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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Bloguista desnaturado...


...o que não reparou que o seu ninho fazia dois anos. Que é como quem diz: eu! Fiquem não com duas, mas três versões do nosso hino não oficial. Continuaremos por aqui, waiting 'round the bend.



Bob Dylan


Stevie Wonder




Morrisey (com Audrey Hepburn a chorar ao fundo
e uma letra ligeiramente diferente)

Two drifters
Off to see the world
I'm not so sure the world
Deserves us

We're after
The same rainbow's end
How come it's just around the bend ?
It's always just around the bend ?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Dois abraços para dois arquitectos

A Teresa, que faz anos. E o Tiago, de quem tenho saudades.


Simon & Garfunkel, So long, Frank Lloyd Wright

Architects may come and
Architects may go and
Never change your point of view.

When I run dry
I stop awhile and think of you

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Dois anos!


Crosby, Stills, Nash and Young, Our house


I'll light the fire
You place the flowers in the vase
That you bought today

Staring at the fire
For hours and hours
While I listen to you
Play your love songs
All night long for me
Only for me

Come to me now
And rest your head for just five minutes
Everything is done

Such a cozy room
The windows are illuminated
By the evening sunshine through them
Fiery gems for you
Only for you

Our house is a very, very, very fine house
With two cats in the yard
Life used to be so hard
Now everything is easy
'Cause of you
And our
la la lala la la la lala la la lala lala la lala lala lala la la lala la la la la la

la la lala la la la lala la la lala lala la lala lala la lala

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Cair como um patinho nunca soube tão bem


Francamente bom!!!

Herbert Pagani, La bonne franquette


Un picnic en hiver sur une moquette
C'est la faim, c'est la joie, la bonne franquette
Et ça fume et ça boit, ça chante et ça rit
Je peux vivre sans pain, mais pas sans amis!

No piquenique de Inverno que ontem me surpreendeu, qual rosa no meio da rua, não faltou o pão nem faltaram os amigos. Comeu-se, bebeu-se, fumou-se e cantou-se. Amigou-se. Não vou trocar nenhum dos presentes... e não trocava nenhum dos presentes. Os de corpo e os de espírito.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Página 30

Às páginas da vida há que as ir lendo com atenção e voltando com lucidez. Sem pressa nem medo. Sem credo nem dono. Que o pânico da folha em branco nos não prenda a uma história demasiado lida e treslida. Para que sejam sempre folhas vivas.
Juliette Gréco, Les feuilles mortes (canção ao som da qual voltei mais uma página em boa companhia)


Ah, e obrigado por isto, old man!



quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Muito obrigado...

...a quantos têm assinalado o primeiro aniversário do codornizes. Espero que continuem a fazê-lo e, se passarem pelas entradas antigas, deixem lá o vosso ovo. A festa continua, com este número musical: como não poderia deixar de ser, ouviremos a música que abriu este blogue e dele se tornou hino não-oficial.

Luciano Pavarotti, Josep Carreras e Plácido Domingo, Moon river

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O ninho faz um ano!!!


A Terra deu uma volta ao Sol desde que o ninho nasceu. Nunca esperei, mas suponho que deva dizer alguma coisa. Recordemos o dia 8 de Outubro de 2007...

Não um programa muito definido, mas este espaço vai servir para mostrar coisas novas e velhas, em rubricas fixas e móveis. Anima-me a vontade de não deixar que o tempo nos passe ao lado. Ou que a rotina contamine os tempos mortos e mate os tempos vivos.

Foi assim que o codornizes se apresentou, um ano, sem saber bem ao que vinha. Ainda não sabe, mas penso poder dizer que tem cumprido o tal programa indefinido. Por aqui têm passado os bocados de vida que me vai apetecendo partilhar. Não sei se os melhores, sei que certamente não todos. uns que são para mim ou, quando muito, para um grupo íntimo de privilegiados... ainda assim, pousei neste blogue 356 vezes, quase uma por cada dia do ano ora assinalado. O que deve querer dizer que tenho mais coisas a partilhar do que julgava antes de ter entrado nesta brincadeira.

Porque é exactamente disso que se trata: de uma brincadeira. Que é feita a sério e trabalho, mas não se leva demasiado a sérioisso é para a vida em carne e osso e, mesmo assim, com conta, peso e medida. Na blogosfera, a ideia é mais divertirmo-nos. E divertirmos mais alguém, se para tal chegarem engenho e arte.

