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1 de outubro de 2013

sobre a abstenção nas eleições

mal acabam os actos eleitorais começam a chover as lamentações sobre o drama das abstenções.

socorrendo-me dos dados do site da rtp e da pordata, temos o seguinte:

população portuguesa em 2011: 10 562 178
população até aos 18 anos: 1 851 000 (considerando aqui apenas 50% do intervalo entre os 15 e os 19anos),
população acima dos 18 anos: 8 711 00

eleitores inscritos: 9 497 000
diferença entre o número de inscritos e o numero de habitantes portugueses habilitados a votar: 786 000 !!!!

'eleitores' que não votaram: 4 502 000
'eleitores' fantasma: 786 000
eleitores que realmente não votaram: 3 716 000.

e não estamos aqui a considerar os recenseados que não estão inscritos nos cadernos eleitorais (imigrantes, p.e.)

nota final:
é muito difícil que quando alguém morre e a informação é enviada para alguns serviços oficiais, não seja enviada uma informação para eliminação automática dos cadernos eleitorais?
custa assim tanto?

é só para ver se começamos a falar realmente de coisas mais próximas da realidade.

30 de setembro de 2013

das eleições

reconheço o meu fascínio por quadros de votações, percentagens, freguesias, concelhos,,,
na noite das eleições e no dia seguinte dou sempre uma volta por uma série de locais que, de um modo ou outro, fazem parte da minha memória.
umas vezes com alegria, outras apenas com um sorriso.
nunca chateado porque aqueles em que voto nunca ganham e por isso não tenho a sensação estranha de ter perdido o que quer que seja.
mas desta vez, novamente, lá fui fazer o circuito que inclui, obviamente, as terras mais importantes, mas também os concelhos em volta de fajão, barcelos, as freguesias de sintra e algumas de lisboa e, aquelas onde tenho amigos ou amigos de amigos (mafra, funchal, paredes de coura, lisboa, barcelos, cascais...).
tenho sempre aqueles que gosto que percam e desta vez a minha preferência foi para aquela espécie de 'independentes' formada por carreiristas que não foram escolhidos pelos outros carreiristas dos seus partidos, mais os carreiristas que fizeram uma espécie de transvase para concelhos vizinhos a demonstrar que nada com um político-lapa para fugir a uma limitação de mandatos.
neste caso estive particularmente feliz: menezes, seara, moita flores, marco (e metade dos trânsfugas presidentes de junta), ferreira torres, guilherme aguiar.. foram com os porcos
mas a vitória do grau zero da política, o avatar de isaltino em oeiras, deixa um travo amargo.
mesmo que provoque um sorriso com a manifestação em frente à cadeia da carregueira...

29 de setembro de 2013

Lembro outros tempos: apontamento em dia de autárquicas

Lembro outros tempos: os cuidados com aquilo que se dizia e a quem. Lembro outros tempos: alguns discos ouvidos em casa, às escondidas, sobre o absurdo de uma guerra (de todas as guerras). Lembro outros tempos quando, no liceu, uma colega de dezasseis anos desapareceu, durante uns dias, (para ser ouvida numa esquadra, dizia-se, pois o irmão mais velho distribuía propaganda dita subversiva). Lembro outros tempos: testemunhos de familiares que, ao saírem do trabalho, num qualquer dia 1 de maio viram, pelo chão do Rossio, panfletos com a simples frase «aguentas, Zé?» e, compondo o cenário, uma carga policial cega, sobre quem passava. Por lembrar outros tempos, mesmo em dias de desencanto e de incerteza, tanto valorizo a existência do direito ao voto (branco, azul, anulado, útil), seja qual for a opção de cada um, mesmo em tempos nos quais pouca confiança nos inspiram muitos dos candidatos. Quanto mais não seja, por isso, mesmo em desconforto, nunca deixei de votar.

