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terça-feira, novembro 26, 2024

A água que se desvie...


Por sermos um país onde  não chove muito, o planeamento das cidades continua a ser feito a pensar apenas no presente, ignorando as vicissitudes e os caprichos da própria natureza. 

Além de construirmos em cima de linhas de água (secas), ainda fazemos coisas mais parvas: reduzimos os cursos de água existentes a canais subterrâneos ou a meros ribeiros, muitas vezes ladeados de pedras ou cimento (algumas até têm o piso inferior forrado a cimento...). 

Mas ainda vamos mais longe: por não gostarmos muito de cortar as ervas nos espaços públicos, escondemos a terra com pedras, alcatrão e cimento, limitando cada vez mais os espaços onde a água, pode e deve, ser absorvida pelos solos...

Não tenho grandes dúvidas que num futuro próximo, iremos ter as nossas "Valências", principalmente nas localidades que se situam ao nível do mar e onde as pessoas preferem assobiar para o ar, em vez de pensar em mudarem-se para lugares mais seguros...

Percebem quase sempre, tarde demais, que a água não se desvia, escolhe sempre o caminho mais próximo e rápido para passar...

(Fotografia de Luís Eme - Sobreda)


quarta-feira, junho 23, 2021

"O Nosso Parque da Paz - o pulmão da cidade"


Hoje de manhã passei pela Junta de Freguesia do Feijó e Laranjeiro, para ver a exposição de aguarelas de Carlos Canhão, "O Nosso Parque da Paz - o pulmão da cidade".

Quase que me fica mal dizer que fiquei agradavelmente surpreendido com a beleza de algumas imagens, porque o nosso "Monsanto" é um lugar onde não falta beleza nem motivos inspiradores, e a qualidade artística de Carlos Canhão é reconhecida por todos os almadenses.

Mas o artista não se limitou a pintar, também escreveu. Cada aguarela conta a sua história.... é uma exposição para "ver e ler", sim, está próxima da poesia ilustrada.

Gostei de um outro lado da exposição, o lado da memória, de quem não esquece, de quem é grato à mulher que foi a grande responsável por hoje termos um "pulmão" verde, onde podemos andar, correr, saltar ou simplesmente ficar ali, a descansar e a pensar, que a vida às vezes parece uma coisa boa... sim, foi e é bonita a homenagem a Maria Emília de Sousa, que nenhum almadense deve ter dúvidas que foi uma grande presidente do nosso Município, cuja obra continua bem visível...

E neste tempo estranho, é sempre bom deixar aqui um aplauso à Junta de Freguesia do Feijó e do Laranjeiro e ao seu presidente, Luís Palma, que não se "assustou" com a pandemia e abriu mais uma vez a sua casa à Cultura, para apoiar a exposição e a edição do bonito livro-catálogo, que nos ajudará a rever, sempre que quisermos, a arte do Carlos e a beleza do Parque da Paz.

Para terminar, informo que quem gosta de fotografia, tem também uma outra exposição (em frente), do Ruben e da Sofia, que nos mostram o seu olhar fotográfico - sensível, bonito e original - do nosso Parque (cheio) de Paz.


domingo, outubro 18, 2020

"Atentado" na Fonte da Telha com Tons Laranja


O problema ambiental criado na Fonte de Telha neste último Verão pelo Município de Almada, fez com que me questionasse sobre as responsabilidades locais ao nível da vereação, mesmo sabendo que as obras efectuadas deverão ter sido discutidas em reunião de câmara e não desvinculam, nenhuma das forças políticas que fazem parte da coligação que governa o Concelho (PS/ PSD), muito menos a sua presidente, Inês Medeiros.

E bastou consultar o boletim municipal para constar que os pelouros directamente ligados a este "atentado", pertencem aos vereadores do PSD. Ou seja, Nuno Matias é o responsável pelos Espaços Verdes, Ambiente e Energia, e Miguel Salvado tem a seu cargo a Rede Viária, Trânsito e Frota.

(Fotografia de Luís Eme - Fonte da Telha)


quarta-feira, agosto 19, 2020

Vem Aí "Mau Tempo no Canal"...


Hoje, ao fim do dia, a mudança de tempo na foz do Tejo, ofereceu uma bonita tonalidade de castanhos e cinzentos, amarelados...