A festa está aqui e é mais uma brincadeira: cada palavra deste texto é um portal para uma entrada do codornizes. Estão todas, todinhas! A ideia é visitá-las ao calhas. Ainda farão sentido? E os comentários que foram deixados, e que tanto as enriqueceram? Convido-vos a reler um ano de ninho, ao sabor do clique (consertei, para tal, todos os links perdidos).

Experimentei isto ontem e asseguro-vos que passei um bom bocado. Por isso, força! Mesmo que a coisa tenha sido escrita muito tempo, sintam-se sempre à vontade para acrescentar qualquer coisinha. Eu prometo responder... Um ano de codornizes é caso para dizer: Parabéns, leitores. E muito obrigado a todos!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Adenda à entrada de ontem

Marion C. Honors, Grandmother

Recebi do meu Pai dois comentários que completam e enriquecem as memórias de uma ida a Paris com a minha Avó. Corrigidos e editados, a pedido dele, dão isto. Que vale a pena ser lido.

Pois, vais buscar fotografias ao Robert Doisneau e não pedes
ao Mário Cordeireau. Estive na pontinha do Vert Galant, há dias,
a respirar o ar intenso e a relembrar os teus Avós, que sempre
que iam a Paris faziam uma jura de amor nesse ponto tão enigmático.

Tu sabes, porque tiveste o privilégio de passear com ela
(até ela perder dois quilos por dia!), inclusivamente teimando
que a Bastilha ainda existia e querias ver as ruínas. E ela teve
o privilégio de passear em Paris contigo e com a tua irmã.
Bons tempos, Setembro de 1989, dito assim parece até antes
da Guerra de 14-18.

Lembras-te da ameaça de bomba correspondente a uma mala
de 20x20 centímetros (minúscula, pois) que um tal Monsieur Ubu, passageiro da Air France, teria enviado no porão (ainda mais estranho, dadas as dimensões da dita), e cujo
não se encontrava a bordo? Tivemos de fazer o reconhecimento das nossas malas e consta que fizeram explodir o "petit paquet" do Monsieur. Tudo isto em Setembro, mas antes do 9/11...

Noventa anos, pois é, o tempo passa. E lembras-te do empregado do Hotel, que passou a tratar-nos como reis depois
de recebermos a visita do Embaixador de Portugal? De pedintes a "onorevole" em menos de um fósforo. Já não contarei aqui algumas das tuas birras dos dez anos de idade, mas relembrarei o particular interesse pelo "mot de Cambronne"... na estação
do dito. Tenho
saudades. Da tua Avó, de Paris, de ti. Beijinhos, meu filho "primogénito".

terça-feira, 8 de julho de 2008

O voo da codorniz (XXVIII)

Jardin du Vert Galant, Île de la Cité, Paris, França

Fica na pontinha da ilha onde nasceu a Cidade-Luz, com o Pont Neuf - o mais velho de todos - a delinear-lhe a estrema. É pequeno, mormente à escala de Paris, mas veremos que é grande. A pequenez deste quarto de hectare resulta da concatenação de pequenezes ainda mais pequenas, ilhotas que houve no Sena em tempos idos. Numa delas, foram queimados os últimos templários.

O verde galante que dá o nome a este recanto é Henrique III de Navarra, que foi IV de França no limiar dos séculos XVI e XVII. Casou sem amor com Margarida de Valois (filha da megera Catarina de Médicis, vejam o filme com a Isabelle Adjani) e teve incontáveis amantes. Ela não se ralou, preferia o provençal Joseph Boniface de La Môle, cuja cabeça terá embalsamado quando Carlos IX o mandou esquartejar. Não divaguemos, porém: verde e galante era Henri, imortalizado em estátua no jardim que aqui nos traz. Verde e galante é este square, ainda poiso dilecto de galantes enamorados, não importa se verdes, se maduros. Quem me dera lá neste fim de tarde...

