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quarta-feira, 23 de maio de 2018

EU QUERO ESTE LIVRO UR-GEN-TE-MEN-TE!!!

Preciso muito dividir com vocês a minha vontade surreal de ter e ler este livro. Que ideia geniaaaaal!!! E que trabalho de pesquisa incrível e super prazeroso de ser feito. Eu acabei de saber da existência dele e pensei: pre-ci-so falar dele no meu blog! E é djáááá!

As autoras Duda Porto de Souza e Aryane Cararo fizeram uma intensa pesquisa por 2 anos sobre mulheres que revolucionaram o Brasil, escrevendo mini biografias sobre cada uma delas, que foram pouco reverenciadas historicamente, deixando esse gap de figuras históricas femininas no país.

As autoras pinçaram essas mulheres desde o século 16 até a atualidade.

Acabando de fazer esse post, vou começar minhas buscar por ele nas livrarias online, porque to com siricutico e quero esse livro na minha estante o quanto antes. 💓

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Empate - Vinícius Neves Mariano - Ed. Simonsen


Encontros inesperados e inusitados (quase) sempre rendem boas histórias. Nesse caso, rendeu uma história maravilhosa, daquelas que a gente termina de ler com um suspiro profundo, fecha o livro e continua pensando, pensando, pensando...

Na final da Copa do Mundo de 1950, o Maracanã foi inaugurado com 200 mil pessoas torcendo pelo título inédito do Brasil. O favoritismo era latente e o Uruguai parecia um adversário fácil. No meio do coro ensurdecedor dos torcedores, um deles tinha o desejo oposto: de que o Brasil perdesse, para que o sofrimento de todos a sua volta confortasse, pelo menos um pouco, sua alma sofrida de quem foi para uma guerra que não era sua e voltou com um corpo que não funcionava como antes e um coração partido.

Porém, minutos antes de a partida começar, Aureliano - o ex-combatente que torcia contra o Brasil - cai num fosso e, por conta do barulho da torcida, entende logo que só conseguirá ser resgatado e pedir ajuda depois que o jogo terminar. Mas ele não esperava que Monarco, um dos pedreiros responsáveis pela construção do Maracanã, também acabasse no fosso do estádio. A última coisa que o amargo Aureliano queria era ter que conviver durante quase duas horas com um feliz, bondoso e simplório torcedor que, além de tudo, adorava falar.

Ao ler a sinopse, achei que duas horas em um fosso não poderiam render grandes acontecimentos. Imaginava que o livro seria arrastado em alguns momentos, inevitavelmente. E, nossa, como eu estava enganada! O livro vai e volta para o passado, conta passagens da guerra e vai construindo, aos poucos, os personagens ricos que estão ali, presos, tendo que imaginar o que está acontecendo em campo. O jogo, no fim das contas, foi o de menos.

A obra é de uma qualidade singular, muito bem construída, com personagens extremamente ricos e complexos que fazem a gente se apegar e perceber Monarcos e Aurelianos em todos nós. É um livro que fala, principalmente, de redenção. É daquelas obras que acaba sem terminar. Fiquei horas pensando sobre a história depois de fechar o livro e sofri daquela abstinência que sempre toma conta de mim quando termino boas histórias. Aquela vontade de que houvesse pelos menos mais umas 200 páginas para continuar a experiência, sabe?

Se o livro de estreia do autor foi assim, fico imaginando 1. como serão os outros, já que dizem que os autores vão ficando cada vez melhores a cada lançamento e 2. como ainda falta muito para eu estar preparada para escrever um livro realmente bom.

Empate é um livro rápido de ler e que vale cada linha. Não percam. É leitura mais que obrigatória com certeza! :)

Sobre o Autor

Naquele carnaval de 1985, entre piratas, fadas, cavaleiros, princesas e super-heróis, o doutor recebeu o chamado urgente. Estava ainda fantasiado de Zorro e também um pouco embriagado quando fez o parto de Vinícius Neves Mariano. Talvez seja essa a razão da paixão do menino por histórias. Durante a infância, colecionou memórias inventadas que coletava da família e dos conhecidos.

Aprendeu a ler e passou a fabricar os próprios mundos. E como seus mundos também demandavam histórias, descobriu que ele mesmo poderia escrevê-las. Escrevendo cresceu e se inventou. Deixou as Minas Gerais sem que elas nunca o deixassem.

Formou-se publicitário, redator criativo. Escreveu para algumas das maiores agências do Brasil antes de arriscar algumas palavras na TV, parágrafo em que está agora. É apaixonado por livros e adora saborear palavras africanas, terra-mãe da contação de histórias. Por admiração e inveja dos grandes contadores, especializou-se em roteiro de cinema e televisão, onde segue escrevendo por paixão e profissão.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O Dossiê Hórus - Jamil Cury - Ed. Biblioteca 24 horas


Adoro ler livros de qualidade de autores brasileiros iniciantes. =)

Jamil Cury é amigo de uma amiga e ela me emprestou seu livro, o primeiro de uma trilogia, em dezembro de 2013. Foi a minha última leitura do ano, o livro de número 60!

