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13 de dezembro de 2019

Não passo no Largo do intendente, sem ficar a namorar este bonito chinesinho

16 de maio de 2015

Pomar no Campo Grande


Sabe bem passear no campo e apreciar esta andorinha.
Mas não é uma andorinha que faz um belo painel de azulejo.
Aconselho que façam uma pausa para a bica na esplanada do lago.

26 de agosto de 2011

Escalada

E encontro esta figura de convite na íngreme escada que subo. Paro para fotografar, pois claro.

4 de junho de 2011

A sul

Onde foi fotografado este belo painel de azulejos?


São Brás de Alportel.

27 de abril de 2011

O painel de azulejos

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Será muito fácil descobrir em que edifício se encontra, um simples desafio.

Sintra, Palácio Valenças.

4 de abril de 2011

Os azulejos

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Em que localidade se encontram? Conseguirão deslindar este enigma?

Localidade: Samouco

10 de março de 2011

Espaços

Alguns de nos estarão recordados deste espaço, agora abandonado e em acelerado estado de degradação.


Palácio Almada Carvalhais, um dos únicos monumentos do Séulo XV ou XVI.



"Foi este o solar dos provedores da Casa da índia (Almadas) que nos meados do século XVII pertencia a D: Cristovão de Almada(...)
Digo-te que os vestígios desse palácio são curiosos; pois subamos a rampa , pelo portal nº 50, que conduzia ao pátio do Palácio(...) em 1820 ainda morava aqui o conde de Carvalhais(...) 
A entrada em rampa , mostra ainda as pilastras e o arcos de cantaria em volta perfeita, com artesonados, em dois tramos completos. à direita, por um formoso arco de volta abatida, abre um delicioso claustro da Renascença, ao fundo do qual sobe a escadaria nobre do palácio, hoje prédio de arrendamento, indiferente às belezas e grandezas do passado. 
Tem o claustro três faces adornadas, a do fundo de três arcos, e as laterais de quatro arcos, apoiados a colunas de lindos capiteis lavrados; uma das ordens laterais de arcarias está entaipada por um barracão saliente que as encobre, e a outra está visível, mas a parte do seu interior foi ocupada por uma oficina de imprensa. Voltamos à rampa. Nela segue, em direcção à Garage, uma passagem, revestida de curiosos azulejos setecentistas nos dois tramos da abóbada, apoiados em belas pilastras nuas.
Consegui saber que aqui foi a cozinha da casa, no tempo em que o local da Garage constituía o jardim do Palácio dos Provedores da Casa da índia.
Este jardim, de que não resta notícia escrita, e ficará apenas a que te dou, era guarnecido de algumas estátuas e azulejos, alguns dos do tipo da Bacalhoa (Azeitão), vila onde os Carvalhais tiveram casa sua, onde se extinguiu o último representante da família. Ora, não quero deixar de te dizer que aqui onde está o Garage, existiu a Companhia Nacional Editora de David Corazzi"


 In Peregrinações, Norberto Araújo, 1938
Clicar nas fotos para ampliar.

9 de dezembro de 2010

Sobre o Palácio da Murta



Foi-nos enviado um interessante testemunho sobre o  palácio da Murta, que passo a transcrever integralmente. 

"Antes de mais obrigado por ter confirmado algum interesse sobre aquele velho Palácio, que tantas lembranças me trouxe ao ver a foto que tem no blog. Bem mas se me permite eu faria assim:
1- Há muitos registos históricos quanto ao Palácio, naturalmente, mas ainda não encontrei algo sôbre a sua vida mais recente, digamos anos 40,50, altura em que de facto começou a decadência.
2.- Por outro lado, aquele velho edifício digamos fica também ligado a história mais recente, pois dali sairam projectos de construção e remodelação de algumas da actuais cadeias. Ali trabalhava o arquitecto que deu forma ao velho, e inexistente, Tetaro/Cinema Monumental ao Saldanha, que foi a Arq Rodrigues Lima, como constava então.
3.- Mas, naturalmente, terei de informar como é que não sendo eu de sangue azul, apareço e vivo naquele Palácio.

