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domingo, 20 de outubro de 2019

pequeno É BOM - 11º encontros sobre edição independente

imagem: Tiago Baptista in fanzine Cleópatra (2006)

O mundo gira sempre de forma inesperada e quando o PEQUENO é bom! Encontros Sobre Edição Independente preparava-se para seguir um rumo - a vinda de autores internacionais para conversas com o público - eis que somos convidados para integrar a programação do FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos, que decorre de 10 a 20 de Outubro

Uma coisa não impede uma outra e vamos em frente com um encontro mais complexo e completo.


PROGRAMAÇÃO

Exposição É Só Vaidade! Colecção da Fundação Farrajota (dias 10 a 20 Outubro) @ Casa José Joaquim Santos 
Os Fanzines poderão ser um artesanato urbano da Era da Informação, publicações amadoras em marginalidade bibliográfica, galerias nómadas e precárias, reacções à tirania da História. Desde os anos 30 que sofrem mutações e provocam dores de cabeças a todos que gostam de gavetas bibliográficas. Nesta exposição, da colecção particular de Marcos Farrajota, são mostradas uma série de publicações independentes deste universo, buscando mostrar a sua riqueza de temas e formatos, tudo graças à sua livre circulação.


Conferências (dias 19 e 20 Outubro, respectivamente) @ Livraria Artes & Letras - Espaço Ó, às 15h
Casa de Papel - quando os zines invadem espaços físicos 
com 
Cecília Silveira (Sapata Press) e Xavier Almeida (Revista Decadente)

Tradição já não é... metamorfoses do fanzine 
com
Hetamoé (Clube do Inferno), Tiago Baptista (Façam Fanzines Cuspam Martelos) e Rodolfo Mariano (Rock Bottom)


Workshops por Patrícia Guimarães (dias 19 e 20 de Outubro)
E se o Medo fosse uma personagem de BD? 
para maiores de 7 anos

Folio um outro formato de fanzine
para maiores de 12 anos


Mercado de Fanzines e Edição Independente (dias 19 e 20 Outubro, entre 14h-18h) @ Livraria Artes & Letras - Espaço Ó ::: MUDANÇA DE LOCAL por causa das condições climatéricas!!!
com 
Chili Com Carne, Clube do Inferno, MMNNNRRRG, Paperview, Patrícia Guimarães, Revista Decadente, Rodolfo Mariano, Sapata Press Tiago Baptista.


Novidades Editoriais
All watched over by machines of loving grace (Chili Com Carne) de vários autores
Instant Gratification (Paperview) de Abdrew Kuykendall
O Colecionador de Tijolos (Chili Com Carne) de Pedro Burgos
...

segunda-feira, 22 de abril de 2019

PEQUENO é BOM! Com AIDAN KOCH

A Chili Com Carne promoveu os encontros mensais PEQUENO é bom! em 2010, com o objectivo de divulgar a edição independente junto do público português – essas “coisas pequenas” que circulam por aí, longe do olho público: zines, CD-R’s, k7’s, vinil, graphzines, livros de autor, etc… 

Desde 2017 que o PEQUENO é bom! regressou numa segunda temporada mais ambiciosa de criar um encontro saudável entre artistas estrangeiros e público, fora dos grandes festivais e as suas tretas comerciais. 

Depois de Aaron $hunga (EUA) e Berliac (Argentina/ Polónia),
eis um encontro com a norte-americana Aidan Koch 
para 22 de Abril, às 19h, nos Anjos 70
moderado por Hetamoé e Mao.

§

Entrada Livre
Condicionada pelos lugares disponíveis, prioridade para os associados Chili Com Carne,
marcações para ccc @ chilicomcarne . com


Aidan Koch (Seattle, 1988) é uma artista sediada em Nova Iorque, cuja prática multidisciplinar inclui narrativas gráficas de carácter experimental. A sua banda desenhada decompõe o meio aos elementos mínimos, trilhando fragmentos visuais e verbais ambíguos entre o visível e ausente, poesia e silêncio. Nos seus trabalhos, são recorrentes motivos como artefactos de culturas clássicas e antigas, que transitam da banda desenhada para pinturas, esculturas, cerâmicas e têxteis. Em 2017, criou o Institute for Interspecies Art and Relations, onde mobiliza teoria, ética e estética na produção de conhecimento sobre e sensibilização pública para as relações entre humanos e não-humanos. Do seu percurso profícuo, destacam-se os livros de banda desenhada The Whale (2010), The Blonde Woman (2012) e Impressions (2014), bem como múltiplas exposições individuais e em grupo nos EUA e Europa.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

PEQUENO é BOM! Segunda Temporada! Com BERLIAC

Diz um antigo provérbio grego que as coisas boas vêm em doses pequenas. Foi com tal sabedoria em mente que a Chili Com Carne promoveu os encontros mensais PEQUENO é BOM! em tempos idos de 2010.

