quinta-feira, 17 de outubro de 2024
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quarta-feira, 16 de outubro de 2024
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O que poucos sabiam eram duas coisas: que Schumacher não queria regressar ali, porque não queria ajudar Irvine, e que só estava ali porque Luca de Montezemolo o obrigou.
Quando Schumacher fraturou a sua perna direita, na pista britânica, sabia que as suas chances de campeonato tinham evaporado. Iria ficar de fora por duas ou três corridas, suficientes para Mika Hakkinen afastar-se da concorrência, mas a Ferrari queria ganhar a todo o custo. Ali, a Scuderia e o piloto tinham ideias diferentes: eles queriam ganhar enquanto fosse matemático, e Schumacher queria descansar e tentar de novo, com força, na temporada seguinte, quando tudo estivesse no auge. E existia uma terceira coisa: ele decidiu... sabotar as chances de Irvine de ser campeão. Portanto, tentar prolongar a convalescença seria o ideal.
Maranello quis saber se Schumacher estava apto a correr ainda antes do GP da Alemanha. Tendo sido operado logo a seguir, para reduzir as fraturas, ele estaria já grandemente recuperado nessa altura, mas um teste verificou que a área ainda estava inchada e sentia dores ao mexer com a perna dentro do cockpit. Vista a situação, combinou-se que as coisas voltariam a ser vistas depois do GP de Itália, em setembro. Ali, Schumacher já andava sem ajuda, e no dia a seguir, fez um teste, uma simulação de corrida para saber se estava em forma. De uma certa maneira, sim, mas ele continuava a queixar-se de algumas dores.
Ao longo desse tempo, ele e Montezemolo discutiam sobre a rapidez da recuperação. E o alemão arrastava os pés nesta situação porque não queria que Irvine triunfasse. O primeiro campeão em 20 anos não poderia ser ele, caso contrário, a sua contratação perderia razão. A paciência (e tolerância) de Montezemolo a ele foi tolerável até ao dia em que telefonaram para a sua casa, na Suíça, e quem atendeu foi Gina-Maria, a filha mais velha (Mick ainda meses de idade), dizendo que ele estava a jogar futebol com os amigos. O presidente da Ferrari achou que já roçava o abuso e disse que queria um novo teste e independentemente disso, iria correr nas últimas provas do ano, a iria ser o escudeiro de Irvine na luta pelo campeonato.
Em Sepang, ver Schumacher de regresso era um motivo de celebração, mas existia tensão dentro da equipa. O alemão obedecer a ordens e deixar que o irlandês vença e interfira entre Irvine e Hakkinen era algo novo nele, e pior: não fazia parte da sua natureza. Estar a cem por cento de forma para andar a 80 ou menos por cento para ajudar alguém que definitivamente, era mais lento, que ele mesmo escolheu porque sabia que não seria uma ameaça dentro da sua equipa, era contranatura. Mas mesmo assim, no final daquela qualificação, os Ferrari monopolizariam aquela primeira fila da grelha, com Schumacher na frente do irlandês, e na corrida, iria cumprir este novo papel. Um estranho e novo papel: ser escudeiro.
E se desse certo, as tensões diminuiriam e voltaria a cair nas boas graças de Montezemolo, em particular, e Maranello, em geral.
sexta-feira, 5 de abril de 2024
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Depois de uma dobradinha na Austrália, com Button e Rubens Barrichello, a Formula 1 seguiu para a Malásia, onde se sabia dos riscos de uma corrida perto do Equador (em termos de latitude, não no país sul-americano): ao final da tarde, chove quase sempre, por ser uma região húmida.
Como na Austrália, os Brawn saiam na frente, com Jenson Button na pole. Mas Rubens Barrichello era quarto, batido pelo Toyota de Jarno Trulli e o Red Bull de Sebastian Wettel, que já se tinha mostrado na Austrália, lutando pelo segundo lugar com Robert Kubica... e acabara mal.
A corrida começou com Button na frente... até Nico Rosberg ter arrancado melhor e conseguir a liderança. E lá ficou até à 15ª volta, altura em que foi passado por Button, numa altura em que as nuvens ameaçavam descarregar o seu conteúdo. E quando choveu, a partir da volta 19, os pilotos começaram a trocar para intermédios, e depois, para os de chuva, pura e dura. Lentamente, a chuva caia com crescente força, e os pilotos tinham crescentes dificuldades em controlar os seus carros dentro do asfalto.