(Fotografia de Luís Eme - Tejo)

segunda-feira, outubro 21, 2019

Manuel Lima: a Excelência da Ciência para Todos


O professor Manuel Lima apresentou no sábado, em Corroios mais um livro da sua autoria ("À Descoberta dos Fósseis em Portugal"), onde volta a demonstrar a sua grande capacidade intelectual, como pedagogo, escritor e observador, sempre atento a tudo o que está relacionado com as ciências da natureza.

À qualidade literária a que Manuel Lima já nos habituou - com uma linguagem cientifica acessível a todos -, juntam-se as centenas de fotografias que ilustram a obra, também da sua autoria, que é do melhor que já se fez nesta área, no nosso país.

É uma maravilha este "À Descoberta dos Fósseis em Portugal".

quarta-feira, março 21, 2018

Porque Hoje se Abraçam os Poetas...


Não esqueço a Primavera e as queridas Árvores... Apenas lembro com um abraço os Poetas. E é por isso que vos ofereço a minha "Rima de Poetas", cheia de gente bonita:


Rima de Poetas

Camões começou a epopeia
Pessoa trouxe a complexidade
Natália quis ser sereia
Torga agarrou a realidade
Zé Gomes foi militante
Florbela a deusa do amor
Ary o poema cantante
Herberto pintou a dor
Rosário abraçou a saudade
Luísa a memória
Teresa a felicidade
Vasco a história
Adilia é a infância
O’Neill as frase certas
Alegre a errância
David as portas abertas
Zeca foi revolução
Sophia é tranquilidade
Belo a inquietação
E Sena a verdade.
   
Luís [Alves] Milheiro

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, março 14, 2018

A "(Na)Tureza" de Anabela Luís


É no sábado, às 16 horas, na Sede / Galeria da SCALA...

domingo, maio 22, 2016

Publicidade Positiva


Gostei de ver a publicidade que a Junta das Freguesia da Charneca de Caparica e da Sobreda colocou na contracapa do boletim que publicou no mês passado. É aquilo que eu chamo publicidade positiva, para o ambiente e para todos nós.

Esta autarquia oferece aos habitantes das suas localidades números de telefone para um novo serviço de recolha de entulho.

Que sejam usados e que sejam reduzidas as "lixeiras a céu aberto" que encontramos um pouco por todo o lado.

segunda-feira, março 21, 2016

A Clara tem Razão...


A Clara tem razão, a poesia é isto tudo...

Poesia é Vida

A poesia é
o musical
da minha vida
poesia é melodia
que há em mim
Poesia é frescura
num Verão quente
Poesia é linda
Quando sentida
Poesia é:
Simplesmente Vida…


                    Clara Mestre

(Óleo de Conceição Silva)

quarta-feira, fevereiro 24, 2016

A Beleza Indestrutível do Ginjal

O Ginjal vai caindo um pouco todos os dias.

Mas esta "erosão" natural (se esquecermos que tudo aquilo tem dono...), não se intromete na beleza natural deste lugar marginal do Tejo.

O Rio é o grande responsável pelo encanto que se descobre na parede pintada, por artistas à procura de espaço e de mais qualquer coisa (porque a arte não são apenas rabiscos...) ou no muro cheio de castanhos da areia que se misturava com o cimento, a que se junta a tonalidade quase encarnada do tijolo  ou o branco sujo da tinta que resta...

É por isso que muita gente atravessa o rio e transforma este lugar num "estúdio" fotográfico, como esta dupla que apanhei na Praia das Lavadeiras, numa paragem a discutir planos.

(Fotografia de Luís Eme)

terça-feira, agosto 11, 2015

Flores do Ginjal


Sem nada para dizer, publico esta minha  fotografia de Julho, que é o que é: Flores do Ginjal.

Isto acontece porque o "Casario" há já algum tempo que também é um blogue de retratos do Luís Eme...

terça-feira, agosto 04, 2015

Fim de Tarde no Ginjal


Há pouco Tejo neste fim de tarde (domingo...), com o rio praticamente sem ondas.

Ando e sinto que nada mudou nas paredes, nem nas pessoas...

São quase todas de fora, os que passeiam e os que se plantam nas esplanadas do "Atira-te ao Rio" e do "Ponto Final".

Escuto distraído inglês, francês e espanhol (este de forma mais audível, porque os nossos vizinhos são muito mais palavrosos...). Pouco português, porque até os empregados de mesa tentam acompanhar a "dança" das palavras dos clientes.

Perguntam-me porque tenho de voltar sempre aqui.

