segunda-feira, 22 de junho de 2015

OS ALMANJARRAS





MARINA TAVARES DIAS
em
HISTÓRIA DO ELÉCTRICO DA CARRIS
(EDIÇÃO OFICIAL DO CENTENÁRIO):

«Também em 1902, vêm dos Estados Unidos os primeiros carros abertos com 12 bancos transversais. Ao lisboeta, pareceram tão grandes que metiam medo, afigurando-se-lhe mesmo incapazes de desfazer as curvas das ruas da cidade. Adquiriram logo a alcunha condizente de «almanjarras». O jornal Novidades traduziu assim o sentimento que a sua chegada provocou: 'É uma aventesma formidável. Se abalroar com alguma coisa, acaba-se a coisa e acaba-se o mundo. Fica todo num figo.' 

Os primeiros 10 «almanjarras» aportaram a Lisboa em Janeiro de 1902. Fabricados em Filadélfia pela J. G. Brill, possuíam motores General Electric, ‘bogies’ de tracção máxima (tipo 22E) e dois ‘trolleys’. Mediam 11,33 metros, pesando 11.380 quilos. No dia 10 de Março vieram mais 30, a bordo do vapor Friede, em 477 contentores. Receberam números entre o 283 e o 322. O primeiro da série está hoje no Museu da Carris.  [...] »

(continua no livro)
Na imagem: Prova fotográfica original, a partir do negativo de sua autoria, impressa por Mestre Horácio Novaes na década de 1940.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

A LISBOA DE EÇA DE QUEIROZ


de MARINA TAVARES DIAS





EXCERTO DA CRONOLOGIA FINAL:


1866/67 - Eça de Queiroz estreia-se como escritor com a

publicação na Gazeta de Portugal de textos que, após a

sua morte, viriam a ser parcialmente compilados no

volume Prosas Bárbaras (1903). Em edições posteriores,

incluíram-se textos que não tinham sido seleccionados

para a primeira edição. De Janeiro a Outubro de 1867,

Eça esteve quase exclusivamente ocupado com a

redacção do jornal Distrito de Évora. Aqui publicou

algumas narrativas, tais como O Réu Tadeu e Farsas.