Tinha 10 anos quando visitei Paris pela primeira vez, com o meu Pai, a minha irmã Filipa e a Avó Gina. Apaixonada pelo Vert Galant, foi ela que me contou a história deste jardim, uma de muitas. E que guiou os meus primeiros passos pela cité, do alto da Torre Eiffel (que detestava) aos estaminés dos pintores da Place du Têrtre, do impressionista Quai d'Orsay à impressionante Sainte-Chappelle, y compris Louvre, grands boulevards, Quartier Latin, bouquinistes e esse bolo de noiva a que chamam Sacré-Cœur.

Há que explicar que o meu Pai ia em trabalho e só se nos juntava ao fim da tarde. Durante o dia, a Avó metia-se connosco no métro e lá íamos calcorrear Lutécia. Nós delirámos e ela também. Já voltei à cidade muitas vezes e em nenhuma deixei de sentir saudades dela e daquela estreia prodigiosa. Sempre bem disposta, aguentou uma suspeita de bomba no avião à ida (palavra!) e, com ainda maior estoicidade, ensinou Paris a dois netos frenéticos (os 11.º e 14.º dos 21 que tem, sendo que os bisnetos serão 26 antes do fim do ano). Se fosse viva, a minha Avó faria hoje 90 anos. Este apontamento sobre o seu querido Vert Galant é o beijinho de parabéns que gostava de poder dar-lhe.

NOTA: As fotos são, por ordem, de Robert Doisneau, Eugène Atget e Marcel Bovis

segunda-feira, 7 de julho de 2008

De volta e num dia especial


Lena d'Água, Sempre que o amor me quiser

Sentir a corrente passar
E esquecer-me de mim

De mim, talvez. Mas não do dia em que esta balada foi marcha triunfal. Custa a crer que a Terra já tenha dado uma volta completa ao Sol... parabéns!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Hoje é dia de festa

Parabéns!


Hoje é o 179º dia de 2008, por estarmos em ano bissexto. Faltam 187 dias para acabar o ano e 115 para um dia muito mais importante. Estamos a 27 de Junho, dia em que...

Foi fundada a República de Dubrovnik (1358)
Pedro, o Grande, derrotou Carlos XII da Suécia na Batalha de Poltava (1709)
Houve um crash na Bolsa de Nova Iorque (1893)
Joshua Slocum terminou a primeira circumnavegação do globo em solitário (1898)
Houve um motim a bordo do couraçado Potemkin (1905)
Foi feita a primeira demonstração de TV a cores, em Nova Iorque (1929)
Os EUA decidiram mandar tropas para a Guerra da Coreia (1950)
A primeira central nuclear do mundo foi inaugurada em Obninsk, perto de Moscovo (1954)
O primeiro multibanco foi instalado em Enfield, Londres (1967)
O Djibuti tornou-se independente (1977)
Mohammed Ali deixou os ringues de boxe (1979)
Sofia Knapič nasceu nas Caldas da Rainha (1985)
A Eslovénia foi invadida, dois dias após ter proclamado a independência (1991)
Foi publicado o primeiro volume de Harry Potter (1997)
O Papa João Paulo II beatificou 28 ucranianos (2001)
Tony Blair demitiu-se de primeiro-ministro do Reino Unido (2007)

Os gémeos da miúda:

Ladislau I da Hungria (1040-1095)
Imperador Manuel II Paleólogo (1350-1425)
Luís XII de França (1462-1515)
Hellen Keller (1880-1968)
Guilhermina Suggia (1885-1950)
João Guimarães Rosa (1908-1967)
Krzysztof Kieślowski (1941-1996)
Isabelle Adjani (1955-)
Tobey Maguire (1975-)
Raúl González (1977-)

Finaram-se neste dia:

Afonso V de Aragão (1396-1458)
Giorgio Vasari (1511-1574)
Joseph Smith Junior (1805-1844)
António de Oliveira Salazar (1889-1970)
Georgios Papadopoulos (1919-1999)
Jack Lemmon (1925-2001)
George Patton IV (1923-2004)

É dia internacional dos surdos-cegos, dia do mestiço no Brasil, dia do jornalista na Venezuela, dia dos veteranos no Reino Unido, dia dos sete dorminhocos na Alemanha, dia do ano novo rauliano, dia do imperador Juliano (padroeiro dos neopagãos), dia de São Cirilo de Alexandria, São Nicolau, São Ladislau e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Mas é, sobretudo,

o teu dia!

terça-feira, 8 de abril de 2008

What the Huck?!

