Nome: “Aposta Indecente”
Autora: Matilda Wright
Nº de Páginas: 240
Editora: Livros d’Hoje
Sinopse: “Paris, 1854. Um dos homens mais ricos de França, o
marquês de Villeclaire tem uma vida luxuosa e despreocupada, onde não falta
nada que o dinheiro e a sua posição social possam pagar. Mulheres, jogo,
festas, caçadas, palácios…
Mas uma aposta faz com que os destinos de Villeclaire e Catherine Duvernois, uma jovem e misteriosa viúva, se cruzem, numa altura em que uma nuvem negra tolda os dias do belo marquês, prestes a casar, contra sua vontade, com Blanche de Belfort.
A vida de Louis de Villeclaire desmorona-se…
Quem é Catherine Duvernois? E Blanche de Belfort? Alguém está a mentir. Mas quem? Porquê? A resposta mudará para sempre o futuro destas três personagens.
Um romance arrebatador, que se desenrola entre os sofisticados salões da aristocracia parisiense e as deslumbrantes paisagens do vale do Loire, levando os leitores numa viagem inesquecível por cenários de sonho, durante o reinado do Imperador Napoleão III.”
Mas uma aposta faz com que os destinos de Villeclaire e Catherine Duvernois, uma jovem e misteriosa viúva, se cruzem, numa altura em que uma nuvem negra tolda os dias do belo marquês, prestes a casar, contra sua vontade, com Blanche de Belfort.
A vida de Louis de Villeclaire desmorona-se…
Quem é Catherine Duvernois? E Blanche de Belfort? Alguém está a mentir. Mas quem? Porquê? A resposta mudará para sempre o futuro destas três personagens.
Um romance arrebatador, que se desenrola entre os sofisticados salões da aristocracia parisiense e as deslumbrantes paisagens do vale do Loire, levando os leitores numa viagem inesquecível por cenários de sonho, durante o reinado do Imperador Napoleão III.”
Opinião: Matilda Wright estudou Literatura Inglesa em Cambridge e
vive com o marido no Norte de Inglaterra, onde criam cavalos. Após terminar o
seu curso Wright escreveu inúmeros romances, contudo nunca os mostrou a nenhum
editor, sendo “Aposta Indecente” o seu primeiro romance a ser editado.
O Marquês de Villeclaire é um dos
solteiros mais cobiçados, contudo não pretende tão cedo contrair matrimónio,
desfrutando das suas casas, festas, jogos e mulheres como deseja. Um dia devido
a uma aposta conhece Catherine Duvernois, uma viúva misteriosa, que deseja
tornar sua amante, embora tal proposta deixe Catherine apavorada. Entretanto,
Blanche Belfort tenciona conquistar o Marquês, nem que para isso tenha de orquestrar
um complô para o convencer a casar. Será Louis de Villeclaire capaz de se ver
livre de Blanche? O que será de Catherine, sem família, sem dinheiro, e
parecendo ter como única opção a união com este homem que parece achá-la uma
meretriz?
Cada vez mais tento apostar neste
género, o Romance de Época, que aprendi ao longo do último ano a apreciar,
sendo neste momento dos géneros que mais me dizem e que mais prazer me
proporcionam. Neste “Aposta Indecente” não somos confrontados com uma história
original, é o típico triângulo amoroso, com Catherine, uma mulher carinhosa e
pobre, que nunca sentiu amor verdadeiro por ninguém e que nunca foi
efectivamente feliz. Forçada pelo pai a casar com um homem horrível, mais velho
que ela, foi infeliz durante anos, até ao dia em que o mesmo morre num
confronto. Quando sabe do seu falecimento fica felicíssima, pois sente que
finalmente surgiu a sua oportunidade para ser feliz e começar a viver
verdadeiramente, contudo tudo se torna mais difícil quando Louis de Villeclaire
vem reclamar uma dívida de jogo, que diz respeito a todos os bens do marido e
ainda engloba as pessoas da casa. Louis é um solteiro, mulherengo, que adora os
prazeres da vida e que se esconde por detrás destas suas características. Apesar de ser um bom homem, de
ajudar várias pessoas, por vezes é igualmente um pouco frio e realiza juízos de
valor, esperando sempre o pior das pessoas. Para completar o triângulo amoroso
temos Blanche, que é uma rapariga maquiavélica, que tenta alcançar o que
pretende através da sua beleza. Ao não conseguir conquistar Louis, irá
engendrar um esquema para que o mesmo se veja obrigado a casar com ela, mesmo
que para isso tenha de mentir e fazer sofrer inúmeras pessoas.
No que se refere às personagens principais, penso que se encontram bem descritas, os seus sonhos, ambições, a
sua personalidade, podendo destacar especialmente Blanche, que se encontra bastante bem estruturada a sua maldade, mesquinhez e o seu lado oportunista, de
tal modo que sentimos efectivamente um certo desprezo por ela. Contudo, penso
que algumas das personagens secundárias foram idealizadas de modo algo
superficial, o que leva a que não consigamos sentir realmente apresso ou
ligação com elas.
Quanto à história de amor entre
as personagens, foi dos aspectos que menos gostei na obra, pois não conseguimos
perceber como conseguem os mesmos apaixonar-se, se somente se encontram no início
da obra e no final. Sou apologista que para uma história de amor acontecer tem
de haver uma história em comum e neste caso eles praticamente não se conhecem,
por isso no máximo poderia haver atracção e não amor.
Numa narrativa simples, Matilda
Wright apresenta-nos uma história de amor que não temos a possibilidade de ver
florescer, mas que nos permite alguns momentos de descontracção, apresentando-nos uma história repleta de intriga, traição e manipulação.
Avaliação: 2/5 (Está Ok!)