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terça-feira, 20 de maio de 2014

O Signo dos Quatro - Arthur Conan Doyle



Sinopse:
Nesta nova aventura de Sherlock Holmes, Mary Morston, uma jovem governanta, recorre aos serviços do detetive para tentar descobrir o que aconteceu ao seu pai, que alguns anos antes desaparecera sem deixar rasto após ter regressado da Índia. Estaria o seu desaparecimento relacionado com as valiosíssimas pérolas raras que um remetente desconhecido enviava anualmente à jovem Mary, uma de cada vez? Depressa Holmes e o seu fiel companheiro, o doutor Watson, veem-se a braços com um caso de contornos bizarros envolvendo um terrível assassinato e um fabuloso tesouro perdido. E o que significa «o signo dos quatro», a estranha inscrição encontrada junto do cadáver? Terá Sherlock Holmes encontrado por fim um inimigo capaz de o suplantar? Os acontecimentos sucedem-se a um ritmo vertiginoso, e o detetive vê-se forçado a embarcar numa corrida contra o tempo para capturar o criminoso antes que este desapareça para sempre.

Comentário:
Ler Conan Doyle é um precioso último recurso quando nada mais apetece fazer ou então quando as obrigações da vida parecem querer devorar-nos o corpo e a alma. Nos períodos de stress, quando é preciso encontrar um escape de emergência, é bom ter um Conan Doyle à mão; quando nada mais há para fazer e a preguiça impera, um Conan Doyle é a solução; quando nos cansamos de ler estórias sérias, profundas, reflexivas e às vezes deprimentes, uma boa dose de Conan Doyle, três vezes ao dia, é remédio santo.
Ou seja: não há altura que não seja ideal para ler este Mestre, este senhor da literatura policial. Policial e não só, porque se Sherlock Holmes criou tantos fãs não foi só por ser mestre em deslindar crimes intrincados; foi porque o seu autor fez dele um dos personagens mais fascinantes de toda a história da literatura.
E Conan Doyle é muito mais que um escritor de policiais; é um dos maiores génios literários de todos os tempos.
Estou convencido que os maiores segredos do sucesso deste escritor são os seguintes: escrita objetiva, sem floreados, um doseamento correto da solução do enredo, sem guardar para o fim o tradicional desfecho "bombástico" e uma cultura geral fantástica que espalha pelos seus livros conhecimentos invulgares para aquela época.
Este livro é um testemunho claro do que acabo de escrever. As personagens são caraterizadas com mestria, criando imagens claras na mente do leitor; o enredo é simples sem cair no simplismo radical; a estória é envolvente porque despojada de descrições inúteis e reflexões enfadonhas; o mistério, esse, é o leitor que o vai desvendando, com "pistas" que o autor nos vai deixando a conta-gotas. É por isso que é tão difícil parar de ler Conan Doyle; porque é na mente de quem lê que se vai construindo a estória.
Neste livro, a aventura leva-nos até uma autêntica caça ao tesouro, com cenas emocionantes de perseguição no rio Tamisa, em que os barcos a vapor, alimentados pelo carvão, nos fazem lembrar as perseguições policiais de Hollywood com automóveis de grande potência a romper pneus no asfalto. Tudo em busca de um tesouro trazido de África, misteriosamente desparecido e que finalmente...
O melhor mesmo é ler...

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

As Aventuras de Sherlock Holmes - Arthur Conan Doyle



Sinopse
As Aventuras de Sherlock Holmes, publicado pela primeira vez em 1892, reúne doze contos publicados inicialmente entre 1891 e 1892 na revista The Strand. Nesta colectânea podemos encontrar, entre outros casos, Um Escândalo na Boémia, que gira à volta da astuta Irene Adler, Um Caso de Identidade, A Faixa Malhada ou O Mistério do Vale Boscombe.

Sempre coadjuvado pelo inestimável Doutor Watson, Sherlock Holmes nunca deixa por resolver os casos que lhe são apresentados. Graças ao seu método lógico-dedutivo, Holmes consegue sempre surpreender os leitores com as suas deduções, recorrendo às coisas mais triviais para solucionar mistérios aparentemente insolvíveis, com a inteligência e a acutilância que o transformaram numa das mais brilhantes e fascinantes personagens da literatura policial.

Comentário:
O que dizer de um criminoso que rouba e destrói à martelada bustos de Napoleão? Este mistério, investigado e desvendado por Sherlock Holmes no primeiro destes contos, é bem revelador do segredo do sucesso de Arthur Connan Doyle: o mistério vem sempre servido com uma boa dose de humor. A criatividade com que o escritor cria os cenários mais incríveis é complementada com uma escrita bem-disposta, que diverte o leitor, ao mesmo tempo que o agarra num suspense, num mistério, enfim numa atmosfera de incerteza que poucos escritores conseguiram imitar até hoje.
É por tudo isto que Sherlock Holmes é um dos personagens mais bem concebidos da história da literatura: um investigador inteligente e humano, eficaz e divertido.
Por outro lado, é espantoso como o autor consegue enquadrar sempre a solução dos enigmas em aspetos triviais, coisas que estiveram sempre “à vista” do leitor. Um dos truques mais usados na má literatura policial é recorrer a elementos que nunca estiveram ao alcance de quem lê, para desvendar os enigmas, por exemplo, fazendo surgir como criminoso um personagem que aparece no decurso da narrativa, como se tivesse sido escondido do leitor. Connan Doyle foge de todo este tipo de subterfúgios, como se o leitor tivesse a chave do enigma perto da mão, desde o início da narrativa.
Enfim, um livrinho divertido, capaz de despertar as “celulazinhas cinzentas” acompanhado com uma boa dose de bom humor.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O Cão dos Baskervilles - Arthur Conan Doyle


Este Cão dos Baskerville é uma verdadeira obra de arte da literatura policial; uma lenda antiga, que dá conta de uma verdadeira besta em forma de cão gigante, que amaldiçoa as terras dos Baskerville, dá um tom fantástico à estória, aproximando-a da moderna literatura fantástica.
Na Londres oitocentista, cheia de mistérios envoltos em nevoeiro, Sharlock Holmes vive uma aventura peculiar e intensa quando, nos arredores da cidade o malvado cão fantástico volta a atacar.
Obviamente, o enredo encaminha-nos para um criminoso bípede, pelo que a besta permanece sempre na sombra, como um fantasma que paira no ar.
Holmes é um detective “científico”, um verdadeiro CSI do século XIX, pelo que não iria certamente embarcar na explicação lendária do crime. E o que este livro tem de mais fascinante é a forma como o autor nos encaminha para apenas dois ou três suspeitos mas de forma que se torna fácil, para o leitor, adivinhar quem terá sido o criminoso. Mas a arte de sir Arthur Conan Doyle leva a uma espécie de transferência no centro do mistério: a partir de certa altura deixa de nos intrigar quem cometeu o crime para nos centrar no COMO se processou o crime. Na última fase do livro a emoção atinge níveis impressionantes, que fazem o leitor vibrar com a narrativa.
A genialidade de Doyle permite-lhe encaixar neste enredo uma estória de amor impensável; em pouco mais de 150 páginas, numa escrita terrivelmente “económica” o autor consegue aliar um policial sofisticado e recheado de pormenores fantásticos a uma interessante, original e até cómica estória de amor.
Na minha opinião este é sem dúvida um dos livros mais emocionantes alguma vez escrito.