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sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Ainda os mortos de ontem

Fernando Fernán-Gómez morreu aos 86 anos. Era actor, escritor, guionista, realizador e encenador. A sua quota no meu portefólio pessoal inclui a belíssima peça Las bicicletas son para el verano, sobre a Guerra Civil espanhola - que me levou às lágrimas quando a vi em Madrid -, o pai doente de Alzheimer em Todo sobre mi madre, de Almodóvar, o inquisidor de El rey pasmado (adaptação de Gonzalo Torrente Ballester por Imanol Uribe) e o professor de La lengua de las mariposas, belíssimo filme de José Luis Cuerda sobre contos de Manuel Rivas

Fernán-Gómez no documentário La silla de Fernando,
de Luis Alegre e David Trueba (ouçam também isto, que vale a pena)


Maurice Béjart tinha 80 anos. Era o nome do bailado contemporâneo, tão depressa coreografando Stravinsky, Mozart e Ravel como Queen, Elton John ou Jacques Brel e Barbara, cuja La solitude escolhi para o homenagear. Vi dois espectáculos seus no Coliseu dos Recreios, um deles com figurinos de Gianni Versace, e tive pena de falhar um terceiro. Sei pouco de dança, mas sei que o mestre punha os corpos a dançar lindamente.

La solitude, letra e música de Barbara,
coreografia de Maurice Béjart

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Duetos no céu

23 Julho 2004 - Carlos Paredes e Serge Reggiani (Le petit garçon acompanhado à guitarra portuguesa);

30-31 Julho 2007 - Ingmar Bergman e Michelangelo Antonioni (uma sarabanda au delà des nuages);

21-22 Novembro 2007 - Fernando Fernán-Gómez e Maurice Béjart (corpos em movimentos de rotação e translação, com a voz cava do espanhol a declamar).

Nenhuma morte inesperada. Nenhuma aceite sem pestanejar.