Nome:
“Últimos Ritos”
Autora:
Hannah Kent
Nº
de Páginas: 320
Editora:
Saída de Emergência
Sinopse:
“Uma
magnífica estreia literária baseada e inspirada numa história real: os últimos
dias de uma jovem acusada de homicídio na Islândia em 1829.
Na agreste paisagem islandesa, Hannah Kent traz à luz dos nossos dias a história de Agnes que, acusada do brutal assassínio do seu anterior amo, é enviada para uma quinta isolada enquanto aguarda a sua hora final.
Na agreste paisagem islandesa, Hannah Kent traz à luz dos nossos dias a história de Agnes que, acusada do brutal assassínio do seu anterior amo, é enviada para uma quinta isolada enquanto aguarda a sua hora final.
Apavorados com a perspectiva de virem a albergar uma assassina, a família que a
acolhe evita Agnes nas primeiras abordagens. Apenas Tóti, um padre designado
para acompanhar Agnes nesta última caminhada e ser o seu guardião espiritual,
procura compreendê-la.
Mas assim que a data da morte de Agnes se avizinha, a mulher e filhas do lavrador descobrem que há uma segunda versão para a história brutal que ouviram.
Fascinante e lírica, Últimos Ritos evoca uma existência dramática num tempo e espaço distantes, dirigindo-nos a enigmática pergunta: como pode uma mulher suportar a mágoa e a injustiça quando a sua vida depende das histórias contadas pelos outros?”
Mas assim que a data da morte de Agnes se avizinha, a mulher e filhas do lavrador descobrem que há uma segunda versão para a história brutal que ouviram.
Fascinante e lírica, Últimos Ritos evoca uma existência dramática num tempo e espaço distantes, dirigindo-nos a enigmática pergunta: como pode uma mulher suportar a mágoa e a injustiça quando a sua vida depende das histórias contadas pelos outros?”
Opinião: Hannah
Kent nasceu em Adelaide, Austrália, em 1985. Quando era jovem teve a
possibilidade de viajar para a Islândia, quando fazia um intercâmbio, e foi
nesse momento que teve conhecimento da história de Agnes Magnúsdóttir, que
viria a dar origem à sua primeira obra, “Últimos Ritos”.
“Últimos Ritos” mostra-nos a história de uma jovem acusada de
assassinato na Islândia, em 1829. Agnes foi acusada, com outras duas pessoas, do
assassinato do seu anterior amo e de um amigo do mesmo. Antes da sua execução é
enviada para uma quinta isolada, onde irá ajudar a família do lavrador que a
acolherá, e receberá ajuda de Tóti, um padre, que tem a função de ajudar Agnes
a redimir-se do seu crime e a partir em paz.
Confesso desde já que não
consegui ficar indiferente desde logo à quantidade de prémios que esta obra
conseguiu vencer, nove na totalidade, tendo sido candidata a mais oito. Aspecto
que, sem dúvida, me suscitou interesse relativamente à obra e me convenceu que
a teria de ler. Contudo, tenho igualmente de admitir que não fiquei
completamente rendida à mesma. No princípio do livro a narrativa é um pouco
lenta e demoramos a embrenhar na história e a ligarmo-nos às personagens, o que
aliado ao facto de a relação entre estas ser um pouco efémera, não me fez
apreciar a obra tanto quanto gostaria.
Outro aspecto que me
chamou à atenção na obra foi o facto de se basear numa história verídica e esse
facto mostrou ser um dos aspectos mais positivos da obra, pelo trabalho de
pesquisa da autora, tal como o detalhe e cuidado que a mesma teve em contar
esta história.
Na obra também me
cativaram os flashbacks da vida de
Agnes, narrados pela mesma, e algumas cartas subjacentes no início de cada
capítulo, que tornaram a obra mais real e cativante.
No que concerne às
personagens, penso que a relação entre as personagens devia e merecia ter sido
mais trabalhada e desenvolvida, pois pareceu-me demasiado rápida a relação e
intimidade desenvolvida entre as mesmas. Efectivamente constatamos que Agnes
divide os dias com Tóti, o padre que a ajudará na hora da sua morte, e a
família que a acolhe, todavia não nos é mostrada de forma muito profunda esta
relação, que justifique posteriormente as acções ocorridas. Todavia, apesar
deste aspecto menos positivo, penso que a autora sabe manobrar bem os
sentimentos do leitor, colocando-o na dúvida e num dilema moral, sobre o que é
certo ou errado, o que é muito interessante e positivo.
Com uma escrita portadora
de descrições carismáticas e envolventes, que nos transportam para as aldeias e
ruas mencionadas, Hannah Kent apresenta-nos uma história baseada em factos
verídicos, sobre a última mulher a ser assassinada na Islândia, Agnes Magnúsdóttir.
Em suma, “Últimos Ritos”
foi uma obra que me agradou, que me fez pensar sobre o que considero certo e
errado, deixando-me curiosa com futuras obras da escritora.
Avaliação:
3/5 (Gostei!)