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terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Uma fotografia, de vez em quando... (166)



Oriundo de uma família de fotógrafos, Horácio Novais (1910-1988) era irmão do também fotógrafo Mário Novais (1899-1967), e cedo se profissionalizou, tendo colaborado em várias publicações portuguesas, nomeadamente, no Diário de Lisboa e na Ilustração, entre outras.




A sua actividade concentrou-se sobretudo em Portugal e Espanha. Os seus trabalhos sobre a Exposição do Mundo Português (1940) merecem destaque.



sábado, 2 de março de 2013

Bibliofilia 77 : Aquilino Ribeiro


É sabido que, de Aquilino Ribeiro (1885-1963), algumas das obras menos frequentes e difíceis de adquirir são: a edição original da monografia "Oeiras" e "Leal da Câmara: vida e obra". Também as tiragens especiais, com ilustrações de pintores portugueses (de Pomar a Hogan...), editadas pela Livraria Bertrand, não aparecem muito à venda. Bem como alguns livros que Aquilino escreveu para crianças.
Esta obrinha, em imagem, "Os Olhos Deslumbrados", em papel de jornal, frágil, também não é frequente estar disponível em alfarrabistas, ou constar de leilões de livros. Editada pelo jornal Diário de Lisboa, em 1955, era um brinde-oferta de Natal, aos leitores. Com 64 páginas, inclui a novela homónima, que constava, inicialmente, do livro "Filhas de Babilónia", de 1914. A capa tem um desenho original de Carlos Botelho.
Comprei o meu exemplar nos anos 80 do século passado, por Esc. 150$00, em Lisboa.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Divagações 9 (e em sequência de Guimarães Rosa)


Não será muito comum, ao lermos um texto simples em prosa, na nossa própria língua, não o entendermos. Mas já me aconteceu a mim, excepcionalmente, uma vez: em Mafra, a 19 de Janeiro de 1968. Após cinco dias de reclusão obrigatória e absoluta no Convento (recruta da tropa) e o início gradual do "massacre e lavagem ao cérebro" desses tempos militarizados, quando saí, na sexta-feira, ao fim da tarde, comprei sofregamente o DL ("Diário de Lisboa") e comecei a lê-lo, num Café mafrense. Apercebi-me, então, que não conseguia entender o sentido do que lia. Reconhecia as palavras, mas elas não se me organizavam em realidade, nem traduziam sentidos.
De uma forma já normal, isto mesmo pode acontecer, a outro nível, ao lermos poesia, na nossa própria língua. Conhecemos os vocábulos, mas escapa-nos o sentido do poema. Mais frequentemente, quando lemos poesia numa língua estranha à nossa, é possível ocorrerem equívocos de interpretação. Ou através duma compreensão errada, criarmos outra realidade para que se ordene, em nós, um sentido (outro?) que não estava no poema, ou no verso original, quando foi escrito. Aqui, no entanto, poderá ocorrer o feliz acaso de se ir ao encontro de uma nova realidade virtual, subjectivamente, objectiva.
Tudo isto se aproxima, perigosamente, da simbologia de Babel e das línguas de fogo do Pentecostes. Ou, simplesmente, daquilo que se denomina a ambiguidade da Poesia, para sermos mais claros.