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segunda-feira, 26 de maio de 2025

WRC: Abiteboul pede clareza de regras à FIA e ao promotor


Cyril Abiteboul, o diretor desportivo da Hyundai, pede uma clareza as regras à FIA e o promotor do WRC a partir de 2027, sob pena de abandonar a competição em favor da Endurance, com o projeto da Genesis. Numa entrevista publicada no final da semana passada na Autosport portuguesa, Abiteboul afirma que  mais que as regras, é saber que futuro pretendem para os ralis em geral. 

Não se trata apenas de um conjunto de regras, penso que se trata, em geral, de uma visão do desporto, que inclui um conjunto de regulamentos, mas não apenas isso, queremos ver também qual é a situação do promotor.", começou por afirmar. "Sabemos que o promotor está para venda, e como podem imaginar, se queremos investir, por exemplo, numa casa nova, queremos saber quem é o dono da casa, isso é muito importante. Portanto, a compreensão daquilo que seria a identidade, e o que seria o projeto do novo promotor, a sua capacidade de investir num desporto para o transformar.", continuou.

Abiteboul contestou a maneira como a FIA está a encarar isto, e o que pretende, porque para ele, não pode ter nem carros muito simples, com um potencial para uma regressão tecnológica, nem algo que custe milhões para construtores e assim afastar possíveis projetos, numa altura em que só há dois construtores e um preparador ajudado por outro construtor. 

"O tipo de desporto que um novo promotor quer é algo importante, mas, neste momento, temos um desfasamento no tempo, temos a FIA de um lado, que nos está a pressionar para investir num novo carro, num novo desenvolvimento, que é de vários milhões de euros e, do outro lado, não sabemos o que é, por isso, primeiro, o que precisamos é de criar alguma clarificação sobre a situação do promotor.", começou por afirmar.

"Depois, para responder à operação, é preciso que este promotor esteja a trabalhar com a FIA. Se olharmos para o que se passa na Formula 1, para o que se passa na Fórmula E, o diálogo é muito construtivo entre o promotor de um lado, a FIA do outro, e os parceiros, e aqui isso não acontece, não temos este diálogo construtivo. Por isso, precisamos que este promotor seja nomeado, precisamos que este promotor tenha esta discussão com a FIA, para que saibamos onde estamos agora, em termos de regulamentação técnica.", continuou.

"Não acreditamos em carros muito mais simples, em regredir, não acreditamos nisso, pensamos que precisamos de ter alguma forma de tecnologia no automóvel, que pode ou não ser atribuída a um elemento em particular, conetividade, um tipo diferente de tecnologia e de segurança, não acreditamos que um retrocesso total em termos de tecnologia seja adequado ao atual Campeonato do Mundo de Ralis. Por isso, mais uma vez, olhamos para o que se passa em dois tipos diferentes de desporto, olhamos para o WEC, onde temos diferentes tipos de grupos moto propulsores e onde dar mais liberdade às regras também é muito importante. Mas, mais uma vez, a primeira coisa a fazer é ter uma visão a ser desenvolvida por um promotor…”, concluiu.

O WRC continua no inicio de junho nas estradas da Sardenha. 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

As imagens do dia






Há uns tempos, a FIA, na figura do seu presidente, Mohammed Ben Sulayem, decidiu que as asneiras e os palavrões dos pilotos lançados em direto tinham de ser penalizados. Primeiro em dinheiro, depois, em pontos na Super-Licença. Neste final de semana, no final do rali da Suécia, o francês Adrien Formaux, piloto oficial da Hyundai, foi multado em dez mil euros, com mais 20 mil suspenso, enquanto não cometesse outra falta, ou seja, não pode dizer asneiras em direto para as câmaras. 

O palavrão acontece como desabafo depois do piloto se ter despistado na última etapa e acabado por desistir. Afinal de contas, quem fica contente por sair da estrada por acidente? Enfim...

Claro, não deixo de comentar com os meus amigos nas redes sociais. E afirmei isto: "Preparem-se, não falta muito para o Kyalami desta geração". Não poderia fazer ideia que essa resposta fosse gostada por imensa gente, como fogo em palha seca. E passadas algumas horas, a resposta continua popular.

