O Ministério das Obras Públicas espanhol anda a tentar convencer investidores estrangeiros que o sector imobilário espanhol é seguro e uma boa aposta. Infelizmente, os mercados e os investidores não parecem muito convencidos. Sabendo o que se sabe da bolha imobiliária que assolou a Espanha, esta atitude dos potenciais investidores não é muito de admirar. (a imagem foi retirada daqui)
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11 maio 2011
15 abril 2011
INVISTAM NOS NOSSOS BANCOS
Ainda há uns meses vimos os membros do governo português em sucessivos périplos pelo mundo fora à procura de compradores da nossa dívida pública, numa tentativa quase desesperada para evitar o que veio a revelar-se inevitável. Agora a história repete-se para a Espanha, embora existam algumas pequenas diferenças. Assolada por uma crise bancária cujas dimensões ainda não são totalmente conhecidas, e sabendo que o seu país poderá ser a próxima peça do dominó da dívida soberana europeia a cair, as autoridades espanholas têm tentado convencer o Qatar, Singapura, e a China para investirem nos bancos regionais espanhóis. O entusiasmo da iniciativa do governo Zapatero foi tal que o governo espanhol anunciou um avultado investimento da China nos bancos espanhóis na ordem dos 9 mil milhões de euros. O problema é que, para grande constrangimento do governo de Espanha, esse investimento nunca se materializou. De tal modo que as próprias autoridades chinesas já vieram a público negar esse mesmo investimento. Perante o natural embaraço, a Espanha já anunciou que, afinal, tudo se deveu a um "erro de comunicação". Enfim, assim vai a nossa Europa a caminhar de vento em popa.
10 abril 2011
APRENDER COM OS ERROS DOS VIZINHOS
Um blogue do El Pais considera que a Espanha não é Portugal, mas deve, ainda assim, "aprender com os erros dos vizinhos".
09 março 2011
O REGRESSO DAS PESETAS
Não, não, ainda não é o fim do euro. É apenas uma pequena localidade galega que decidiu tentar capitalizar nas pesetas que não foram trocadas por euros (com um valor estimado em cerca de 1,5 mil milhões de euros), e cujas lojas agora aceitam pagamento em pesetas, bem como em euros. Se ainda tem pesetas em sua posse e se quiser livrar delas, já tem uma boa desculpa para ir até Mugardos e usá-las.
25 janeiro 2011
CAJAS E O FUTURO DO EURO
Mais do que um eventual resgate financeiro de Portugal, o futuro do euro irá passar pelas cajas espanholas (bancos regionais), cuja dívidas têm o potencial para gerar uma grave crise bancária na Espanha. Uma crise bancária parecida com o que ocorreu na Irlanda seria nada menos do que trágico não só para o nosso país vizinho (e para nós), mas também para a própria Europa. Toda a gente sabe isso e não é à toa que o governo espanhol tem implementado toda uma série de medidas para tentar assegurar a viabilidade financeira das cajas. Assim, após a fusão de muitos destes bancos regionais e da recapitalização das cajas, agora o governo espanhol ditou que estes bancos têm de aumentar os seus capitais. Se não o fizerem, as cajas arriscam-se a ser nacionalizadas pelo governo central.
Apesar de todas estas medidas, a desconfiança em relação à solidez financeira das cajas permanece, até porque são exactamente estes bancos que estão mais expostos aos efeitos relacionados com o rebentamento da bolha imobiliária que tem devastado a economia espanhola.
Já agora, uma data importante sobre o futuro das cajas será o final deste mês, quando estes bancos regionais terão de divulgar a sua exposição aos activos menos sólidos da bolha imobiliária. Resta saber se esta infomação que será divulgada será fiável ou se não será só para "especulador ver"., assim como aconteceu aquando dos testes de stress do Verão passado.. Logo veremos.
20 dezembro 2010
FINANÇAS SÓLIDAS
Crescemente acossada pelo rebentamento da bolha no mercado imobiliário, a Espanha tenta mostrar que o seu sistema financeiro é sólido.
