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27 de dezembro de 2009

Porque vão ao café?

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Essa era a pergunta que a Revista Ilustração Portugueza fazia a uma série de personalidades famosas, no seu número de 22 de  Novembro de 1920.

Stuart de Carvalhais, o autor destes belos desenhos, respondia assim: " Não tomo café. Venho aqui para encontrar amigos e falar de coisas de arte.

Eduardo Fernandes (Esculápio) jornalista: "Venho aqui porque sou rouco e preciso de começar os dias por molhar a palavra".

O nosso querido Norberto de Araújo exprimia-se assim:"Durante o dia ando de um lado para o outro,atarefado com as minhas ocupações profissionais, e o café é, naturalmente , o local onde estaciono para me orientar, para pensar, para discernir. Considero-o, portanto, uma casa de trabalho"

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17 de novembro de 2009

TAMBÉM PELO PRAZER DAS CAPAS

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"Miniaturas"
Norberto de Araújo
Capa: Leitão de Barros
Desenhos e aguarelas de Columbano, J. Vaz, Carlos Reis, Sousa Pinto, Roque Gameiro, Alberto de Sousa, D. Helena Gameiro, Alfredo de Morais, Martinho da Fonseca
Livraria Aillaud e Bertrand
Lisboa, 1920

“Nuvens cinzentas tapam o azul, desenham monstros e cobrem de tristeza os fundos de paisagem que se lobrigam desta varanda arejada, donde se pode nas noites caladas falar às estrelas e interrogar o coração das coisas. Vai chover, vai desfazer-se em água a terra inteira. Mas pouco e pouco, sem que o pronuncio se converta em realidade, sem que chova, afastam-se as nuvens, e o sol fica espreitando como um amigo que dá perdão. Descobrem-se agora ao longe, nítidas e confortantes como uma amizade que volta, as aguarelas húmidas, de tintas maravilhosas, que são os campos e os canais por aí fora. Parece mais linda a terra! Quanta vez o homem, para sentir toda a beleza da vida e na sua frescura lavar a alma esgotada, precisa que castelos de nuvens se amontoem diante de seus olhos e se desfaçam depois na pulverização redentora dos aguaceiros…”

19 de julho de 2008

 
Das belíssima "Peregrinações em Lisboa descritas por Norberto Araújo e acompanhadas por Martins Barata", destaco esta gravura.
Alguém a consegue contextualizar na Lisboa de hoje?

15 de janeiro de 2008

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Três rostos para quatro homens que escreveram sobre Lisboa e participaram na Exposição do Mundo Português. Da esquerda para a direita e de cima para baixo as fotografias de: José Leitão de Barros, Norberto de Araújo e Gustavo Matos Sequeira.
(Aprecio sobremaneira a pose de Leitão de Barros e a sua melena, devia ser um sedutor de primeira classe.)
A estes senhores devo muitas horas de prazer e a permanente descoberta de Lisboa.

13 de dezembro de 2007

Os desencantadores das cidades antigas


Lisboa (...) conserva, porém nos meios populares que mergulham as raízes no mar, alguns tipos originais, que se recortam da trivialidade. De entre eles, destaca-se o da varina, mulheres naturais, ou de ascendência próxima, de Ovar, Aveiro e Estarreja, que evoluiram gradualmente no sentido lisboeta, sem perderem contudo o seu tipo. O traje é gárrulo, o pisar ondulante, rítmico até à sugestão artística, o busto é airoso, de ancas finas e peito túrgido, a cabeça é patrícia, sob um lenço polícromo que só cobre a nuca e cai em ponta sobre a espádua elegante. Na sua maioria a varina é bonita, de pele branca que o sol não chega a crestar e de olhos vivos e maliciosos: a ascendência remota dizem os sábios que é fenícia, tal a proa de certos barcos das costas norte de Portugal.
A varina percorre a cidade vendendo peixe, mas muito mais se topa, na pureza primitiva do tipo, nos mercados da Ribeira Nova e da Praça da Figueira, à margem do rio nas lotas e na descarga do peixe. Sedução para os artistas, a varina é um precioso mistério para os sábios, uma realidade viva para os desencantadores das cidades antigas. O seu bairro é a Madragoa.
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Fotografias: Joshua Benoliel 1912 e Fernando Martinez Posal 1948 e Agnes Varda 1953



Texto de Norberto de Araújo em Lisboa, Edições SPN, Lisboa

11 de julho de 2007

O Lagarto da Penha

Citando Norberto de Araújo, em "Lisboa" Edições Spn:

" O turista seguirá agora à Penha de França....Neste local se encontra a igreja original e de deleitosa fachada, de Nossa Senhora da Penha de França, à qual estão ligadas tradições devotas curiosíssimas. O corpo da igreja que faz parte de um antigo convento, é de forma oitavada, rico de mármores e de azulejos, com dependências ligadas a lendas e promessas, nas quais se vê o famoso Lagarto da Penha e uma série de quadros ingénuos, tocados de crença e de poesia"

