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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A vida sexual de Catherine M. - Catherine Millet - Ed. Ediouro

 

Desde 2010, quando publiquei a resenha do leitor sobre esse livro, ele estava na minha lista de desejados. E só fui conseguir lê-lo três longos anos depois, agora em 2013. Trata-se de uma autobiografia sexual, do mesmo jeito que é 100 Escovadas antes de ir para Cama, de Melissa Panarello.

Para alguém principalmente mulheres, nesse mundo ainda tão machista ter coragem de escrever objetivamente e sem rodeios suas experiências sexuais ela precisa ser, no mínimo, uma mulher de fibra. Admiro. 


Ao contrário de 100 escovadas, esse livro não é fácil de ler. A linguagem é rebuscada e muito confusa, em alguns momentos. Frases extremamente longas, analogias complexas e parágrafos enormes fazem parte constante da leitura.

Na essência, a obra resume que sexo e amor são coisas completamente diferentes. E, por mais que as mulheres tenham sido criadas para não separar uma coisa da outra, Catherine conseguia fazer isso tranquilamente desde sempre sortuda uda uda. O livro tem "de um tudo": sexo grupal, entre homens, entre mulheres, com travesti no meio, orgias, surubas e tudo o mais que você conseguir imaginar. E ela faz porque gosta. Inclusive, não tem problema nenhum em não saber sequer o nome de seus parceiros. E, para ela, quanto mais ao mesmo tempo, melhor.

Eu não gostei do tipo de narrativa. Para mim, a leitura ficou bem truncada por causa disso. Se o texto tivesse sido escrito de forma mais casual, acho que teria dado muito mais certo.

Outro fato que me causou estranheza foi ela narrar suas experiências de forma fria, sem expressar seus sentimentos e sensações. É estranho, mas parecia que ela estava flutuando fora de seu corpo enquanto via ela mesma tendo essas experiências.

Apesar de não ter gostado muito do livro, adorei o fato de Catherine ter se jogado e assumido seus desejos perante o mundo. Porque não é só homem que pode ser solteiro convicto e ir atrás de quantidade, néam? 


A partir do momento em que é todo mundo ser humano, as vontades estão aí para serem vividas. Todo mundo tem o direito de fazer o que tem vontade e bem entende. Afinal, quem ousar julgá-la, por um acaso, teria um motivo real sem ser machista ou moralista para isso? Preste atenção se não é recalque. Porque uma coisa é você não se imaginar fazendo o que ela fez e outra, bem diferente, é julgá-la, vamos combinar.

O livro é forte, deixa a gente meio perplexa e é extremamente sincero, mas também é difícil de ler e bem truncado.


Sobre a Autora

Nascida em 1948 na França, Catherine Millet é fundadora e diretora da Art Press, uma das mais influentes revistas de arte francesas, além de autora de Arte contemporânea na França (1987) e Arte contemporânea: história e geografia (2006), entre outros livros. É especialista na obra do pintor espanhol Salvador Dalí e do artista plástico Yves Klein. Conquistou milhões de leitores com o polêmico A vida sexual de Catherine M. (2001), marco na escrita feminina sobre sexo.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

100 escovadas antes de ir para a Cama - Melissa Panarello - Ed. Objetiva



Sim, é erótico. Sim, é biografia. Sim, a menina rodou geral. Sim, ela só tinha 15 anos. Sim, ela vai ter histórias loucas pra contar até para os tataranetos sem se tornar repetitiva.

Em 2000, a italiana Melissa Panarello começou a escrever um diário que relatava suas experiências sexuais. Ela perde a virgindade com 15 anos essa começou cedo e, daí pra frente, usa o sexo como meio para encontrar carinho, amor e aceitação. O problema é que, a cada desilusão, sua humilhação, tristeza e autodepreciação aumentavam, diminuindo cada vez mais sua auto-estima. Ela tinha atitudes de adulta, experiências de adulta, mas maturidade de adolescente daquelas bem imaturas mesmo. Dá para sentir, nitidamente, o quanto ela estava perdida dela mesma e viajava na maionese às vezes.

