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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Rosa Selvagem


Nome: “Rosa Selvagem”

Autora: Patricia Cabot

Nº de Páginas: 368

Editora: Livros d’Hoje

Sinopse: “Como nunca houvera uma mulher que não conseguisse encantar, Edward tinha a certeza de que iria conquistá-la. Mas Pegeen MacDougal não era nem velha, nem criança - era muito mulher, com uma língua aguçada, uns olhos verdes de levar ao inferno e uma sensualidade que o deixava doente. Infelizmente, ela desprezava-o, assim como à ostentação da sua classe social e à falta de consideração que mostravam pelos menos afortunados. Mas, pelo bem do seu sobrinho Jeremy, Pegeen concordou que ambos se mudariam para a propriedade de Edward. O risco tornou-se rapidamente aparente. Pois ela sabia que podia resistir ao dinheiro de Edward, ao seu poder, à sua posição... a todo o seu mundo. No entanto, era o seu beijo que prometia ser a sua destruição.”

Opinião: Meggin Patricia Cabot trabalhou como gestora numa residência universitária, foi ilustradora freelance e escreveu mais de cinquenta obras. Os seus livros mais conhecidos pertencem ao “Diário da Princesa”, através do pseudónimo Meg Cabot. Com o pseudónimo Patricia Cabot, tornou-se numa autora bestseller de romances históricos. Tendo inclusive ganho inúmeros prémios, o New York Public Library Books for Teen Age, o Booksense Pick, o IRA/CBC Young Adult Choise, entre tantos outros.

“Rosa Selvagem”, que dá início à série “The Rawlings”, retracta a história de Pegeen MacDougal e de Edward Rawling. Edward que sempre conseguiu conquistar todas as mulheres que desejou, sente-se automaticamente atraído pela jovem Pegeen, que além de bastante bonita, se mostra diferente de todas as mulheres que já conheceu. Após a conseguir convencer a mudar-se para sua casa, juntamente com o seu sobrinho, descobre que a sua atracção poderá conter contornos diferentes do que esperava inicialmente, sucedendo o mesmo com Pegeen.

Os livros da “Diário da Princesa” foram dos primeiros livros que li por prazer e dos quais gostei bastante na altura, pelo que inicio sempre as suas obras com alguma expectativa. Desde que esta obra foi lançada em Portugal, que me suscitou curiosidade, por ser uma escritora que aprecio e por me permitir ler algo da mesma, num registo diferente ao que me habituou.

Tenho de confessar que esta história me surpreendeu pela positiva, pois embora não seja deveras original, contém personagens carismáticas, fortes e uma narrativa que junta dois ingredientes que tão bem definem a autora, o humor e um casal romântico que nos faz suspirar.

No que se refere às personagens, gostei bastante do casal da trama. Pegeen é uma rapariga perspicaz, lutadora, com ideias bastante vincadas sobre o mundo que a rodeia. Obrigada a crescer depressa, devido à morte precoce do seu pai e com uma criança pequena a seu cargo, filho da sua irmã mais velha, Pegeen aprenderá que a vida nem sempre é simples e que não precisa de homem algum para poder sustentar-se, não acreditando no matrimónio. Edward é igualmente cativante, não teve uma infância simples, devido à sua figura parental, o que o levou em adulto a fazer algumas más escolhas no que se refere às companhias e a ter algum receio de se entregar a alguém.

Quanto às restantes personagens, poderia mencionar o pequeno Jeremy, sobrinho de Pegeen e Edward, que se mostrou um reguila, sempre a fazer disparates, o que conferiu mais vida à narrativa.

A história de amor entre ambos foi enternecedora, tal como os momentos de confidências. As cenas entre este casal foram bastante intensas, onde Edward tentava a todo o custo seduzir Pegeen, que embora simulasse não se importar com as investidas deste, acaba por não conseguir resistir durante muito tempo ao seu charme.

Numa escrita envolvente, fluída e apaixonada, Patricia Cabot apresenta-nos uma história de amor possível entre duas pessoas de mundos diferentes, mas com uma atracção inegável entre si. Uma leitura compulsiva, com uma pitada de humor e sensualidade, que certamente agradará aos mais românticos.

Avaliação: 3.5/5 (Gostei!)

