sexta-feira, 10 de abril de 2009
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Mensagem recebida
Juan Muñoz, 1999 Many Times (detail)
Havia um homem que corria pelo orvalho dentro,
O orvalho de muita manhã.
Corria de noite, como no meio da alegria,
pelo orvalho parado da noite.
Luzia no orvalho. Levava uma flecha
pelo orvalho dentro, como se estivesse a ser caçado
loucamente
por um caçador de que nada se sabia.
E era pelo orvalho dentro.
Brilhava.
Agradeço à TV pela mensagem, pela sensibilidade e pela empatia. Com admiração e reconhecimento.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
sábado, 4 de outubro de 2008
NFB pede boicote ao Blindness
E como seria de prever já temos vozes que gritam bem alto porque sofrem por não poderem ver.
A Federação Nacional de invisuais (NFB), a maior organização de invisuais dos Estados Unidos, anunciou ontem mobilizações contra o filme Blindness por considerar que retrata os portadores de deficiência visual como depravados.
O filme, dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles é baseado no livro “Ensaio sobre a cegueira” de José Saramago, prémio Nobel de Literatura em 1998, e relata o caos em que a sociedade se tornaria caso as pessoas ficassem, de repente, sem poder enxergar.
Em vez de surgirem reflexões sobre o alcance metafórico do romance agora tornado filme, surgem reacções primárias de grupos [ditos] minoritários que se dizem ofendidos. É caso para dizer: vivemos afinal num mundo de gente cega que vê.
quarta-feira, 19 de março de 2008
segunda-feira, 17 de março de 2008
Gaiolas ou asas?
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Terceira mensagem de Natal
domingo, 16 de dezembro de 2007
sábado, 15 de dezembro de 2007
Primeira mensagem de Natal
Até ao Natal falemos de Natal. Muitos inserem nos seus blogs poesias sobre o Natal, opiniões, críticas, vídeos, fotos, etc. Nesta quadra vale tudo desde que se fale de solidariedade, paz, amor, fraternidade...
Não fujo à regra. Vou andar por aqui e aí às voltas com as mensagens de Natal.
Começo por uma das últimas mensagens de 2006 (suponho!) que servirá de mote a este e outros posts. Não escolhi esta mensagem por nenhuma razão especial, a não ser porque é uma mensagem que partiu dos nossos governantes que têm algo que nós não temos, ou seja, o poder e as condições necessárias para provocar alterações nos nossos destinos. Aguardemos a mensagem de 2007 e depois do dia 25 comparemos as semelhanças e as diferenças a ver se dá para perceber o porquê de tanto "8 e 80".
Mensagem de Natal do Primeiro-Ministro
2006-12-25
Prezados concidadãos
Quero desejar-vos a todos um Feliz Natal e um bom Ano Novo.
Neste ano de 2006 as coisas começaram finalmente a melhorar. Gradualmente é certo, mas a melhorar.
Melhorou a confiança – nos consumidores e nos empresários. Melhorou a economia – com previsões de crescimento económico acima de todas as expectativas. Melhoraram as nossas exportações – as empresas portuguesas estão a vender mais e melhor no mercado global.
Mas melhorou também o emprego – neste último ano, de Setembro de 2005 a Setembro de 2006, a economia portuguesa foi capaz de criar 57 000 novos empregos.
Mas as coisas melhoraram também nas contas públicas – este ano vamos cumprir o objectivo central de redução do défice para 4,6%. Estamos portanto a pôr as contas públicas em ordem – e com isso estamos a recuperar a credibilidade do país nos mercados internacionais, e a confiança dos portugueses num Estado que deve ter as contas equilibradas.
Confiança, economia, emprego, contas públicas. Não há dúvida que as coisas começam a melhorar.
Não é ainda o que queremos. Sei bem que temos ainda um longo caminho pela frente. Mas passo a passo a economia está a recuperar. Passo a passo os resultados começam a surgir.
Eu sei que o Governo está a pedir a todos os portugueses um esforço maior. Mas os portugueses sabem bem que nenhum país progride sem um esforço maior de todos os seus cidadãos.
Não há alternativa ao trabalho árduo. E foi justamente o trabalho de todos os portugueses ao longo deste ano que nos permitiu alcançar estes resultados. É por isso que quero deixar a todos os portugueses, a todas as famílias portuguesas uma palavra de confiança. Nós estamos a conseguir. Nós vamos conseguir.
Mas nesta quadra o meu pensamento vai sobretudo para os mais desfavorecidos da nossa sociedade: para os mais pobres, para os doentes, para aqueles que estão sós e que precisam de todo o nosso afecto e de todo o nosso espírito de entreajuda.
E quero dirigir-me em particular aos idosos com menos recursos porque são esses que verdadeiramente mais precisam da nossa solidariedade. E para lhes garantir que o Governo continuará a fazer tudo o que está ao seu alcance para lhes dar condições para uma vida digna livre da pobreza como não pode deixar de ser numa sociedade que se quer respeitar a si própria e que tem a ambição de ser mais justa.
Mas não esqueço, nesta quadra, os emigrantes portugueses que um pouco por todo o mundo, neste momento, estão a pensar em Portugal. Quero que saibam que o País se orgulha dos seus emigrantes. E que se orgulha do contributo que dão para o prestígio do País.
Saúdo também os imigrantes que procuram em Portugal uma vida melhor e que assim contribuem para o progresso do nosso País. É com gosto que vos acolhemos no nosso País e neste tempo gostaríamos que se sentissem em vossa casa.
Quero finalmente, deixar uma palavra de profundo reconhecimento aos militares portugueses que estão em missões de paz no estrangeiro e que com a sua acção tanto têm contribuído para a afirmação de Portugal no contexto internacional. Em nome de todos os portugueses dirijo-lhes uma mensagem de apreço pelo seu trabalho que a todos nos dignifica.
A todos os portugueses quero de novo desejar Feliz Natal. Que este tempo seja um tempo de concórdia. Um tempo de reencontro. E a todos quero também desejar um bom ano novo. Um Ano novo de paz. Um Ano novo de prosperidade. Um Feliz Ano Novo.
Boas Festas.
Reflexão: As palavras leva-as o vento.