Poetas andaluces

20 de fevereiro de 2013

a parede ao fundo do túnel

é sabido que estamos governados por um bando de ineptos e incompetentes.
mas o mais grave é que a sua ignorância não os deixa perceber quão estúpidos são.
a constante inépcia para compreender a crise e a forma de a ultrapassar bem como a incapacidade de reconhecimento dos erros cometidos é alarmante.
são ignorantes e fanaticamente convictos como todos os ignorantes.
cada medida que tomam torna a economia pior a a vida dos portugueses mais miserável.
é como se andassem na demanda do graal da incompetência.
e, ao sinal de falharem todas as previsões sobre o crescimento económico ou o desemprego, não dizem que vão corrigir as políticas: 
aquela besta ignorante que teoricamente comenda as outras bestas, diz que vai corrigir... as previsões.

alguém escrevia a semana passada no 'publico', ´não há luz, só túnel'
os portugueses cada dia têm mais a certeza que ao fim do túnel está uma grossa parede que, ou a derrubamos juntamente com o governo, ou morremos esmagados nela.
depende de nos não lhes dar descanso.

6 de fevereiro de 2013

afinal o tgv agora é bom

a maior bandeira dos actuais governantes para identificar os maus investimentos, desperdícios, loucuras, megalomanias e desfazamento da realidade do anterior governo, foi o tgv.

mesmo tendo sido uma obra que começou com um governo do seu partido, trataram de camuflar essa facto ao estilo da foto do funeral de mao tsé tung com o desaparecimento do 'bando dos 4'.
aquilo nunca existiu e eles não estiveram lá (lá, entenda-se no lançamento do tgv)
hoje apareceu a notícia que o governo, de um modo aparentemente secreto assinou, através da parpública, um contrato de financiamento com um consórcio de bancos composto pelo santander, bcp, bes e caixa, no valor de 600 milhões de euros (exactamente o mesmo valor que estava no concurso ganho pelo consórcio que ganhou o concurso para o troço poceirão caia feito no anterior governo).
não foi preciso muito tempo para que aquilo que era uma loucura, agora seja um projecto louvável; aquilo que era um investimento louco em época de crise, agora seja o investimento certo em época de crise.
não foi preciso muito tempo para este governo entender que o projecto é estruturante e precisava mesmo de ser realizado.
pelo meio já se perdeu tempo e dinheiro e os outros países mesmo em crise avançaram com aquilo que era realmente importante e não megalómano.
mas nós gostamos mesmo é de discutir o acessório.
nisso somos espectaculares.

p.s. se o contrato foi assinado a 22 de janeiro, porquê o segredo?




5 de fevereiro de 2013

a importância dos curricula

de acordo com o nosso primeiro ministro, os curricula servem para descrevermos aquela parte do nosso passado e experiência profissional que é desconhecido da generalidade das pessoas, e daquelas para quem pretendemos trabalhar.
para explicar o inexplicável, passos coelho justifica a omissão no curriculum de franquelim alves a sua passagem pela sociedade lusa de negócios, apenas porque já toda a gente sabia e não valia a pena falar disso.
imagina-se que toda a restante carreira de franquelim alves foi inútil (incluindo a sua passagem pelo mrpp, sim foi meu camarada um curto período de tempo, pela editora vento leste, pela revista o tempo e o modo e pela chefia da redação do luta popular, já no começo dos anos 80, igualmente omissas porque são obviamente do conhecimento geral da população portuguesa), já que  ninguém delas soube, pelo que precisam se ser incluídas nesta nova versão dos curricula para as actividades desconhecidas e outras actividades menos notórias
o primeiro ministro entrou naquilo a que podemos chamar uma espiral recessiva de vergonha e respeito pela verdade.
não será mentira compulsiva.
mesmo sendo as pulsões são a única coisa que o parecem guiar, a mentira parece ser mais uma obra do acaso de uma mente erraticamente perdida.
é mais um padrão.
nem uma única decisão tomada com o discernimento que uma atitude séria e ponderada deve ter.
e porque o passado profissional do franquelim alves merecia melhor tratamento, ele devia ter sido poupado a este vexame público.
mas o próprio parece querer também colocar-se a jeito.