Para quem não sabe, por já não se lembrar ou por não ser nascido em janeiro de 1982, eu explico: a meio de janeiro desse ano, na prova de abertura do mundial de Formula 1, ocorrido nessa localidade dos arredores de Joanesburgo, na África do Sul, os pilotos, chefiados pelo regressado Niki Lauda, decidiram fazer greve por causa das condições impostas pela FISA para poder ter a Super-Licença. Entre outras clausulas, havia contratos com o mínimo de três temporadas, e em caso de despedimento, não correriam mais nessa temporada. 

Lauda leu os novos regulamentos e achou um abuso, e felou com os seus colegas. Ele afirmou que os seus direitos tinham de ser defendidos e falou com o presidente da GPDA, Didier Pironi. E de imediato, colocou-os no autocarro e os levou para o hotel, onde os barricou por dia e meio, ameaçando que não iriam participar. Jean-Marie Balestre e Bernie Ecclestone, respetivamente presidentes da FISA e da FOCA, a associação de Construtores, ameaçam os pilotos de despedimento e retirada das licenças, mas eles fazem finca-pé, até que eles cedem e os pilotos voltam aos seus carros. foram uma vitória dos pilotos e estes dias ficaram na memória de muitos, dando um sentido de união entre eles. A GPDA extinguiu-se pouco depois, reativando-se em 1994, depois dos eventos do GP de San Marino, em Imola.

Agora, em 2025, temos esta lei algo discriminatória e até anti-democrática. Penalizar fortemente por um desabafo, para controlar aquilo que os pilotos afirmam nas conunicações de rádio - já foi proposta a proibição da sua publicidade - reclamar por aquilo que é justo parece ser um ato de rebeldia, com forte penalização. E com gente como Max Verstappen, que não tem problema algum em afirmar o que pensa, estas penalizações são desnecessárias, e em vez de educar a acalmar, fará o contrário. Ainda por cima, uma lei dita por alguém cujos poderes dentro da Formula 1 são equivalentes aos do Rei de Inglaterra: chefia, mas não manda.

E pergunto: tudo isto para quê? E quando acontecer uma daquelas situações-limite, do qual um dos lados gritar "chega!", como reagirá a atual GPDA, liderada por George Russell? E como reagirá a Liberty Media, que neste momento aparenta ter uma atitude neutral, porque acima de tudo, está mais preocupada com o dinheiro que entra e sai? Como é que este "circo" - é o que veremos amanhã, quando os carros forem apresentados - quando o dono se zangar com os acrobatas, trapezistas e domadores, não porque os paga mal, bem pelo contrário, mas porque os decidiu tratar abaixo de cão, espiolhando que abre a boca e diz asneira?

Em jeito de conclusão: isto é uma polémica evitável. E o grande culpado é o dono desta entidade, cujo poder todos sabem que é virtual. 

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

O alerta de Newey


Adrian Newey acredita que a nova regra dos motores, prevista para entrar em vigor em 2026, está escrita de tal forma que se alguém ganhar uma vantagem no início, esse domínio pode durar muitas temporadas, pois será difícil compensar as perdas. Numa entrevista à publicação alemã Auto Motor und Sport, deixou os seus receios sobre o que acha dos novos regulamentos.

Acho que há a hipótese de que seja uma fórmula de motor semelhante ao que foi em 2014. Não me recordo de uma outra ocasião na Fórmula 1 que os regulamentos de chassis e de motor foram alterados simultaneamente, neste caso, os regulamentos de chassis tenham sido redigidos para tentar compensar, digamos, os regulamentos da unidade de potência”, começou por comentar Newey na entrevista.

Acho que os fabricantes de motores aprenderam até certo ponto, sobre a falta de prática que os rivais da Mercedes tiveram antes disso. Mas há a hipótese de um fabricante sair vitorioso e se torne a unidade de potência dominante, pelo menos no começo [da nova era].

"A mudança realizada para 2026, tem por objetivo atrair novos fabricantes de motores. As unidades de potência anteriores contavam com um sistema muito complexo, por isso optaram por retirar o MGU-H, que tornam os motores ainda mais caros. Neste novo motor, a Fórmula 1 também decidiu se voltar para uma maior sustentabilidade, dando protagonismo para a parte elétrica.", continuou.