E assim, a corrida foi interrompida na volta 31, a 15 do final, e claro, menos de 75 por cento da corrida percorrida.
Claro, foi depois uma confusão. Mas é disso que são feitos os momentos que ficam nas nossas memórias.
Alguns ficaram dentro do carro, esperando que a chuwa passasse, mas outros toparam tudo. É o caso do Kimi Raikkonen. Que é um contraste com Felipe Massa que, como os outros, ficou no carro à espera de um eventual recomeço. Ele pedia um visor branco, porque tinha o preto, para aguentar os raios de sol. E claro, saiu o agora famoso "Felipe baby, stay cool!". E já agora, o gesto do Kimi? Como disse em cima, o seu instinto deve ter visto que as coisas não iriam muito longe. Tirou o capacete, o fato, meteu uns calções e como estava calor, foi comer um Magnum de chocolate. Simples. Aliás, parece simples, mas como é um piloto de Formula 1, parece que eles tem de fazer coisas mais... anormais.
E não seria a última vez que iria chover naquela temporada.
Youtube Formula 1 Vídeo: O "meio" GP da Malásia de 2009
Há precisamente 15 anos, estávamos também em fim de semana de Formula 1, mas na Malásia. Numa temporada onde sabíamos que os Brawn estavam a dominar o pelotão, quando a competição chegou a Kuala Lumpur, as chances de chuva eram enormes. Tão grandes que quando aconteceu, a corrida ficou a meio...
E claro, com a corrida interrompida, o Kimi Raikkonen teve... visão.
segunda-feira, 21 de novembro de 2022
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Portanto, ir para a Ferrari parecia ser um passo adiante na sua carreira. Iria sair do casulo da Red Bull, onde praticamente correu em todos os Grandes Prémios da sua carreira - talvez, exceptuando, a sua corrida solitária na BMW Sauber, em Indianápolis 2007 - e muitos achavam que ali, ele se poderia espalhar ao comprido. Mas a jogada do alemão para a Scuderia tinha uma boa razão: queria imitar o seu ídolo, Michael Schumacher, que em 1995 fora contratado a peso de ouro para levantar a equipa e torná-la campeã.
Nessa altura, a "seca" já tinha sete anos de idade, e também o monte que iriam escalar seria muito alto. A Mercedes tinha encontrado a fórmula certa e eles iriam dominar o pelotão, com Lewis Hamilton e Nico Rosberg. Com o britânico a ter o carro dos seus sonhos, o que queriam saber era quando e onde seria campeão, que recordes iria derrubar e se iria a caminho de ser o GOAT do automobilismo. A Ferrari, que tinha dispensado Fernando Alonso para ele tentar de novo a sua sorte na McLaren, que tinha acabado de assinar um contrato para ter motores Honda - e sem ele saber, caminhariam sobre brasas infernais - acolhia Vettel de braços abertos e esperava que ele e o seu companheiro de equipa, o finlandês Kimi Raikkonen, colaborassem para ser "o melhor dos outros".
A entrada nem foi má, quando Vettel foi terceiro em Melbourne, atrás dos dois Flechas de Prata, mas na corrida seguinte, em Sepang, palco do GP da Malásia, as coisas foram mais competitivas. A começar pela qualificação, onde apesar de Hamilton ter sido o "poleman", Vettel largou a seu lado, intrometendo-se entre os Mercedes. Atrás, em quarto e quinto, estavam Daniel Ricciardo e Daniil Kvyat.
E os Manor-Marussia, ainda não estavam prontos para correr em 2015, onde depois e não terem participado na Austrália, não tinham feito tempo para participar na prova malaia.
Com Hamilton a largar bem e manter a liderança, Vettel começou primeiro por resistir aos ataques de Rosberg, especialmente depois de um período de Safety Car por causa de um depiste de Marcus Ericsson. Aí, quase todos os pilotos da frente foram às boxes, trocando de pneus, enquanto Vettel se mantinha de fora, ficando com a liderança. Depois, com o Safety Car nas boxes, ele aguentou os ataques dos Flechas de Prata até à volta 18, quando parou pela primeira vez. Regressado no terceiro posto, apanhou-os rapidamente, passando o alemão na volta 22, e ficando com a liderança quando Hamilton parou uma segunda vez na volta 24.
