Nome: “Se eu Ficar”
Autora: Gayle Forman
Nº de Páginas: 216
Editora: Editorial
Presença
Sinopse: “Naquela manhã de
Fevereiro, quando Mia, uma adolescente de dezassete anos, acorda, as suas
preocupações giram à volta de decisões normais para uma rapariga da sua idade.
É então que ela e a família resolvem ir dar um passeio de carro depois do
pequeno-almoço e, numa questão de segundos, um grave acidente rouba-lhe todas
as escolhas. Nas vinte e quatro horas que se seguem, Mia, em estado de coma,
relembra a sua vida, pesa o que é verdadeiramente importante e, confrontada com
o que faz com que valha mesmo a pena viver, tem de tomar a decisão mais difícil
de todas.”
Opinião: Gayle Forman começou por
escrever para a revista Seventeen,
centrando-se nos jovens e em problemas da sociedade. Alguns anos mais tarde,
tornou-se jornalista freelancer para
revistas como a Details, Jane Magazine, Glamour Magazine, The Nation,
Elle Magazine e Cosmopolitan Magazine.
“Se eu Ficar” foi intitulado um
dos melhores livros juvenis de 2009 pela Amazon
e pela Publishers Weekly, tendo
inclusive ganho o Indie Choice Award
de 2010. Nesta obra encontramo-nos em Fevereiro, quando Mia, uma jovem de
dezassete anos, sai de casa juntamente com os pais e o seu irmão mais novo,
para irem dar um passeio de carro. Um dia que começou como todos os outros, com
os rituais de pequeno-almoço e brincadeiras, acaba por se transformar num
episódio assombroso, quando têm um grave acidente de viação.
Nas horas que se seguem, acompanhamos
Mia na sua ponderação, para uma das escolhas mais difíceis que alguma vez terá
de tomar, se deverá permanecer, apesar de tudo o que se passou e perdeu, ou se
deverá partir.
Nesta obra, narrada na primeira
pessoa, pela nossa personagem principal Mia, são abordados temas bastante
sensíveis, a perda de alguém que se ama, a imprevisibilidade e finitude da
vida, mas essencialmente a luta pela vida, a procura de uma razão para se viver,
apesar de todas as adversidade e perdas. É um tema bastante sensível, mas real,
que consegue ser abordado de uma forma bastante bem conseguida, acabando
invariavelmente por tocar o leitor e do colocar a pensar sobre este assunto.
No que se refere às personagens,
considero que todas eram tremendamente humanas e cativantes. Ao longo da obra
torcemos por diversas vezes para que Mia melhore e que continue a lutar por si
e pelas pessoas que a amam, contudo não conseguimos deixar de sentir,
igualmente, uma solidariedade por ela, se ela decidir realmente partir. Um dos
aspectos que mais nos tocam e prendem à narrativa centra-se no debate interno
de Mia, quando esta pensa nos aspectos positivos e negativos de permanecer, da
sua tentativa de encontrar razões que a levem a continuar a sua jornada. Esta
ponderação torna a obra bastante real e com uma sensibilidade tremenda. É um livro
destinado a um público jovem-adulto, mas que não deixa de tocar igualmente
graúdos e isso é, sem dúvida, um aspecto fantástico.
Desde o início que me senti
ligada à família e ao namorado de Mia e foi com um prazer enorme que acompanhei
várias peripécias que estes atravessaram. Penso que na obra é abordado de uma
forma bastante especial, tocante e ternurenta o amor familiar, mas também o
amor romântico, que leva o leitor a ficar ainda mais preso à trama.
Numa escrita simples e fluída,
Forman apresenta-nos uma história bastante autêntica, abordando um tema emotivo
na perfeição. Esta obra consegue colocar-nos a pensar sobre os mais variados
temas, ficando na nossa memória muito depois de ser virada a última página.
Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)