Uma das coisas que me faz mais confusão é a relação que os pescadores têm com os rios e com os oceanos, como se não dependessem deles para a sua sobrevivência...
Só pensam no hoje. Para eles, o amanhã não existe mesmo.
Ainda hoje vi um pescador a deitar "lixo" para o Tejo, como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Embora não me faltasse vontade, acabei por não o questionar. Mas se o questionasse, o mais certo era ser "enxovalhado", como se não tivesse nada a ver com o que ele fazia, como se o Rio não fosse de todos nós...
(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)