Vettel parou de novo na volta 38, com a liderança a cair nas mãos de Hamilton, que foi às boxes uma volta mais tarde, acabando com ambos com uma diferença de 12 segundos. Rosberg parou na volta 41, e apesar dos esforços de Hamilton, o alemão manteve a liderança até à meta.
Era a primeira vitória dele desde o GP do Brasil de 2013, e a primeira da Ferrari desde o GP de Espanha desse mesmo ano, ganha por Fernando Alonso. E claro, um jubilante Vettel comemorava no pódio esse regresso.
No final da temporada, o alemão iria ganhar mais duas corridas, na Hungria e em Singapura, acabando a temporada como "o melhor dos outros", em terceiro lugar. Treze pódios, uma pole, uma volta mais rápida e uma regularidade suficiente para mostrar que tinha matéria de campeão, se estivesse no lugar de qualquer um daqueles pilotos inalcançáveis.
Agora tinha de ajudar a construir um carro capaz. Mas isso não seria um projeto fácil.
domingo, 3 de abril de 2022
Noticias: Sepang não quer regressar
Azhan Shafriman Hanif, diretor executivo do circuito, afirmou aos jornais locais que precisaria de um apoio significativo da comunidade empresarial malaia para poder trazer a Fórmula 1 de volta ao país. E quanto? Segundo eles, cerca de 43 milhões de euros.
“Devemos olhar para o panorama geral de forma holística, como a Fórmula 1 pode beneficiar não só a empresa mas também a Malásia em termos de marca, capacidade de proporcionar oportunidades de emprego, desenvolvimento de talentos e outros”, disse Hanif em entrevista a meios de comunicação locais. “Assim, quando pagamos pelos direitos de organização relativamente elevados [da Fórmula 1], o retorno deve ser alto em geral, não só do ponto de vista do SIC [Sepang International Circuit]”.
É por causa disso que a Malásia prefere receber a MotoGP, que é mais barato e mais popular, do que ter a Formula 1, cujo retorno é duvidoso, apesar da presença da Petronas, a petrolífera malaia, nos flancos dos carros da Mercedes há quase uma década, depois de ter ficado outra década nos da Sauber.
sexta-feira, 19 de março de 2021
GP Memória - Malásia 2006
quinta-feira, 18 de março de 2021
GP Memória: Malásia 2001
Ainda por cima, em caso de nova vitória, Schumacher poderia ser o primeiro piloto a vencer seis corridas seguidas, algo que não acontecia desde Alberto Ascari, em 1952, também num Ferrari.
Mas as conversas daquele final de semana eram mais sombrias. A morte do comissário na corrida anterior, em Melbourne, atingido pelos destroços do BAR de Jacques Villeneuve, ainda era assunto, e os comissários malaios decidiram reforçar as proteções nos postos de comissários espalhados pela pista, e recuar os postos nas curvas 5 e 6 em dois metros, para evitar as rodas que separam dos carros em caso de colisão. Charlie Whitting viu as modificações e deu o selo de aprovação da FIA.
Feitas as modificações, máquinas e pilotos foram para o fim de semana competitivo determinados a tirarem o melhor de si e das suas máquinas. No final, o melhor foram os Ferrari, que monopolizaram a grelha de partida, com Michael Schumacher a levar a melhor sobre Rubens Barrichello. Ralf Schumacher era o terceiro, na frente do McLaren de Mika Hakkinen, enquanto na terceira fila estavam o Jordan de Jarno Trulli e o carro de Juan Pablo Montoya, no segundo Williams-BMW. Jacques Villeneuve era o sétimo, mo seu BAR-Honda, na frente do segundo McLaren de David Coulthard, e a fechar o "top ten" estavam o segundo Jordan de Heinz-Harald Frentezen e o segundo BAR-Honda de Olivier Panis.
A qualificação ficou marcada pela desclassificação do Arrows de Enrique Bernoldi, que tinha irregularidades na sua asa da frente e no seu fundo plano. Por causa disso, ele partia da última posição.
Poucos minutos depois, os carros voltaram a fazer a sua volta de aquecimento, mas no meio isto tudo, Montoya trocou de carro porque teve um problema de motor. Quando por fim as luzes se apagaram, Schumacher foi-se embora do resto do pelotão, seguido por Trulli e Ralf, que aproveitaram a má partida de Barrichello para o ultrapassar. Mas na primeira curva, Ralf e Barrichello tocam-se e o alemão da Williams acabou por ir para o fundo do pelotão. Mais atrás, Kimi Raikkonen era a primeira desistência com a quebra na transmissão do seu Sauber.