Huckleberry Finn numa ilustração de E.W. Kemble

O dia em que o codornizes cumpre seis-meses-seis é o momento certo para desfazer equívocos e devolver ao simpático rapaz da imagem a identidade que nunca lhe quisemos roubar. Este é Huckleberry Finn, o amigo de Tom Sawyer, que aparece nos livros As aventuras de Tom Sawyer, Tom Sawyer detective, As viagens de Tom Sawyer e, claro está, As aventuras de Huckleberry Finn. Mark Twain terá baseado esta figura em Tom Blankenship, filho de um bêbado que vivia numa barraca ao pé do rio Mississípi, atrás da casa onde o escritor foi criado, em Hannibal, Missouri.

Este é Huckleberry Finn, que tem toda a pinta de ser um gajo porreiro, mas nada que ver com o nome com que que assino as entradas deste blogue.

Onde fui buscar, então, o Huckleberry Friend? À belíssima letra de Moon river, a canção de Henry Mancini (música) e Johnny Mercer (letra) que inaugurou, quase por acaso, o codornizes. E que já cá apareceu outras quatro vezes. Já carregaram nos quatro links? Então ouçam e vejam uma sexta versão ao sexto mês. É das mais bonitas. Conduziu-me a ela um precioso blogue e foi por isso que decidi elevá-la a hino deste ninho.


Audrey Hepburn, Moon river (do filme Breakfast at Tiffany's)

Henry Mancini afirmou, um dia, que Moon river fora escrito para Audrey Hepburn: "Nunca houve ninguém que a percebesse de forma tão completa. Há mais de mil versões desta canção, mas a dela é inquestionavelmente a maior". Tinha toda a razão. Quando Audrey morreu, a Tiffany's pôs uma enorme fotografia dela na montra, dizendo apenas "To our Huckleberry Friend" (obrigado pela dica, Teresa).

E porque há huckleberries em Moon river? Johnny Mercer explicou que, em miúdo, costumava ir apanhar huckleberries com os amigos, à beira do Mississípi (onde brincava, roubava e fumava Huckleberry Finn, reparo agora!). De onde a referência a este fruto silvestre num poema sobre sonhos, sonhadores, arco-íris, corações partidos e o muito mundo que há para ver.

Moon River, wider than a mile,
'm crossing you in style some day.
Oh, dream maker, you heart breaker,
wherever you're going I'm going your way.

Two drifters off to see the world.
There's such a lot of world to see.
We're after the same rainbow's end
waiting 'round the bend,
my huckleberry friend,
Moon River and me.

Não pude deixar de ir investigar que raio vinha a ser um huckleberry... é uma baga, ou melhor, são várias, pertencentes a dois géneros da família Ericaceae: Gaylussacia e Vaccinium (este é o que inclui o mirtilo). Dois géneros que se ramificam em mais de 40 espécies, com cores que vão do vermelho vivo ao azul-arroxeado quase preto.

Gaylussacia brachycera


Gaylussacia baccata


Gaylussacia dumosa


Vaccinium parvifolium

Vaccinium uliginosum

Ao contrário do que possa parecer, não são groselhas nem mirtilos. Não sei como chamar-lhes em português. Vi huckleberry traduzido por baga de murta, uva-do-monte e fruta-do-lobo. Mas não me importa o nome: quero provar esta fruta. Vai-me saber, estou certo, às coisas boas da vida, e será o equivalente sápido ao som de Moon river, ao prazer de escrever e receber visitas neste blogue, à elegância de Audrey Hepburn, à beleza de quem amo, ao futuro que nos espera para lá da curva do rio.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

À nossa casa


Madness, Our house

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A medida de todas as coisas

Ursa Maior e Ursa Menor


Arte suma: saber o tamanho das coisas. Disse Protágoras que o ser humano era a medida de todas elas. Nos últimos 364 dias, tive tempo para me preocupar com a altura de um roupeiro, a largura de vários móveis, o preço da gasolina, a espessura de uma televisão, o tamanho de muitas peças de roupa, o valor de uma prestação mensal, o diâmetro de uma jóia, a duração de uma máquina de roupa escura, a temperatura do forno, a distância de Lisboa a um sem-fim de sítios, as calorias de iguarias diversas, a intensidade de tanta coisa boa ou não.