25 novembro 2010
O RISCO ESPANHOL
Os mercados e a grande maioria dos analistas internacionais já dão como inevitável um "bailout" de Portugal. Porém, poucos estão preocupados com essa possibilidade, pois a economia portuguesa é demasiado pequena para afectar de forma irreversível a Zona Euro. O mesmo não se pode dizer da economia espanhola. Aliás, a Espanha é a grande preocupação dos mercados e de muitos economistas. Porquê? Porque um hipotético bailout da Espanha poderia ser verdeiramente problemático para a Zona Euro e poderia significar o princípio do fim da moeda única.
Actualmente, o principal risco associado à Espanha vem da dívida dos bancos espanhóis. É verdade que a grande maioria dos bancos espanhóis passou nos testes de stress realizados há uns meses. Porém, sabendo o que se passou com os bancos irlandeses (que passaram nos mesmos testes), já há muita gente que desconfia da credibilidade deste tipo de testes.
Mas há um outro factor que poderá tornar os bancos espanhóis ainda mais vulneráveis. Qual é esse factor? Portugal. Segundo o BIS, os bancos espanhóis têm cerca de 60 mil milhões de dívida pública portuguesa. E se adicionarmos a exposição dos bancos espanhóis à nossa dívida com os outros problemas da banca de Espanha, poderemos ter a receita ideal para que os nossos vizinhos fiquem numa situação bastante delicada.
18 fevereiro 2010
O PESADELO ESPANHOL
O New York Times critica o governo espanhol por não oferecer um plano realista ou adequado para combater o enorme desemprego e a crise económica que grassa em Espanha. Segundo o NYT:
"After two decades of dizzying growth — and the collapse of a housing bubble — there is a pervasive feeling in Spain that the party is over and that Mr. Zapatero is offering little more than palliatives for a national hangover."
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"Analysts worry that Spain’s recovery will be delayed or undercut by a rigid labor market and generous unemployment compensation — and a government that has yet to tackle the problem." Vale a pena ler o resto.
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"Analysts worry that Spain’s recovery will be delayed or undercut by a rigid labor market and generous unemployment compensation — and a government that has yet to tackle the problem." Vale a pena ler o resto.
01 novembro 2008
18 maio 2008
O EXEMPLO DE ESPANHA
Nos últimos anos, muitos apontaram a economia espanhola como o exemplo a seguir para sair do marasmo. A economia espanhola tem crescido a um ritmo apreciável nos últimos anos e, por isso, é apontada como um dos grandes casos de sucesso eurpeus. Ainda assim, é preciso notar que não estamos perante nenhum tigre ibérico, pelo menos por enquanto. Afinal, se compararmos o crescimento económico de Portugal e Espanha nos últimos 20 anos, só mesmo desde 1999 é que a economia portuguesa começou a divergir claramente em relação à Espanha. Entre 1986 e 1999, Portugal cresceu quase sempre mais do que a Espanha, com um pequeno interregno em 1994 e 1995. O fosso entre as nossas economias acentuou-se então nos últimos 7 anos.
Comparando as duas economias, é fácil percebermos as razões para a crescente divergência. Enquanto Portugal tem assistido a uma degradação concertada das exportações e do investimento, a Espanha tem tido um grande dinamismo da sua procura interna, não só devido a um desempenho admirável do consumo privado, como também do investimento. Apesar dos crescentes défices externos, as exportações espanholas têm também crescido bastante mais do que as portuguesas.
Comparando as duas economias, é fácil percebermos as razões para a crescente divergência. Enquanto Portugal tem assistido a uma degradação concertada das exportações e do investimento, a Espanha tem tido um grande dinamismo da sua procura interna, não só devido a um desempenho admirável do consumo privado, como também do investimento. Apesar dos crescentes défices externos, as exportações espanholas têm também crescido bastante mais do que as portuguesas.
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O bom desempenho da economia espanhola demonstra que nem o carácter periférico nem a adesão ao euro, por si sós, constituem entraves insuperáveis ao crescimento económico português. De facto, as grandes diferenças entre a economia espanhola e a portuguesa resumem-se essencialmente a dois factores: política económica e estrutura.
