Do início do livro em epígrafe, uma pequena citação, vertida do francês:
O sonho pertence às experiências mais pessoais do homem. É ele e mais nenhum outro que sonha, é a ele que acontece esta aparição insólita da noite; insólita porque produzida sem que seja suscitada, num mundo que não é tão familiar como o diurno. Mas também há os que não sonham; alguns, raros é verdade, afirmam nunca ter sonhado, não sabendo aquilo que podem entender por isso. E, no entanto, ninguém pode negar a existência desse fenómeno, ainda que nunca o tenha experimentado. (...) O sonho nocturno constitui uma actividade natural da alma. (...)
Ernest Aeppli (1892-1954), Les Rêves (Payot, 1962).