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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Contradança


Marisa Monte e Paulinho da Viola, Dança da solidão

Solidão é lava que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo
Solidão palavra cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão

Desilusão, desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão

(...)
Apesar de tudo existe uma fonte de água pura
Quem beber daquela água não terá mais amargura

terça-feira, 14 de julho de 2009

É preciso não desistir dos abraços

e saber esperar o Sol no fim dos eclipses.


Peter Gabriel & Kate Bush, Don't give up

No fight left or so it seems
(...)
Don't give up
I know you can make it good

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A quem disser respeito e a quem mais quiser aproveitar




Trovante, A outra margem (ao vivo em Lisboa, 12.V.2009)


Scott McKenzie, San Francisco (Festival Pop de Monterey, 18.VI.1967)


Trovante, Um caso mais (Campo Pequeno, 24.IX.1988)

terça-feira, 7 de julho de 2009

A virtude de saber esperar pelo desespero

Paciência, gravura de Hans Sebald Beham (1540)


Patience: A minor form of despair disguised as a virtue
Ambrose Bierce, 1842-1914(?)



Sawa Kobayashi, Patience

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O voo da codorniz (XXXVIII)

Prainha, Baleal, Portugal



Como sempre,
lugar de (re)encontros


terça-feira, 17 de março de 2009

Mágoas ao desbarato

Salvador Dalí, As três esfinges de Bikini




Sérgio Godinho, É terça-feira

O coração é incapaz
De dizer tanto faz
Parte para a guerra
Com os olhos na paz


terça-feira, 10 de março de 2009

Baú das codornizes (XVI)


Genérico de Era uma vez a vida

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Late tea at Tiffany's


Trailer original de Breakfast at Tiffany's (Boneca de luxo),
de Blake Edwards (1961)


Colmatando uma falha ancestral, estou a ver este filme, acidentalmente ligado à génese do codornizes, através de uma das mais bonitas canções que Hollywood deu ao mundo. Amanhã, começo a ler o livro de Truman Capote em que a fita se baseia. No entretanto, ouçamos Audrey Hepburn cantar...

Adoráveis, as legendas...

Há tanto mundo para ver
Procuramos o mesmo arco-íris
E à espera na curva
A minha amiga centáurea
O Rio Lua
E eu

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Quarta-feira de cinzas

Pablo Picasso, Homem à lareira

Na cinza de uma lareira

Dorme a labareda fria.
Arde à nossa revelia,
Mas queima da mesma maneira.

Quando uma chama se apaga
É morte de pouca dura.
Renasce, ardendo em lonjura
Mal a Fénix sai voando.

Se uma lareira te afaga
É porque alguém está chamando

Toxofal de Baixo, 21 de Fevereiro de 1996
(Quarta-feira de cinzas)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Hoje almocei bem


Orquestra de Câmara de São João da Madeira (dirigida por
Richard Tomes), Morgenstemning, do Peer Gynt de Edvard Grieg (suite n.º1, Op. 46)


Tanto assim foi que entrei na tarde com a mesma disposição com que o sol nasceu, com que alguém no quarto da frente acordou sem chorar e com que outro alguém mais perto ficou a dormir. Até à noite (pelo menos!) ninguém me pára...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Não desgosto deste tempo


Quando chove e faz sol

estão as bruxas a fazer pão mole


quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Em que margem está qual de nós?


Jorge Drexler, Al otro lado del río
(do filme The motorcycle diaries, óscar de melhor canção 2004)


En esta orilla del mundo lo que no es presa es baldío
Creo que he visto una luz al otro lado del río


Hás-de percorrer os cumes dos Himalaias (ou dos Andes, que importa?) numa motocicleta. Não dês tréguas ao acelerador enquanto não te pedir boleia uma borboleta qualquer, mas sabe de antemão que terás de puxar ao máximo por aquele sorriso (aquele!) para a persuadires a dar às asas. Se preciso for, exemplifica tu. Ela percebe.

Estarei atento ao teu erguer de sobrancelha, momento único para gritar "revolução" do alto de uma rocha ou abrindo de par em par uma janela enorme, com vista para uma ilha, numa casa onde não se entra sem ludibriar os cães. Ou assobia-me aquele trecho de Sérgio Godinho, mesmo que não seja terça-feira. Gosto quando és incapaz de gritar tanto faz...