31 de janeiro de 2013

a culpa é do vinho

os governantes portugueses são uma espécie única com um complexo e absolutamente singular modo de processamento cognitivo: perante um problema (seja de que natureza for), arranjam a pior e mais abstrusa solução possível.
e cada dia conseguem uma pior que a anterior.
por exemplo, quando faltou a chuva, a ministra cristas resolveu o assunto... rezando.
agora vem uma proposta absolutamente delirante para resolver o problema dos suicídios em portugal:
aumentar o preço das bebidas alcoólicas !!!!
não passa pela cabeça destas mentes peregrinas que nem todos os deprimidos são dados a beber álcool nem que a solução para um problema é atacar uma das suas possíveis consequências, em vez da questão de fundo.
se uma pessoas está desempregada, a solução claro que não é criar condições para aumentar os postos de trabalho disponíveis.
a solução destas aves raras é aumentar o preço do álcool, ou mais radical ainda, fechar coercivamente todas as tascas, bares ou outros locais fomentadores do suicídios (cortar as árvores e proibir barrotes de sustentação de tectos também me parece uma boa ideia...).
tirando aquela parte escondida que é, se aumentar o preço do álcool é porque cobramos mais impostos mas ninguém nos pode acusar porque não é por causa do dinheiro, mas sim pelos suicídios.
todos sabemos (o governo devia saber mais que ninguém) que não é o álcool que leva ao suicídio.
o álcool é aquilo que vai mantendo as pessoas vivas antes de já nem isso lhe valer a pena para acharem que vale a pena.
claro que o aumento do preço do álcool leva ao fecho de muitas empresas e a mais despedimentos e a mais depressões e a mais suicídios, mas isso passa a resolver-se com o aumento dos impostos para as cordas; portagens em pequenas pontes, ou acesso pago a encostas escarpadas.
este é um governo de ineptos.
este é um governo de sanguessugas acéfalas.
este governo leva ao suicídio.
está na hora de o proibir !!!


24 de janeiro de 2013

O mais importante



















"O mais importante na vida não é a situação em que nos encontramos, mas a direcção para a qual nos movemos" Oliver Wendell Homes (1809 - 1894), escritor norte-americano. Esta frase encima a contracapa do Público de 23 Jan. 2013.
Ligeiramente abaixo, no lugar e em vez da crónica do Rui Tavares, aparece uma notícia com o titulo "Ministro diz que idosos doentes devem "morrer rapidamente para bem da economia".
Apesar de não se tratar de um ministro de Portugal, mas sim do Japão, fico estupefacto a pensar em que direcção nos movemos. Não pode ser verdade.

Foto retirada em aqui

16 de janeiro de 2013

queluz no novo mapa autárquico pensado com os pés

o senhor silva acabou de promulgar a nova lei autárquica que redistribui a organização das freguesias em portugal.
independentemente dos recursos que muitas freguesias vão colocar nos tribunais, o agrupamento das freguesias de queluz no no mapa é uma coisa que não lembra ao diabo, mas lembrou à unidade técnica para a reorganização do território.
segundo estes senhores, que propõem dois desenhos para a divisão do concelho de sintra, a reorganização das freguesias da cidade de queluz deve ser feita do seguinte modo:
1. união das freguesias de queluz e belas
2. união das freguesias de massamá e monte abraão.

para tal considera o facto de queluz e belas terem 'constituído uma unidade administrativa no passado' (também podiam ter considerado o facto de belas ter sido concelho...) 'possuindo relações históricas e territoriais assinaláveis' (as mesmas que tem com a amadora e menos do que tem com queluz de baixo...)
e partindo vagamente dos mesmos pressupostos relativamente a massamá e monte abraão (ambas antigas localidades da freguesia de queluz e desanexada aquando da passagem de queluz a cidade e a sua divisão em 3 freguesias.

as minhas dúvidas (que seguramente não assaltaram a unidade técnica) são:
1. a cidade de queluz vai ficar com duas freguesias em união de facto e uma terceira em união com uma outra localidade externa à cidade.
ou seja, metade da futura união das freguesias de queluz e belas vai pertencer à cidade de queluz e a outra metade não.
não existindo, imagino eu, a actual divisão territorial, até onde passaremos a considerar o território da cidade  de queluz se a antiga linha de divisão da freguesia deixa de existir?
2. aquela unidade territorial conhecida como massamá norte tem cerca de 90% do seu território na freguesia de belas.
de acordo com o novo mapa, massamá vai continuar a estar dividida em duas freguesias: a de massamá com a sua parte sul e uma pequena parte do norte, e a imensa maioria da parte norte na outra ponta, em queluz ou belas.
3. reorganizar o território devia significar: reorganizar.
afinal apenas significa juntar coisas, mesmo que as antigas coisas não fizessem sentido, como no caso de massamá norte.

