Nome: “Rosa Selvagem”
Autora: Patricia Cabot
Nº de Páginas: 368
Editora: Livros d’Hoje
Sinopse: “Como nunca houvera uma mulher
que não conseguisse encantar, Edward tinha a certeza de que iria conquistá-la.
Mas Pegeen MacDougal não era nem velha, nem criança - era muito mulher, com uma
língua aguçada, uns olhos verdes de levar ao inferno e uma sensualidade que o
deixava doente. Infelizmente, ela desprezava-o, assim como à ostentação da sua
classe social e à falta de consideração que mostravam pelos menos afortunados.
Mas, pelo bem do seu sobrinho Jeremy, Pegeen concordou que ambos se mudariam
para a propriedade de Edward. O risco tornou-se rapidamente aparente. Pois ela
sabia que podia resistir ao dinheiro de Edward, ao seu poder, à sua posição...
a todo o seu mundo. No entanto, era o seu beijo que prometia ser a sua
destruição.”
Opinião: Meggin Patricia Cabot
trabalhou como gestora numa residência universitária, foi ilustradora freelance e escreveu mais de cinquenta
obras. Os seus livros mais conhecidos pertencem ao “Diário da Princesa”,
através do pseudónimo Meg Cabot. Com o pseudónimo Patricia Cabot, tornou-se
numa autora bestseller de romances
históricos. Tendo inclusive ganho inúmeros prémios, o New York Public Library Books for Teen Age, o Booksense Pick, o IRA/CBC
Young Adult Choise, entre tantos outros.
“Rosa Selvagem”,
que dá início à série “The Rawlings”,
retracta a história de Pegeen MacDougal e de Edward Rawling. Edward que sempre
conseguiu conquistar todas as mulheres que desejou, sente-se automaticamente
atraído pela jovem Pegeen, que além de bastante bonita, se mostra diferente de
todas as mulheres que já conheceu. Após a conseguir convencer a mudar-se para
sua casa, juntamente com o seu sobrinho, descobre que a sua atracção poderá
conter contornos diferentes do que esperava inicialmente, sucedendo o mesmo com
Pegeen.
Os livros da
“Diário da Princesa” foram dos primeiros livros que li por prazer e dos quais
gostei bastante na altura, pelo que inicio sempre as suas obras com alguma expectativa. Desde que esta obra foi lançada em Portugal, que me suscitou curiosidade, por ser uma escritora que aprecio e por me permitir ler algo da
mesma, num registo diferente ao que me habituou.
Tenho de
confessar que esta história me surpreendeu pela positiva, pois embora não seja
deveras original, contém personagens carismáticas, fortes e uma narrativa que
junta dois ingredientes que tão bem definem a autora, o humor e um casal
romântico que nos faz suspirar.
No que se refere
às personagens, gostei bastante do casal da trama. Pegeen é uma rapariga perspicaz,
lutadora, com ideias bastante vincadas sobre o mundo que a rodeia. Obrigada a
crescer depressa, devido à morte precoce do seu pai e com uma criança pequena a
seu cargo, filho da sua irmã mais velha, Pegeen aprenderá que a vida nem sempre
é simples e que não precisa de homem algum para poder sustentar-se, não
acreditando no matrimónio. Edward é igualmente cativante, não teve uma infância
simples, devido à sua figura parental, o que o levou em adulto a fazer algumas
más escolhas no que se refere às companhias e a ter algum receio de se entregar
a alguém.
Quanto às restantes
personagens, poderia mencionar o pequeno Jeremy, sobrinho de Pegeen e Edward, que se mostrou um reguila,
sempre a fazer disparates, o que conferiu mais vida à narrativa.
A história de
amor entre ambos foi enternecedora, tal como os momentos de confidências. As
cenas entre este casal foram bastante intensas, onde Edward tentava a todo o
custo seduzir Pegeen, que embora simulasse não se importar com as investidas
deste, acaba por não conseguir resistir durante muito tempo ao seu charme.
Numa escrita
envolvente, fluída e apaixonada, Patricia Cabot apresenta-nos uma história de
amor possível entre duas pessoas de mundos diferentes, mas com uma atracção
inegável entre si. Uma leitura compulsiva, com uma pitada de humor e
sensualidade, que certamente agradará aos mais românticos.
Avaliação: 3.5/5 (Gostei!)