Há chances de que, se for do lado do motor de combustão, alguém crie um motor de combustão mais dominante, que dure toda uma era, porque a maneira como os regulamentos são escritos será muito difícil para as pessoas que estão atrás recuperar o atraso. Se for do lado elétrico, então há mais possibilidade para a recuperação. Do lado do combustível, mas com as restrições de dinamómetro e o fato de que tudo é tão otimizado, não se pode simplesmente colocar um combustível diferente num motor que não foi otimizado para ele”, concluiu.

Desde há algum tempo que se fala da possibilidade de alguns construtores estarem a colaborar com algumas marcas de lubrificantes para ajudar a melhorar a performance dos novos motores, e pelo menos uma marca poderá já ter uma grande vantagem neste tipo de tecnologia. Em termos de aliança entre lubrificantes e máquinas, a Mercedes tem uma colaboração com a malaia Petronas, a Aston Martin com a Aramco, a Ferrari com a Shell e a Audi acabou de estabelecer com a Qatar Petroleum, que detêm 30 por cento da estrutura da marca. 

Resta saber quem se adaptará melhor aos regulamentos que entram em vigor em 2026. 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

WRC: Dirigentes aplaudem os novos regulamentos para 2027


Os novos regulamentos do WRC para 2027, apresentados nesta semana, causaram reações positivas por parte de alguns dos diretores desportivos das marcas que estão atualmente na competição, como a Toyota, Ford e a Hyundai. Estas três marcas, através de Jari-Matti Latvala, da Toyota, Malcom Wilson, da M-Sport (Ford) e Cyril Abiteboul, da Hyundai, acham que existem alguns aspetos positivos, mas outros como o custo de um Rally1, que pretendem que custe 345 mil euros, acham que tem de ser modificado para fazer lucrar a competição.

Da parte da Toyota, Latvala fala que os novos regulamentos para o WRC estão na direção certa para embaratecer os custos e atrair mais equipas, apesar de não ser totalmente perfeito.  

Temos trabalhado arduamente com a FIA para contribuir o mais possível para os regulamentos de 2027. Acreditamos que as principais linhas do projeto de regulamentos estão bem formuladas e vão na direção correta. Ainda acreditamos que há um trabalho importante a fazer para finalizar e melhorar alguns dos detalhes, mas nesta fase isso é totalmente normal”, disse o ex-piloto finlandês.


Latvala refere que há muitas preocupações relativamente a alguns pontos, como o custo dos novos carros, previsto para 345 mil euros, contra os atuais 1,1 milhões dos Rally1. Segundo ele, é um valor irreal, apesar de alguns comentadores afirmar que os Rally2 não são muito mais baratos que estes novos carros de ralis.

Já Cyril Abiteboul, que também tem estado envolvido nas discussões dos novos regulamentos, considera positiva a direção que a FIA está a fazer em relação a isso, e que ajudará na continuidade da marca para além de 2026.

É sempre positivo para os construtores disporem de um roteiro a longo prazo para os campeonatos que possamos avaliar e melhorar em conjunto. Congratulamo-nos com os importantes esforços que têm sido feitos para reduzir os custos, uma vez que o WRC precisa de estabilizar e desenvolver a sua base de fabricantes. Também esperamos desenvolver o valor do desporto, apresentando carros espetaculares em formatos de rali emocionantes para aumentar a base de adeptos”, comentou.


Do lado da M-Sport, Malcom Wilson poderá ver os novos regulamentos como uma tábua de salvação para a continuidade do seu projeto, como também pode dar muito mais possibilidades de ajudar a desenvolver jovens pilotos dentro da sua equipa.

Penso que os regulamentos aprovados até à data são o caminho certo para o WRC. Precisamos de novas entradas, mais equipas e pilotos a competir ao mais alto nível, e estes regulamentos para 2027 vão encorajar isso. Permitir-nos-á dar uma oportunidade a mais jovens pilotos, o que é essencial para o sucesso a longo prazo do desporto, e é também muito importante tornar o WRC mais acessível, permitindo às equipas competir ao lado dos construtores.”, comentou.

