoção do livro Loverboy na Feira das Vanessas a pensar que estamos a fazer bonecos do Loverboy (em vestimenta de beto e outra de grunge), Leonardo e Astarot.
Errado!

É um novo e último livro com BDs da emblemática série Loverboy. As fotos tem uma história antiga é certo. Eis uma ficha técnica que resolve alguns dos problemas colocados:

Sétimo volume da colecção Mercantologia; Publicação da Associação Chili Com Carne; Edição de Marcos Farrajota; Design de Joana Pires; Capa e fotos de olhos(«Ä»)zumbir realizadas no estúdio da União Artística do Trancão e em Sede Adres, com apoio à produção de xoscx e Adres. Bonecos realizados por Miguel Rocha e Alex Gozblau para a exposição "Loverboy Store: Liquidação Total" no Salão Lisboa de Ilustração e Banda Desenhada 2001, na Cordoaria Nacional.


O livro Loverboy na Feira das Vanessas está à venda no site da Chili Com Carne (com uma oferta vintage dos anos 90, sim os anos 90 já são vintage!!), BdMania, Neat Records e A Vida Portuguesa.

Se os Black Sabbath podem... E os Sex Pistols, Blondie, Rage Against the Machine, Faith No More, Ornatos Violeta, Bauhaus, Zen!!! E até os Queen, Dead Kennedys, Doors, Christian Death, etc... Mau! Se tudo que é gato-sapato de banda pode voltar porque não o Loverboy & cia.?
...

Que se lixe os 80, eu quero a minha vida de volta dos anos 90!

A cultura que vivemos é de "retromania" como demonstrou o excelente livro de Simon Reynolds, e é curioso que existem vários fenómenos de revivalismos noutros países apesar de estarem sobre o jugo do do imperialismo anglo-saxónico.

São os fenómenos locais, como por exemplo, Portugal que não tinha uma tradição de Pop eis que 20 anos depois do aparecimento dos execráveis Resistência ou das popularuchas digressões “Portugal ao vivo”, ei-las a reaparecerem nos últimos meses para oferecer um conforto nostálgico à primeira geração 100% Pop portuguesa.

Onde fica a série de BD Loverboy no meio disto? Não sabemos mas esperemos que não fique entre o sem-pescoço do Tim e as moustaches-de-quem-precisa-de-sair-do-armário dos Pólo Norte! Iiiiirc....

Entretanto... os cromos não percebem que este livro é a gozar com eles e sonham com séries de TV e atribuem Troféus!!! Go get a fucking life!!!

quinta-feira, 11 de maio de 2017

O que raios está a fazer um coelho na nossa exposição?


Ainda penso no Tremor... Serve este "post" para publicitar a história do "Coelho Falé" que o topei logo no segundo dia do Festival mas foi através do Camarada Majung que o conheci e falei ele.

Filipe Falé é um músico português que sofre de afasia causada por um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e que esteve no Tremor numa acção prevista para festivais musicais europeus para sensibilizar para os riscos e o impacto desta doença.

Falé, de 37 anos, vive há 10 anos no Reino Unido, mas foi em Portugal que sofreu o AVC, em Julho de 2016, provocado por uma dissecção da carótida, a artéria que leva o sangue à cabeça. "Pensa-se que pode ter sido provocada por um excesso de esforço e pressão sanguínea, enquanto 'berrava' num concerto no Barreiro. O meu irmão, que estava afónico, pediu para que o substituísse num dos seus concertos", contou à agência Lusa. Na altura não sentiu nada de anormal, mas no dia seguinte começaram sintomas como dores de cabeça, perda da voz e atordoamento, o que o fez ir a um hospital no Algarve, de onde é natural. 

O AVC só foi diagnosticado várias horas depois e após pedir assistência num segundo hospital, de onde saiu a sofrer de afasia, que se reflecte na perda ou alteração da capacidade de falar ou de compreender a linguagem escrita ou falada. "Tenho o lado direito afectado, coisas tipo a boca descaída, um olho preguiçoso, mexer o braço, destreza com a mão, movimentos com a perna, mas estou no bom caminho para uma recuperação total. Não se sabe é quando", descreveu Filipe Falé, numa entrevista escrita devido às dificuldades de comunicação. À medida que se tem vindo a ajustar à nova condição, o português lançou em Janeiro uma campanha de financiamento colectivo para produzir um filme, em que quer partilhar a sua história e mostrar o esforço para recuperar através da música. 