Fiquei curiosa, nunca tinha ouvido falar no lagarto. Googlei. Chateei amigos.Sou persistente.
Encontrei isto,
aqui:

"Mais adiante, aí a 800 metros, encontra-se a belíssima Igreja da Penha de França com um esplendoroso Miradouro sobre a cidade e pode matar a curiosidade no célebre Lagarto da Penha, que é afinal um Jacaré pintado na sacristia da Igreja. Foi voto do escultor António Simões, nos finais do século XVI, depois de ter sobrevivido ao desastre de Alcácer Quibir e a uma cobra que um lagarto conseguiu afugentar."

O amigo Manuel, emprestou-me esta foto, onde o lagarto mora aqui nos azulejos


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E explicou-me o carácter imprescindível da Cabeça de Alperce (
retirado daqui)
"Cronologia 1597 / 1598- edificação de uma ermida (destinada a albergar uma imagem de Nossa Senhora da Penha de França feita na sequência de um voto do imaginário António Simões efectuado em Alcácer-Quibir) em terrenos cedidos por Afonso de Torres e Magalhães e sua mulher D. Constança de Aguilar, numa elevação denominada Cabeça de Alperce. "

Ou seja, não sei se há petróleo no Beato, mas certamente existe lagartagem na Penha de França. Quem quiser desenvolver, estou às ordens para erratas e adendas.

5 de junho de 2007

Um palácio...

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Um dos exemplos de arquitectura joanina. Fundado em 1739. Uns chamam-lhe Palácio dos Galvões Mexias ou , "na boca popular", Palácio Pimenta. Pouco se sabe do palácio, apenas que foi integrado " em dilatada e prazenteira quinta".
Segundo alguns, foi construído por Dom João V para a Madre Paula " abadessa de Odivelas a quem chamavam a Pimenta". Nada está provado porém. Apontam Carlos Mardel ou talvez Ludovice como autores do risco desta residência senhorial lisboeta. Pertenceu ao Conde Farrobo. Já aqui se falou dele. E que foi pertença de Manuel Joaquim Pimenta, homem a quem o conde era devedor.
No tempo em que Norbero de Araújo escrevia o seu precioso inventário, este palácio foi adquirido pela CML. Reconhecem?
(post completamente centrado no Inventário de Norberto de Araújo

3 de junho de 2007

As Marchas de Lisboa

Letra de Norberto de Araújo
Música: Raul Ferrão

Vai de coração ao alto,
Nasce a lua,
E a marcha segue contente.
As pedrinhas de basalto
Cá da rua
Nem sentem passar a gente.
Nos bairros desta cidade
Encantada,
Tudo serve de alegria.
E faz-se alegre a saudade
No toque da alvorada,
No toque de Avé-Maria.
Lá vai Lisboa
Com a saia cor do mar,
E cada bairro é um noivo
Que com ela vai casar!
Ai! vai Lisboa
Com seu arquinho e balão,
Com. cantiguinhas na boca
E amores no coração

Ouvir aqui!

Muito obrigada Senhor Dom Bic:)

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Nascidas pela mão do nosso amigo Leitão de Barros, já fazem 75 anos.
Estas fotos são de 1950 e de Judah Benoliel. Muito especialmente dedicadas à nossa amiga Morgaine, a rainha de S. Vicente!

27 de maio de 2007

Para o Sr Bic se roer de inveja!

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Olhe o que eu comprei hoje!
Textos de Norberto Araújo e desenhos de Maria Keil do Amaral!
Digressões várias do Mestre sobre Lisboa, editado pelo Secretariado de Propaganda Nacional.
Custou dez euros na Feira do Livro:)
E melhor! Comprei o Inventário! Dois volumes. Por pudor vou omitir o preço, mas que se lixe, afinal vou fazer anos.
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28 de abril de 2007

Os roteiros das ruas de Lisboa

Sou uma fascinada por roteiros. Este comprei-o numa feira qualquer e está em bastante mau estado, de tão manuseado que foi..
Mudavam o nome à rua? Pois, emendava-se o roteiro. Este tem a particularidade de ter sido acrescentada a rua Norberto de Araújo.
A governação do país? Primeira página. Tudo muito simples. Era Interior e não Administração Interna. E Instrução, qual Educação. E as Colónias? Mudam os tempos, mudam as nomenclaturas. O roteiro porém arquiva todas as informações de utilidade pública. E sobreviveu.