Todos esperam que este novo tipo de regulamentos não só os convença a manter as marcas na competição, como também atraia outras como a Lancia, que anda a desenvolver um programa para o Rally2, que poderá ser a base para os novos Rally1 que surgirão dentro de três anos.

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Conhecidos os novos regulamentos do WRC a parte de 2027


Os novos regulamentos para o WRC a partir de 2027 só serão anunciados em meados de dezembro, mas soube-se hoje de algumas as coisas que poderão aparecer. E poderão ser pouco mais que uma revolução: em termos de motorizações e custos. E tudo com base no regulamento para o Dakar. 

Segundo contam os media noticiosos, as marcas poderão disputar os ralis - na classe Rally1 - com qualquer tipo de motorização, seja híbrido, convencional ou elétrico.  A forma que a FIA usará para equilibrar os andamentos será um medidor de binário -  que a FIA também vai estrear no Dakar - tudo para equilibrar os andamentos dos tipos de motores que serão usados na competição.

Para além disso, haverá redução de custos para componentes específicos, impondo o mesmo estilo de abordagem que já existe para os Rally2. A FIA quer que o custo total do carro não chegue aos 400 mil euros, ou seja, menos de metade que custa os atuais Rally1. Estes chassis serão adaptáveis, quer para o WRC, quer para o Rallycross (WRX), e coloca-se a chance de expandir a construção de chassis a preparadores privados, não somente aos Construtores.


O documento foi apresentado aos Construtores atuais no rali do Japão, e depois de algumas discussões, parece terem aprovado na sua generalidade, apesar de ainda faltar algumas coisas até à sua aprovação definitiva, daqui a algumas semanas, na reunião do Conselho Mundial, em Paris. 

De uma certa forma, parece ser um passo rumo no embaratecimento da competição, e se calhar, poderá atrair algumas equipas para participar na classe principal, e que não estão neste momento, como a Skoda, a Lancia e a Citroen, com outros à espreita e com tempo de preparar os seus projetos até à altura em que estes regulamentos entrem em vigor.    

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Noticias: FIA decide retirar o ponto da melhor volta em 2025


A Formula 1 e a FIA anunciaram esta quinta-feira que iriam eliminar o ponto para a volta mais rápida a partir de 2025. A decisão aconteceu no Conselho Mundial de Automobilismo da FIA, e acontece depois de cinco anos onde os pilotos beneficiavam desse ponto extra, desde que se classificassem nos dez primeiros lugares. 

Apesar de, na ideia inicial, fosse uma forma de tornar a ação mais excitante, na realidade, nunca teve o resultado esperado, ficando o prémio, normalmente, com o piloto que trocava de pneus mais tarde na corrida. Aliás, a ideia de conseguir isso tornou-se algo desvalorizado para os pilotos. Assim sendo, a partir de 2025, volta ao formato clássico, que existiu entre 1960 e 2017. 

Para além disso, ficou também definido que a partir de 2025 cada equipa terá de ceder cada um dos seus carros duas vezes a um jovem piloto nos treinos livres de um grande prémio. Até agora, isso acontecia apenas em uma ocasião. 

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

A imagem do dia



Há 25 anos, em Sepang, deveria ser um dia de triunfo e esperança para a Ferrari, Na realidade... foi quase de desespero, por causa da vitória que lhes foi retirada na secretaria, depois de terem ganho na pista. E tudo por causa de uma interpretação literal dos regulamentos... e das margens de tolerância delas. 

A história da fuga que acabou por não acontecer começa no momento em que amos os Ferraris cortam a meta na pista malaia. Como "funcionário do mês" que conseguia ser, Schumacher cedeu a vitória a Eddie Irvine, embora na última volta, Mika Hakkinen passou Johnny Herbert para ser terceiro, assim mantendo alguma distância para o irlandês na corrida do campeonato. 

