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domingo, 10 de julho de 2011

OS PILARES DA TERRA - vol. II (Ken Follet)

Enfim, termino a longa saga que gira em torno da construção da imensa e inigualável Catederal gótica de Kingbridge  e dos muito bem construidos personagens e suas tragédias, percalços e alegrias. Foram 1103 páginas de uma grande odisséia. A trama toda ocorreu na idade média, na Inglaterra, onde o clero trava uma luta acirrada pelo poder com o governo. Afora as situações dos personagens, o livro nos mostra uma época de muita fome, violência, impunidade e desigualdade social. Ao final do segundo volume, fechando meus olhos era capaz de "enxergar" os muitos personagens, bem como de "sentir" a Catedral. Bem detalhado sem tornar-se repetitivo e redundante, o autor não traçou apenas o perfil de uma época, também delineou na mente do leitor uma gama de imagens, possibilitando a construção mental do período. Foi assim que vi não apenas os personagens como também os campos de batalha, as Catedrais da época e muitas outras situações descritas no livro. Apreciei a leitura, tomei as dores dos personagens, me alegrei, me entristeci. Uma excelente obra. Agradeço à Cissa pelo empréstimo.
SINOPSE: Ken Follett, mestre do suspense e da ação, não poderia ter escolhido tema mais inusitado na sua trajetória literária, pautada por romances de espionagem: a construção de uma catedral gótica na Inglaterra do século XII. Impondo o seu ritmo ágil a uma história que recria uma época marcada pelo poder da Igreja e dos cavaleiros, e pela arquitetura como máxima expressão artística, Follett escreve um romance que segue, inclusive estruturalmente, o levantamento do chão da uma obra-prima de pedra e delicados ornamentos. No segundo volume o fio condutor da narrativa passa a ser Jack Shareburg, o filho de Ellen com trovador injustamente condenado à morte na forca. Criado por Tom, Jack vê impelido a correr o mundo pela impossibilidade de se casar com Aliena, noiva de seu irmão, e pela incapacidade de se adaptar ao noviciado. Decidido a fazer o Caminho de Santiago de Compostela, ele entra em contato, no percurso, com a cultura sarracena e vai a Paris a tempo de ver construída a catedral de Saint-Denis. É ali que reencontra Aliena e o filho, e decide voltar à Inglaterra, para cumprir o que julga ser sua missão: levar as conquistas do gótico francês, a mistura de solidez e leveza, para a reconstrução da catedral de Kingsbridge. As tramas paralelas, desenvolvidas por Follett no primeiro volume, ganham na segunda parte fôlego surpreendente. Movimentos camponeses, conspirações, procissões improvisadas, tudo reflete a agitação do final do século e a mudança galopante das feições da Inglaterra feudal. Os mistérios propostos no início do romance são desvendados, as peças do quebra-cabeças encaixam-se.