23 de março de 2007

O Arco da Mouraria dito do Marquês de Alegrete




"











Os Arcos são permanentemente contemplativos, órbitas doces escancaradas para verem mais para além, e enfiarem no quadro azul da sua volta redonda o extenso panorama do sítio e do homem.
Eles foram criados como passadiços, para ligarem casas e palácios, para unirem disposições arquitectónicas de recurso, mas deixaram uma serventia livre.
-Passem vocês por debaixo de mim...

E o que tem passado sobre os Arcos de Lisboa! Um dos mais velhos e pobrezinhos da tessitura - e nos Arcos, sob o prisma do seu pitoresco evocativo, não há que cuidar se a arte neles se enflora ou não - um dos mais venerandos e mais lisboetas é o Arco da Mouraria, dito do Marquês de Alegrete. Está ali por um fio, condenado à morte pelo camartelo, e em breve irá fazer companhia ao arco de Santo André. Ele viu desfilar sob a sua sombra Fernandina durante cinco séculos , centenas de gerações , com todo o pitoresco ambulante de uma porta de entrada da cidade, vazante de Alvalade e de Arroios. Ainda há poucos anos era na Velha Mouraria da Guia e da Saúde, do passo da procissão e das betesgas dos Canos e do Outeirinho - uma simpática sentinela do pitoresco. E agora , que está ali ainda de pé como um tropeço, a quem se diga " Chega-te para lá que eu quero passar" - o Velho Arco mostra uma expressão simbólica de sacrificado, pois até o alacre enfiamento da Rua do Arco do Marquês de Alegrete lhe arrebataram".

Norberto de Araújo, Ciclo de Conferências O Pitoresco em Lisboa, Olisipo, Abril de 1952
Fotos (clicar nelas para ampliar):
Arco do Marquês de Alegrete
Arco de Santo André (1908)
Por cortesia do Arquivo Municipal de Lisboa

19 de março de 2007

O Arco de São Vicente


" Agora, e lá em cima - está o Arco de São Vicente. Não quer ter história. Data de há século e meio. Mas ele é o início de uma série de "ex-libris" de poetas anónimos cujo pitoresco é feito de contemplação, das saudades e do amor humilde de cem gerações. Liga São Vicente a Santa Clara, e chamam-lhe o Arco Grande para o distinguir de um Pequeno, que se foi embora, sem se despedir da gente.
Do Arco de São Vicente, enevoado de beleza, surpreende-se o rio, com as suas velas brancas. Caem nele as badaladas do Mosteiro dos Agostinhos: ouve-se a respiração da Graça e de Santa Marinha. É um pitoresco lavado, dilatado, panorâmico, feliz de ser assim. Já não desfilam sobre ele os coches do Patriarca, a caminho da Mitra, que foi no palácio de Barbacena, nem as berlindas do velho conde de Lavradio. Mas passam as sombras das cigarreiras das fábricas de Xabregas e dos Barbadinhos, os vultos dos antiquários oportunistas da Feira da Ladra, que também vai desaparecer, e o perfil amorável de uma rapariga, que logo cedinho, com uma companhia indispensável ao seu lado, vai para o seu emprego.

Ao cabo - o Arco de São Vicente é uma redondilha"

Norberto de Araújo, Ciclo de Conferências O Pitoresco em Lisboa, Olisipo, Abril de 1952

2 de fevereiro de 2007

Claridade dentro de outra

Andei à procura das Memórias do Raul Brandão, para ler como ele conta o regicídio bem evocado pelo caro Bic aqui .Em pequenina tinha medo deste livro que me pelava: tinha as fotos do Buiça morto.
Para variar distraí-me e fiquei a ler, sentada no corredor, pedacinhos das Miniaturas, de Norberto Araújo. É um livro cheio de ternura, dedicado à filha, Ernestina.

"Tenho um candeeiro de três bicos, que vem de longe. Serve de ornamentação, em regra, tanto a velharia hoje é cousa essencial. Suas torcidas secaram e os atributos do objecto histórico têm já manchas de verdete. É raríssimo utilizá-lo. Mas, mesmo pôsto de lado, eu tenho amor ao candeeiro. Na complicação da vida moderna, a sua simplicidade ameniza. Para ler uma carta de Vieira, um soneto de Quental, a luz mortiça quebrada no reflector, tem luar. Uma confidência esconde-se na sua luz velada como uma claridade dentro de outra. A seguir à civilização do azeite,toda a iluminação é bonita, mas bonita como a beleza do pó de arroz. Vindo de fora, ameaçada a vontade de afundar-se nas convulsões do oceano moderno, ou quando os graves problemas da alma dançam em frente da consciência, sem saber por onde seguir, reclama-se o candeeiro de três bicos(...)"