PARTE I
 
 Como apareço no PFM. Meu padrinho de batismo, homem ligado ao rio e mar, era por volta de 1935/36 arrais de um iate muito famoso o BeuGest tendo ganho vários prémios etc.Iate esse que pertencia a um Sr de sangue azul D.António de Menezes. Ora quem era este Sr? Nem mais nem menos que o herdeiro e proprietário do Palácio Flor da Murta na Rua do Poço dos Negros. Meu padrinho casou com minha tia e madrinha e o casal foi para o Palácio ao serviço do D.António, que para além das suas necessidades tinha ainda sua ama vivendo com ele, e, portanto precisava de alguém que tomasse conta da casa, da Sra e dele, naturalmente. Então apareço eu com 15 dias após nascer, entregue pelos meus pais, gente pobre mas honesta, ficando aos cuidados dos meus padrinhos e, obviamente do D.António, pois era ela o suporte daquela família. Nessa altura viviamos na Rua de S.Bento no último piso por cima da Capela. Desta restava apenas as madeiras e algumas imagens, servia como arrumação tendo os azulejos, soube hoje sido levados muito antes para a Casa da Guia, creio ser esse o nome.
Portanto aparecido eu, para a frente é outra história. A seguir ......

PARTE II
 
 Afinal quem era D.António de Menezes? Descendente de linhagem, seu pai não tenho bem a certeza se era D.Manuel Menezes ou outro nome. Recordo-me de ouvir dizer que o palácio original ocupava toda a área compreendida pelas ruas Fresca, S.Bento, P.Negros e Caetano Palha. Mas que no passado, seu pai, acho eu, que por motivos de descalabro financeiro, teria vendido várias partes do palácio, ficando na época portanto só o que até 1951, pelo menos existia. Ou seja na Rua Fresca apenas a Garagem dentro da qual, me parece, havia ainda vestígios do que fora jardins e Rua de S.Bento e parte da Rua do Poço dos Negros.
Ora este D.António de Menezes era um homem culto, poliglota. Tinha vários cursos era inteligente, avesso a casamento ou relações duradouras com mulheres. Nunca lhe conheci alguma. Tinha vários títulos. Lembro-me que um deles era sôbre Arraiolos, outro de Sá da Bandeira. Não sei se outro de Sernancelhe, onde possuia herdade administrada por feitor. Também tinha em Arraiolos e outras algures. Era Comandante de Lança da então Legião Portuguesa, tinha problemas de foro psiquico e psicológico, dizia-se que por força da sua permanência em câmara de gases, nos exercícios da sua actividade de legionário. Era um homem extraordinário em solidariedade. Subscritor de várias instituiçõs, entre as quais a Mitra, esta a que mais me recordo. Sempre preocupado com o nosso bem estar, nada nos faltou até.........Um dia, por razões talvez psiquicas ou outras, resolveu encerrar-se em casa e durante mais de um ano não saíu a rua. Nessa época, perído de guerra e pós durante este isolamento, financeiramente mau, minha madrinha teve de se desfazer de bens para manter a casa, acabando por levar a doenças e morte. No fim de todo aquele tempo resolveu chamar barbeiro a casa, cortar cabelo e barba e passou a fazer a sua vida como antes...
 
 (Desculpem tomar tanto tempo com estas histórias, mas creio ser necessário para melhor conhecimento como era o Palácio até aos dias de hoje, praticamente. )

