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sábado, janeiro 18, 2025

A desagregação de freguesias que não chegou a Almada (nem às Caldas da Rainha)...


Consultei a lista das freguesias que são ser desagregadas de outras (são cento e trinta e cinco) e não encontrei qualquer sinal do Concelho de Almada, mesmo que algumas uniões sejam autênticos erros de casting, pelo menos para quem conhece a história local e o dia a dia destes pequenos centros urbanos.

O mesmo se passou em relação às Caldas da Rainha, onde até existe uma união entre uma freguesia urbana unida a duas rurais (Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório)... e irá continuar a existir. Aqui é que se deve sentir o "abandono autárquico"...

Mesmo assim, estou satisfeito, pelas mais de cem freguesias que voltam a caminhar, apenas com os seus pés. Sei que se trata de uma reposição justa e uma forma de servir melhor as suas populações.

Sei do que falo. Assisti às mudanças de um concelho com o de Almada, que passou de onze para cinco freguesias. O que foi mais notório foi a "desresponsabilização" dos autarcas, com a velha desculpa, de que lhe era impossível estar em todo o lado ao mesmo tempo. Isso fez, entre outras coisas, que cada vez apoiassem menos as colectividades recreativas, culturais e desportivas, tal como outras instituições que serviam os almadenses. Neste caso particular, diziam sempre que não havia dinheiro para tudo...

Por se tratar de um Concelho onde há um grande envelhecimento da população (especialmente nos centros urbanos mais antigos, como são os casos de Almada, Cacilhas, Cova da Piedade ou Trafaria), a anterior divisão de freguesias permitia uma maior proximidade junto das populações. Infelizmente, esta ligação foi desaparecendo com o tempo, assim como a própria identidade dos lugares, quase sempre com uma história muito própria, e bastante rica, como são os casos de Cova da Piedade, Trafaria ou Cacilhas.

Se acho natural que as freguesias do Feijó e Laranjeiro, assim como a Charneca e Sobreda de Caparica, devem permanecer unidas, acho que pelo menos a Cova da Piedade, o Pragal e a Trafaria, deviam ser freguesias autónomas.

Todos tínhamos a ganhar, especialmente os habitantes destes pequenos centros urbanos.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)

Nota: Este texto foi publicado primeiro no "Largo da Memória".


terça-feira, outubro 19, 2021

Sentir Vergonha Alheia...


O tratamento dado às coisas da cultura continua a indignar-me e a fazer com que sinta "vergonha alheia", por parte da equipa que gere o Município. Não consigo perceber a facilidade com que se continuam a "destruir" alguns espaços culturais de Almada, que o PS herdou da CDU.

Já falei por aqui mais que uma vez da vergonhosa "destruição" do Museu da Música Filarmónica (segundo as últimas informações que recebi é agora o "abrigo" de uma companhia teatral do Concelho...). 

Agora foi a vez do CIAV...

Há muito que o Centro de Interpretação de Almada Velha (CIAV) está fechado (antigo "Salão das Carochas"...), mas nunca pensei que o forte investimento tecnológico sobre a história de Almada, feito pelo Município, fosse também para "deitar fora". 

Cada vez tenho menos dúvidas de que os Socialistas têm mesmo pavor às inovações culturais feitas pela CDU em Almada...

Como a minha companheira é associada da "Fruta Feia", fiquei a saber que este mercado de fruta semanal, que antes funcionava no Mercado do Pragal, vai passar a funcionar a partir de hoje no CIAV (Centro de Interpretação de Almada Velha). 

Como conheço o interior do espaço, estou expectante em saber como é que é possível transformá-lo num "centro de distribuição de fruta"...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quarta-feira, setembro 23, 2020

Quando a Presidente de Câmara nos "Envergonha"...


Quando ouvi Inês Medeiros, presidente do Município de Almada, a gracejar sorridente na televisão, que os moradores do bairro social do "Picapau Amarelo", "têm uma vista maravilhosa" e que não se importava de ir para lá viver amanhã, pensei que se tratava de uma "brincadeira". 

Não, é muito pior que isso: é a demagogia política no seu melhor.

Como é que uma presidente de Câmara é capaz de dizer isto? Até parece que as pessoas  vivem apenas da vista das suas habitações e que as condições de habitabilidade das suas casas não contam para nada. Com a agravante de existirem muitos apartamentos que precisam de obras há mais vinte anos (Isto sem pôr em causa que muitas vezes são os próprios moradores os culpados das más condições em que vivem, pelos seus comportamentos destrutivos e por não fazerem a manutenção devida). 

