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sexta-feira, janeiro 20, 2023

"A Avenida Central e Histórica da Nossa Terra"


Poucas pessoas conseguiram expressar o seu amor por Almada e pelo Associativismo Popular, através de palavras, como o Orlando Laranjeiro. Tem poemas muito bonitos e sentidos, mas também muita prosa. A sua "Rua Direita" (Rua Capitão Leitão), está sempre presente, como neste pequeno texto onde recorda a importância do Associativismo na vida dos Almadenses:

«Embora já, com grande dificuldade, ainda me consigo deslocar até à minha velha Rua Direita, que foi a Avenida central e histórica da nossa Terra, onde passearam e viveram muitos dos grandes vultos Almadenses.
Avenida onde funcionaram e ainda funcionam, embora de maneira mais lenta, as suas velhas “Universidades,” reconhecidas como Colectividades de Cultura e Recreio. Quanto a mim, as mais importantes. Mas também por lá nasceram, moraram e ainda moram, outras agremiações, tais como: Associação de Socorros Mútuos, Almada Atlético Clube, Clube campismo de Almada, e Associação Amigos da Cidade de Almada, que também contribuíram e têm contribuído de maneira empenhada, para o nível Associativo, cultural e cívico, que constituiu, e de certo modo, ainda constitui, o ADN de 
grande parte dos Almadenses.»


(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quarta-feira, janeiro 18, 2023

Mais um Grande Amigo que nos Deixa...


Não quero transformar o "Casario" num obituário, mas não posso deixar de prestar aqui, a minha homenagem a um dos meus grandes Amigos e um excelente Mestre da história e das histórias de Almada, que nos deixou hoje.

Falo de Orlando Laranjeiro, que foi um dos grandes associativistas do concelho de Almada do século vinte (fez um trabalho notável na Incrível Almadense), um desportista de grande valor (atleta internacional de andebol e treinador vice-campeão nacional com as cores do seu Almada), mas sobretudo, um homem de grande carácter e dignidade.

E como ele gostava de estar com os amigos... Foi por isso que ajudou a criar várias tertúlias e jornadas de convívio, que também serviram para homenagear grandes figuras de Almada.

Embora não gostasse de ser tratado como poeta ou escritor, também nos deixa uma obra de grande valia no contexto local, com três livros ("Almada, Terra Coragem"; "Deixem-me ser Quem Sou!" e "Almada nas Asas do Sonho") que dizem muito sobre a personalidade deste homem solidário, amante da verdade e extremamente sensível, em relação à história da sua Terra e também às questões sociais que nos rodeiam. 

Não era por acaso que, algumas das coisas que mais o incomodavam nos seus últimos tempos era o crescimento do egoísmo, do individualismo e do populismo (que trazia quase colada a extrema-direita...).

A melhor maneira de fechar este pequeno texto, é recorrer à parte final do prefácio que escrevi do seu terceiro livro: "Nunca é demais agradecer-te, Orlando, por seres um gigante no Amor, na Amizade e na Solidariedade!"

(Fotografia de Luís Eme - Almada)