O objectivo era divulgar a edição independente junto do público português – essas “coisas pequenas” que circulam por aí, longe do olho público: zines, CD-R’s, k7’s, vinil, graphzines, livros de autor, etc…

Agora, queremos retomar o PEQUENO é BOM! para uma segunda temporada. Achamos que é saudável que artistas e público se encontrem num ambiente relaxado, fora dos grandes festivais e eventos não propícios a um tipo de conversa mais intimista.

A nossa primeira escolha é o Berliac-sensei (Playground, SADBØI, Seinen Crap), autor argentino, residente em Cracóvia, de neo-gekiga que todos os miúdos fixes querem conhecer.

A sua visita será no dia 11 de Outubro 2018, Quinta-Feira, às 19h na VALSA.





MAS... mas... mas... tivemos de gastar dinheiro para o trazer, claro. Não há almoços grátis nem BDs à pala! Então para pagar os custos da viagem e estadia deste autor será publicado um zine que compila três pequenas histórias em Português, publicadas na revista Vice, intitulado Lembras-te do Yang Yang?

Com tradução da Hetamoé, a tiragem será limitada a 30 exemplares. Serão assinados, numerados e personalizados pelo artista. Custará 10 Euros e servirá para garantir um lugar cativo nesse encontro com o artista.

Por fim, e é importante, referir que contamos com o apoio da Poets Hostel para alojar o Berliac. Gracias!

PS - e anos depois, uma resenha crítica de Ana Ribeiro no Banda Desenhadas... a única resenha creio...



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SMALL IS GOOD! Second season?? 

An old Greek proverb says that good things come in small packages. It was with such wisdom in mind that Chili Com Carne first promoted the monthly meetings SMALL IS GOOD! Back in 2010. Our goal was to make the art of self-publishing known to Portuguese audiences – those "small things" that circulate under the broader public radar: zines, CD-R's, k7's, vinyl, graphzines, etc…

Now, we want to bring back SMALL is GOOD! for a second season, in a collective financing model (we hate the word crowdfunding). The idea is that all interested parties donate 10 bucks to sponsor the trip of a foreign independent comics author to Portugal. In exchange, we guarantee your place in an encounter with the artist and a "small thing" produced by them for the occasion. Very nice deal!

We believe it’s healthy for artists and audiences to meet in a relaxed setting, away from the hustle and bustle of larger festivals and events... and it can happen in 2018, with your help!! Oh, and yes: our first choice is Berliac-sensei (Playground, SADBØI, Seinen Crap), the neo-gekiga author that all the cool kids want to meet. 

He'll visit us on 11th Ocober, 19h, at Valsa (Lisbon). 

Everyone who contributes will receive a zine compiling three short stories by Berliac, translated to Portuguese by Hetamoé.

Let's prove that SMALL is GOOD!

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

PEQUENO é bom regressa! Aaron $hunga em Lisboa! (8ª sessão)




Aaron $hunga, autor de Aspiração Horrífica, vai estar em Lisboa, no BAR IRREAL, sobre o seu novo livro: DMV:  Jidousha Bumon.

Haverá uma conversa com este autor norte-americano e Marcos Farrajota (editor) no dia 12 de Outubro, às 21h30.




Aaron $hunga é Aaron Kaneshiro (1983) nascido em Honolulu, Havaí, onde se licenciou em desenho e pintura na Univerdade do Havaí. Trabalha e vive em São Francisco, como Chef privado.

Auto-publicou várias BDs como Aspiração Horrífica (2006) e Endless Night (2010). Fez alguns cartazes para bandas locais e a capa do álbum dos VEXX. Foi publicado em várias revistas como Beautiful Decay, Lodaçal Comix (Portugal), Happiness Salt HillAspiração Horrífica foi publicado em formato livro pela MMMNNNRRRG (em Portugal) e na Finlândia pela Huuda Huuda, em 2011. As últimas cópias deste livro estarão disponíveis no evento de dia 12. 

Actualmente, Kaneshiro está focado no seu novo livro, DMV: Jidousha Bumon, que segundo o autor é uma BD de acção, terror e artes marciais... depois das 3ª Guerra Mundial, a América cria uma zona para americanos exilados, o Departamento de Veículos Motorizados - Department of Motor Vehicles (DMV). Situada no sul do país é controlada por impiedosos  senhores da guerra. Fidge Conn, uma empresa chinesa, planeia tomar a região pela via militar.

