Guilherme Espírito Santo deixou-nos hoje, com noventa e três anos de idade.
Foi um dos grandes desportistas do nosso país, desde os anos trinta aos anos cinquenta do século passado. Além de extraordinário avançado do Benfica e da selecção, também foi um atleta ímpar, tendo sido recordista nacional de salto em comprimento, salto em altura e triplo-salto, durante largos anos.
Guilherme viveu os últimos anos da sua vida em Cacilhas.
Tantas vezes que nos cruzámos, quer na praça Gil Vicente, quer na avenida 25 de Abril, onde viveu... onde me oferecia sempre o seu sorriso inesquecível e algumas palavras agradáveis, de circunstancia, que o definiam como "gente boa".
Tratava-o por senhor Guilherme, desde que me fora apresentado pelo escritor Henrique Mota, nosso amigo comum, ainda na primeira metade dos anos noventa do século passado.
Além de ter sido premiado com a "Águia de Ouro" pelo Benfica, também recebeu o prémio "Fair-play" do Comité Olimpico Português, para premiar o seu comportamento exemplar dentro e fora das quatro linhas, e claro, nas pistas de atletismo.