Nada temas na hora em que os furacões ameaçarem Pequim, São Francisco, Lisboa ou Plzeň. Prevejo-nos a esbarrar um com o outro na esquina do Sequeira (onde te convidarei para um indiano de café na Versailles). Volta a falar-me da Lagoa do Fogo, dos teus filmes, e retorquirei que também eu gosto de estar, às vezes, pertinho do mar.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

É bom dar valor ao que temos


Fred Astaire, They can't take that away from me
(de George e Ira Gershwin)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Página 30

Às páginas da vida há que as ir lendo com atenção e voltando com lucidez. Sem pressa nem medo. Sem credo nem dono. Que o pânico da folha em branco nos não prenda a uma história demasiado lida e treslida. Para que sejam sempre folhas vivas.
Juliette Gréco, Les feuilles mortes (canção ao som da qual voltei mais uma página em boa companhia)


Ah, e obrigado por isto, old man!



segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

A carol a day keeps the doctor away (XVII)

Há certezas que, por mais consolidadas que as tenhamos, conseguem sempre sair reforçadas. Como esta, hoje confirmada ao ver um mar que ora é de Verão, ora é de Inverno e que nem sempre segue o que dita o calendário. A que agora vivemos é mesmo uma estação maravilhosa.


Andy Williams, It's the most wonderful time of the year
(o vídeo dos estrumpfes quase dava outro Baú das Codornizes...)


It's the most wonderful time of the year
With the kids jingle belling
And everyone telling you "Be of good cheer"
It's the most wonderful time of the year

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Bonne chance!


domingo, 7 de dezembro de 2008

A carol a day keeps the doctor away (IV)

Natal à luz das velas, ou quase.

Natal à luz de azevias e lemon curd, bolo-rei e queijo de Seia, sonhos e compota de pera vinho verde e empada de pato, paio e lemon curd, pão e doce de abóbora, vinho tinto e folhados de farinheira com espinafre, scones e doce de batata-doce, coscorões e queijo terrincho, tostas e marmelada. Natal à luz de abraços e conversas, gargalhadas e memórias, obras de arte e picardias, espanta-espíritos e ovelhinhas, livros e bebés, canções baixinho e poucos candeeiros, licores por provar e lindos pratos de papel.

Natal à luz dos amigos.

E uma música de Natal com velas e bebés. Escreveu-a John Rutter, em 1984, e canta-a, aqui no ninho, o melhor Fantasma da Ópera com que Andrew Lloyd Webber alguma vez contou.


Michael Crawford, Candlelight Carol

How do you capture the wind on the water?
How do you count all the stars in the sky?
How can you measure the love of a mother,
or how can you write down a baby's first cry?

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Writer's bloGck


Queen, Breakthrough

If I could only reach you
That would really be a breakthrough

O blogue anda mortiço, mas que querem? Às vezes não apetece escrever, apenas deixar, numa cadência de conta-gotas, pequenos bocados de vida sem tecer considerações nem criar coisa alguma. Não tento, sequer, defender a escassa quantidade com inexistentes ganhos de qualidade. Ando preguiçoso, é só. Isto é giro, mas cansa. Isto é bom, mas é preciso estar para aqui virado. E eu estou pouco. Logo se vê.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Tentar

Esta música já se meteu comigo duas vezes, só nesta semana, e sempre via rádio do carro. Não a ouvia há séculos, mas foi-me dado, numa destas noites, partilhá-la com alguém a quem poderia cantá-la. Da segunda vez, matou-me as saudades dessa pessoa.


Macy Gray, Try

Games, changes and fears
When will they go from here
When will they stop

I try to say goodbye and I choke
Try to walk away and I stumble
Though I try to hide it, its clear
My world crumbles when you are not here

domingo, 19 de outubro de 2008

Adeus, Mirita

Hei-de olhar à volta da cozinha velha antes de pôr a fruta ao lume. Não propriamente à sua procura. Sei, desde há muito, que não volto a vê-la encostada à mesa de ardósia, o sorriso nos lábios e ainda mais no olhar azul. Mas sei, desde sempre, que vai estar connosco, todos os anos, na odisseia das compotas, marmeladas e geleias. Prometo acompanhar de um sorriso o suspiro que hei-de lançar. Onde quer que esteja, Mirita, quero que sinta o cheiro do açúcar a ferver, à procura de um ponto que aprendi consigo. Um beijinho grande, querida amiga.



Elton John, Skyline pigeon


For just a skyline pigeon
Dreaming of the open
Waiting for the day
She can spread her wings
And fly away again