Se eu morasse no bairro do "Picapau Amarelo" (ou apenas "amarelo"...), aparecia na sede do Município e propunha-me trocar de casa com a presidente, já amanhã.

Pois é, parece que só falta mesmo, roubarem-lhes a vista (e vontade não deve faltar a muitos especuladores e agentes imobiliários, que adorariam encher toda a margem sul do rio com condomínios fechados e hotéis de luxo).

(Fotografia de Luís Eme - Monte de Caparica)

terça-feira, abril 21, 2020

Brincar ao "Ontem e ao Hoje", na Mutela...

Muito graças ao sempre histórico e apelativo, blogue "Almada Virtual Museum",  de Rui Granadeiro, especialmente ao seu último texto, alusivo à Mutela e ao livro "Memórias da Minha Rua", de Cecília do Carmo Alves, resolvi pegar numa "fotografia tripla" publicada e perceber o que mudou (muito pouco diga-se de passagem...), através do meu olhar fotográfico...


A primeira fotografia exigiu um pouco mais de atenção, para descobrir a "casa do portão", por já não ter os seus pisos superiores...


As outras foram mais fáceis. A do Beco está mais próxima, devido aos carros estacionados...


Esta última fotografia está mais aberta, mas dá para ver que é o mesmo prédio (obrigado Rui!)... E tirando a cor, pouca coisa mudou na Mutela.

(Fotografias de Luís Eme - Mutela)

sábado, março 21, 2020

Por Aqui (Ginjal)


Todo o Ginjal é um "livro de poesia"...


Por Aqui (Ginjal)

Todos os que saem à rua
recebem o abraço do Sol
até ao final do dia
e se esperarem pela noite
também recebem
um beijo estrelado da Lua...

(Luís (Alves) Milheiro


(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)


quarta-feira, março 18, 2020

Não sei se Almada é Diferente, Mas...

Não sei se Almada é diferente de outros lugares, mas por aqui, o "vazio das ruas", é mesmo a realidade destes dias estranhos.

Farto de estar fechado em casa, como tinha de vir à rua, resolvi fazer uma caminhada de quase uma hora, aproveitando a companhia do Tejo, ao longo do Cais do Ginjal.


Cruzei-me apenas com três pessoas. Um casal e  um pescador...

Mas precisava mesmo de andar, de sentir o vento ligeiro que vinha da margem do rio. E claro, trocar duas ou três palavras com o Tejo...

(Fotografias de Luís Eme - Ginjal)

domingo, novembro 03, 2019

Nova Lixeira no Ginjal

Ontem ao passar pelo Ginjal descobri uma "lixeira" rente a um espaço alternativo de cultura.

Não faço ideia do que aconteceu, se foi despejo, ou outra coisa qualquer.

Só faltava mais este efeito "decorativo" no Ginjal, para turista apreciar...

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)

domingo, outubro 06, 2019

"Sobreda Ontem e Hoje" do Centro de Arqueologia de Almada

Ontem à tarde o bonito Solar dos Zagalos encheu-se de gente para receber a festa do lançamento do livro, "Sobreda Ontem e Hoje", um trabalho de investigação de Elisabete Gonçalves e do Centro de Arqueologia de Almada, editado pela Junta de Freguesia de Charneca de Caparica e Sobreda.

Houve uma pequena exposição, animação musical (com um excelente duo e o rancho folclórico da Morgadinha, segundo as palavras do seu representante, o mais antigo do Concelho), os discursos do costume e uma excelente apresentação da obra por parte da Elisabete, também ela uma "sobredense" (é o termo que vem no livro...), pois foi ali que cresceu e se fez mulher. Explicou como foi realizada a investigação e fez um resumo da obra, capítulo a capítulo, sem se esquecer de ir agradecendo o apoio das pessoas, que estavam na plateia.

Infelizmente o Centro de Arqueologia de Almada - provavelmente a colectividade que mais tem feito pela história do concelho nas últimas décadas, com a sua acção junto das escolas e da população do Concelho - passa pelas mesmas dificuldades que a maior parte das associações almadenses, graças à indefinição e falta de apoio do Município, com quem desenvolveram inúmeras parcerias, no passado recente. 

