Edgar, é um nome que se mistura com o de Alexandre, Castanheira, o poeta, o professor, o político, o associativista, o operário, já para não falar das mil e uma ocupações que teve, durante os quinze anos, que passou na clandestinidade, ao serviço do PCP, onde foi um dos seus principais dirigentes (no final da década de cinquenta, princípio de sessenta).
Hoje Edgar faz oitenta anos. Tal como o seu irmão gémeo, Alexandre. Para ambos o meu aplauso e um poema:
Olhas o Rio
Olhas o rio com ternura,
Sentado, junto ao cais...
Foi daqui que partiste,
Para uma viagem
Quase sem destino...
Depois foram anos de luta,
Quase sempre “escondido”
No porão da barca vermelha
Que navegava de terra em terra,
Em busca da Liberdade sonhada...
Olhas o rio com saudade,
Sentado, junto ao cais...
Foi daqui que partiste...
Luís Milheiro
Sentado, junto ao cais...
Foi daqui que partiste,
Para uma viagem
Quase sem destino...
Depois foram anos de luta,
Quase sempre “escondido”
No porão da barca vermelha
Que navegava de terra em terra,
Em busca da Liberdade sonhada...
Olhas o rio com saudade,
Sentado, junto ao cais...
Foi daqui que partiste...
Luís Milheiro
O desenho que acompanha o texto é da Ligia e faz parte do livro "Almada e a Resistência Antifascista", da minha autoria.