Indignante. Essa é a palavra que melhor define Fahrenheit 11 de Setembro, a versão em livro do documentário de Michael Moore. O documentário parte de uma premissa (a de que Bush não presta) e, a partir daí, vai reunindo provas, analisando fatos e buscando depoimentos e reforcem / comprovem essa teoria.
Em Fahrenheit, Moore faz jornalismo, mas um jornalismo parcial, que claramente escolheu um lado e foi em busca de provas.
Acusam o autor de caluniador, mentiroso e oportunista. Mas, sendo verdade ou não, tudo o que o livro traz de informação faz, realmente, muito sentido. E, partindo do princípio de que o acusado é ninguém menos que Bush, confesso que esse já é meio caminho andado para eu acreditar plenamente no que li em Fahrenheit.
Adorei o livro e fiquei super envolvida. Como não assisti ao documentário, posso garantir que a experiência é muito rica para aqueles que assistiram e também para aqueles que, como eu, só ficaram na vontade (ploe menos até agora, porque assim que der vou correndo alugar o documentário!).
O formato do livro talvez seja estranho para algumas pessoas, porque ele é exatamente o roteiro do documentário, com a diferença de que, no final, é possível ler os documentos utilizados para relacionar os fatos abordados, que Moore anexou ao livro. Eu consumi a obra como uma louca, não queria parar de ler, saía andando pela rua com o livro em punho, fazendo caras e bocas ao ler as descobertas do jornalista.
Entenda o Título
Encontrei uma explicação na internet sobre o nome do livro: trata-se de uma brincadeira com o livro Fahrenheit 451, de Ray Bradbury.
Por que vale a pena?
Tendo visto o documentário ou não, o livro vale a pena ser lido, principalmente, porque mostra como o diretor destrinchou os fatos em torno da história política de George W. Bush, dos atentados de 11 de Setembro e da guerra no Iraque, e como os utilizou em sua narrativa documental.
Além do roteiro completo, o livro inclui uma extensa relação de fontes e provas que servem de suporte para os relatos apresentados no filme, reunindo ainda artigos, cartas, fotos e cartuns sobre o mais influente documentário de todos os tempos, elogiado pela crítica e pelo público.
O Filme
Antes mesmo de estrear, o filme já gerava polêmicas e quando entrou em cartaz nos EUA, em 24 de junho de 2004, bateu o recorde de bilheteria para um documentário. O filme de Moore ganhou, com unanimidade, o prêmio de melhor filme de 2004, concedido pelo júri do Festival de Cannes, sendo o primeiro documentário norte-americano a ganhar a Palma de Ouro em Cannes.
Confira a crítica no Omelete.
Assista a algumas partes do documentário:
A Filha do Palhaço
Há 7 horas