O encontro com este autor será feito no dia 12 de Outubro, às 21h30 no Bar Irreal, Lisboa e será um "episódio-piloto" de retoma de um novo ciclo de programação do PEQUENO é bom! Evento da Chili Com Carne que existiu entre Abril e Novembro de 2010 na Casa da Achada / Centro Mário Dionísio foi um espaço mensal de encontros entre editores independentes. Saltando para 2017, é-nos impossível fazer esse esforço como as outras sessões do PEQUENO é bom!, no entanto devido à falta de investimento de visita de autores estrangeiros de BD independentes nos eventos oficiais (valia apontar os defeitos dos Festivais de BD de Beja e Amadora mas temos mais do que fazer) e noutras iniciativas privadas, achamos que seria saudável para a cena portuguesa ter pelo menos uma vez por ano um contacto mais intimista com artistas estrangeiros e as suas outras realidades. Em 2018 daremos novidades.

sábado, 6 de novembro de 2010

PEQUENO É BOM encontros sobre edição independente (7ª sessão)



O PEQUENO é bom! vai fazer um intervalo até à Primavera... e despede-se este ano com a América do Sul, não tivesse a Chili Com Carne um denominação dúbia de gastronomia latino-americana.
Assim, será uma oportunidade única de poder adquirir zines, comics, publicações vintage daquele continente e poder usufruir das novas produções do Brasil (para quem ainda ressaca Chiclete Com Banana), Peru, Argentina,...
Voltamos às CURTAS CHILENAS (2ª sessão) com uma mostra de uma série de curtas-metragens do Chile onde encontramos ficção, cinema de animação e documentário.
Aproveitando o espírito "revolucionário sud-america" conjugado com as comemorações da República para promover o lançamento de o Fígado da República, zine bd de José Smith Vargas - bem como ainda outros zines de David Campos (que recentemente fez a moldura do sítio da CCC) e João Ortega, com uma pequena análise à situação da banda desenhada portuguesa com a presença de alguns destes autores.
E ainda vamos projectar os 2 volumes do Drome Vídeo-zine.
...
Aproveitem o último PEQUENO deste ano!!!
a CASA DA ACHADA fica aqui - entrada livre!

domingo, 3 de outubro de 2010

PEQUENO É BOM encontros sobre edição independente (6ª sessão)


Esta sessão terá dois temas:

- FOTOGRAFIAS DAS FÉRIAS (por favor, leiam isto com ironia e não na pior tradição familiar solipsista!). Parte do grupo que partiu na aventura da tournê europeia da Chili Com Carne, Spreading Chili Sauce around Boring Europa, vai mostrar as fotografias e "carnets de voyage" mas tentando que ninguém boceje falará-se dos espaços e dos grupos alternativos ligados à bd, ilustração, grafismo e música que os receberam.

A banca de edições irá incindir nas edições que trouxeram: zines, discos e livros, alguns da melhor produção europeia como a Argh! (Espanha), Canicola (Itália) e Stripburger (Eslovénia), outras de grupos novos como os aústriacos Tonto - uma surpresa muito interessante vindo de um país com tradição nula em bd ou ilustração.
As vendas destas edições servirão para financiar o livro da tournê, que está a ser feito e será lançado em Dezembro deste ano. Na compra destas edições serão oferecidos "prints" dos desenhos que estiveram nas exposições da tour.

- CURTAS CHILENAS (1ª sessão), em parceria com a Asociacion Cortometrajista de Chile voltamos ao Cinema na CCC! Será uma mostra de uma série de curtas-metragens do Chile onde encontramos ficção, cinema de animação e documentário. No PEQUENO de Novembro haverá mais filmes para ver.
Porque não chamamos a esta mostra de CHILE com carne? porque es un chiste horroroso, tío! Com o retorno da democracia no ano 1990 abrem-se no Chile novas perspectivas para o desenvolvimento de expressões culturais que tinham sido apagadas durante os obscuros anos da ditadura militar. O Cinema participa activamente dessa regeneração cultural com a criação de novas escolas de Cinema, o retorno do exílio de profissionais da área, mediante apoios institucionais e colaborações estrangeiras da UE e de Cuba por exemplo. Assim surge uma nova geração de cineastas e profissionais do Cinema que permitem que hoje o Chile seja junto com a Argentina um dos principais motores do novo cine latino-americano. Nesse contexto é criada a "Associação de Curta-metragistas do Chile" em 1992 e que se dedica a promover as curta-metragens do Chile tanto no país de origem como em festivais internacionais. A selecção que iremos apresentar faz parte da itinerância 2010 das ultimas produções, já exibidas em Clermont-Ferrand (França), Segóvia (Espanha) e Flandres (Bélgica).

Filmes a mostrar:
- D-Construir, de Eduardo Bunster (26', 2009)
- Aseo General, de Paulina Costa M (22', 2008)
- Videojuego, de Dominga Sotomayor (5', 2009)
- El Hombre Imaginário, de Marcelo Porta (19', 2009)

sábado, 14 de agosto de 2010

pequena



Pequena animação colectiva feita na última sessão do PEQUENO é bom com a consola da Nintendo DS - demonstração feita pela Rita Braga com desenhos de elementos do público.
...
A sessão de Setembro não se irá realizar - uma vez que a Chili Com Carne vai estar em tour pela Europa - passando a próxima para 3 de Outubro (um Domingo!)... O tema ainda não está decidido mas poderá estar em volta de uma performance da Associação Mau Sangue ou sobre Vídeo'zines.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pequenos tubes

