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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Design para a Internet: Projetando a Experiência Perfeita - Felipe Memória - Elsevier

O livro é bem legal e é indicado tanto para profissionais de internet experientes quanto para os iniciantes. Memória dá dicas preciosas para quem está começando, mas também apresenta cases e pesquisas que são de grande valia para quem já atua no mercado, seja como designer, como arquiteto de informação (meu caso!), como programador ou como redator.

O livro trata do design centrado no usuário e fala muito da Globo.com, onde o autor do livro trabalhava na época em que escreveu a obra. É interessante, bem escrito, gostoso de ler. Sou suspeita para falar, porque sempre me espelhei no Memória, desde que comecei minha carreira de AI. Para me fazer entender melhor, peguei uma parte da introdução, com a qual fica mais fácil entender os temas abordados no livro e a linguagem fácil e coloquial utilizada:

Se alguém me perguntar “Felipe, sobre o que é o seu livro?”, a resposta será que é sobre pontos importantes que devemos pensar na hora de projetar produtos de Internet.

Falaremos aqui sobre o processo de projeto de uma forma geral, sobre design de interfaces e testes de usabilidade. São questões fundamentais, que merecem toda a atenção. No entanto, vamos abordar também características que vão além do projeto do “objeto” e da facilidade de uso. São aquelas que mais importam para o produto, ou seja, que são capazes de proporcionar uma experiência agradável, fazendo com que as pessoas sintam-se felizes por usar aquilo tudo.

É este o ponto a que quero chegar: não basta projetar um site bonito e funcional para ter um produto de sucesso. O conceito do produto é a grande sacada. É a experiência que ele proporciona que conta mais do que qualquer outra coisa. Para que isso aconteça, é preciso explorar a característica que mais diferencia a Internet das outras mídias: a enorme quantidade de pessoas conectadas.

Contudo, para chegar aí, precisamos passar por questões que são a base de tudo na hora do projeto. Atualmente, a criação de um produto eficiente em geral começa com o envolvimento de diferentes especialistas, de equipes multidisciplinares. Veremos também como grandes empresas trabalham sua metodologia de projeto, como vêem a tão importante questão da inovação e como criam a documentação, necessária quando se trabalha com grandes equipes.

As soluções aqui mostradas são baseadas na minha experiência acadêmica e profissional, adquirida não só em projetos, mas principalmente no convívio e na troca de idéias com pessoas mais experientes. Baseiam-se também em exemplos e estudos de caso sobre grandes empresas do mercado como Yahoo!, Google, Ideo, BBC, Amazon.com, Globo.com, America Online, entre outras.


Se você adora internet, trabalha com ela ou simplesmente é um curioso da área, o livro está mais do que recomendado!

Sobre o Autor

Felipe Memória trabalha com internet desde 1997 e, em 2003, passou a ser Interaction Designer da Globo.com. Hoje atua na Huge, em Nova Iorque.

É Mestre em Design com ênfase em Ergonomia, Usabilidade e Interação Humano-Computador e, quando ainda morava aqui no Brasil, lecionava na PUC Rio, onde formou-se em 2000 e onde, depois, tornou-se mestre.

Publicou seu único livro em 2005 e, em 2007, escreveu na quarta-capa do último livro do Jakob Nielsen, grande nome da sua (e da minha!) área.

Leia mais sobre Felipe Memória. E, aqui, é possível saber mais sobre seu livro.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Cultura do Medo - Barry Glassner - Francis

"...é mais uma história entre a infindável quatidade de histórias de vlões e vítimas, histórias nas quais as pessoas reais em sua complexidade real e os perigos reais que elas e a sociedade como um todo enfrentem podem ser entrevistos apenas nas sombras." - (trecho de Cultura do medo - pág. 104)



Números mascarados, intenções obscuras, notícias enganosas. Assim, Barry Glassner defende a teoria de que temos cada vez mais medo de fatos que acontecem cada vez menos. E, paradoxalmente, ignoramos problemas e acontecimentos que deveriam, esses sim, causar preocupações e resultar em atitudes drásticas, como a poluição, o desemprego, a venda indiscriminada de armas e a homofobia. Estudando os fatos nos EUA, Glassner afirma que os americanos sofrem cada vez mais por motivos menos reais, como crianças assassinas, epidemias destruidoras da humanidade e internautas pedófilos.