Quando a corrida recomeçou, na volta onze, já tinha parado de chover, mas a pista ainda se encontrava molhada. Coulthard liderava o pelotão, mas todos andavam juntos, logo, os Ferrari ainda tinham chances de recuperar o tempo perdido. Já começava a haver uma linha seca, que os pilotos aproveitaram. O escocês foi-se embora, enquanto Schumacher começou a livrar-se dos obstáculos que estavam na sua frente, como Frentzen, Trulli e o próprio Barrichello. No final da 15ª volta, era segundo e aumentava o ritmo para apanhar o escocês, que lutava com um carro subvirador.
Demorou apenas uma volta e meia para apanhar o piloto da McLaren e no inicio da volta 16, ele já comandava o Grande Prémio. Barrichello veio depois, e ambos começaram a afastar-se do resto do pelotão. Mas a pista começava a secar rapidamente e os primeiros pilotos, como Hakkinen e Ralf, iam ás boxes para colocar pneus secos. Barrichello fez isso na volta 21, Coulthard na volta 25, mas nenhum dos dois incomodava Michael Schumacher.
Na volta 28, apareceu uma ligeira chuva, mas não a suficiente para afetar os pilotos e molhar a pista. Schumacher aproveitou a ocasião para fazer nova paragem, e quando saiu, tinha uma vantagem bem confortável e todos viam que, se não tivesse qualquer problema mecânico ou despiste, ele seria o vencedor. Pouco depois, a chuva deixou de cair e as coisas não se alteraram até à meta, com os Ferrari a fazer dobradinha e Schumacher a conseguir a sua sexta vitória seguida, igualando Ascari como o piloto da Ferrari com mais vitórias seguidas da pole-position.
quinta-feira, 17 de outubro de 2019
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E graças a isso, tudo se decidiria no Japão.
segunda-feira, 6 de agosto de 2018
Noticias: Malásia recusa o regresso da Formula 1
sexta-feira, 23 de março de 2018
GP Memória - Malásia 2003
sábado, 7 de outubro de 2017
domingo, 1 de outubro de 2017
Formula 1 2017 - Ronda 15, Malásia (Corrida)
sábado, 30 de setembro de 2017
Formula 1 2017 - Ronda 15, Malásia (Qualificação)
Mas depois do terceiro treino livre, Sebastian Vettel teve um problema: o motor falhou e teve de ser trocado. A troca aconteceu a tempo de ter tudo pronto para a qualificação, mas depois de uma volta de instalação, o alemão voltou às boxes, sem marcar tempo. Aquele último posto foi outro golpe duro na equipa de Maranello, pois parecia que um azar nunca vinha só. Sem Vettel, tiverem de confiar em Kimi Raikkonen para ver se pelo menos, poderiam tirar a pole a Lewis Hamilton ou a algum dos Red Bull.
Hamilton, Verstappen, Raikkonen e Bottas tentaram marcar os melhores tempos na tabela nesta Q1, que acabou com o inglês, que marcou um tempo de 1.31,605. Na cauda do pelotão, a acompanhar Vettel ficaram os Sauber e os Haas. Pierre Gasly, o estreante, ficou com o 16º tempo, passando in extremis para a Q2.
Na Q2, todos andaram com supermacios na pista. Se Bottas foi o primeiro a marcar um tempo, Hamilton reagiu fazendo 1.31,009, com Raikkonen a melhorar, fazendo 1.30,926. Max Verstappen andou muito perto, fazendo um tempo cinco milésimos de segundo mais lento. Depois de um momento de pausa, eles voltaram à pista para os momentos finais, e havia algumas surpresas entre os que foram para a parte final. Os McLaren foram, algo raro nos dias atuais, acompanhando Red Bull, Mercedes, Force India, o Renault de Nico Hulkenberg e o Ferrari de Raikkonen. Quem ficou com "a fava" foi o Williams de Felipe Massa, 11º e a ver o resto da qualificação nas boxes.
A parte final deu alguma luta, pois Hamilton não era o favorito. Aliás, quando ele fez o seu tempo de 1.30,076, esperava-se que Kimi Raikkonen se aproximasse e o batesse. Contudo, na última curva, ele não a fez bem e perdeu tempo precioso. No final, perdeu por 45 milésimos, perante o desespero de Jock Clear, que chorou ao ver essa derrota, esse desperdício de oportunidade. E claro, para Hamilton, a sua 70ª pole da sua carreira, alargando ainda mais o seu recorde, provavelmente para números estratosféricos.
