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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Aprender com os erros dos outros (1)

Corby, foi até aos anos oitenta, o maior complexo siderúrgico, da Grã-Bretanha. Ao longo de cerca de cinquenta anos as pessoas vieram de toda a parte em busca de emprego e aí se fixaram. Mas, tudo se modificou, a siderurgia fechou deixando 10 000 pessoas no desemprego. Foi necessário transformar a cidade. Assim, em quinze meses, foram criados 15 000 novos empregos e 1500 novas empresas ocuparam o território da antiga siderurgia. Foram investidas milhões de libras por parcerias público-privadas.

Ao longo de 17 anos, o local foi requalificado, o que implicou a remoção de resíduos, de escórias e de poeiras de aço. A cidade tornou-se um exemplo de requalificação urbana e industrial. Uma única sombra sobre este caso de sucesso: nos anos seguintes, à reconversão, nasceram em Corby várias crianças com deformações congénitas graves (dedos insuficientemente desenvolvidos ou em falta, problemas cardíacos, de visão, de pele). Deformações, que têm sido atribuídas à exposição das mães a “um cocktail de produtos tóxicos e poluentes” e que motivaram uma queixa ao Supremo Tribunal Britânico que a considerou procedente, abrindo assim o caminho ao pagamento de indemnizações.

Corby provou que problemas ambientais acumulados durante décadas não desaparecem com passes de magia, nem atirando-lhes dinheiro para cima. A anunciada descontaminação dos terrenos ocupados pela Margueira, Siderúrgia Nacional e Quimiparque junto à margem sul do rio Tejo, um ambicioso projecto que prevê um investimento de mais de 500 milhões de euros não pode pois, deixar de ser questionado tanto mais que o objectivo é o de fazer surgir ´´ uma nova área residencial". Tratar-se-á de repetir Corby?

sábado, 23 de maio de 2009

Anjos e demónios dos Comuns


Entrevista com o homem do trombone
Há cerca de duas semanas que o Daily Telegraph sujeita os deputados a uma dura prova. Todos os dias publica cirurgicamente, algumas informações mais sobre o seu despesismo. Todos os dias, alarga o leque dos implicados a mais uns quantos, em partes iguais, conservadores e trabalhistas. A lista dos despesistas, que não pára de crescer e, ninguém sabe em quantos vai parar. Dos 646 membros dos Comuns, alguns viraram santos mas, 120 já viram o seu nome na praça publica o que obrigou já a demissões e, é um sério embaraço político para ambos os partidos.
O jornal está na posse de uma base de dados equivalente a 200 DVD, repleta de milhares de justificativos de despesa que foi analisada, exaustivamente, por uma dezena de jornalistas antes da primeira publicação. Agora, o Daily Telegraph, limita-se a gerir ao dia as revelações e a antecipar para a concorrência os nomes dos próximos visados, garantindo assim as audiências.

Em Portugal nada disto seria possível. Não falo do ritmo das demissões, nem das acusações que se derramariam sobre os jornais e os jornalistas que alimentassem uma tal fogueira. Falo, simplesmente, da possibilidade de verificar os papelinhos. O mais certo é que já estivessem destruídos, extraviados, ou que tivesse ocorrido uma qualquer falha na secretaria que impossibilitaria que se provasse o que quer que fosse. Veja-se o que aconteceu com a documentação relativa ao caso Cova da Beira e, retirem-se as respectivas ilações.'

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Apego

Os recentes escândalos que assolaram a política britânica estiveram na origem da suspensão de e demissões dos parlamentares que foram apanhados em falso. Tudo muito rápido, pouco palavreado, nada de folhetins.

Pelo contrário, em Portugal episódios que envolvem titulares de cargos públicos parecem dar origem a verdadeiras telenovelas, em que o suspense se mantém até ao 159º episódio. Pendente das "cenas dos próximos capítulos" está sempre a possibilidade de demissão que contudo tarda... e nem sempre acontece. É uma questão de dignidade mas, também, de apego aos lugares...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O Freeport na imprensa inglesa

"[...]It was built by a British property firm Freeport, now being investigated over bribery allegations, and was opened by the Royal couple in September 2004.

The Serious Fraud Office in London is probing claims that four million euros were transferred to banks in Portugal to facilitate the deal.

The inquiry has engulfed several British businessmen and Portugal's Prime Minister Jose Socrates, who has denied taking bribes from Freeport.[...]"

in, Daily Mail

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... e ainda: Algarve Residente (de 9 de Outubro)

... crónica de mais uma sexta-feira negra, agora com som e imagens...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

A culpa não morreu solteira

Uma banal distracção. O chefe da unidade de contra-terrorismo da Scotland Yard sai do automóvel. Dentro de uma capa transparente um documento secreto. Esteve exposto o tempo de uma foto. Foi o suficiente para comprometer uma operação. Obviamente, Bob Quick demitiu-se não só do seu cargo mas, da própria polícia:
"I have today offered my resignation in the knowledge that my action could have compromised a major counter-terrorism operation. I deeply regret the disruption caused to colleagues undertaking the operation and remain grateful for the way in which they adapted quickly and professionally to a revised timescale."in, Timesonline

sábado, 22 de novembro de 2008

Comparações

«More than a third of schools are not giving pupils a good education, inspectors warned today.One in ten 11-year-olds are still leaving primary school without reaching the level expected of their age group in English and maths, Ofsted's annual report found.
And more than half of England's teenagers are still leaving school without five good GCSEs, including English and maths.
In her third annual report, Chief Inspector of Schools Christine Gilbert said England must do better if it is to compare favourably with the rest of the world.
She said she was concerned that there was still too much variation in achievement between different areas of the country.
Poor quality services existed across the education and care sectors, for those from disadvantaged backgrounds.
Poorer children, such as those who qualify for free schools meals, were still less likely to achieve five good GCSEs, including English and maths, than their peers.
In 2007, only 21 per cent of children on free school meals achieved this benchmark, compared with 49 per cent of other pupils.
Ms Gilbert said there was a strong link across every sector between deprivation and poor quality services.
She said: "This means that children and families already experiencing relative deprivation face further inequity in the quality of care and support for their welfare, learning and development.
"In short, if you are poor you are more likely to receive poor services: disadvantage compounds disadvantage." [...]»
in, The Guardian
E em Portugal? De que forma, a desigualdade no acesso à informação condiciona os resultados escolares? De que forma, a frequência do pré-escolar permite quebrar o circulo-vicioso do insucesso escolar em áreas carenciadas? De que modo as condições materiais das escolas determinam o sucesso dos alunos? Não se trata somente do "ranking", trata-se de cruzar dados. Trata-se de procurar inverter tendências e de oferecer oportunidades iguais.
Só para dar um exemplo, num concelho como o Seixal a cobertura do pré-escolar público é diferente de freguesia para freguesia (em algumas é, inexistente) esse facto, tem ou, não influência, no desempenho dos alunos ao nível do ensino básico?
Ninguém ignora a importância do contexto sócio-cultural no desempenho dos alunos mas, gostaria de ter mais dados. Alguém os conhece?

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Quando os mercados funcionam....

via, yahoo

... os preços sobem e descem acompanhando a procura. Em Portugal, na habitação como na gasolina apenas se conhece o significado de "inflação".