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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Excerto de poema de Vinicius de Moraes

A bomba atômica é triste
Coisa mais triste não há
Quando cai, cai sem vontade
Vem caindo devagar
Tão devagar vem caindo
Que dá tempo a um passarinho
De pousar nela e voar...
Coitada da bomba atômica
Que não gosta de matar!

(versos do poema "A bomba atômica", II, in Antologia Poética)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

"Epitáfio", de Vinicius de Moraes

Aqui jaz o Sol
Que criou a aurora
E deu a luz ao dia
E apascentou a tarde

O mágico pastor
De mãos luminosas
Que fecundou as rosas
E as despetalou.

Aqui jaz o Sol
O andrógino meigo
E violento, que

Possui a forma
De todas as mulheres
E morreu no mar.

(in Antologia Poética)