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sábado, 15 de julho de 2017

O ACERTO DE CONTAS DE UMA MÃE - A vida após a tragédia de Colombine (Sue Klebold)

Sinopse: Um livro forte e inquietante narrado pela mãe de um dos responsáveis pela a tragédia de Columbine. 
Em 20 de abril de 1999, Eric Harris e Dylan Klebold se armaram com pistolas e explosivos e entraram na Escola de Ensino Médio de Columbine, na cidadezinha de Littleton, Estados Unidos. Em questão de minutos, mataram doze estudantes e um professor e feriram outras vinte e quatro pessoas, antes de tirar a própria vida. Desde então, Sue Klebold, mãe de Dylan, convive com a dor e a vergonha indescritíveis por aquele dia. Como seu filho, o jovem promissor que ela criou com tanta dedicação, pôde ser responsável por tamanho horror? E como, convivendo com ele diariamente, ela não percebeu que havia algo errado? Houve sinais sutis que ela não captou? O que ela poderia ter feito diferente? Essas são perguntas com que Sue se debate todos os dias desde a tragédia de Columbine. 
Em O Acerto de Contas de Uma Mãe, ela narra com honestidade rigorosa sua jornada para tentar lidar com o incompreensível. Na esperança de que os insights e o entendimento que ela obteve ao longo dos anos possam ajudar outras famílias a reconhecer quando um adolescente está com problemas, Sue conta sua história na íntegra, recorrendo a seus diários pessoais, aos vídeos e escritos que Dylan deixou e a inúmeras entrevistas com especialistas em saúde mental.

Meus comentários: Livro dificil de ler, assunto ainda mais dificil de se posicionar. No inicio da leitura, senti compaixão tanto pela mãe quanto pelos demais integrantes da familia e foi com essa compaixão que li o livro todo. Embora seja um relato doloroso possibilita ao leitor um pequeno vislumbre do outro lado da moeda, coisa rara. Acredito que tenha sido necessária muita coragem para abordar o assunto e percebo, como leitora, que fui poupada dos detalhes mais sórdidos da narrativa, que tenho certeza ocorreu por parte da população através da comoção social, da imputação de culpa, da exclusão. Percebe-se também o esforço dessa mãe, obrigada a lidar com o horror público e com seu próprio horror intimo. Não me atrevo a condenar erros de concordância, prolixidade e outros pequenos deslizes que porventura o livro tenha, uma vez que a narradora se esforça para ser coerente e não se prende a lamentações. Em termos gerais, uma rara experiência, o lado feio da vida.

terça-feira, 17 de março de 2015

O ESPETÁCULO MAIS TRISTE DA TERRA (Mauro Ventura)

Documentário bastante minucioso de uma tragédia ocorrida em Niteroi, onde muitas pessoas foram mortas ou tiveram seus corpos bastante queimados num circo. Além da abordagem da tragédia em si, narrada de tal maneira que o leitor tem a sensação de estar presente, de ser espectador invisível e impotente dos acontecimentos, o autor foi além e  abordou também a investigação ocorrida, os desdobramentos nas vidas das pessoas atingidas. Embora trágico, um livro muito bem escrito, com a seriedade e respeito imprescindíveis. Recomendo.
SINOPSE: O Espetáculo Mais Triste da Terra - No dia 17 de dezembro de 1961 acontecia, em Niterói, a maior tragédia circense da história e o pior incêndio com vítimas do Brasil. Mais de 3 mil espectadores, a maioria crianças, lotavam a matinê do Gran Circo Norte-Americano, anunciado como o mais famoso da América Latina, quando a trapezista Antonietta Stevanovich deu o alerta de "fogo!". Em menos de dez minutos, as chamas devoraram a lona, justamente no momento em que o principal hospital da região se encontrava fechado por falta de condições. O prefeito da cidade estabeleceu em 503 o número oficial de mortos, mas a contabilidade real nunca será conhecida. Cinquenta anos depois, o jornalista Mauro Ventura reconstitui o episódio em 'O Espetáculo Mais Triste da Terra'. Curto-circuito ou crime? Era a pergunta que todos se faziam. A polícia logo descobriu um suspeito, mas até que ponto ele era o verdadeiro culpado ou o bode expiatório ideal para dar satisfações rápidas à sociedade e encobrir possíveis falhas das autoridades e do dono do circo? Quatro meses depois da renúncia do presidente Jânio Quadros, o país chegava novamente às manchetes internacionais. O papa mandou celebrar uma missa pelas vítimas e enviou um cheque para ajudar no tratamento dos sobreviventes. O impacto da tragédia em Niterói, então capital do estado do Rio de Janeiro, foi tamanho que o assunto permanece encoberto até hoje.