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7 de fevereiro de 2013

A Singer




Adília de seu nome escolhido por ser o da madrinha lá na aldeia do sul de onde veio casada e com um rancho de filhos, para os subúrbios da capital, à procura de sustento.
A casa escura, o pingo na torneira , alumínios a arear enquanto os miúdos comem o caldo de hortaliças, ainda o sol não desapareceu, a escola fica longe e o dia começa ainda escuro.
Roupa esfregada, cada sábado de manhã, no tanque do pátio , batas brancas obrigatórias na escola de finais de quarenta, cada filho só com um destes tapa- misérias de cor branca – faz-se questão no asseio – a ter de estar seco e engomado , cada segunda-feira.
Dia de aniversário (tinha-o esquecido),  chega a inesperada oferta do seu homem, uma Singer, nunca havia recebido, nem nos natais da infância, um embrulho que fosse, nem de papel pardo e cordel. Na vizinhança desses tempos outras chaminés havia, com  bonecos de pasta de cartão, soldadinhos de chumbo, dentro de cada sapato . O filho do presidente da junta chegou a receber um boneco de corda que tocava tambor e acabou por paralisar no dia seguinte, à custa de tanta azáfama de percussionista, com toda a criançada a rodar o mecanismo.
A Singer ocupou lugares de honra a um canto da entrada estreita, com direito a cobertura chita colorida, para não entrar o pó,  almotolia ao lado, utilizada para contrariar os danos de uma casa fria e húmida. Iria dedicar-se a fazer o vestuário das vizinhas e contribuir com uma pequena abastança, a família passaria a vestir-se melhor, com as artes de costura e os retalhos da retrosaria do bairro.

27 de janeiro de 2013

Memórias de Mafra ou porque fomos felizes num local


Há terras onde fomos felizes. Um dos motivos, terá sido a descoberta de um jovem poeta. Capaz de criar imagens fortes com as palavras, este rapazinho começou, em gesto de provocação, a trazer para as aulas as folhas arrancadas à antologia, fingia-se não entender. O que interessava eram os textos literários em estudo, desde que as páginas coincidissem… Com o avançar do ano, o Horácio veio e revelar-se, tendo conquistado o prémio literário (modalidade poesia) que, então, foi criado na secundária. Com um nome assim, as expectativas quanto à sua escrita  eram de responsabilidade. Chegou, por essa altura, a decisão pessoal de entrar em período de tréguas com os livros daquele que viria a ser o nosso Nobel… É que, até à data, nada parecia conseguir ficar à altura de O Ano da Morte de Ricardo Reis. Constituiu experiência única a leitura do romance então recente – Baltasar e Blimunda ganhavam vida sempre que, num horário com inúmeros buracos entre tarefas e a incluir o sábado, se encontrava, sob as árvores, um banco convidativo, a escapar ao bulício da escola. Corriam pela vila  histórias exageradas pela imaginação popular: os ratos tomavam conta do espaço deslocando-se, em profusão, por caminhos subterrâneos que atravessavam o local… Na secretaria da secundária, os roedores apareciam, quase fossilizados, dentro de pastas de arquivo. O convento, na sua ostentação de oiro dos brasis, assenhoreava-se do espaço, excessivo no estilo arquitetónico. Chegou o dia ansiado – uma autorização especial para visitar a biblioteca do palácio, até então vedada ao público. Mesmo tratando-se de tempos diversos, a sensação de entrar num espaço proibido do saber conduziu à associação a outro grande título : O Nome da Rosa. Na imagem, um detalhe de outro compartimento do palácio, utensílio cuja finalidade conseguirão indicar.

17 de abril de 2012

A «Hermes»

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Lembranças da Hermes – bela designação mitológica para uma máquina de escrever : trabalhos académicos aqui teclados nos idos 70 (bom ter aprendido esta arte no ano do serviço cívico, que então precedia a entrada na faculdade), registo de algumas memórias, testes para os alunos passados a stencil… Nos testes, as ilustrações eram feitas de modo artesanal, com uma esferográfica que não escrevesse. Para corrigir qualquer erro, lembro-me de um verniz próprio, de cheiro tóxico.
Conservo a antiga máquina (já no meu tempo era uma peça de museu, embora funcional), como memória de uma época, afinal não tão distante assim, com uma certa nostalgia confessa do som que produzia, quando se passava nela qualquer texto.

27 de abril de 2011

Um objecto oriental



Vindo de um passado distante, qual será a funcionalidade do utensílio aqui representado?

4 de abril de 2011

5 de março de 2011

A almoçadeira

Esta "almoçadeira" resgatei-a do lixo há poucos dias. Teve a companhia de outras peças e é da Fábrica de Sacavém. Ideal para o chá de Bela Luísa ou para outras degustações prolongadas.

21 de fevereiro de 2011

Vidros

Belas garrafas do antigamente exibidas no café restaurante do Jardim da Estrela.

15 de fevereiro de 2011

26 de janeiro de 2011

27 de novembro de 2010

Objectos antigos - II

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(imagem:b.auctioneers)

De dimensões idênticas à do objecto anterior (15 cm de diâmetro), qual será a funcionalidade do objecto representado?

Objectos antigos - I

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(imagem: b.auctioneers)

Utilizado há mais de dois séculos em Inglaterra, acrescente-se ser o seu diâmetro de cerca de 15 cm. Saberão indicar qual a funcionalidade do objecto representado?

13 de outubro de 2010

6 de agosto de 2010

Coisas do passado - II

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... muito fácil acertar na funcionalidade. No início do século XX terá servido para... certamente descobrirão a resposta.

Trata-se de um aparelho para sauna e acertaram a Luísa e o Miguel Gil.

Coisas do passado - I

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Para que terá servido este utensílio? Conseguirão responder?

Acertaram a Mariana, seguindo-se o buik e o anónimo: a máquina presente na fotografia serviu no passado para espremer a roupa e faz parte da reconstituição de uma casa de finais do século XIX. Na segunda imagem encontra-se o alguidar para lavagem de roupa que vou incluir no post.

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22 de junho de 2010

Objectos ancestrais

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(imagem:b.auctioneers)

O que são ou qual a sua funcionalidade? Conseguirão responder?
«Rimon» objecto de ritual do culto judaico .

1 de maio de 2010

Um belo objecto

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O que é e para que terá servido? Conseguirão responder?

Pincel de caligrafia: para desenhar/pintar caligrafia chinesa e acertou a Amélia C.

16 de abril de 2010

Do século XVI aos nossos dias...

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Para que terá servido no passado? Não parece difícil encontrar a resposta.
É uma sela de amazona, como acertadamente responderam a Felicidade e a Laura.

10 de abril de 2010

Uma caixa antiga e original

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(imagem: b.auctioneers)

O que se guardaria nesta curiosa caixa? Conseguem descobrir a sua funcionalidade?

É uma bombonière e acertou a Felicidade.