No final, Hamilton confessou ter ficado surpreendido com o seu resultado: "Nós tivemos um dia muito difícil ontem, porque foi difícil entender onde estávamos. Não dormi muito bem, assim como todos meus engenheiros, simplesmente porque não sabíamos se resolveríamos ou não o problema. Hoje, o carro se mostrou melhor. Mas, ainda assim, a Ferrari parecia longe. A volta da pole foi muito bem calculada, foi muito boa, mas eu realmente não sei de onde veio, eu me surpreendi" disse.
Falta muito para ver como isto ira acabar. Duas semanas antes, quando Vettel comemorava a pole em Singapura, também se pensava que a Ferrari poderia rebater Hamilton e a Ferrari, mas depois viu o que se viu. Contudo, depois do que se viu hoje, e se o inglês não cometer erros amanhã, é provável que ele já tenha a via aberta para o tetracampeonato.
Mas isso só poderemos ver amanhã. Ou não.
quinta-feira, 28 de setembro de 2017
Noticias: Fim de semana chuvoso em Sepang
terça-feira, 2 de maio de 2017
A polémica entre Ecclestone e Sepang
"Nós realmente não tínhamos muita escolha. Eles iriam parar", disse Bernie acerca do GP da Malásia.
"Acho que convenci Singapura a ficar, mudamos um pouco as condições e os termos. Eles ainda não decidiram, mas podem ainda não continuar", concluiu.
Contudo, Ecclestone contou que ele tinha puxado demasiado os promotores em relação à construção de circuitos, a sua exploração e à procura de subsidios estatais para poder pagar as comissões exigidas pelo patrão da FOM.
"Senti-me roubado de alguma maneira, mesmo que nós não tenhamos sido forçados a assinar o acordo", disse em declarações à Autosport.
Contudo, ao ouvir estas reações, Ecclestone reagiu... à sua maneira. Numa entrevista à Reuters, demoliu o promotor.
"Ninguém o fez parecer idiota, e é difícil fazer as pessoas parecerem idiotas. Se forem, eles são", disse Ecclestone.
"Eles fizeram um trabalho muito bom com as motos, eles estão apaixonados pela MotoGP e que aparentemente ganham muito dinheiro com ele. Com a Fórmula 1 eles não ganharam dinheiro e o que eu disse foi que não estávamos entregando o que eles compraram. Não é nossa culpa, nós não providenciamos o espectáculo", concluiu Ecclestone.
Apesar de dizer que não é ele que está a providenciar o espectáculo - são as equipas, nesse ponto - ele foi o "dono da tenda". E foi ele que disse a eles que tipo de condições ele exigiu. E foi ele que exigiu todas as condições que vimos ao longo destes anos na Ásia: os circuitos construídos de raiz, as dezenas de milhões de dólares pagos ao longo dos anos em sitios onde a Formula 1 era uma minoria, quase como se fosse um OVNI, e depois abandonar aqueles locais em poucos anos, com prejuízos enormes para o operador local, e a FOM se safar quase impune, é este o legado que o senhor Ecclestone deixa para aqueles lados.
E só agora é que vemos as consequenciais desta politica. E como o promotor malaio, aposto que mais alguns desses promotores deverão ter esse tipo de queixas sobre ele. E claro, Bernie dirá que a culpa não foi dele, foram dos que aceitaram as suas condições. Confuso. não? Não. Para ele, nunca teve culpa do estrago, foram os que aceitaram as condições. Enfim...
sexta-feira, 7 de abril de 2017
Noticias: GP da Malásia acaba em 2017
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
Rumor do Dia: Malásia com os dias contados?
Desde 1999 no calendário, a corrida decorre no circuito de Sepang, e foi o primeiro desenhado por Hermann Tilke. Acolhido inicialmente no final do ano, em 2001 passou para o mês de março, logo no inicio da temporada, algo que ficou até regressar este ano ao mês de setembro. O alemão Sebastian Vettel é o maior vencedor, com quatro triunfos (2010-11, 2013 e 2015), seguido por Michael Schumacher, com três (2000-01, 2004) e Fernando Alonso, também com três (2005, 2007 e 2012)