O livro é a transcrição de seu diário, sem edições, então prepare-se para uma leitura sem meias palavras e bem depravada. Acho até que esse é um ponto negativo do livro. Não a falta de meias palavras, isso eu acho bem bom, até, porque combina com o teor da leitura. Mas a falta de cuidado em transformar o diário em um livro, mesmo, ou seja, editá-lo para deixá-lo melhor organizado, talvez dividir os capítulos por temas ou trazer capítulos intermediários contando um pouco do contexto envolvido com aquela passagem.

Lendo esse livro você vai se deparar com temas como s
exo grupal com desconhecidos, orgias regadas a drogas, sadomasoquismo, homossexualismo e por aí vai.

Dica: Moralistas, não leiam 100 escovadas antes de ir para cama porque vocês não vão gostar. Para os demais, eu acho uma leitura válida, ainda mais para quem curte uma biografia, como eu. :)


Sobre a autora


Melissa Panarello é uma escritora erótica italiana. O seu primeiro livro, Cem escovadas antes de ir para a cama, é um diário verídico que relata sobre sua vida sexual na adolescência, em busca de alguém pra amar e ser amada. No livro ela relata experiências que modificaram sua vida ou até mesmo sua personalidade, descobrindo a vida se rendendo aos prazeres carnais.

O livro vendeu mais de meio milhão de cópias, somente na Itália. Baseado no diário de Melissa, teve origem o filme Cem escovadas antes de dormir, desaprovado porém pela maioria dos fãs do livro, e também pela própria Melissa. Em 2005, escreveu o livro L'odore del tuo respiro que ainda não tem tradução em língua portuguesa e, em 2006, escreveu In nome dell'amore.

Fonte: Wikipedia


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A vida sexual de Catherine M. - Catherine Millet - Ediouro

Esse texto foi enviado pela queridíssima Ana Paula Ganzaroli, do blog Cafofo da Ana. Simplesmente arrasou no texto!!!! Fiquei enlouquecida de vontade de ler esse livro. Ai, mais um pra minha interminável lista...humpf!

Confira a opinião da Aninha:

Quando digo que os livros me escolhem eu não estou brincando. Um amigo, ao ler meus textos sobre sexo, me mandou uma entrevista sobre Catherine Millet, onde ela fala sobre seus últimos dois livros, sobre o feminismo, sobre sexo, sobre ciúmes, entre outros temas. Claro que o que mais me chamou atenção foi o fato de ela ter escrito um livro que descreve suas experiências sexuais. Uma autobiografia sexual.