Em primeiro lugar, é inegável que nos últimos anos a Espanha teve uma gestão macroeconómica muito mais competente do que Portugal. No final dos anos 90, perante exactamente as mesmas condicionantes internacionais que Portugal, o governo espanhol decidiu encetar uma série de reformas estruturais que fomentaram a liberalização e a desregulamentação da economia. Face a um aumento desmesurado do Estado, houve então uma estratégia deliberada de redução do peso do Estado na economia, através do corte de despesas públicas e dos impostos. Em claro contraste, Portugal não encetou nenhuma reforma económica de fundo e preferiu engordar o sector estatal sem o menor respeito pelas regras da boa gestão macroeconómica. O resultado está à vista: Portugal sofre para cumprir as regras do desacreditado Pacto de Estabilidade, enquanto que a Espanha está em superavit orçamental.
O bom desempenho da economia espanhola demonstra que nem o carácter periférico nem a adesão ao euro, por si sós, constituem entraves insuperáveis ao crescimento económico português. De facto, as grandes diferenças entre a economia espanhola e a portuguesa resumem-se essencialmente a dois factores: política económica e estrutura.
Em primeiro lugar, é inegável que nos últimos anos a Espanha teve uma gestão macroeconómica muito mais competente do que Portugal. No final dos anos 90, perante exactamente as mesmas condicionantes internacionais que Portugal, o governo espanhol decidiu encetar uma série de reformas estruturais que fomentaram a liberalização e a desregulamentação da economia. Face a um aumento desmesurado do Estado, houve então uma estratégia deliberada de redução do peso do Estado na economia, através do corte de despesas públicas e dos impostos. Em claro contraste, Portugal não encetou nenhuma reforma económica de fundo e preferiu engordar o sector estatal sem o menor respeito pelas regras da boa gestão macroeconómica. O resultado está à vista: Portugal sofre para cumprir as regras do desacreditado Pacto de Estabilidade, enquanto que a Espanha está em superavit orçamental.
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Em segundo lugar, as diferenças de estrutura económica explicam em grande parte o acentuar das divergências entre os dois países. Designadamente, a economia portuguesa continua apoiada em sectores relativamente mais tradicionais do que a Espanha. É verdade que uma das grandes debilidades da economia espanhola prende-se com o sector exportador, que continua dominado em grande parte pelas indústrias de trabalho intensivo. Contudo, a estrutura dos sectores exportadores espanhóis é bastante distinta de Portugal. Nomeadamente, enquanto os têxteis e o calçado continuam a dominar as exportações portuguesas (apesar de um crescente declínio relativo nos últimos anos), as principais exportações espanholas são provenientes das indústrias automóveis, de metais e material de transporte, logo seguidas pela indústria química. Os sectores dos têxteis e do calçado correspondem a menos de 8 por cento das exportações espanholas. Consequentemente, a economia portuguesa está neste momento muito mais exposta à concorrência internacional da Ásia e da Europa de Leste do que a economia espanhola.
Em segundo lugar, as diferenças de estrutura económica explicam em grande parte o acentuar das divergências entre os dois países. Designadamente, a economia portuguesa continua apoiada em sectores relativamente mais tradicionais do que a Espanha. É verdade que uma das grandes debilidades da economia espanhola prende-se com o sector exportador, que continua dominado em grande parte pelas indústrias de trabalho intensivo. Contudo, a estrutura dos sectores exportadores espanhóis é bastante distinta de Portugal. Nomeadamente, enquanto os têxteis e o calçado continuam a dominar as exportações portuguesas (apesar de um crescente declínio relativo nos últimos anos), as principais exportações espanholas são provenientes das indústrias automóveis, de metais e material de transporte, logo seguidas pela indústria química. Os sectores dos têxteis e do calçado correspondem a menos de 8 por cento das exportações espanholas. Consequentemente, a economia portuguesa está neste momento muito mais exposta à concorrência internacional da Ásia e da Europa de Leste do que a economia espanhola.
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Em suma, o desempenho da economia espanhola dos últimos anos é bom, apesar de não ser excepcional. A Espanha destaca-se actualmente porque a economia europeia tem tido uma performance medíocre. Mesmo assim, é inegável que de Espanha nos vêm lições de boa gestão macroeconómica, que muito nos poderão ajudar a perceber potenciais mecanismos de saída para a crise que vivemos actualmente.
Em suma, o desempenho da economia espanhola dos últimos anos é bom, apesar de não ser excepcional. A Espanha destaca-se actualmente porque a economia europeia tem tido uma performance medíocre. Mesmo assim, é inegável que de Espanha nos vêm lições de boa gestão macroeconómica, que muito nos poderão ajudar a perceber potenciais mecanismos de saída para a crise que vivemos actualmente.