Registos video da 1ª sessão do Pequeno é Bom ,incluindo a conversa sobre fanzines e outras edições independentes com Marcos Farrajota e Daniel Seabra Lopes.











quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Moldura animada e a coincidêndia cósmica


Este caldeirão não poderia ser mais cósmico! Quando a Chili Com Carne preparava-se para provocar os animadores portugueses com um PEQUENO é bom! especial sobre Animação DIY as molduras mutantes do sítio oficial da CCC recebem a sua primeira moldura animada! Cortesia do associado Afonso Ferreira que também participa no Destruição e que começou a desenvolver uma banda desenhada animada no blogue Turtleboycomicz. Que fixe!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

PEQUENO É BOM encontros sobre edição independente (5ª sessão)


cartaz de Rita Braga
O tema desta sessão é o "Cinema de Animação DIY" em que teremos todo o prazer em tentar perceber porque raios em Portugal não se faz cinema de animação que não seja subsidiado... por isso ainda andamos à PROCURA de filmes e artistas que façam animação sem tusto-estatal!

Programa:
- Projecção de filmes de animação de:
. Sérgio Luiz (O Boneco Rebelde em "10 minutos", 1941/42; recuperado por Filipe Abranches e Leonardo de Sá)
. Goran Titol (vários filmes)
. João Rubim (vídeo-clip dos Hiata, tema Poisoned Waters) - LEIAM este texto descomplexado sobre animação
. Janus (a confirmar)
. Pedro Brito : Small Talk (1'30", 2008)
. Afonso Ferreira (bd animada Turtle Boy)
. Joza (Croácia): Vengeance a gogo (8', 2007)
. Milos Tomic (Sérvia): Clay Pigeon (7', 2005), Hair (3,5', 2005), Spitted by kiss (11', 2007)
. Vuk Palibrk (Sérvia): s/t (1,30', 2009)
- Demonstração de filmes animados na consola Nintendo DS por Rita Braga
- Banca de livros da Chili Com Carne e MMMNNNRRRG, zines da Sérvia e Croácia e flipbooks, e com novidades editoriais:
. Destruição ou bandas desenhadas sobre como foi horrível viver entre 2001 e 2010 (Chili Com Carne), v/a

ENTRADA LIVRE - mapa para achar a Casa

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Como Fazer Uma Low Budget Do It Yourself Animation? Ora Vejamos...


Antes de mais nada um pedido de desculpas pelos erros de acentuacao (como este na palavra "acentuacao") que se devem ao facto de estar a usar um teclado ingles que nao me permite escrever em portugues como deve ser. E um bocado chato, especialmente quando quiserem distinguir a diferenca entre e e e.

Este texto foi escrito para ser usado no proximo encontro do Pequeno e Bom, visto que fiz o videoclip pros Hiata quase sem budget e conseguimos ter tempo de antena na televisao nacional e internacional. Como nao posso estar la no dia 7 de Agosto. aqui fica a minha contribuicao por escrito.

Ora bem, para fazer o meu filme com Low Budget foi muito simples.

O investimento mais pesado que um gajo tem de fazer e no scanner e no PC que convem serem bons mas nao tem de ser topo de gama. Depois temos a mesa de luz, as folhas com furos especiais, o Peg Bar e o software necessario para montar a coisa.

O scanner tem de ser capaz de passar imagens com 300 ou 400 de resolucao e acho que qualquer scanner a venda e capaz de fazer isso. Claro que era bom comprar um scanner com a capacidade de passar varias imagens porque vai poupar tempo, mas esses sao muito caros, dobro do preco, acho eu. Seja como for, eu usei um scanner normal em que se tem de passar folha a folha. Claro que em vez de se perder dinheiro, perde-se tempo - tive de passar planos com 60, 70 e 80 desenhos e se um gajo nao tiver cuidado perde a cebeca, especialmente quando depois de se passar os 80 desenhos descobrem-se erros de tempo ou na animacao. No fim acaba por ser bom para se desenvolver um instinto de prever estas coisas... Mesmo assim preferia ter tido mais guito, ter poupado o tempo a scannar e te-lo gasto em experimentacao.

O PC tem de poder correr os softwares necessarios para a realizacao do filme. Para mim estes foram o CTP (para scanning das imagens e posteriormente o programa que as transforma em frames e exporta os clips em AVIs) e o Premiere (programa para o editing dos varios clips e montagem com som). Neste caso eu pensava que o meu PC era bacano o suficiente mas ao exportar os videos do premiere o som ficava ligeiramente deslocado da imagem. Nunca cheguei a perceber se este problema era relacionado com o Premiere ou com o computador mas acabei por cagar nisso e disse a banda para resolver a questao. Com os contactos deles a coisa foi resolvida imediatamente.