Respondo com uma frase curta: «porque amo este lugar».

sábado, maio 09, 2015

O Carro Já Era, Ficou o Buraco...


Já "despacharam" o carro que estava de pernas para o ar no Ginjal (não era assim tão grande como isso...), provavelmente por via fluvial.

Agora fica o buraco, com as grades ainda mais caídas, que não deixa de ser um "lugar de interesse turístico", no meio de novas placas de proibição afixadas, agora amarelinhas...

domingo, abril 19, 2015

Os Contrastes do Modesto


Na tarde de ontem assisti ao lançamento do livro de fotografias, "Contrastes  / naturezavsurbano", da autoria do fotógrafo almadense, Modesto Viegas, na Livraria Ferin.

A obra foi apresentada por Rúben  Neves, amigo, fotógrafo e companheiro de muitas das aventuras registadas  no álbum (com e sem animais).

Gostei de ter aparecido e de assistir a uma apresentação onde o companheirismo e a amizade, substituíram com grande vantagem a coloquialidade que surge por vezes nestes lugares,  oferecendo mais alegria e descontracção ao momento.

O livro é de uma beleza inquestionável, com oitenta belas imagens, num "contraste" que passa a ser, por agora, o melhor cartão de visita do Modesto, enquanto "fixador de imagens".

sábado, março 21, 2015

Porque Ainda se Festeja a Poesia...


Porque ainda se festeja a Poesia, a Primavera e as Árvores...

PRIMAVERA

Fico emocionada
Com a Primavera
Quando os verdes campos
Estão à minha espera
É tudo tão verde
E com tanta flor
Corações em festa
Falam-nos de amor.
Verdes são os campos
Da mãe natureza
Que com seus encantos
Falam de beleza.
Searas tão belas
São da cor do ouro
Sendo tão singelas
São nosso tesouro.
Papoilas vermelhas
No meio do trigal
Com o verde da esperança
Canta Portugal…

                          Clara Mestre

 (O óleo é de Parviz Payghamy)

sábado, novembro 01, 2014

O Milagre de Cacilhas (1 de Novembro de 1755)


Novembro começava:
nem farrapo de tule
a perturbar o céu,
do mais profundo azul.
O Tejo preguiçoso e calmo,
deslizava, ao receber
os beijos que o astro
rei lhe dava,
E o povo sereno,
por esse raro encanto,
sentia-se feliz,
naquele dia santo...
mas eis que num momento
quem pensar poderia?!
Apagava-se o sol,
o céu escurecia,
as árvores gemiam
(pois seus troncos vergavam)
e logo emudeceram
as aves que cantavam:
a Terra começava a tremer
a tremer... a tremer...
era a mão da tragédia
a fazê-la mover!
As águas do Tejo
as margens galgaram,
horror de miséria 
p'las ruas entraram,
em Cacilhas junto ao mar,
a tragédia era irreal,
o pobre povo a chorar,
pedia a Deus um sinal.
Mas eis que um pescador,
cheio de fé e confiança,
foi à capela buscar,
Nossa Senhora da "Esperança"
naquela hora em que,
nos braços a Virgem leva
ele entra nas ondas bravas, 
quando o mar galgava a Terra.
E tudo se aquietou,
naquele tão triste dia,
foi um milagre de Amor,
da Virgem Santa Maria
e passados estes anos, 
voltamos a recordar,
a tragédia e o milagre
que houve aqui neste lugar.

Clara Mestre

(Este bonito e sentido poema de Clara Mestre - Amiga e Gente grande da poesia almadense - foi publicado aqui, porque hoje é o dia grande da Cacilhas, o dia da procissão e da homenagem dos cacilhenses a Nossa Senhora do Bom Sucesso, pelo seu milagre, bem descrito nas palavras da Clara)

sexta-feira, julho 18, 2014

A Casa da Cerca


Ao publicitar os miradouros de Almada, tenho de falar, obrigatoriamente, dos jardins da Casa da Cerca, plantados com os olhos postos no muito Tejo e na sempre bela Lisboa.

É um lugar extraordinário, calmo e agradável, que agora, além da arte, também oferece serviço de cafetaria...

quarta-feira, fevereiro 05, 2014

As Rochas da Praia da Fonte da Pipa


Quando a maré baixa, descobrem-se alguns pequenos rochedos, na praia da Fonte da Pipa, provavelmente pedaços do "tremoceiro", uma rocha maior que "habitou" por ali durante largos anos...