O Dossiê Hórus é um livro intrigante que conta a história de um grupo secreto formado por mega empresários de vários países (inclusive do Brasil), que tenta dominar o planeta por meio de jogadas políticas, tramas e até assassinatos.

O livro começa com Giovanni Moretti, empresário da maior rede de comunicação do Brasil, escrevendo um dossiê que conta tudo sobre esse grupo secreto e tentando chegar até Brasília para entregá-lo ao Presidente da República. Infelizmente, ele não vai conseguir fazer isso. Daí pra frente, crimes, tramas e muito suspense tomam conta da trama, que envolve os filhos de Moretti, sua esposa, uma jornalista, seu marido e um policial como protagonistas.

O livro tem descrições bem detalhadas de objetos e cenas, que às vezes cansam um pouco por deixarem a história mais longa e por não terem importância crucial para a trama. Outro ponto que me deixou incomodada foi o foco no líder do Hórus, suspense que a toda hora era mencionado, mas que não trouxe grandes surpresas quando foi revelado. A reviravolta e as revelações acerca de Tânia Moretti me causou muito mais surpresa e merecia um destaque maior. 

O livro é muito bem escrito e prende a atenção do leitor do início ao fim. Pretendo seguir com a trilogia e ler os próximos livros assim que forem lançados.

Sobre o Autor


Jamil Cury nasceu em Setembro de 1971. Filho de um empresário do ramo imobiliário e de uma contadora, teve sua paixão pela leitura despertada com aproximadamente 13 anos, quando seu pai lhe presenteou com uma assinatura do extinto Círculo do Livro, um clube de leitura que lhe enviava semanalmente catálogos de livros que ele escolhia e adquiria.

Ainda jovem, escreveu e dirigiu peças de teatro para escolas e igrejas. Em 2010, escreveu a crônica O TESTAMENTO, publicada pela revista Literatura. É administrador, palestrante, professor de Teologia e especialista em Tecnologia da Informação. Atualmente mora em São Paulo.

terça-feira, 2 de março de 2010

Vidas Secas - Graciliano Ramos - Record

Um clássico da nossa literatura, que orgulha todos os brasileiros que o leem. Vidas Secas retrata, como o nome diz, a vida de uma família que luta para seguir em frente, em meio à pobreza, à fome e à seca que assola o nordeste do nosso País.

E é fácil se apegar a esses personagens, em especial à cadela Baleia, que tem no seu nome o antagonismo para um corpo magro, com todas as costelas aparecendo e alimentos escassos para sua sobrevivência. A família de nordestinos é composta por Fabiano, Sinhá Vitória, seus dois filhos e a cadela. É comovente, é triste, mas é real, acima de tudo.

Era real na época em que foi escrito (em 1938!!!), e é real, completamente real, ainda hoje.
A cachorrinha me tocou de uma forma especial, mas tudo isso só aconteceu pela maneira objetiva e eficiente com que a obra foi escrita. Em busca de uma vida melhor, o livro conta a saga dessa família, que segue em busca da felicidade, que está nas pequenas coisas, muitas vezes em um pedaço de pão ou em um pingo de chuva. Nota-se, no livro, a
ausência de comunicação entre os familiares.

Eles não conversam, porque não têm o que dizer, já que não sonham, já que não têm perspectiva e nem educação. Outro ponto forte são as injustiças, o sofrimento e as desgraças, uma após a outra, que assolam a família sertaneja. Dá uma pena ler o livro... e esse sentimento vai só crescendo no decorrer da leitura. Melancolia e pena são palavras de ordem.


O filme

O filme baseado em Vidas Secas foi lançado em 1963 por Nelson Pereira dos Santos. Não assisti ao film
e, mas ouvi falar muito bem dele. Foi o único filme brasileiro a ser indicado pelo British Film Institute como uma das 360 obras fundamentais em uma cinemateca.
Confira um trecho:

Onde Comprar: Na Saraiva e no Submarino por R$ 20,60.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O que é isso, companheiro? - Fernando Gabeira - Companhia das Letras


Li essa obra no primeiro ano da minha faculdade de jornalismo, durante a matária História do Jornalismo, enquanto estudávamos a época da ditadura e da censura. Faz tempo que li (9 anos...ai, como o tempo passa!), mas parece que foi ontem.

O livro mexeu bastante comigo, apesar de eu nem sonhar em existir naquela época. Foi ótimo para viajar pelos anos 60 e 70, para se sentir na pele das pessoas que sofreram com a ditadura e também para entender o sentido de tudo o que grupos organizados tentaram alcançar ao realizar movimentos, ações bem intencionadas e algumas até criminosas em nome da volta dos direitos civis e da liberdade de expressão.