A mesa de luz foi feita a padeiro. Depois de ver os precos online para uma mesa de luz como deve ser, decidi nao comprar uma. Peguei na caixa onde o monitor do meu computador chegou e puz maos a obra. Aqui seguem as instrucoes detalhadas para fazer uma mesa de luz usando uma caixa de cartao:

- Cortam-se naco de cartao, a esquerda ou a direita. E ai que vai entrar a lampada.
- Cortam quase a parte de cima toda, deixando uma moldura de cartao para se colocar o vidro por cima.
- Tiram-se as medidas da parte de cima toda, incluindo moldura.
- Compra-se um vidro opaco (para nao queimar a vista demasiado) das medidas tiradas no passo anterior. Muito cuidadinho porque o senhor que vos vende o vidro vai corta-lo e as arestas estao muito afiadas. Isto nao e caro.
- Compra-se daquela fita-cola extremamente forte e grossa.
- Mete-se o vidro no topo na caixa de cartao e enrolem fita cola nas arestas, dando voltas completas a caixa para que a caixa e o vidro fiquem bem agarrados.
- Compram-se um candeeiro que use lampadas pequenas e compram-se varias lampadas pequenas, cerca de 5 ou 6.
- Desmonta-se o candeeiro ate so ficar o fio da electricidade ligado a lampada.
- Monta-se a parte da lampada a base da caixa, la dentro, sem deixar que o vidro da lampada toque no cartao - senao a coisa pega fogo. O ideal sera fazer um pequeno corte na base que mantenha a lampada na vertical virada para cima. Isto e capaz de criar zonas mais sombrias que outras no vidro, mas e mais seguro assim.
- Importante prender com a mesma fita-cola o fio a caixa porque uma vez o fio caiu quando eu estava a scannar e acabei por queimar a alcatifa.

Igualmente importante, pelo menos se usarem o programa CTP para montar os frames, sao as folhas com furos especiais e o Peg Bar. O programa reconhece estes furos e encaixam os desenhos milimetricamente a partir da posicao em que estao na folha. O Peg Bar e a ferramenta que vos permite desenhar com as paginas umas por cima das outras sem se desviarem um bocadinho que seja. O Peg Bar nao faco a minima onde se compra mas aconcelho a perguntarem a alguem do ramo ou vao a ETIC a minha ultima escola e boa sorte. Eu tenho o meu desde os meus 17 anos. As folhas com furos so consegui a partir de contactos que tinha com antigos professores. O vocalista e baixista da banda foram a escola e furaram 1000 folhas, tres a tres que depois deram a minha namorada que trouxe a Londres quando me visitou. Claro que nao e o processo mais facil e se souberem um programa qualquer que evite este esquema todo digam qualquer coisa.

Para acabar, o software. Isto tem de ser tudo sacado da net ilegalmente, senao gastam guito a dar cum pau. O CTP e o programa que vao usar para scannar os desenhos, encaixa-los em frames e exportar em clips de 4 ou 5 segundos formato Avi. Este programa e um dor de cabeca, especialmente a versao que eu tenho. As vezes um gajo scanna 80 desenhos e ha um deles em que os furos nao foram reconhecidos e ja nem me lembro o que e que se faz nessa situacao. Como ja disse antes, estou a procura doutro software para esta fase da producao. O Premiere e o programa que vai ser usado para montar os nao sei quantos clips de poucos segundos que criaram anteriormente. O som entra so aqui e devia estar em formato WAV. Ah, a exportacao do filme com o Premiere e um granda frete. Mas facam como eu e se o som estiver deslocado arrangem alguem que faca um edit e corrija so esse problema.

Et voila.

João Rubim


Hiata - Poisoned waters Re-Issue 2009 from Hiata on Vimeo.


A Mesa de Luz, essa Obra Prima:



sexta-feira, 9 de julho de 2010

& etc...



Falhou-nos o Departamento de Registos de Áudio-Visuais da Associação Chili Com Carne (DRAVACCC) no passado 3 de Julho, dia da 4ª sessão do PEQUENO é bom! Inexplicavelmente apareceu o Vitor Silva Tavares da prestigiada editora & ETC que começou a falar às 16h e acabou às 18h30, assim sem mais nem menos para êxtase dos presentes...
O Presidente da Associação Chili Com Carne (PACCC) teve de improvisar um registo desenhado, como poderão ver. É que alguma coisa tinha de ficar registada afinal o homem começou a falar sobre os impressores de livros do início serem "budistas" da forma laboriosa que tinham de trabalhar com os "tipos" de letras, passando para dicas "gutembergianas" de como paginar Poesia, várias estórias pessoais que incluem a criação da &ETC e sua passagem pelos suplementos culturais, não faltando vários episódios caricaturais com a Censura, e acabando numa ligeira discussão sobre a importância do Surrealismo (e do Dadaísmo).
Entretanto a próxima sessão está programada para 7 de Agosto e terá como tema o Cinema de Animação DIY... procuramos autores e filmes que não dependam dos subsídios - e que sejam melhores do que miséria artística (artística!?) dessa produção caduca e inócua feita à pala do dinheiro do NOSSO dinheiro! Nem mais um tostão prá Animação! A não ser que seja para quem sabe fazê-la! (é verdade, há excepções!)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