Alguns dias após ler a entrevista fui a uma banca de jornal ver as novidades, quando me deparei com o livro, objeto desse texto. Comprei e comecei a ler imediatamente.
Catherine é a prova viva de que a mulher consegue sim, fazer sexo sem amor. Ela consegue separá-los, quero dizer. Não que isso seja fácil para nós mulheres, mas talvez tenhamos sido condicionadas a sermos assim. Afinal, somos nós mulheres que crescemos ouvindo sobre contos de fadas e a assistindo a comédias românticas.
Existe um mito urbano de que a mulher só se entrega a um homem se estiver apaixonada ou que após o sexo ela se envolve emocionalmente com mais facilidade. De fato, acho que as mulheres por serem mais emotivas e muitas vezes mais sensíveis têm, realmente, essa facilidade, mas toda regra tem sua exceção e Catherine prova isso a cada página do livro que li.
O que mais me chamou a atenção no livro é que ela demonstra ser extremamente honesta em seu desfecho narrativo. Melhor de tudo, ela não tenta analisar ou dar explicações pelo fato de ser assim. Ela gosta de sexo e ponto. Não quer dar explicações de sua vida (pelo menos não nesse livro), quer apenas narrá-la. E o faz da forma mais explícita possível.
Catherine já fez de tudo. Transou com homens. Com vários deles, inclusive. Já transou com mulheres e até com um travesti, certa vez. Confessa abertamente ter participado de surubas e de se sentir confortável e até mesmo satisfeita em ter vários homens percorrendo o seu corpo, inclusive desconhecidos. De conseguir satisfazê-los plenamente.
Um parênteses aqui é necessário: Catherine não é prostituta (apesar de ela ter confessado em seu livro que isso passou pela sua cabeça, ou seja, se ela gostava tanto de sexo, por que não ganhar dinheiro com isso?). Ela é fundadora e diretora de uma revista de arte na França, e também escreveu um livro sobre o pintor Salvador Dali, ou seja, ela é uma intelectual e não uma mulher qualquer. Ela é inteligente e não precisava, em tese, levar esse estilo de vida, se não quisesse.
Confesso que durante a leitura vários sentimentos me ocorreram, o primeiro deles, foi a perplexidade, pois a coragem que teve essa mulher ao tornar pública sua vida sexual extremamente apimentada e descrever em detalhes tudo que já viveu choca até as mais moderninhas (como eu, por exemplo).
Em segundo lugar, após me acostumar com a linguagem narrativa e descrições explícitas da autora, no entanto, comecei a achar que faltava algo no livro. Faltava a sensação de Catherine ao praticar sexo. Cheguei a dizer que faltava um pouco de lirismo no livro. Mas foi então que, ao continuar a leitura, percebi que o lírico e o lúdico que, em minha opinião, faltava ao livro apareceram em seguida, quando ela descreve sua relação com o Jacques (que é seu marido).
Foi exatamente após a metade do livro que consegui perceber de forma clara que Catherine provou saber distinguir o “sexo pelo sexo” do “sexo com amor”. As cenas líricas e lúdicas das quais senti falta, ela só descreve quando está em companhia do marido. É curiosa, inclusive, a forma como ela aborda a questão emocional e moral da traição, afinal ambos participavam de surubas.
Passei a admirá-la não só pela coragem em ter publicado o livro, mas também por saber separar o joio do trigo, como poucas mulheres sabem fazer. Ouso dizer que Catherine é revolucionária. As mulheres passaram anos exigindo direitos iguais. A autora demonstra que atualmente as mulheres podem exigir também igualdade de desejo. Afinal, onde está provado que homem tem mais tesão que mulher?
Sobre a Autora
Nascida em 1948 na França, Catherine Millet é fundadora e diretora da Art Press, uma das mais influentes revistas de arte francesas, além de autora de Arte contemporânea na França(1987) e Arte contemporânea: história e geografia (2006), entre outros livros. É especialistana obra do pintor espanholSalvador Dalí e do artista plásticoYves Klein. Conquistou milhões deleitores com o polêmico A vida sexual de Catherine M. (2001), marco na escrita feminina sobre sexo.
Onde Comprar
Está bem difícil de achar esse livro para compra. Encontrei apenas no Mercado Livre, por R$ 33,00 e na Estante Virtual, por preços a partir de R$ 12,00 .

Mande a sua resenha!
Se você também quer participar da Resenha do Leitor, entre em contato pelo carla.martins16@gmail.com. Vou a-d-o-r-a-r! :)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A Outra Vida de catherine M. - Catherine Millet - Agir

Essa resenha foi enviada por Karina Nishioka. Ela estava louca para ler esse livro e mergulhou de cabeça na obra. Confira a opinião de Karina:

Meu interesse pela autora Catherine M. Surgiu quando li uma entrevista que ela deu para uma Playboy de 2001, época do lançamento de seu 1º livro autobiográfico: "A Vida Sexual de catherine M.".

Totalmente voltada para a vida sexual permissiva da autora, a entrevista explorou muito do que eu poderia encontrar neste livro. As perguntas guiavam Catherine a confirmar e relatar brevemente suas aventuras eróticas, que chegavam a envolver 20, 30 ou 40 pessoas em uma mesma noite.

Pronto, curiosidade ativada, fui atrás do livro; Tudo que consegui foi "A Outra Vida de Catherine M.", uma espécie de continuação do primeiro livro. Ansiosa, não o subestimei, e confesso que terminei voando minha leitura.