Talvez eu ande à procura exactamente desse mesmo candeeiro, quem sabe.Gosto tanto desta frase "claridade dentro de outra". Fiquei nostálgica. É isso.
Desenho de Columbano

30 de dezembro de 2006

Peregrinações Em Lisboa

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Era uma vez, numa feira de alfarrabistas, encontrei num cesto cheio de livros velhos , vários exemplares das Peregrinações em Lisboa ao preço módico de 500$00, de autoria de Norberto Araújo. Eu já tinha alguns volumes da Vega, que achava um livro mal encadernado, que se esfrangavalhava num instante e nem por isso bem impresso. Esta edição, da Parceria António Maria Pereira faz respirar o livro. Suponho que seja a primeira impressão da obra e tem a direcção artística de Martins Barata. Infelizmente só havia o mesmo volume repetido. Comprei dois ou três e ofereci a amigos que gostam destas coisas como eu. As duas páginas que digitalizei, são o fim da jornada com o nosso "Dilecto amigo". É exactamento um edifício meu vizinho, que vejo todos os dias cada vez mais degradado e tristonho.: o hospital de Arroios. Nessa altura nem sonhava que iria morar aqui.
Um dia hei-de ter os quinze volumes desta mesma edição; porque não a reeditam tal e qual?






Era uma vez, numa feira de alfarrabistas, encontrei num cesto ao preço módico de 500$00, vários exemplares das Peregrinações em Lisboa, de Norberto Araújo. Eu já tinha alguns volumes da editada pela Vega, que achava um livro mal encadernado, que se esfrangavalhava num instante e nem por isso bem impresso. Esta edição, da Parceria António Maria Pereira faz respirar o livro. Suponho que seja a primeira impressão da obra e tem a direcção artística de Martins Barata. Infelizmente só havia o mesmo volume repetido. Comprei dois ou três e ofereci a amigos que gostam destas coisas como eu. As duas páginas que digitalizei, são o fim da jornada com o nosso "Dilecto amigo". É exactamento um edifício meu vizinho, que vejo todos os dias cada vez mais degradado e tristonho: o hospital de Arroios.
Para se conseguir ler, clicar e ampliar...vale a pena !
Nessa altura, não sonhava que viria a morar em Arroios. Voltas que o império tece.
Um dia hei-de ter os quinze volumes desta mesma edição...
Mas, porque não é reeditada tal e qual em vez dos modernismos cor de rosa da Vega?

24 de dezembro de 2006

Norberto de Araújo mais uma vez

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Eu não sei se tu, que começas a ler esta história à espera dum romance de amor, mais nu e verdadeiro do que uma estátua nua, moras num bairro pobre ou num bairro rico, num sitio de Lisboa velha ou num quarteirão arejado de Lisboa moderna, cheinho de casas grandes, fechadas impenetráveis - como jazigos.

Naturalmente moras no teu bairro como eu moro no meu, e vives nele a vida de toda a cidade, cada bocadinho por sua vez, porque toda a vida duma rua escorre para a outra, e não há artéria da Lapa e da Estrela por onde não passe uma réstia de alegria dos bairros excêntricos, levada no pregão da varina ou na giga da rapariga que canta a sua fruta numa
toada de alfurja, estridente e resignada.

Ora tudo isto que te conto se passa num bairro humilde, e decorre quando extravasa o sítio original, em ruas que aos outros olhos parecem tristes e baças, onde as casas são sujas, as esquinas muito de quina, as soleiras baixas, e onde os gatos vivem com as crianças na mesma promiscuidade encantadora e repugnante.
São tão lindas as ruas pobrezinhas! Há tanta beleza no conjunto desairoso dos edifícios antigos a caírem, ruínas que remoçam todas as primaveras como as dos castelos lendários.
Nos bairros aristocráticos vive-se dentro. Nos bairros excêntricos vive-se fora. As casas de palácio e de grande estilo arquitectónico, repara tu que são esfingícas, mudas egoistas. Não tem traseiras: Estão sempre fechadas as janelas, não sei para que se fizeram. Prédios há, muito lindos, que são cómodas cujas gavetas nunca abrem. Entra-se neles por uma escada cuja porta cai pesadamente sobre nós. (...)
Nada respira tanto contentamento, felicidade tanta como a humildade. As ruas de Alfama velha, da Graça clara, da Alcântara feia, da Fonte Santa - dão saúde de dia e de noite
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Novela do Amor Humilde, Norberto de Araújo, 1924
(capa do Stuart, 1914)
Foto do Arquivo Municipal de Lisboa, Joshua Benoliel

Grande escritor e um amoroso de Lisboa, Norberto de Araújo é das minhas referências especiais na literatura portuguesa. É uma prosa ( e poesia), que inspira afecto e envolve. Agora desaprendeu-se de escrever assim. Quem nunca leu as Peregrinações em Lisboa, é favor de o fazer.
Por acaso, descobri o blog do bisneto dele, Miguel Araújo, ligado ao ambiente.
Achei interessante apesar de tudo a continuidade das preocupações familiares: o espaço e a qualidade de vida.
Véspera de Natal não é?