PEQUENO É BOM encontros sobre edição independente (4ª sessão)



DIA 3 de JULHO
entre as 16h30 e as 19h
na CASA da ACHADA

PEQUENO é BOM! é um encontro mensal sobre edição independente que pretende ser um espaço de reflexão e divulgação destas “coisas pequenas” que andam por aí a maior parte das vezes longe do olho público: zines, CD-R’s, k7’s, vinil, graphzines, livros de autor, etc…

Para o mês de Julho a programação é literária com um encontro-tertúlia e uma Feira do livro com editoras como a Black Sun, Chili Com Carne, Averno, Edições Mortas, Thisco, ... e outras edições nacionais e estrangeiras (Coreia do Sul, Taiwan, França,...)

novidades editoriais :
- Mass #3, zine de Nevada Hill (EUA)
- A Segunda Vida de Djon de Nha Bia (Chili Com Carne), romance de Nuno Rebocho
- serigrafia de exposição de Nevada Hill no Trem Azul
- Pénis Assassino (MMMNNNRRRG), livro de bd de Janus

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Grande e Má!


Saiu este mês na Agenda Cultural da Câmara Municipal de Lisboa este "belo" destaque à última sessão do PEQUENO é Bom! Agradecemos a publicidade e a atenção ao evento mas dispensamos e repudiamos que metam o logótipo das "Festas de Lisboa" (no canto superior direito da imagem fornecida - na capa do Antibothis ainda por cima!) no evento uma vez, que o evento NÃO tem qualquer apoio dessas Festas ou da Câmara Municipal de Lisboa.
O que a Chili Com Carne e a Casa da Achada fizeram foi deixar que no Programa das Festas de Lisboa fossem divulgadas o PEQUENO e outras actividades da Achada como OUTRAS actividades que se passam no mês de Junho. Ou seja, uma forma simpática de ganhar divulgação (da parte da CCC e da Achada) e uma forma (perversa) da CML ganhar conteúdo num evento que a única coisa que promove é a chacina das sardinhas e (pelos vistos) vampiriza outros eventos autónomos em seu benefício, dando a entender que é ainda a grande máquina (falida económicamente e de recursos humanos) da CML que os organiza!
Nesta Capital de Portugal nas últimas e nas próximas semanas há sardinhas ilustradas por todo o lado - e ainda bem porque os ilustradores são de qualidade artística - mas é só isto: IMAGEM. Provas destas afirmações? Simples, basta esta pergunta: alguém conhece alguma iniciativa da CML para as Festas para além de apoiar (?) barraquinhas dos arraiais e os tradicionais casamentos e marchas? Alguém se lembra de alguma coisa de jeito nos últimos anos? Até o Festival das Músicas de África - o único evento cultural que teve impacto de crítica e de público - desapareceu do Programa...
Amanhã é o dia de bebedeiras descomunais, de pancadarias entre os bairristas (é a grande diversão da noite!) e de genocídio gastronómico de peixe e carne, quem quiser mais do que isto, é melhor apanhar um barco para a outra margem ou algo assim... Por falar em "apanhar", quem não vai ser mais apanhada numa armadilha destas é a CCC!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

pequenos mas bons...

Exacto, pequenos e bons tem sido a premissa destes encontros sobre edição independente. Mas passando pelo orgulho solipsista, os encontros tem servido justamente os seus vários propósitos, um deles era que fosse uma rampa de lançamento de novas produções. Sem aviso apareceu o B74, graphzine de um ilustrador que não assina o trabalho deixando-nos em mistério e em expectativa que o título, obra, o sítio oficial e o autor sejam uma força una e indissociável.
Desenhos automáticos - rabiscos - juntam-se a representações a desenhos de origamis nas 20 páginas A5. Desenho limpo. Tem piada, o objecto editorial também é cuidado (escolha de papel da capa e miolo) para além de ser cosido invés do tradicional agrafo. Interessante!
Seguem-se discos da Enough Records, que deverá ser a mais velha netlabel em Portugal. E para quem acha que música desconhecida oferecida (oferecida!) na Internet deverá ser música menor que a que é editada oficialmente, preparem-se para engolir sapos, pelos menos dois:



The Anton Phase Electro Clockwork Menagerie (2009) de Amitron_7 é Trip-Hop? Pop electrónica psicadélica? As duas coisas? Certo, serve! É um bocado "retro" (como a capa) para quem fartou-se de Dorfmeisters e outras coisas que acontecerem no final dos anos 90 mas ainda assim a qualidade da instrumentação e clareza dos sons convencem qualquer um que esta será a música para os bons sonhos e descanso em Paz no sofá. Surfistas do sofá? Também... sem vozes activas, só samplagens de medias áudio.
Enough Dubs II (2010) é uma colectânea de Dub e parentes (Reggae, Dub electrónico, Dubstep) de músicos estrangeiros, do Brasil à Finlândia - que se destaca pela negritude de Gök -, da Alemanha ao Japão - coisa mutante a faixa de Cheapshot -, da Rússia ao Bassrack Wobama (que não se sabe nada dele). O baixo "rula" nesta paragens...