PARTE III
 
O Palácio tal como me lembro dele, e de recordar que lá vivi entre 1936 e 1952/53/54, no piso térreo estavam alugados vários estabelecimentos, que aliás se notam bem na foto. Na rua de S.Bento havia a estância de materiais de construção e uma ou duas montras dos Armazèns de S.Bento, que ficava mesmo na esquina daquela rua. Seguindo pela R:P.Negros ao lado dos armazéns estava uma loja de móveis e logo a seguir a fábrica de licores "A Esmeralda" seguindo-se uma grande entrada fechada por dois grandes portões, onde em um deles cortada uma porta que nos dava accesso ao átrio. (nr158). Ao lado uma porta grande, entrada para materiais da fábrica de licores seguindo-se a Ourivesaria Jàcome, a Chapelaria (Charles ou Carlos?) e ficava-se por aqui.
O primeiro andar era todo ocupado com atelieres da Direcção Geral dos Edifícios Nacionais com a Delegação de obras nas Cadeias. Muitos desenhadores, fiscais de obras engenheiros arquitectos etc Apenas não pertencia a esta Delegação, no primeiro andar, os alojamentos do D.António e seu escritório. Havia um enorme salão com dois ou tres lustres tendo a toda a volta dele uma varanda em madeira cujo acesso eram ao centro duas escadas,  em V, uma à esquerda e outra a direita. Naquela varanda haviam bustos, quási tamnaho natural, um do D,António Menezes cuja foto constava nas notas de vinte escudos. Outras figura  e nichos em talha, muitos livros e loiças antigas e muitos outros objectos. Posteriormete foi aberta uma entrada para o segundo piso, já existente no meu tempo mas que, me parece, seria então recente, em relação ao Palácio. 

PARTE IV
 
No primeiro piso, para lá do salão, havia uma casa de banho, onde aquele senhor gastava 5 litros de água de colónia nos banhos por semana. Não, não é exagero! Era mesmo assim. Depois o acesso ao saguão, enorme dividido por muro com porta, onde teriam sido os jardins do palácio.
O tal segundo piso, nota-se na foto, Pela rua SBento e um Pouco até na dos PNegros, com janelas baixas, tipo sacada eram a nossa habitação, depois de mudarmos da RSBento para ser alugado também a um legionário e sua companheira, Na foto mais à direita aparece outra parte do 2º Piso. Na parede lateral há uma janela, era do meu quarto, e para a direita pertencia ao casal Dr MCapper Alves de Sousa e sua esposa Margaret e filho Roberto. Havia ainda no primeiro piso, mas com outra entrada que não o 158 um consultório/oficina de odontologia e uma parte de casa, em sobreloja alugada a familia caboverdeana, creio.
  Ora todos estes alugueres eram de baixo preço. A chapelaria por exemplo pagava 116 escudos mensais. Todo o primeiro andar da Delegação creio pouco mais de 1500 etc.
 No segundo piso ainda, foi aberta uma passagem por uma porta de armário. Ou seja desmanchado o armário dava para o forro do telhado, Aí construi-se um piso que dava acesso a uma escada onde tinhamos outra hanitação anandonada com dois quartos cozinha e casa de banho, que nunca foram usados. Os quartos ainda serviram para arrecadações. 

PARTE V
 
    Descrevendo melhor de facto o palácio. No nº 158 a entrada como disse tinha uim grande átrio e à direita uma arcada para escada de pedra mármore talvez com 2,5 a 3 metros de largura. A um canto antes da escada havia uma enorme mesa trabalhada com torcidos e que devia ser valiosa. De tal modo que quer a mesa quer duas cadeiras estavam protegidas com corrente grossa presa nas paredes. Tanto no átrio como no corredor do primeiro andar haviam três bancos com arrumação por baixo. Lembro-me de ouvir dizer que eram em pau santo pesadíssimos. Dentro deles existiam imensos azulejos de painéis que haviam sido retirados, não sei de onde. Porquanto as paredes na escada eram painéis de azulejos com figuras de jardins, pássaros etc, No alto dessa escada as portas de acesso aos atelieres e ao corredor, este com entradas para mais atelieres e para nossa casa, alojamentos de D:António e para o casal referido.
 No entanto o D.António, com os problemas que referi resolveu abrir uma agência de publicidade para as revistas Le Chien e outras. Então gastou a fortuna em pagamentos, publicidade etc. Os proventos viriam mais tarde, dizia ele. Tudo isto teve como resultado a falência, os empréstimos e a inevitável penhora do prédio.
  No dia da morte do Presidente Carmona iria à praça pública mas, naturalmente suspensa, foi decretado luto nacional. No entanto, estranhamente, no dia do seu funeral foi o prédio vendido no tribunal ao genro do inquilino Raul, proprietário da então garagem na Rua Frêsca- O valor mais conto menos conto 1147, pagas as dívidas  continuámos vivendo lá, então como inquilinos do tal senhor.
  Esta situação ainda durou perto de 2 anos talvez, até que o D.António tomou de trespasse um andar na Av da Républica ao CPequeno, e para lá nos mudámos.
  Passaram-se muitos anos até que eu revisse a rua onde me criei,e para falar francamente, ainda conto por lá passar mostrar aos meus netos onde passei a minha infância e parte da adolescência.
 