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O Rapaz da Porta ao Lado


Nome: "O Rapaz da Porta ao Lado"

Autora: Meg Cabot

Nº de Páginas: 422

Editora: Bertrand

Sinopse: "Que há-de uma mulher solteira fazer em Nova Iorque? Mel assina uma coluna de mexericos e vive na cidade que nunca dorme, o sítio mais emocionante do planeta, mas aborrece-se... em especial devido à sua vida amorosa. As coisas começam a ficar interessantes quando a sua idosa vizinha do lado quase é assassinada. 
Decidida a desmascarar o criminoso que terá cometido tal acto, Mel começa a prestar mais atenção aos vizinhos, em particular àquele que veio cuidar da tia doente. É muito giro, sem dúvida, mas tão misterioso!
O que se passa de facto com o rapaz da porta ao lado? Terá Mel descoberto um assassino... ou o amor da sua vida?"

Opinião: Meg Cabot é uma escritora americana, com mais de sessenta obras da sua autoria publicadas. Um dos seus maiores êxitos é o bestseller “Diário da Princesa”, que foi publicado em mais de quarenta línguas e adaptado ao cinema pela Disney. Leitora desde tenra idade, inicialmente com obras de Ficção Científica e Banda Desenhada, passando mais tarde a Clássicos, como “Jane Eyre” de Charlotte Brontë, que lhe incutiram o gosto por romances. Meg começou a escrever desde a secundária, lançando a sua primeira obra em 1998, “Onde as Rosas crescem Selvagens” e em 2000 vê a saga “Diário da Princesa” publicada, após ter sido rejeitada dezassete vezes pela editora HarperCollins.

“O Rapaz da Porta Lado”, início da Série Boys, lançado em 2002, conta através de emails a história de Melissa, mais conhecida por Mel entre os amigos. A sua vida amorosa tem sido uma desgraça, todos os homens que se aproximam dela acabam por fazê-la sofrer, o que a faz questionar-se se haverá de algo de errado consigo. Quando a sua vizinha do lado é agredida e entra em coma, Mel fica a tomar conta dos seus animais, até o sobrinho da mesma ocupar a casa. Mel acaba por conhecer e apaixonar-se por este homem, que parece ser tão semelhante consigo, mas ao mesmo tempo tão misterioso, que não sabe bem o que esperar dele.

Tive o prazer de ler toda a saga do “Diário da Princesa”, pelo que estava à espera de me sentir bastante apegada à história e escrita da Meg. Adoro o modo como esta escritora nos embrenha nas suas histórias de amor, sendo que neste caso em específico, temos também uma certa dose de mistério e policial. Outro ponto que me agrada sobremaneira é o humor patente nos seus livros. É impossível ler uma obra sua, sem soltar diversas gargalhadas ao longo das suas páginas.

Tenho de confessar que me senti apegada ao casal da trama. Mel é uma rapariga bonita, que nasceu numa terra pequena e que mais tarde arranjou um trabalho em Nova Iorque. Cheia de sonhos e ambições, Mel consegue ainda ter tempo para se preocupar com os outros e tentar ao máximo ajudar o próximo. Embora tenhamos contacto consigo somente por emails foi palpável o seu humor, vitalidade e até um pouco baixa auto-estima, devido a tudo o que passou com o sexo oposto, que nos fazem sentir ligados a ela. John é um homem bastante interessante, jornalista policial, que tem vários pontos em comum com a Mel, até no facto de ter alguma dificuldade em encontrar alguém que o ame pelo que ele é.

Relativamente às seguintes personagens, penso que todas tiveram a sua importância e que não me deixaram indiferente. Gostaria somente de ressalvar que achei que a história por detrás da agressão da vizinha de Mel algo previsível, desde o início que suspeitava quem tinha sido o agressor.

Gostei bastante deste modo de narrativa, da troca de correio electrónico. Tive a possibilidade de ler um livro nestes moldes e penso que torna a obra original. Em certos momentos aconteceu-me achar que havia um certo forçamento em certos emails partilhados entre as personagens, porque existem várias coisas que não partilhamos deste modo, mas ainda assim gostei muito destes momentos.

Numa escrita fluída e bastante cativante, Meg Cabot consegue-nos arrancar inúmeras gargalhadas e sorrisos de ternura ao longo de toda a sua obra. Uma história de amor bonita e possível, que irá tocar certamente os corações de todos os românticos.

Avaliação: 3/5 (Gostei!)