quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

A QUINTA DA RABICHA

MARINA TAVARES DIAS


em 

LISBOA DESAPARECIDA III:

«As obras do Aqueduto das Águas Livres iniciaram-se a 16 de Agosto de 1732. Decorreram em bom ritmo, estando completamente terminadas em pouco mais de 15 anos. A quem este período possa parecer longo, recorde-se que o aqueduto parte do Olival do Santíssimo, em Caneças, percorrendo 18 quilómetros e 838 metros até às Amoreiras. Só a galeria subterânea mede 4 650 metros, assentes em 109 arcos de pedra. A caldeira tem 137 ventiladores. Quando inrompe do solo, no vale de Alcântara, a galeria prolonga-se sobre 36 arcos monumentais que atingem, em altura, 231 palmos. O maior destes arcos abria-se sobre a Ribeira da Alcântara, na zona em que esta era conhecida por Ribeira da Rabicha.

Para qualquer lisboeta de há cem anos, a Rabicha era Campolide. Os terrenos a norte do aqueduto adquiriram, na generalidade, a designação da principal quinta da zona. E Rabicha ficou sendo, também, o nome da pequena ponte de dois arcos que aparece em todos os mapas, a partir de 1807; e o nome do caneiro que sob ela corria. [...]»


(CONTINUA NO LIVRO)






Homenagem ao nosso GRANDELLA

 O Grandella no tempo da sua ampliação (1906), fazendo as galerias parecerem-se com as dos tradicionais Grandes Armazéns de Paris.

Gravura única, pertencente ao Arquivo Marina Tavares Dias, e agora disponível em vários objectos fantásticos na nossa pequena loja na Redbubble. Link directo:

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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

 Os Azulejos Desaparecidos 

do jornal DIÁRIO DE LISBOA


Enquanto trabalhava naquele jornal, Marina Tavares Dias fotografou muitas vezes as escadarias hoje destruídas, cujos azulejos eram um dos ex-libris do Bairro Alto. Adquira agora um objecto cujo design, a partir dos originais perdidos, foi concebido para os eternizar.

Em todos os suportes, na loja Redbubble do Arquivo MTD

MTD Archives (copy/paste do link em baixo)

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Homenagem aos Grandes Armazéns do Chiado de 1900





CHIADO

 Já está pronta a 'secção de atoalhados', na nossa loja da Redbubble. Siga o link para este site, e procure em MTD-Archives. Pode passar o Natal com este padrão , a partir da digitalização e retoque, em alta resolução, de uma peça do Arquivo MTD.

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terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Um Pouco do Arquivo MTD para Levar Consigo

 

PEÇAS DO ARQUIVO M.T.D.

           NA REDBUBBLE


AJUDE A ORGANIZAR o ARQUIVO M.T.D. 

adquirindo um objecto útil e personalizado com algumas das nossas peças. Como este mapa de Lisboa em 1890, que poderá ser a sua t-shirt, a sua mala, ou qualquer tipo de caderno, máscara, bolsa ou cobertor. Link directo em baixo (copy/paste)


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Bloco de notas com espiral e capa dura. 
Ou: escolha o mesmo tema noutro objecto.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

ARREDORES E SALOIOS

 

OS SALOIOS

MARINA TAVARES DIAS 
em
LISBOA DESAPARECIDA
volume III
Excerto do capítulo 'Os Saloios'
por
MARINA TAVARES DIAS 


[...] "Acaba Lisboa, começa o reino dos saloios" - tal era, no século XIX, o denominador comum a todos os arredores. Assim mesmo: "reino de saloios". Traçando uma linha no sentido norte-sul, podemos dizer que este reino começava na Calçada de Carriche e ia dar a Mafra. E, até tempos relativamente recentes, o termo de Lisboa deixava de fora, por igual, alguns encantadores arredores que se transformariam em bairros-dormitório, tentando, sucessivamente, a sua entrada por Lisboa dentro: Benfica, Telheiras, Charneca, Ameixoeira, Portela de Sacavém... Ficaram de outro tempo, do "reino dos saloios", os topónimos inspirados desses e de outros lugares: Linda-a-Velha, Queijas, Linda-a-Pastora, Belas, Apelação...



A primeira população árabe instalada nos arredores de Lisboa beneficiara da tolerância do conquistador cristão. Depois, estendeu-se para norte, nascente e poente, pagando sempre o seu çalayo pelo pão cozido. Era a contribuição enviada para a capital, agora ocupada pelos que os tinham humilhado, poupando-lhes, ainda assim, a vida. O estipulado çalayo acabou por degenerar em "çaloio" como designação étnica, e outros povoadores trouxeram depois aos habitantes dos termos de Lisboa a famosa "tez trigueira" que as estampas conferem. [... / ...]

(Continua no livro.
Para referência das imagens,
utilizar o índice remissivo. 
Aguarela de Manoel de Macedo; 
desenho de Roque Gameiro)











sábado, 21 de dezembro de 2019

PELO MEIO DA RUA

Marina Tavares Dias 
em 
Photographias de Lisboa:

[... ] a Avenida descia-se a pé sobre terra batida, para ir levar a roupa lavada às casas burguesas da Baixa. Os quarteirões entre a Rua das Pretas e a Rotunda são todos posteriores ao desaparecimento do Passeio Público. O palacete nº 226, em estilo neo-árabe, foi mandado construir no início do século XX pelo industrial de bolachas Conceição Silva (projecto de 1888 do arquitecto Henri Lusseau). Nesta foto de Bobone, publicada a 9 de Julho de 1906, a casa aparece em fase de obras. Dos edifícios circundantes, seus contemporâneos, pouca coisa resta.



domingo, 15 de dezembro de 2019

ALVALADE

«O plano de urbanização do Sítio de Alvalade, futuro bairro do mesmo nome, compreendia a área trapesoidal de cerca de 230 hectares limitada a norte pela Avenida do Brasil (denominada Alferes Malheiro na década de 40), a nascente pela futura Avenida do Aeroporto, a sul pelos terrenos confinantes com a Avenida Almirante Reis e a poente pelo Campo Grande e pela antiga Estrada de Entrecampos. O novo bairro, planeado no final da década de 30 e inaugurado na segunda metade da de 40, pretendia-se estampa ideal da nova cidade. O projecto é do primeiro urbanista português diplomado em Paris: Faria da Costa.»

MARINA TAVARES DIAS
em LISBOA NOS ANOS 40 - LONGE DA GUERRA

sábado, 14 de dezembro de 2019

O Americano da Carris






PHOTOGRAPHIAS DE LISBOA
de Marina Tavares Dias
O AMERICANO

O carro Americano. A 18 de Novembro de 1873, dizia o "Diário de Notícias" que ele era "um meio de viação seguro, cómodo e barato". Foi também o mais sério concorrente dos seus congéneres carros do Jacintho, do Salazar e do Eduardo Jorge. Antes de, em 1901, serem todos destronados pelo novo carro eléctrico. Ao fundo do Rossio, no gaveto com a Rua Augusta (números 284-286), instalar-se-ia em 1909 o Hotel Internacional [continua no livro].