O plano é ir a três festivais entre Abril e Junho, o primeiro dos quais o Tremor, em São Miguel, nos Açores, seguido por festivais na Holanda e Espanha, onde se vai apresentar como um jovem vítima de AVC e afasia para tentar sensibilizar artistas e público para estas patologias. 

A forma como vai interagir (...) determinado em chamar a atenção (...): "Tenho umas ideias, tipo estar vestido de coelho e as pessoas, intrigadas, perguntarem 'Porque é que estás vestido de coelho?'". Filipe Falé tem encontrado inspiração em vários outros projectos de vítimas de AVC, como o jornalista da BBC Andrew Marr, que voltou ao trabalho em frente às câmaras com sequelas físicas visíveis e que, num documentário, referiu como rejeitou a autocompaixão. "Precisava de dar sentido a tudo isto que se estava a passar comigo", disse o português, que espera que o seu filme inspire outros e ajude a promover a relação entre a neuroplastia, a capacidade de o cérebro de ajustar e compensar as falhas e perda de funções, e a música. "A música permite que a neuroplastia opere sem limites! No filme 'Alive Inside', doentes com Alzheimer ganham vida quando escutam um iPod. É fabuloso", considerou. 

E é isto... por isso, se apanharem algum gajo vestido de coelho num festival vão lá falar com ele, nem é uma estúpida despedida de solteiro nem uma promoção de venda de telemóveis ou chocolates.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Mitomania, a escolha de uma geração!



Marte & Miguel Falcato no Mesinha de Cabeceira #7 (1994)


Loverboy na Feira das Vanessas
por
Marte, João Fazenda, Jorge Coelho
e ainda António Kiala, Arlindo Yip Sou, Miguel Falcato, Nuno Nobre, Pedro Brito, Rui Gamito e unDJ GoldenShower

Capa a cores, 16 páginas a 2 cores (16,5x23 cm) e 32 a preto e branco (A5). Edição da Chili Com Carne, 7º volume da Mercantologia, colecção que recupera material perdido do mundo dos fanzines. Design de Joana Pires; Capa e fotos de olhos(«Ä»)zumbir realizadas no estúdio da União Artística do Trancão e em Sede Adres, com apoio à produção de xoscx e Adres. Bonecos realizados por Miguel Rocha e Alex Gozblau para a exposição "Loverboy Store: Liquidação Total" no Salão Lisboa de Ilustração e Banda Desenhada 2001, na Cordoaria Nacional.

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Este volume trata-se de uma compilação de “raridades” relacionadas com a série Loverboy que não foram publicadas nos três livros pela Polvo entre 1998 e 2001. Encontramos a reedição da “origem” da personagem em BDs ainda desenhadas por Marte – relembramos que os livros foram escritos por ele e desenhados por João Fazenda - e publicadas originalmente no zine Mesinha de Cabeceira entre 1993 e 1995. Participações em outros zines (Amo-te), antologias (a seminal Mutate & Survive) e revistas como a 20 Anos (oito BDs desenhadas por Fazenda), em alguns casos com as participações de outros ilustradores como Arlindo Yip Sou, Miguel Falcato e Rui Gamito. Algum “fan-art” de Pedro Brito, Jorge Coelho e Nuno Nobre (que fez um comic-book nos EUA sobre a Angeline Jolie!!!). São mostradas ainda curiosidades como os bonecos das capas, que foram feitos para uma exposição no Salão Lisboa 2001.

São mostradas ainda apropriações das personagens por Marcos Farrajota (em Noitadas, Deprês e Bubas) ou na série Psycho Whip - série de BD de unDJ GoldenShower (a) e Jorge Coelho (d) para a revista de música gótica-industrial Elegy Ibérica.

A história da série é contada por António Kiala, um académico que foi fundador do Mesinha de Cabeceira, que é bastante mais crítico e interessante que o material reunido, analizando o processo desta edição e da forma como a cultura DIY se vulgarizou na mitomania.

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O livro está à venda no site da Chili Com CarneFábrica Features, Mundo Fantasma, BdMania, Matéria-Prima, Artes & LetrasPó dos Livros, UtopiaLetra LivreRastilhoLAC e Linha de Sombra.

