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sábado, 31 de julho de 2010

domingo, 9 de novembro de 2008

Que linda falua que vem de Belém...

Desembarque em Belém

Porto de Lisboa c. 1820
A banhos na capital - Lisboa c. 1820

Estas imagens remetem-nos para um tempo em que a ligação entre as duas margens do Tejo era ainda um sonho longínquo.
De facto, estas estampas fazem parte de um livro publicado em 1826, da autoria de A.P.D.G., um estrangeiro (inglês) que tendo vivido durante alguns anos em Portugal (final do séc. XVIII e até c.1823) descreve num misto de admiração e, muito preconceito (assumido), a capital portuguesa e alguns dos seus usos e costumes (alguns "impróprios para as senhoras britânicas").
Muito interessante a descrição que faz dos marinheiros e das embarcações típicas do Tejo, a falua, a "moletta", o catraio... e relata com alguma estranheza o entusiasmo dos portugueses pelos "banhos" de rio descrevendo as praias fluviais.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Barco quinhentista descoberto na Namíbia [2]

A marca dos Fugger
via, No Arame

Um navio português do séc. XVI, descoberto em Abril, ao largo da Namíbia, Oranjemund, por uma equipa de geólogos que procuravam diamantes [ver arquivo do blog].
Este navio de 300t viajaria de regresso a Portugal quando naufragou espalhando pela costa africana a sua preciosa carga. As moedas em ouro e prata estão agora no banco da Namíbia, em Windoek. O resto da carga que consistia em toneladas de ouro, prata, marfim e metais ainda não identificados estão armazenados à espera de poderem ser estudados. As bolas do cobre encontradas têm a marca dos Fugger (o tridente) o que corrobora a tese de que o navio era português, uma vez que os banqueiros alemães eram os fornecedores de metais à casa real portuguesa.
Entre os objectos pessoais recuperados encontra-se um rosário propriedade de um dos marinheiros.
Mas em breve o oceano reclamará aquilo que é seu. Pensa-se que no início de Outubro (c. de 10 de Outubro) a parede artificial de areia que foi construída à volta do sítio será destruída e o local voltará a ficar submerso. Por isso a equipa de arqueólogos trabalha a contra-relógio.
O achado resultou na recuperação de c. de 13 toneladas de lingotes de cobre, 8 toneladas de estanho, 600 Kg de marfim, 21 Kg de ouro, 2000 moedas de ouros (70% das quais espanholas, as restantes portuguesas), c. de 1 Kg de moedas de prata.
De acordo com o arqueólogo responsável o barco, de origem portuguesa teria três mastros e cerca de 30 metros de comprimento e teria viajado da Europa do Norte para a Ásia. Bruno Werz, supõe que o naufrágio se terá ficado a dever a um choque com uma rocha. O que os arqueólogos agora encontraram foi o próprio local do acidente onde ficaram retidos os materiais mais pesados. As correntes oceânicas terão dispersado pela área os materiais mais leves.
O arqueólogo português Francisco Alves afirmou que a descoberta do padrão circular nas moedas de ouro foi determinante para datar o achado como posterior a Outubro de 1525, data em que esse tipo de padrão começou a ser utilizado.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Curiosidades virtuais



Um pouco por todo o mundo as bibliotecas e os museus digitais abrem as suas portas aos mais curiosos. Vale a pena, partir à descoberta, do muito que a internet tem para oferecer. Fica aqui um cheirinho do Chronicon pontificum et imperatorum, de Martinus Oppaviensis, exemplar da Biblioteca da Universidade de Heidelberga.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Baú de recordações (3)

Gaivota
Estávamos em 1998.

Em 23 de Janeiro, o Boletim Municial do Seixal n.º 244*, anunciava que a reconversão dos Estaleiros Venâncio tinha sido acordada com os proprietários a 12 de Novembro de 1997. E anunciava-se ainda que a Zona Ribeirinha de Amora iria ser objecto de "um arranjo de espaços exteriores, de forma a constituir um parque junto à Baía", arranjo este que já teria sido adjudicado a 10 de Dezembro pela quantia de "36 mil e 700 contos".

A 6 de Fevereiro de 1998, o Boletim Municipal anunciava que "decorrem as obras de desmantelamento dos antigos Estaleiros Venâncios, [...]. No local serão preservados para fins museológicos o hangar, a carreira e o guincho."

Mais tarde, nesse mesmo ano Joaquim Venâncio, um dos proprietários da Venamar, deu um entrevista ao Reporter do Seixal (8 Maio) em que declarou, referindo-se ao aproveitamento das estruturas do estaleiro, que o "Núcleo Naval da Câmara vê, assim, alargado seu espaço, bem como terá utilidade para guardar as embarcações do município e para fazer as reparações anuais."