Ele prova, por meio de números e pesquisas em jornais e emissoras de televisão, que há interesse de pequenos (mas poderosos) grupos em provocar certos tipos de medos na população, ao mesmo tempo em que não é interessante divulgar o que realmente deveria causar preocupação. O livro é ótimo e, apesar de tratar da vida norte-americana, pode ser facilmente interpretado para a nossa realidade. A distorção e superexposição de alguns fatos pela mídia, assim como acontece nos EUA, é fácil de ser analisado por aqui também.

O livro serviu de fio condutor para o aclamado "Tiros em Columbine", de Michael Moore. Vale a pena ler, nem que seja apenas para abrir a mente acerca de tudo o que o autor tem a dizer. O livro desperta para muitas verdades, alguns momentos de desesperança e para muita reavaliação.

As pesquisas do sociólogos são minuciosas e muito bem feitas, resultando em uma obra rica e recheada de dados estatísticos, ótimos para proporcionar ao leitos a dimensão fiel do que está sendo analisado. Recomendo.

Sobre o Autor

Barry Glassner é sociólogo, professor de sociologia na Universidade da Carolina do Sul e estudioso sobre a cultura e as crenças contemporâneas. Ele aparece numa entrevista em Tiros em Columbine, de Michael Moore, e forneceu boa parte das estatísticas que são apresentadas no filme. Também escreveu o livro Segredos da Alimentação Saudável.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Design para quem não é Designer - Robin Williams - Ed. Callis

"Esse livro se destina a todos que precisam criar páginas mas não têm nenhum tipo de treino formal em design. Não me refiro apenas àqueles que estão criando embalagens incríveis ou folhetos extensos: falo das secretárias cujos chefes, hoje em dia, solicitam que elas criem os jornais informativos (newsletter); dos voluntários religiosos que estão montando materiais com informações sobre suas congregações; dos pequenos empresários que estão criando seus próprios anúncios; dos estudantes que compreendem que trabalhos com uma boa aparência pode significar uma nota melhor; dos profissionais que têm consciência de que uma apresentação interessante conquista mais respeito; dos professores que aprenderam que os alunos reagem de maneira muito mais positiva às ibnformações expostas de maneira mais estética; dos profissionais da área de estatística que estão notando que os números e as porcentagens podem ser organizados de maneira a convidarà leitura e não a dormir".


Livro bom, didático e que serve para todos aqueles que utilizam e/ou trabalham com computadores. Ensina de forma competente o feijão com arroz, prendendo a leitura e o interesse de quem não utiliza esses ensinamentos diariamente. É ideal para designers gráficos, mas acrescenta muitas noções importantes para pessoas de todas as áreas. Eu, que trabalho com internet, aprendi bastante coisas legais que podem acabar interferindo no meu dia-a-dia profissional.

O livro trata da apresentação de conteúdos: alinhamento, fonte, organização, forma, direção. Ensina a fazer cartões de visitas,envelopes, papéis timbrados, convites, newsletters, diagramação de textos...eu achei bem útil e aprendi coisas importantes que desconhecia completamente. Afinal, mesmo que você não trabalhe diretamente com design, quem é que nunca tentou fazer um convite de aniversário para enviar aos amigos por e-mail?

Sobre a Autora
Robin Williams (não, não é o ator e sim, é uma mulher!) vive no alto deserto do México, logo depois de Santa Fé, em uma propriedade de muitos acres. Ela vê o nascer-do-sol todas as manhãs e o pôr-do-sol todas as tardes. Seus filhos cresceram e foram embora e ela escreve sobre vários temas, além de informática. Ela tanbém viaja para lugares pitorescos do mundo, acreditando que a vida contuinua a ser uma grande aventura.

Gemte, essa descrição eu copiei do próprio livro, que tenho aqui na minha humilde biblioteca de casa, e não lembro de ter lido uma descrição que cause mais inveja nos leitores, que acordam cedo todo dia, vão trabalhar e perdem tanto o nascer quanto o pôr-do-sol. Conhecer lugares pitorescos do mundo, então, fica mais difícil ainda. Humpf!