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Feedback: olha já li o Loverboy, boy!! tá muita bom, gostei do todo. o fanzine do interior marca pontos, gostei bastante de rever o traço do Fazenda, o Coelho desenha mesmo pra c...(deviam ter continuado com a cena do Psycho Whip!!) curto bué a história do coquinado, a da descoberta da punheta e claro a do taxista impotente. como sou fã do Loverboy desde as minhas primeiras borbulhas no nariz,devo dizer-te que é me praticamente impossivel falar mal do Loverboy mesmo sabendo que ele é uma má companhia... tanto o Loverboy,o Astarot e o Leonardo, são personagens muito bem construidas, com vida própria e estão de tal maneira interligadas que me é impossivel dizer de qual gosto mais, mas uma coisa é certa sempre achei a irmã do Loverboy sexy... ps - tão importante como as histórias e o desenho é o texto do Kiala que nos mostra o percurso por trás das histórias, são 20 anos parabéns!! David Campos ... Parece que é para os amigos, esta edição. Está entre o "muito cuidado" e o "foi o que se arranjou!". Parece que o caderninho do meio vai dar umas luzes, mas nunca se percebe a) o que é a Feira das Vanessas (Amadora??) e b) onde é que vai dar a história da 2ª parte! Fiquei com curiosidade com as páginas a cores do Fazenda que foram todas filtradas a vermelho. De qualquer forma, tá fixe... o Fazenda e o Coelho sempre são "profissionais" com as respectivas afectações, com o Coelho a fazer umas cores incrivelmente esgalhadas para o que está em causa. Melhor mesmo é o caderninho interior e as suas bds "péssimas" que achei ainda melhores que o resto. Inusitada a ideia do Loverboy nunca fechar o negócio, mas tem graça (nunca li nenhum livro - espero que isso continue com o personagem). O Marte, duvido que exista, mas desejo-lhe boa sorte no refúgio ultramontano que arranjou. Há algumas bocas à cena dos zines que me parecem pertinentes e actuais, e o resto, lido como posta "de época", também se sai bem! Pode ser que um doutoramento parasita redima tudo isto. Astromanta ... Loverboy será um dos grandes anti-heróis da BD portuguesa, o seu humor pode ser por vezes provocador e infantil, mas nunca é aborrecido. TV Dependente [no âmbito de uma fantasia de ver Loverboy como série de de TV!] ... 1 [sic] ícone dos anos 90 que muito fez pela BD dita alternativa [!?]. Esperemos k [sic] não fique por aqui. Sketchbook ...


Alguns textos sobre o livro aqui e mais uma imagem (mais para breve): 


primeira aparição da personagem, no Mesinha de Cabeceira #1 (Jun'93), por Marte


Uma BD de Marte e João Fazenda na revista 20 anos (1998)

Primeira página de Psycho Whip por unDJ GoldenShower e Jorge Coelho na Elegy Ibérica (2007)

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Toing Toing Toing Toing Toing Toing



Parque : The Earworm Versions (Shhpuma / Clean Feed; 2013)
Zul Zelub : Ultimaton (Plancton; 2012)

O disco de Parque é o registo áudio de três performances na Culturgest em 2008 ligadas às instalações de Ricardo Jacinto, autor que se divide entre a música e a escultura. O que ouvimos aqui é electroacústica formada de restos mortais de Jazz partilhados com as tais instalações de Jacinto - que são vidros suspensos. Os vários músicos interagem / improvisam com os sons gerados pelos vidros, o que pode soar a algo mais extravagante do que realmente é. De forma generalizada, e sobretudo devido ao texto recitado em Os, esta música desorienta-nos como se tivessemos sido despejados para o Solaris de Andrei Tarkovsky.
A Plancton tem um ritmo demorado e espaçado no tempo mas cada vez que edita um CD há razões de celebração e curiosidade, uma vez que esta editora tem feito um excelente trabalho de reedição de música electrónica experimental portuguesa. Desta vez o projecto contemplado à recuperação é Zul Zelub -já aqui comentado. Não tenho nada a acrescentar ao comentário, excepto que sendo este disco de estúdio, o som está mais apurado e é também mais agressivo os ruídos concretos e electrónicos de Jonas Runa... No disco da Clean Feed, era o piano de Jorge Lima Barreto que tinha protagonismo, aqui menos. Um disco mais duro este...

Merci ao AOZ pelo disco de Zul Zelub, que tem uma fotografia sua do Barreto.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Bestiário a zumbir...

O Bestiário Ilustríssimo foi então atirado ao mercado, e no meio da confusão houve espaço para musicar o texto «Paganini e a Melancolia», cortesia de Maria Radich (voz, movimento) acompanhada por João Camões (viola) e Carlos Santos (electrónica). Já as fotos deram nisto