Quanto a Initiation to the Unnamable Putrid Bong Practices (Putrid Attitude; 2007) dos Boggy Bong trata-se de um «cyber gore», puro "trash" electrónico podre dedicado ao tema de Bongos de Cannabis - tema em geral que tem raízes em músicas populares norte-americanas recuperadas pelo Metal com os Exit 13 (banda com elementos dos Brutal Truth) e muito na moda nos últimos anos por bandas Stoner e bandas "mucho stoners" como Weedeater ou Bongzilla.
Aqui o Metal só se for a voz alterada a digerir 44 litros de água d'erva sob ritmos Techno estúpidos e samples de filmes Porno-gore. Aliás, tudo é estúpido aqui sem qualquer tipo de produção que limpe ou funda voz com instrumentos, ou seja, a voz monstruosa-caricatural tem sempre (demasiada) proeminência. Resultado: é uma porra enervante que têm piada uma audição e depois passa a ser apenas... mau (!?). A França está tão cheia de merda que até transborda! Última hipótese: isto é para quem gosta de Revolting Cocks ou Malhavoc ou Otto Van Schirach? Duvido...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Imagens do Pequeno é Bom III

Fotos do terceiro Pequeno é Bom que aconteceu a 5 de Junho.
O (longo) video da conversa sobre música independente está em processo e estará online em.... breve...



segunda-feira, 7 de junho de 2010

Imagens do Pequeno é Bom II

Algumas fotos do segundo encontro de editores independentes que aconteceu no passado 1 de Maio.




quinta-feira, 3 de junho de 2010

PEQUENO É BOM encontros sobre edição independente (3ª sessão)



DIA 5 de JUNHO
entre as 15h30 e as 19h

PEQUENO é BOM! é um encontro mensal sobre edição independente que pretende ser um espaço de reflexão e divulgação destas “coisas pequenas” que andam por aí a maior parte das vezes longe do olho público: zines, CD-R’s, k7’s, vinil, graphzines, livros de autor, etc…

Para o mês de Junho o tema da programação será “música - formas de edição independente” com Filipe Cruz (Enough), Bráulio Amado (Sleep City), Miguel Caetano (Remixtures) e Ricardo Martins (Lobster, I Had Plans, etc...) como convidados e moderados por uma dupla de Marcos, um é Marado e o outro é Farrajota.

Para além disso, acontece também uma apresentação da Feira Laica (que acontece nesse mês entre 26 e 27 de na Bedeteca de Lisboa) e de novidades editoriais.

Programa:
- Apresentação da Feira Laica
- Exibição dos vídeo-clipes Carbage Goma (26m, EUA, 2009) de David Lee Price (do disco Journey Into Amazing Caves dos Zanzibar Snails) e Reject'zine #3 de Andreia Rechena
- Lançamentos de novos zines
- Conversa “música - formas de edição independente”

Feira de edições com discos, CD's e K7's da Narcolepsia, Sleep City, Noori e outras edições nacionais e estrangeiras (Finlândia, França, Espanha, Itália, Suécia, Eslovénia, Bélgica) - e de todos os géneros: Crust, Punk, Electrónica, Metal, Pop, Experimental, Rock, Black, Hardcore,... E ainda alguns zines e livros da Chili Com Carne e associados (MMMNNNRRRG, Imprensa Canalha,...)

novidades editoriais :
- Apupópapa, CD+zine colectivo contra o "Papa Ratazana Nazi Pedófilo"
- Reject'zine #3, de Andreia Rechena
- Seitan Seitan Scum (Chili Com Carne + El Pep), antologia luso-brasileira de bd e ilustração
- Woods Of Eternity (Noori) CD de Betray-Ed

sexta-feira, 30 de abril de 2010

PEQUENO É BOM encontros sobre edição independente (2ª sessão)

cartaz por Lucas (4 anos) na oficina «Obrigatório Afixar» ministrada por José Smith na Casa da Achada

Encontro mensal na Casa da Achada / Centro Mário Dionísio sobre questões de edição independente (fanzines, zines, livros de autor, CD-R,...).

Nesta sessão dá-se atenção à criatividade e "mãos na massa" estando no programa:
- Orgia Gráfica, workshop por Lucas Almeida;
- A habitual Feira de Fanzines desta vez com uma selecção de títulos ligadas ao desenho/ ilustração/ graphzines;

títulos dísponíveis: da Chili Com Carne, Imprensa Canalha, Le Dernier Cri, MMMNNNRRRG, Nazi Knife, Opuntia Books, U.D.A. (de Blanquet) entre outras produções nacionais e estrangeiras (Suiça, Sérvia, Espanha, França, Itália, Suécia).
Novidades editoriais: A Segunda Vida de Djon de Nha Bia (Chili Com Carne), romance de Nuno Rebocho; ...

