Nome: "Marley & Eu: A vida e o amor do pior cão do mundo"
Autor: John Grogan
Nº de Páginas: 360
Editora: Casa das Letras
Sinopse:
“A história enternecedora e inesquecível de uma família
e do seu cão malcomportado que ensina o que realmente importa na vida.
Chamavam-se John e Jenny, eram jovens, apaixonados e estavam a começar a sua vida juntos, sem grandes preocupações, até ao momento em que levaram para casa Marley, "um bola de pêlo amarelo em forma de cachorro", que, rapidamente, se transformou num labrador enorme e encorpado de 43 quilos. Era um cão como não havia outro nas redondezas: arrombava portas, esgadanhava paredes, babava-se todo por cima das visitas, roubava roupa interior feminina e abocanhava tudo a que pudesse deitar o dente. De nada lhe valeram os tranquilizantes receitados pelo veterinário, nem, tão pouco, a "escola de boas maneiras", de onde, aliás, foi expulso.
Só que Marley tinha um coração puro e a sua lealdade era incondicional. Partilhou a alegria da primeira gravidez do casal e o seu desgosto com a morte prematura do feto, esteve sempre presente no nascimento dos bebés ou quando os gritos de uma vítima de esfaqueamento ecoaram pela noite dentro. Conseguiu ainda a "proeza" de encerrar uma praia pública e arranjou um papel numa longa-metragem, através do qual se fartou de "conquistar" corações humanos.
A família Grogan aprendeu, na prática, que o amor se manifesta de muitas maneiras... e feitios.”
Chamavam-se John e Jenny, eram jovens, apaixonados e estavam a começar a sua vida juntos, sem grandes preocupações, até ao momento em que levaram para casa Marley, "um bola de pêlo amarelo em forma de cachorro", que, rapidamente, se transformou num labrador enorme e encorpado de 43 quilos. Era um cão como não havia outro nas redondezas: arrombava portas, esgadanhava paredes, babava-se todo por cima das visitas, roubava roupa interior feminina e abocanhava tudo a que pudesse deitar o dente. De nada lhe valeram os tranquilizantes receitados pelo veterinário, nem, tão pouco, a "escola de boas maneiras", de onde, aliás, foi expulso.
Só que Marley tinha um coração puro e a sua lealdade era incondicional. Partilhou a alegria da primeira gravidez do casal e o seu desgosto com a morte prematura do feto, esteve sempre presente no nascimento dos bebés ou quando os gritos de uma vítima de esfaqueamento ecoaram pela noite dentro. Conseguiu ainda a "proeza" de encerrar uma praia pública e arranjou um papel numa longa-metragem, através do qual se fartou de "conquistar" corações humanos.
A família Grogan aprendeu, na prática, que o amor se manifesta de muitas maneiras... e feitios.”
Opinião: “Marley
& Eu: A vida e o amor do pior cão do mundo” de John Grogan, vencedor do
Quill Book Awards na categoria de Biografia, era um livro que aguardava ler com
alguma expectativa. Como adoradora de animais que sou, especialmente no que diz
respeito aos nossos amigos cães, tinha bastante curiosidade e vontade de me embrenhar nas suas páginas.
John e Jenny são casados há algum
tempo e desejam vir a ter filhos, mas receiam ainda não estar preparados
para tomar tal decisão. Como nos ressalva John, Jenny que matou todas as flores
que lhe ofereceu e o peixe que ambos tiveram, pode não se encontrar preparada
para ter filhos, tal como ele teme pensar nisso. Com isto em mente, decidem ter
um cão, para aperfeiçoaram o seu lado mais fraternal, mas sobretudo porque
ambos cresceram na companhia de animais e sabem o quão especial é fazer tal
jornada na companhia de um amigo de quatro patas.
Não sabendo que cão eleger, acabam por
optar por um pequeno labrador americano amarelo, cheio de vivacidade e alegria,
a quem dão o nome de Marley, que demonstra com o tempo ser desobediente, ladrão,
destrutivo e irrequieto. Contudo, Marley é mais que isso e para além do seu
lado brincalhão, encontra-se o melhor amigo que o casal algum dia poderia idealizar.
Gostei mesmo muito da obra. Embora
soubesse em parte o que esperar da mesma, por ter visto um pouco do filme, foi
um livro que li com um prazer enorme. Uma obra leve, engraçada e emotiva, na
medida certa, que nos faz adorar a obra do princípio ao fim.
Sendo John Grogan um jornalista ler a
sua obra foi muito interessante porque sentimos o seu lado objectivo e
sintético, aliado a toda a emoção que sentiu pelo seu pequeno amigo. Não existe
qualquer saturação, nem clima pesado, sendo uma narrativa contada como se se
tratasse de um conjunto de histórias, com uma caracterização e escrita muito
interessantes. Penso que tanto as cenas mais engraçadas, como as mais emotivas
se encontram bem estruturadas e envolventes, fazendo-nos ficar colados à
história, a cada virar de página.
Por fim, gostaria de salientar a
mensagem do livro. Acredito que quem já teve ou tem um cão sabe o quão
enriquecedor e bom é chegar depois de um dia e ser saudado por ele, o seu
carinho, dedicação e amor. Apesar de tudo, de todas as peripécias, no fim o que
perdura é realmente as brincadeiras, as traquinices, mas acima de tudo o amor
incondicional.
Em suma, “Marley & Eu” foi um
livro que gostei muito, que me fez rir e chorar e que me colocou a pensar em
como a vida é mais especial e marcante quando partilhada com um amigo de quatro
de patas.
Citações
a reter: “Marley ensinou-me a viver cada dia com uma exuberância e alegria
ilimitadas, a aproveitar o momento e a seguir o coração. (…) ensinou-me a ser
optimista em face das diversidades. Essencialmente, ensinou-me a importância da
amizade e da abnegação e, acima de tudo, da lealdade absoluta.” (p.340)
“Na solidão da noite, quase conseguia
sentir a finitude da vida e como ela era preciosa. Nós damo-la como garantida,
mas ela é frágil, precária, incerta, susceptível de acabar a qualquer momento sem
aviso. Lembrei-me daquilo que devia ser evidência mas nem sempre é: que vale a
pena saborear cada dia, cada hora e cada minuto das nossas vidas.” (p.316)
Avaliação:
4/5 (Gostei Bastante!)