a minha conclusão só pode ser que esta gente pensa com os pés...

a reunião do governo na clandestinidade

os governantes portugueses perderam as estribeiras.
diria mesmo que estão loucos varridos.
não porque o relvas tenha ido passar o fim de ano ao copacabana palace com o dias loureiro e se encontrou com paulo maluf (que em tempos esteve preso por corrupção e está na lista the grand corruption cases database project, organizada pelo banco mundial e a onu). 
afinal, e como diz o relvas, a vida privada dele é com ele (a ideia de sentido de estado que esta gente tem está próxima daquela que teria uma criança de 5 anos).
isso são amendoins, como diriam os americanos.
aquilo só custa numa noite o que a maioria dos portugueses com trabalho não ganha num mês, e a crise não tem que ser para todos, que isto não é uma democracia.
aquilo que me espanta hoje (sim, este governo ainda me consegue espantar!!) é terem organizado uma conferência que parece a cópia de uma reunião da comissão política do comité central  dum partido na clandestinidade.
um partido clandestino tem medo que a polícia lhe entre pela porta dentro e levem todos presos.
este governo parece ter medo que o povo lhe entre pela porta dentro e lhes faça ver que o mundo real é mundo diferente do que aquelas mentes acham no seu cérebro de power point.
fazer uma conferência com o suposto propósito de 'refundar' o estado, mas esconder a discussão dos portugueses é o mesmo que dizer que não querem que saibamos como nos querem tramar.
mas que podemos ter a certeza que nos vão tramar, e muito.
fazer secreta uma reunião que devia ser o tema central de discussão de TODOS (sim existem maiúsculas no meu teclado) não é apenas um absurdo, é UM CRIME !!!
eu até imagino que o que ali se vai dizer valha o mesmo que aquilo que eu aqui estou a escrever.
aquelas cabecinhas já sabem o que querem e estão apenas à espera de um relatório qualquer encomendado a uns consultores para eles não terem que dar a cara (ou aquilo que tecnicamente se chama cara).
mas não precisam de ser tão descarados quanto ao desprezo a que votam os portugueses.


(o ministério do vitor gaspar ter a suprema lata de vir dizer hoje que afinal até recebemos mais todos os meses não chega a espantar-me: a lata dele é tanta como a sua incompetência e são ambas incomensuráveis.)


13 de outubro de 2012

até os enterrarmos no mar !!!




Las tierras, las tierras, las tierras de España,  
las grandes, las solas, desiertas llanuras.  
Galopa, caballo cuatralbo,  
jinete del pueblo,  
al sol y a la luna.  
.
 ¡A galopar,  
 a galopar,  
hasta enterrarlos en el mar!  
A corazón suenan, resuenan, resuenan  
las tierras de España, en las herraduras.  
Galopa, jinete del pueblo,  
caballo cuatralbo,  
caballo de espuma.  
.
¡A galopar,  
 a galopar,  
hasta enterrarlos en el mar! 
.
Nadie, nadie, nadie, que enfrente no hay nadie;  
que es nadie la muerte si va en tu montura.  
Galopa, caballo cuatralbo,  
jinete del pueblo,  
que la tierra es tuya.  
.
¡A galopar,  
 a galopar,  
hasta enterrarlos en el mar!

12 de outubro de 2012

natureza morta vs still life

hoje, enquanto ouvia o primeiro ministro anunciar mais roubos à imensa maioria dos portugueses, lembrei-me de uns diálogos aqui no 'dias' a propósito de natureza morta e still life.

não é apenas a diferença entre o nome que os portugueses e os anglófonos dão à mesma coisa.

natureza morta é isto:
as árvores e a terra queimada. 
a natureza morta à espera de ressurreição pelas chuvas.


still life é isto:
ainda felizes e contentes pelo saque ao povo português.

estão mortos mais ainda não sabem.
... still life... still, mas não por muito tempo

11 de outubro de 2012

Heróis do mar (e do ar)


Visão pessimista : a constatação de que os títulos dos jornais produzem maior eficácia do que uma dose concentrada de cafeina, chegando mesmo a provocar arritmias.
Visão otimista: a segurança de nos sentirmos defendidos em todas as frentes contra investidas inesperadas, cheguem elas por via marítima ou aérea.