   Hoje creio que aquele palácio só o brasão mostra a sua origem, pois agora será condomínio com apartamentos etc.
   
Aguardo os vossos comentários e uma vez mais as minhas desculpas, pois isto parece talvez mais memórias pessoais do que dizer como era ao tempo o Palácio. Mas nunca seria capaz de o fazer de outra forma.
Pessoalmente muito mais teria para dizer sôbre aqueles tempos, mas não é isso que está em causa.
Só mais um pequeno pormenor. Li algures num site as várias freguesias a que pertenceu aquela zona, e nunca vi referenciada a freguesia de Santos-o-Velho, quer de facto onde pertencia no meu tempo."

 Escrito por JM
Fotografias do AML

 



8 de março de 2010

TODOS OS DIAS SÃO DIAS






















Em “Os Maias” Eça de Queiroz diz que “ a mulher só devia ter duas prendas: cozinhar bem e amar bem.”
Durante o reino cadaveroso Salazar dizia que “o trabalho das mulheres fora de casa não deve ser incentivado. Uma boa dona de casa tem sempre muito que fazer”.
A mulher quer-se é em casa e também por esses tempos havia azulejos nas paredes da casa: “Cá em casa quem manda é ela mas quem manda nela sou eu.”
O sociólogo Arnold Toynbees disse que as lutas do nosso século se processam pela anulação de três supremacias: a da raça branca sobre as outras raças, a do patronato sobre o operariado, e a do homem sobre a mulher.
Metade da humanidade são mulheres.
“Por que é que o poder há-de ser exercido pela outra metade?”
Num esboço de peça de teatro Albert Camus exercita que os homens decidem que falharam e que devem entregar o governo às mulheres. Mas as mulheres querem imitar os homens e acontece o malogro. São aconselhadas a governar como mulheres. Uma experiência de um ano. Se tudo correr bem renova-se o contrato.
Tudo corre bem mas o contrato não é renovado.
“Faltava-lhes o ódio”.
Maria de Lurdes Pintasilgo disse que a igualdade surgiria quando as mulheres governassem. Aí demonstrariam que são tão incompetentes como os homens.
Num tempo, que não é assim muito distante, Diana Andringa falava de que a prova que a mulher não estava emancipada é que precisava de falar sobre a emancipação.
Mas a emancipação terá que ser a da sociedade. Ninguém se emancipa sozinho. Homens e mulheres, lado a lado.
Como é que ele chega a este ponto?
Porque não gosta do “Dia da Mulher”, porque entende que não as dignifica.
“Elas queriam outra coisa”, escreve Maria Velho da Costa.
Os homens também não chegaram lá.
Juntos será possível.
Ser simplesmente homens e mulheres – a única coisa a aprender.
Por dias claros e cidades tranquilas.
“No more”, como diria o corvo do Põe.
Por ele, chegado aqui, sente que não se devia dedicar a filosofias baratas, mas é um fraco.
A moral mata, já dizia o safado do Camus.

Legenda "O Homem Que Gostava das Mulheres" filme de François Truffaut, 1977

20 de janeiro de 2010

Um fraco por nenúfares

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Eu pecadora me confesso: adoro azulejos. Reconheceis a autoria deste padrão?

(Fonte; História da Arte, Edição Alfa)

A Luís Tavares acertou: azulejos realizados por Rafael Bordalo Pinheiro, cerca de 1900.