Mas em 1999, já os Estaleiros Venâncio estavam em ruínas e se tornavam num foco de atracção para os toxicodependentes. Depois de completamente vandalizado o espaço foi demolido. A Marginal, essa, continua em construção...

Perdeu-se um estaleiro que se distinguiu na área da construção em madeira. Perdeu-se um local para guardar as embarcações poupando-as às intempéries. Perdeu-se igualmente, um espaço para fazer reparações. Ora vejamos, 600 € mensais é quanto custa ao erário público a manutenção do Gaivota, no exílio prolongado, dos estaleiros da Moita; "o «Amoroso» que, fruto da má manutenção e conservação, (encontra-se atracado num local onde na baixa-mar fica assente no lodo) vem sofrendo danos consideráveis no casco. A sua base é plana e com as constantes descidas de maré, o «Amoroso» sofre irremediavelmente pelo facto de ficar sobre o lodo o que tem feito o enfolar para dentro do seu casco, a reparação necessária ascende neste momento, e por esse facto, a cerca de 250.000 Euros."
Perdeu-se tudo isto e muito mais: perdeu-se um património que não será possível recuperar.
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* escusado será dizer que não se consegue consultar on-line. O mais próximo que se consegue é isto [palavra chave "Amora"] mas, as pesquisas por "estaleiro" e "venamar" foram inglórias. Todavia se tentarem abrir os urls verificarão que a pesquisa termina logo aí. Este é um exemplo, de transparência que não se recomenda.

Não posso deixar de recomendar, a este respeito, a leitura desta
"crónica de uma visita atribulada" no Revolta das Laranjas. Penso que este, é o retrato das barreiras que a câmara do Seixal coloca no acesso à informação.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Argos em Veneza


"Começarei ò Febo, contando as famosas acções dos homens do passado que, a mando do rei Pélias, atravessaram a boca do Ponto, entre as rochas Simplégadas, na veloz Argos em busca do Tosão de Ouro."

Apolônio de Rodes (de 260 a 247 a.C.)

Argonautica, Livro I, s. I, II 1-4

Recriar barcos antigos. Recriar a lenda.

Recriar um barco com a tecnologia da Idade do Bronze, pô-lo na pista de Jasão e dos argonautas (ver video da BBC sobre a reconstrução).

De acordo com a lenda grega, Jasão deveria trazer do Caucaso o Tosão de Ouro para o oferecer ao templo de Zeus Lafitio. O tosão, era uma lã dourada, tosquiada de um carneiro divino, pertencente ao Rei Aetes, na longínqua Cólquis (Kutaisi, na Geórgia), na extremidade oriental do Ponto (Mar Negro).

Os argonautas de hoje, representando os vinte e sete países da União Europeia, partiram de Volcos mas, foram impedidos de seguir viagem. A Turquia não garante a segurança e, o barco quedou-se por Veneza… as águas agitadas da política da União Europeia estão a impedir a cheggada do barco a bom porto.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Barco quinhentista descoberto na Namíbia

Moedas de ouro, de 10 cruzados, D. João III

Foi descoberto, no mês passado, ao largo da Namíbia um navio, presumivelmente, português da época dos descobrimentos tratando-se da maior descoberta sub-aquática (arqueológica) do sul da África.

Esta descoberta feita pela De Beers, no âmbito da pesquisa submarina de diamantes está a emocionar todos os que se interessam por arqueologia submarina. É que, para além, das muitas moedas de prata e ouro (aquelas que se encontram na figura) existem igualmente outras preciosidades como instrumentos náuticos (entre os quais dois astrolábios maravilhosamente conservados) e, a possibilidade de aprender mais sobre os próprios barcos da carreira da Índia.

As primeiras notícias referem que se trataria da caravela de Bartolomeu Dias (perdida durante a viagem de 1500 sob o comando de Pedro Alvares Cabral) mas, estas moedas foram identificadas por um especialista como posteriores a 1525, pelo que essa hipótese não passará disso mesmo...

Trata-se de uma descoberta que tem merecido atenções por todo o mundo. A prová-lo estão os artigos que lhe foram consagrados pelo Bloomberg, CNN, The Times e também no Diário de Notícias. A descoberta está igualmente a ser acompanhada pelas autoridades portuguesas segundo refere o Namibian News, de 12 de Maio.
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Actualização [29 de Setembro 2008]: Barco quinhentista descoberto na Namíbia [2]

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Salvar o "Gaivotas" do esquecimento


Assine aqui a petição, promovida por Homens livres e leais para com a cultura e identidade ribeirinha para que o Gaivotas se possa fazer de novo ao rio.
O Bote de Fragata "Gaivotas" tem de poder voltar, novamente, a navegar!

Saber mais...