Fui Surpreendida

Catherine Millet nasceu em 1948 e é fundadora e diretora de uma das mais influentes revistas de arte francesas,a Art Press. Especialista na obra de Salvador Dali e Yves Klein, escreveu conceituados livros de arte, quandoconquistou milhares de leitores revelando pela primeira vez ao mundo, de um jeito sóbrio e elegante, uma trajetória sexual completamentelivre de privações.

O Livro

Ouso dizer, mesmo sem ter lido "A vida Sexual...", que Catherine revela tanto ou muito mais de si em "A Outra Vida de Catherine M.". Isso porque ela não se atenta mais em trazer ao leitor os
detalhes de suas experiencias e parceiros, mas sim em se situar diante de tudo aquilo. Ela revela como era sua relação familiar, como foi sair de casa, seus anseios e medos e a grande dificuldade em lidar com a sensação de não ser a única de seu grande amor, o atual marido, Jaques.

Catherine certamente é uma pensadora habituada a escrita dos livros de Arte, e durante todo o texto não deixa de demonstrar essa delicadeza. Faz comprações que por vezes soam infantis, mas que sem elas talvez fosse impossível mergulhar no seu universo.

Uma das passagens que mais me marcou, sem motivo especial, apenas pela sutileza com que consegui absorver a idéia, foi quando ela comparou o fato de ter descoberto que seu marido a traía, com a situação de chegar a uma festa, confiante de si, e receber um aceno. Você imediatamente retribui o aceno e segundos depois percebe que na verdade o aceno foi pra pessoa que estava logo atrás de você. Simples, mas potencialmente real.

Ela ainda diz que, naquele momento, você se sente quase ridículo por ter imaginado que entre todas aquelas possoas você, cheio de si, seria a única que poderia conhecer o autor do aceno. E deixa a moral da hitória para nós. Caterine vai se ruindo à medida em que as páginas avançam, e a personagem que bem no início parecia um ser intocável que se desprendeu das pequenices humanas e descobriu o sexo livre, se tranforma numa mulher enlouquecida e possuída por um ciúmes silencioso, comum a tantas mulheres.

Ela relata delicadamente como era revirar as coisas do marido colocando cada papel no lugar ao qual pertencia, visitar cada lugar em que descobriu que ele esteve na companhia de outra, ao mesmo tempo que sustentava as práticas sexuais libertinas que ele, o marido, reprimia.

Nem tudo são flores

O terço final do livro é tão paranóico e pesado que Catherine deixa de lado as comparações que antes agraciavam a leitura, e relata apenas sua doença. Ela vai muito mais a fundo e finaliza o livro revelando que ainda padece do mesmo ciúmes que tanto a corroeu, mas agora, apenas como
reflexo, hábito, e não medo. Foi a parte mais sofrida da leitura, e deixa a sensação de que faltou o final feliz.Catherine, ao que se sabe, ainda é casada com Jaques, e muito apaixonada.

Mas eu gostaria de ler algo mais incisivo sobre sua superação. De qualquer forma me surpreendeu, e indico como leitura (mais que) obrigatória para mulheres. Confira o site do livro.

Sobre a Autora

Nascida em 1948 na França, Catherine Millet é fundadora e diretora da Art Press, uma das mais influentes revistas de arte francesas, além de autora de Arte contemporânea na França(1987) e Arte contemporânea: história e geografia (2006), entre outros livros. É especialistana obra do pintor espanholSalvador Dalí e do artista plásticoYves Klein. Conquistou milhões deleitores com o polêmico A vida sexual de Catherine M. (2001), marco na escrita feminina sobre sexo.

Onde Comprar

Os lugares mais baratos que encontrei foram: Cia dos Livros, por R$ 29,93 e Submarino, por R$ 30,50.

Mande a sua resenha!

Se você também quer participar da Resenha do Leitor, entre em contato pelo carla.martins16@gmail.com. Vou a-d-o-r-a-r! :)