Além de trazer uma visão pessoal e bem detalhada daquela época por alguém que viveu de perto todos os horrores da ditadura, Fernando Gabeira escreve bem, de maneira envolvente e super direta, sem rodeios e nem floreios. Perfeito para o leitor ter vontade de continuar e, também, para combinar com a realidade dos fatos narrados.

Conforme traz a sinopse do livro, a obra busca compreender o sentido de suas experiências a luta armada, a militância numa organização clandestina, a prisão, a tortura, o exílio e no qual elabora, para a sua e para as gerações seguintes, um retrato autêntico e vertiginoso do Brasil dos anos 60 e 70. Relato lúcido, irônico, comovente, o livro se transformou num verdadeiro clássico do romance-depoimento brasileiro e foi filmado pelo diretor Bruno Barreto. Confira um pedaço do filme:





Assisti ao filme e também adorei! o ideal é recorrer aos dois, mas, se você é diferente de mim e tem preguiça de ler, o filme é uma ótima pedida!

É bem estranho ver o atual depuado feder
al e imaginar tudo o que ele já viveu e lutou um dia, mesmo que de maneira meio utópica, por um Brasil melhor. Acho que o melhor do livro é a sinceridade com que ele foi escrito. Adorei. Acho que, mais do que uma boa dica de leitura, o título é necessário para conhecer mais da história do nosso País.

Sobre o Autor


Nascido em 17 de fevereiro de 1941, em Juiz de Fora (MG), ele é filho de Paulo Gabeira e Izabel Nagle Gabeira. Como jornalista, trabalhou para o Jornal do Brasil, O Dia, Zero Hora, Folha de S. Paulo e para a TV Bandeirantes. Cobriu fatos importantes como o acidente radioativo com o césio 137, em Goiânia e o day after da queda do Muro de Berlim.

No final dos anos 60, ingressou na luta armada contra a ditadura militar por meio do MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro). Em 1969, participou do seqüestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Elbrick, a ação mais radical da guerrilha contra o regime autoritário. Foi baleado, preso e, mais tarde, exilado, numa operação que envolveu a troca de presos políticos pelo embaixador da Alemanha, também seqüestrado pela guerrilha.

Em dez anos de exílio, esteve em vários países, como Itália e Suécia, onde trabalhou até como condutor de metrô. Com a anistia, voltou ao Brasil no final de 1979, e lançou o livro "O que é isso, companheiro?". Em 1989, concorreu à Presidência da República pelo Partido Verde, mas, na ocasião, Fernando Collor foi eleito presidente.

Em 1994, 1998 e 2006, Gabeira foi eleito deputado federal. Confirma o site oficial de Fernando Gabeira.

Onde Comprar

Os lugares mais baratos que encontrei foram: Cia dos Livros, por R$ 14,63 e Americanas, por R$ 17,90.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Meu caro H - A convivência de um escritor com o vírus da Aids - Samir Thomaz - Ática

O título do livro, Meu caro H, significa meu caro HIV. H é o apelido "carinhoso" que o autor dá ao vírus. Li esse livro na adolescência, logo que ele foi lançado. Lembro que ele chegou nas minhas mãos porque minha mãe, que era professora, podia escolher alguns livros para receber de graça da aditora. Ela, então, pediu para que eu escolhesse alguns títulos e esse foi um dos escolhidos.

Olha como eu já gostava de biografia na época!!!! Há coisas que nunca mudam...hahaha


Lembro muito bem da experiência de ler essa obra. Lembro que era adolescente e fiquei super chocada de saber como o autor contraiu o vírus. Só conseguia pensar na esposa dele e cheguei a sentir uma mistura de raiva, indignação e muita, muita pena.
Samir descobriu ser soropositivo em 1998.

Casado e pai de uma menina de 11 anos, o autor vive um drama tremendo quando descobre que o vírus já faz parte de sua vida e que, portanto, pode ter transmitido a doença para a esposa e a filha. Os capítulos que contam sobre esse drama são muito intensos.

Lembro que não conseguia parar de ler.
E ele só descobriu ser portador do HIV quando o primeiro sintoma começou a aparecer: a perda de peso. Depois da descoberta, vem todo o sofrimento de Samir, a culpa, os remédios e a necessidade de refazer sua vida dentro dessa nova (e assustadora) realidade. Foi ótimo para eu perceber, na época, que qualquer um podia ser alvo do vírus e que apenas um descuido podia ser suficiente para um monte de vidas mudarem completamente.

O livro é intenso, bem escrito, muito gostoso de ler e, apesar de ter lido quando eu tinha uns 16 anos, acredito que seja uma boa pedida para todas as idades. Recomendo!


O Autor


Samir Thomaz é editor assistente da Editora Ática. É autor de dois livros de literatura juvenil: Eu pensava... e Carpe Diem - O Crime Bate à Porta. Meu Caro H - A Convivência de um Escritor com o Vírus da Aids foi lançado no dia 29 de novembro de 2000.

Confira uma entrevista com o autor.