Quem tem conhecimento do muito que se fez, sabe que a Autarquia só ficou a ganhar, com o trabalho de excelência produzido pelos elementos do Centro de Arqueologia de Almada.

(Fotografia de Luís Eme - Sobreda)

sábado, agosto 03, 2019

A "Piscina" do Jardim Está Vazia...

Antes de ir de férias reparei que a fonte junto aos azulejos de Manuel Cargaleiro, num dos Jardins Públicos (que ficava bem com o nome do pintor...) de Almada estava vazia.

Já em Agosto, reparei que se mantinha sem água.

Sei que é "terrível" para a malta que fazia daquele tanque a sua piscina, neste Verão quente, mas é uma boa medida para a saúde pública. Pois a água, apesar de circular, estava longe de manter as condições de higiene desejadas, muitas vezes via-se com dificuldade o fundo, apesar da fonte ter menos de um metro de profundidade....

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, junho 05, 2019

Explorar a Maré Baixa no Ginjal...


Na manhã de ontem fiz uma coisa que nunca tinha feito.

Vim de Almada para Cacilhas pelo caminho mais distante, ou seja, pelo Ginjal.

Já à beira rio descubro que há muito tempo que não encontrava o Tejo "tão vazio". 

Foi por isso que desci à praia das Lavadeiras e me aventurei por caminhos "ainda não navegados". 

Caminhos que normalmente estão cobertos de água...

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, fevereiro 09, 2019

A Petição para uma "Terceira Ponte"


Quando soube da apresentação de uma petição pública, por uma nova travessia do Tejo (túnel Algés-Trafaria), a primeira coisa que pensei, foi que se devia tratar de um grupo de pessoas que queriam marcar a sua posição, política, mesmo que esta estivesse longe de ser uma prioridade, especialmente para a Trafaria.

Para mim, a grande prioridade para a Trafaria, continua a ser a "reconquista" da sua praia, passando de estaleiro das pequenas embarcações para estância balnear (apesar da poluição, tem melhores condições naturais que a maior parte das nossas praias fluviais...)

Mas depois percebi que era uma iniciativa das gentes da Charneca de Caparica e da Sobreda (as freguesias com mais habitantes do Concelho), e que elas têm toda a legitimidade em procurar uma forma de chegar mais cedo a casa, sem perderem o tempo que perdem nas travessias do Rio.

O que eu não sei, é se os peticionários sabem que estão a falar de uma localização que está inserida no chamado "Canal do Tejo", que em alguns lugares do rio, tem a profundidade de 75 metros... O que é capaz de dificultar um pouco as coisas no campo da engenharia e nos custos...).

sexta-feira, janeiro 18, 2019

"Na Margem, uma história de rock"


O Museu da Cidade (de Almada...) inaugurou na noite de sábado passado a exposição, "Na Margem, uma história de rock", que faz a viagem deste género musical desde o começo dos anos sessenta do século passado até à actualidade.

Passei por lá hoje de manhã e gostei do que vi, como de costume (parabéns "Meninas"...).

E vou mais longe, esta exposição deveria ser visitada pela maioria dos almadenses que gostam de música, de história e de estórias... 

Fiquei também a saber que o António Manuel Ribeiro, que tocou na noite da inauguração da exposição com os seus UHF, disse algo de muito honroso para a "minha Incrível": «A Incrível Almadense foi mais importante do que o Rendez Vous. Eu sei do que falo. eu estava lá.»

(Fotografia de Luís Eme)

terça-feira, janeiro 01, 2019

A Minha Principal Tertúlia Gastronómica...

A minha principal tertúlia gastronómica tem como cenário o Restaurante Olivença, que fica próximo do Mercado de Almada e acabou por ser baptizada pela "Tertúlia do Bacalhau com Grão". Este nome deve-se ao facto dos nossos encontros "comensais" terem lugar à segunda-feira, dia em que é confeccionado o melhor bacalhau com grão de Almada e arredores.

Esta tertúlia existe há mais de meia-dúzia de anos e é sobretudo um espaço de amizade e de convívio e teve como principal mentor Orlando Laranjeiro. No início éramos quatro, o Orlando, o Xico, o Carlos e eu. Depois foram aparecendo novos amigos (Carlos II, Carlos III, Viriato, Jaiminho, Mário e Luís), que se integraram com facilidade no espírito da coisa. 