Talvez que o segredo resida na distinção algo paradoxal entre pequenas e grandes coisas. Saber separar o trigo do joio. Sem passar ao lado do que as coisas pequenas têm de grande. Sem fazer grande coisa das que são e merecem ficar pequenas. Sem apoucar as coisas verdadeiramente grandes. E sem deixar, tão-pouco, que se agigantem para lá de um limiar que cabe a cada um descobrir.

Gosto de viver num mundo a muitas dimensões...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Dias de sensações


Os últimos dois dias foram de folga. De celebração, de perguntas e respostas, de saudades enfim mortas e de outras renascidas. A 8 de Janeiro, o codornizes fez meses (três) e eu fiz anos (menos de três vezes dez). Beijinhos e abraços teriam de ser muitos, mas pego no número três e digo tudo em música: Sextos sentidos, dos Silence 4 com Sérgio Godinho, para a Sofia, que consegue, quando quer, ter um sétimo sentido. We can work it out, dos Beatles, porque acho que é verdade e porque a Teresa ma dedicou (para não repetir, eis uma versão de Noa). E Moon river, por ser quase um hino deste blogue, na voz d'A voz.
08 - Silence4 - Se...
Silence 4 e Sérgio Godinho - Sextos sentidos

Noa - We can work ...
Noa - We can work it out

Frank Sinatra) - M...
Frank Sinatra - Moon river

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

28 assim nunca mais

Um dos meus grupos favoritos está em crise. Os espanholíssimos e deliciosamente pirosos La Oreja de Van Gogh ficaram sem a vocalista Amaia Montero, que parte para outros voos. A banda não acabou, quer dar a volta por cima, mas não sabe como. Com esta vozinha é que já não conta... só fico com pena de nunca os ter visto ao vivo.

La oreja de Van Gogh, El 28

Sí, quiero saber
si tú también recuerdas algo de aquel café
espero a veces sin entender por qué.

sábado, 8 de dezembro de 2007

A 8 de Outubro este blogue era assim

Dois meses é pouco, mas é pretexto para ouvirmos uma vez mais o nosso hino oficial, que é uma das músicas mais bonitas do mundo. Desta feita, na voz de Perry Como. We're after the same rainbow's end / Waiting round the bend.

Perry Como - Moon ...

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Mortadelo y Filemón

Os agentes da T.I.A fazem 50 anos! Aqui vai um abraço fuertísimo para o Mortadelo dos mil disfarces e para o seu chefe Filemón Pi (Salaminho no Brasil, Salamão em Portugal). E cumprimentos para o Superintendente Vicente, a vetusta secretária Ofélia, o desastroso professor Bactério e, em representação dos vilões, o meu preferido: Chapeau, el Esmirriau.
Os tebeos do Mortadelo, presença de longa data lá em casa, chegaram-me, sobretudo, das viagens a Espanha (às vezes iam só os meus pais e traziam-nos aquelas compilações pesadíssimas). Delicio-me com os disparates desta dupla, que, sem que déssemos por isso, fez meio século sem perder a graça. Outro abraço terá de ir, pois, para Francisco Ibáñez, o autor.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Vous me pardonerez, Madame...

Catherine Deneuve fez 64 anos ontem. O pedido de desculpas é mesmo pelo dia de atraso, não por me atrever a falar abertamente da idade de uma senhora. Esta mulher não tem tempo ou, se o tem, é apenas para refinar a elegância, a sensualidade, o enigma. O clip é do mesmo filme do meu último Sunday soundbyte, para que vejam que Catherine brilha entre 8, 80 ou 800 mulheres. Pelo prazer de a ouvirmos cantar (é mesmo a voz dela!). Pela coreografia deliciosa. E porque, nem que seja no ecrã do cinema, da televisão ou do computador, é impossível resistir à tentação de rebobinar vezes sem conta só para a ouvir dizer "Tu es mon homme". Depois, há o diálogo (ou direi duelo?) entre o canto-beicinho de Deneuve e o cigarro inapagável nos beiços da inapagável Fanny Ardant (seis anos mais nova do que a aniversariante), de quem me doeu não pôr imagem no outro dia. O pas de deux não deslustra nenhuma das duas, antes põe a brilhar as suas belezas contrastantes, como se fossem dois cálices de vinho do Porto de diferentes colheita, cor, corpo e aroma. Joyeux anniversaire, Belle de jour!