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sobre a Orgia Gráfica ou Bacanal de Desenho Experimental:
Desenho em conjunto, experimentação gráfica com várias pessoas, tendo como fim a libertação e a interacção entre as várias pessoas ao nível do desenho. Encarando o desenho como uma extensão do interior da pessoa, uma expressão única e genuína. Pretende-se com este encontro uma reunião de vários estilos e registos gráficos, expondo a ligação do desenho com a actividade sexual, fazer amor com o papel através do lápis ou pincel. Conseguir partilhar com as outras pessoas essa intimidade de desenhar e deixar que actuem no seu desenho. É um exercício de abertura, através do desenho explorar a dimensão do tesão e das energias que estão associadas. Encarar o desafio de por cá para fora o mais genuíno e único que cada um sente em relação à partilha de intimidade, através de meios gráfico de expressão.

Os materiais: Cartolinas, lápis, tintas, canetas etc…

Tendo como possível fim uma publicação, dependendo dos resultados alcançados. Sendo uma sessão experimental , fica em aberto esta possibilidade.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

PEQUENO'zines...


Correu «melhor do que estava à esperava» (como se costuma dizer) a primeira sessão de PEQUENO é bom! Não só de público e do interesse das pessoas, falo também das novas caras e novas edições que sairam de propósito para o evento. A excepção é Subir a montanha / Up the mountain (Café Royal Books; 2010) a propósito da exposição de Marta Monteiro na galeria Dama Aflita em Novembro do ano passado. Este título - como aliás, todos os outros - é um "graphzine", monográfico do trabalho de ilustração da autora, bem reproduzido com a impressão lazer. Um trabalho elegante que rapina um imaginário nostálgico do bem-estar burguês dos anos 50 juntamente com elementos surrealistas e fantasmagóricos apanágio de grande produção cultural e artística dos dias de hoje, como se todos procurassem um abrigo ou uma explicação porque essa promessa de bem-estar capitalista gerou a desorientação dos dias de hoje. Curiosamente até há vários estilos gráficos (como manifesto para uma exploração futura?) ao longo das 24 páginas A5, mostrando que Monteiro poderá fugir para outras temáticas no futuro.
Apesar de várias aproximações ao zine de Monteiro na questão técnica (zine impresso a lazer, formato A5, papel reciclado e desenhos a grafite), Jucifer trabalha num campeonato bem longe da nostalgia e de pretensas elegâncias do estilos. O novo título chama-se Techno Allah #0 (Blam Blam; Abr'10) e o título já diz que o século em que estamos é o século XXI. O zine reproduz uma série de desenhos feitos para o blogue da autora, todos eles à abrir, feitos em urgência de criação e na visão de um horror "non-sense" que pode ser visto como um "mash-up" do Shuehiro Maruo como da malta da Canicola. Num dos desenhos escreve: Vamos retro ou sempre em frente? Prefiro sempre em frente até ao embate mortal... Eu também prefiro isso! E mais, é o único zine que tem uma (mísera) página de bd!
Sou daquelas (Abr'10) de Sílvia Rodrigues também vive de Nostalgia mas esta da sua infância - e dos seus familiares. As ilustrações parecem exercícios de colagem de memórias - que são fotográficas como mostram as "guardas" deste zine impresso a lazer a cores em formato A6. Há sorrisos imortalizados pela e para a câmara fotográfica, figuras transformadas em enormes peluches e bonecada com um trago "vintage" - "vintage" esse português, e não o "vintage" norte-americano cliché que vários idiotas procuram. Sobretudo o registo documental do zine tem um efeito perturbante, lembra cores e ambientes de um passado em Portugal, que a mobília Ikea e lutadores de Wrestling irão apagar ao uniformisarem a paisagem e imaginação. Vale apena a Sílvia explorar esta vertente com mais coerência e afinco, até por Nostalgia por Nostalgia fede a mofo...
Por fim, Meteoro Imprevisivel (Paracetamol; Abr'10) junta desenhos de David Campos com textos de Nuno Marques em 40 clássicas páginas A5 preto e branco, experimentam as possibilidades de haver desenhos feitos para serem escritos textos à posteriori - invertendo o sentido da ilustração como Pedro Zamith fez num livro. Os desenhos variam entre os do livros de esboços mal-paridos e desenhos com ar "finalizado" mas os que se destacam mais são sempre os primeiros, a maior parte das vezes são pouco interessantes, próximos do cómico e do caricatural, e existem em maioria. Os textos aparecem tão confusos como as imagens, faltando um discurso próprio que se afaste mais das imagens, especialmente das mais manhosas... em compensação os desenhos "finalizados" são mesmo bons, longe de freakalhices e influências desnecessárias dos outros, e, (isto é curioso) a qualidade dos textos acompanham os dos desenhos. Vai melhorar no segundo volume?

à excepção do zine da Marta Monteiro, todos os outros zines podem ser pedidos à CCC - caso não queiram pedir directamente aos seus autores.