Embora o Carlos I, goste de dizer com ironia que na nossa tertúlia não se "diz mal de ninguém", o que salta à vista de qualquer pessoa mais atenta, é a amizade reinante entre todos, que tanto nos permite contarmos uma anedota picante, como falar da história de Almada, da realidade que nos cerca - quer a nível local, nacional e internacional, ou, não menos importante, falarmos das pessoas e das Colectividades de que gostamos. 

Infelizmente este último trimestre não tem sido nada agradável. Momentaneamente vimo-nos privados da companhia do Orlando e do Carlos I, por problemas de saúde. Para piorar as coisas, o nosso Carlos III partiu neste final de ano, sem ter tempo para se despedir dos amigos.

Apesar destes "golpes traiçoeiros", na próxima segunda-feira, lá estaremos. Como de costume falaremos de tudo o que nos apetecer, até da ausência dos nossos queridos amigos, com a cumplicidade de um outro Carlos, que gere a nossa "Casa de Pasto" e sempre nos tratou como uns "lordes"...

(Fotografia do Carlos da "Olivença")

quinta-feira, dezembro 27, 2018

A Beira-Rio em Dezembro...


Nestes dias frescos, não é das coisas mais agradáveis, ficar parado à beira-rio, mesmo que seja numa esplanada com uma vista única. 

É também por isso que os restaurantes quer ficam no "coração" do Ginjal, têm sempre uma manta à espera dos clientes...

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, outubro 13, 2018

Lisnave Volta a ter Vida (por um só dia...)

A organização do "Almada Extreme Sprint" no território da antiga Lisnave teve no mínimo uma virtude, voltou a dar vida a este lugar, completamente abandonado há quase duas décadas.


A entrada livre possibilita ao público ver os carros de corrida a acelerarem pelas estradas largas e livres, mas também o espaço e os armazéns, completamente subaproveitados, e os  vestígios, a caminho da ruína, daquele que foi um dos grandes estaleiros navais europeus...

(Fotografias de Luís Eme - na primeira podem ver-se os carros do piloto almadense, Rui Madeira, que foi campeão do mundo de ralis na sua categoria, que apadrinhou e participa na prova)

segunda-feira, outubro 01, 2018

As Pausas...


As pausas que fazemos, aqui e ali, de algumas coisas da vida, podem ser voluntárias ou involuntárias...

Sim, podemos ser nós a fecharmos portas atrás de nós, mas também podem ser os outros a fechar portas, antes de termos oportunidade de entrarmos...

Mas como em tudo na vida, é no aproveitar que está o ganho.

Sim, uma das coisas que as "pausas" têm de bom, é  obrigarem-nos a reflectir, a pensar, não só nos porquês, mas também em coisas mais importantes, que estão algures dentro num poema-canção, "o que faço aqui"... e também "de quem me esqueci"...

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, agosto 24, 2018

Nunca Fiando...

A praia da fotografia que acompanhava o texto anterior é um lugar especial no Ginjal, pelas piores razões.

Ainda há não muito tempo era normal passarmos por lá e descobrirmos um fio de água suja (dos esgotos de algum lugar...). Não foi por acaso que baptizaram aquele espaço balnear como a "praia do cagalhão"...

Ou seja, temos aqui mais um caso que acaba por ser inibidor, na questão dos banhos...

(Fotografia de Luís Eme - 2016) 

terça-feira, julho 10, 2018

Homenagem à Indústria Naval na Caparica


Um dos conjuntos artísticos mais curiosos do Concelho, encontra-se na rotunda que nos leva até ao Monte da Caparica, da autoria de José Aurélio.

Há ali um pouco de "escultura" e de "arquitectura" e, sobretudo, muito memória da Indústria Naval, que durante décadas foi um dos principais factores de desenvolvimento de Almada, através da criação de empregos e de serviços.

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, junho 09, 2018

O Bonito Dia (Internacional) do Arquivos


O que seria de nós, investigadores, sem os arquivos...


E nem tenho medo do excesso de informação. Quando ela rareava era bem pior...

domingo, maio 06, 2018

Incêndio nos Antigos Armazéns em Ruinas...


Como todos sabemos, a maldade humana revela-se nas pequenas e grandes coisas.

Foi dessa forma que parte dos antigos armazéns e casas de habitação dos operários da Teotónio Pereira, no Ginjal, já em ruínas, foram alvo de um incêndio, que fez com que agora só fiquem a restar apenas as paredes, de cimento e pedra...

(Fotografia de Luís Eme)