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sábado, 19 de setembro de 2015

EVOCAÇÃO




Quando nasce amanhã cheia de graça
E a beleza da mata se irradia
Com o cantar da passarada
Surgem tênues raios de luz.
E o sol, ao longe, desponta.
É a alvorada que surge,
O doce e alegre amanhecer!


Olympiades Guimarães Corrêa
Em Neblina do Tempo-1.996

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

GAIVOTAS



Para Mario Quintana

Bando de gaivotas
Cortam o infinito dos céus,
No seu vôo elas definem
O sentido maravilhoso e exato
Do que seja liberdade.
No seu vôo tranquilo
Parece às vezes
Que estamos diante
De uma orquestra magistral,
Onde são entoados salmos,
Salmos louvando a paz,
Canto sem silêncio
Em prol da libertação...
E o homem veste as roupagens da gaivota,
Tenta alçar o vôo,
Mas não consegue alcançar os céus
Nem a paz tão desejada,
As asas se partem
E ele cai por terra...


Olympiades Guimarães Corrêa 
- In Eterna procura

domingo, 15 de dezembro de 2013

VAZIO



Há certos dias
Que sinto em min’alma
Um vazio infinito,
Um vazio sem sentido,
Um vazio indefinível,
Vazio dos ventos e procelas,
Vazio que vem de longe
Cuja origem desconheço,
Maior,
Muito maior que a solidão...

Há certos momentos
Que sinto dentro de mim
Um vazio talvez originário das vagas,
Dos grandes mares
E que às vezes me inunda,
Quase me faz soçobrar...

Há certas horas
Que sinto dentro de mim
Um vazio que se agiganta,
Diante do qual me sinto pequenino
E comparo este vazio tão grande
Ao vazio da hora do adeus...

Mas existe,sim,
Um vazio,
Muito maior do que todos os vazios,
E que se alojam no âmago dos corações,
O vazio imenso da saudade!...

Olimpyades Guimarães Corrêa
Em Neblina do Tempo -1.996


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

POEMA DO VENTO



"Às vezes ouço passar o vento,
E acho que,
Só para ouvir passar o vento,
Vale a pena ter nascido"
Fernando Pessoa

Eu sou o vento
Que sacode as folhas das palmeiras,
Das árvores,
Dos salgueiros,
Que fustiga as ondas do mar.
Que entra pelas frestas das portas,
Das janelas.
Que chora nas noites de inverno.
Que varre as planícies e chapadões,
Que traz o frio consigo.
Arma-se em tempestades,
E movimenta as nuvens do céu.
Eu sou muitas vezes o ar,
Que ventila, areja e refresca,
Movimenta os cataventos.
Às vezes me torno arrogante.
Crio o vazio nas florestas,
Jogo as folhas secas no chão.
Outras vezes me torno suave,
Sou brisa, aragem,viração.
Sou também a borrasca,
Armo tormentas,procelas e temporais.
Brinco com a própria língua,
Abuso dos sinônimos.
Atiço o mar contra as rochas.
Torno-me vendaval.

Olympiades Guimarães Corrêa
- In Eterna Procura

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

CONVERSA COM O VENTO




Vento amigo ,
Porque não vens?
E não mandas esta chuva embora?
Ela cai a tantos dias,
Impertinente e sem cessar!...

Vento amigo,
Porque não vens
ou não mandas a brisa em teu lugar?!

Não vês?
Os campos estão alagados,
A lavoura à espera da colheita.
Os lírios do campo,
há muito estão caídos pelo chão!

Vento amigo,
As crianças querem brincar,
correr pela praia...
brincar com a areia,
sentir de novo o calor da vida!

Mas tu não me ouves,
embora eu te suplique...

já vi que não és meu amigo,
gostas de castigar a alma da gente!...


Olympiades Guimarães Correa
de Neblina do Tempo -1.996-

terça-feira, 24 de setembro de 2013

BOSQUE DAS HORTÊNSIAS




Naquela minha ruazinha tão amiga
Existia um bosque tão florido,
Chamado Bosque das Hortênsias
Brancas, azuis e lilases!...

Havia um banco de mármore vazio,
Acolhedor e amigo,
Que parecia estar sempre
À espera de um coração solitário
Ou de um casal de namorados...

Várias vezes sentei-me naquele banco,
Confabulei comigo mesmo,
Monologando minhas confidências
E mirando, ao redor, as hortênsias que floriam...

Hoje,
O local mudou tanto!
O tal bosque já não existe mais.
As hortênsias deixaram de florir
E aquele banco
Tão terno e amigo...
Para onde o levaram?
Só Deus sabe...


Olimpyades Guimarães Corrêa 
Neblina do Tempo – 1.996 –

GAIVOTAS



Para Mario Quintana

Bando de gaivotas
Cortam o infinito dos céus,
No seu vôo elas definem
O sentido maravilhoso e exato
Do que seja liberdade.
No seu vôo tranquilo
Parece às vezes
Que estamos diante
De uma orquestra magistral,
Onde são entoados salmos,
Salmos louvando a paz,
Canto sem silêncio
Em prol da libertação...
E o homem veste as roupagens da gaivota,
Tenta alçar o vôo,
Mas não consegue alcançar os céus
Nem a paz tão desejada,
As asas se partem
E ele cai por terra...


Olympiades Guimarães Corrêa 
- In Eterna procura


terça-feira, 21 de agosto de 2012

VAZIO




Há certos dias
Que sinto em min’alma
Um vazio infinito,
Um vazio sem sentido,
Um vazio indefinível,
Vazio dos ventos e procelas,
Vazio que vem de longe
Cuja origem desconheço,
Maior,
Muito maior que a solidão...

Há certos momentos
Que sinto dentro de mim
Um vazio talvez originário das vagas,
Dos grandes mares
E que às vezes me inunda,
Quase me faz soçobrar...

Há certas horas
Que sinto dentro de mim
Um vazio que se agiganta,
Diante do qual me sinto pequenino
E comparo este vazio tão grande
Ao vazio da hora do adeus...

Mas existe,sim,
Um vazio,
Muito maior do que todos os vazios,
E que se alojam no âmago dos corações,
O vazio imenso da saudade!...

Olympiades Guimarães Corrêa

terça-feira, 29 de maio de 2012

POEMA DA VIDA



Os anos passam,
As coisas não se repetem,
São como os rios
Que seguem o seu curso,
Suas águas correm sem destino
E jamais voltam as nascentes...
Seria tão bom se a existência
Não fosse semelhante aos rios
Que pudessemos voltar
Voltar pelo menos uma vez,
Às nossas antigas origens,
Às nossas velhas raízes,
Plantar árvores,
Comer frutos,
Vê-las crescerem novamente...
Mas somos passageiros pela terra.
Nascemos como os rios,
Seguimos o nosso curso,
Possuímos enfim uma existência fugaz...
Dirás que tudo não passa de palavras,
De vã filosofia,
Mas é na realidade,
Nós nascemos,
Nós vivemos
E finalmente morremos...
A morte é a maior realidade da vida.


Olympiades G.Corrêa