14 março 2008
OLIVENÇA NÃO É NOSSA
Já cá faltava esta. De tempos a tempos é inevitável que os nacionalistas mais saudosistas ressuscitem a questão de Olivença. Hoje, um dos amigos de Olivença, Loureiro dos Santos, assina um artigo de opinião no PUBLICO, no qual defende que chegou a hora de "resolver a questão de Olivença. Diz-nos o general:
"Finalmente, esta lógica de cooperação/competição que caracteriza as nossas relações com a Espanha permitiu o aparecimento da oportunidade estratégica para que os dois países - amigos, aliados, que não encaram o outro como ameaça - resolvam a questão de Olivença. E para que Portugal possa tomar a iniciativa de abrir o diálogo. É pôr fim a um contencioso que pode funcionar como um foco de potencial atrito e de conflito em situações de maior tensão entre as posições dos dois países. Lembremo-nos de que a História não acabou. Há muita História no futuro. Um futuro incerto e, provavelmente, muito perigoso. É avisado acautelarmo-nos. Olivença é um problema que se pode agravar, mas poderemos fazer dele um pólo de atenuação de tensões entre os Estados peninsulares."
"Finalmente, esta lógica de cooperação/competição que caracteriza as nossas relações com a Espanha permitiu o aparecimento da oportunidade estratégica para que os dois países - amigos, aliados, que não encaram o outro como ameaça - resolvam a questão de Olivença. E para que Portugal possa tomar a iniciativa de abrir o diálogo. É pôr fim a um contencioso que pode funcionar como um foco de potencial atrito e de conflito em situações de maior tensão entre as posições dos dois países. Lembremo-nos de que a História não acabou. Há muita História no futuro. Um futuro incerto e, provavelmente, muito perigoso. É avisado acautelarmo-nos. Olivença é um problema que se pode agravar, mas poderemos fazer dele um pólo de atenuação de tensões entre os Estados peninsulares."
Olivença é um foco de potencial conflito??? Um polo de tensões??? Um problema que se pode agravar??? Ó senhor general, tenha paciência! Fique o senhor a saber que já não estamos no século 19, nem sequer no século 20. A questão de Olivença NÃO é mais uma questão para a grande maioria dos(as) portugueses(as). Para a grande maioria de nós, a questão de Olivença é ainda menos relevante do que um reavivar da monarquia (que é também irrelevante nos tempos que correm). A questão de Olivença é uma falsa questão. Olivença já não é nossa nem provavelmente nunca o será. Porquê? Porque (quase todos) os(as) portugueses(as) têm coisas mais importantes com que se preocupar. Porque (quase todos) os(as) portugueses(as) não têm nenhum sentimento especial ou qualquer nostalgia saudosista por Olivença. Porque não era agora que os habitantes de Olivença se iriam tornar portugueses.
Há coisas bem mais importantes para o futuro do país. Olivença foi passado, é passado e será sempre passado. Pensar o contrário é uma ilusão e um desperdício de recursos, os quais poderiam ser canalizados para fins bem mais produtivos. Como, por exemplo, pensar o que fazer para tirar o país da estagnação e do marasmo. Isso sim é um desígnio nacional.
PS Dito isto, devo acrescentar que admiro sinceramente a tenácia e a persistência de associações cívicas como os Amigos de Olivença. É só pena não utilizarmos esta capacidade organizativa para outros fins mais fundamentais para o futuro do país.
04 fevereiro 2008
INVESTIMENTO ESTRANGEIRO
Os últimos dados do investimento estrangeiro em Portugal estão aí. À primeira vista, não são muito animadores, pois registou-se uma descida dos valores de investimento. No entanto, é preciso não esquecer que o investimento estrangeiro em Portugal é extremamente volátil. Por outro lado, vale a pena notar que os maiores investidores são os habituais, com os alemães à cabeça seguidos pelos ingleses, os franceses, os suíços e, finalmente, os espanhóis. A tão temida "invasão espanhola" continua por concretizar-se...
17 dezembro 2007
PORQUE É QUE O PAPÃO ESPANHOL AINDA É UM MITO
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