6 de outubro de 2012

Alternativa

Gosto desta ideia de autonomia, liberdade e identidade. Ter alternativa. Não é mas parece um manifesto político. Mais uma expressão de esperança que isto não vá só depressa por aí fora, mas que se possa ter a alternativa de ir por outro caminho.

3 de outubro de 2012

Rei-Mago tântrico



























Gaspar é um Rei-Mago, como sabem, mesmo que fale muito pausadamente.
O escultor da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira, em Guimarães, quis deixar a sua marca premonitória de que um Gaspar oferecedor iria chegar a Portugal.
Contudo, o artífice não previu que estivesse a representar um acto tântrico. Bolas, nunca mais termina esta queca aos portugueses! Já chega!

Rostos


Se em 1974 estava com esta cara, como se encontrará agora esta senhora?  O que lhe terão respondido, é que não sei.
Anúncio inserido na Crónica Feminina de 24 de Outubro de 1974.

20 de janeiro de 2012

então, senhor silva, combinamos assim...

então vamos lá a combinar uma coisa com aquele senhor reformado do centro de dia de belém:

o senhor não volta a falar em público assim sozinho!
os médicos já lhe tinham dito que não é bom ara a saúde.

já tínhamos combinado que o senhor só falava pelo facebook porque as parvoíces podem ser apagadas.
de cada vez que lhe fizerem uma pergunta o senhor responde que não está naquele lugar para falar disso..
combinado???
e pronto, não falamos mais disso que o senhor também já não tem culpa

5 de janeiro de 2012

Assembleia das secretas



















Mas que raio de país é este que nem o que é secreto o é. No meio desta confusão, pelo menos ficámos a saber que nem todos os deputados usam avental. Um ponto para eles.

20 de dezembro de 2011

Hipótese de emprego















Hipótese de emprego em Massamá, em São Bento e na Lapa

Passos Coelho pondera, nas próximas eleições autárquicas, desistir de se candidatar à Presidência da Junta de Freguesia do seu local de residência, se for o candidato escolhido ao lugar deixado vago pela morte de King-Jon-Il, fazendo jus ao seu elaborado pensamento de emigração dos portugueses. 
Apoio incondicionalmente e com elevado alívio, esta fuga de cérebro nacionais.

24 de outubro de 2011

Subsídios, subvenções, ética e bom senso.


















Penso que toda a gente considera que o orçamento de 2012 é de austeridade necessária, havendo maioritária aprovação dos aspectos quantitativos das medidas propostas, mas não se verifica o mesmo sobre os aspectos qualitativos das mesmas.
 A coerência exige a qualquer pessoa que considere que é necessário impor cortes de subsídios constitucionalmente regimentados, decida, sobretudo se for governante, aplicar o mesmo princípio e raciocínio a todos os subsídios (só) por lei ordinária previstos.
Ora, o nosso Ministro Miguel Macedo afirma que abdica do subsídio de alojamento, apesar de legalmente lhe ser devido, deixando no ar que os subsídios que estão legalmente previstos devem ser pagos. Então porque votou favoravelmente a medida de corte dos subsídios de Natal e de Férias aos que exercem funções públicas?
Diria que a ética não impera nos nossos governantes. Faça-se o que eu determino desde de que não se aplique a mim.
O bom senso determinaria que se começasse a cortar nos subsídios e subvenções atribuídos aos que exercem ou exerceram funções políticas e, progressivamente, aplicá-los aos que exercem funções públicas, na inversa medida dos seus rendimentos.
Este raciocínio de existe ‘o eu e os outros’ parece transversal aos actuais ministros. O Ministro Miguel Relvas afirmou há dias: Está na altura das autarquias começarem a colaborar no combate à crise, não podem ser só os portugueses a fazê-lo!
Serão os funcionários autárquicos mouros, galegos, castelhanos, andaluzes?

Foto de http://diasquevoam.blogspot.com/2006/11/raul-lino-para-sobrinha-de-coimbra.html