Quando a equipa comemora o resultado nas boxes, os comissários estão a verificar os carros, e começam a notar os difusores laterais, e começam a notar as diferenças. Assim sendo, avisam as irregularidades à Ferrari e decidem pela desclassificação. Quando a novidade é dita à imprensa, toda a gente sabia o que isso significava: o campeonato tinha acabado ali, e a favor da McLaren. E claro, Maranello decidiu apelar, afirmando que ainda estava dentro da margem de tolerância. Afinal de contas, os materiais dilatam com o calor e a Malásia é um país tropical.

Durante uns dias, o mundo da Formula 1 ficou com a respiração em suspenso. Alguns perguntariam se isso acontecesse com um Minardi, teriam o mesmo tipo de reação. Mas com uma corrida para acabar a temporada, existia essa dúvida a pairar sobre todos, todos aguardaram pela decisão do apelo que tinham mandado para a FIA. E quando esta leu os argumentos da Ferrari, especialmente do seu diretor, Jean Todt, que o difusor simplesmente dilatou-se com o calor, ficando dentro da margem de tolerância ditada pelos regulamentos, a 23 de outubro, a desclassificação ficou anulada, os pontos foram devolvidos, e a decisão do campeonato foi para o Japão, onde tudo poderia acontecer.

Mas por uns dias, o mundo da Formula 1 ficou suspenso de uma decisão de secretaria. E poucos queriam que um campeonato desses acabasse dessa maneira. 

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Noticias: Corrida de "rookies" adiada para 2025, três testes em 2026


A FIA decidiu que em 2026, acontecerão três testes de pré-temporada, com três dias cada um. A razão por trás disso é para ajudar as equipas a adaptarem-se às novas unidades motrizes e aos regulamentos técnicos. A decisão foi tomada esta semana, durante uma reunião da Comissão de Formula 1, presidida por Nikolas Tombazis, da FIA, e pelo Presidente da Formula 1, Stefano Domenicali, que também incluiu representantes das equipas e da FIA.

Para além disso, A Fórmula 1 adiou os seus planos para uma corrida especial de estreantes em Abu Dhabi, inicialmente prevista para dezembro deste ano, devido a desafios logísticos. Agora, ela acontecerá em 2025. Nessa reunião, também aconteceu uma alteração nos regulamentos financeiros para garantir um equilíbrio entre a equidade competitiva e a sustentabilidade financeira. 

"Foi discutido o conceito de uma 'corrida para rookies' a realizar nos testes de pós-temporada de 2024, em Abu Dhabi", pode ler-se no comunicado oficial da FIA, que continua: "embora o conceito tenha recebido amplo apoio, foi determinado que, devido a restrições de tempo e organização, o evento não ocorrerá em 2024, e as discussões continuarão para formular um conceito e plano potencial para 2025".

As conclusões serão apresentadas na próxima reunião do Conselho Mundial, que acontecerá no próximo dia 17 de outubro. 

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Noticias: Regulamentos do WRC permanecerão até 2027


A FIA e os construtores do WRC concordaram que as regras se manterão até 2026, dando uma meia-volta em relação às decisões no inicio do ano, que falavam na ideia de largar os híbridos em 2025, passando para uma espécie de WRC2+, pelo menos até à mudança de regras, em 2027. Na mais recnete reunião do Conselho Mundial da FIA, neste final de semana, decidiu-se que os regulamentos técnicos para os carros de Rally1 e Rally2 permanecerão estáveis nas próximas duas épocas, ao mesmo tempo que todas as entidades estudam com toda a calma o futuro dos ralis a partir de 2027.

Todas as partes interessadas estão agora a trabalhar em conjunto para os regulamentos para 2027 e anos seguintes, e existe um bom consenso entre os membros do Conselho Mundial e os construtores sobre os principais objetivos que visam principalmente aumentar a participação ao mais alto nível, tal como previamente estabelecido pela FIA.


Para além disso, foi decidido também reforçar a estrutura da FIA nos campos da promoção e comunicação para dar apoio ao WRC Promoter, com todos a reconhecerem que estas são áreas onde o campeonato mais tem de trabalhar, para atrair novos fãs.

O WRC é extremamente importante para a FIA, é o auge da disciplina de rali e tenho tido muitas conversas com os fabricantes nas últimas semanas sobre a sua direção futura. Está claro agora que todos precisamos de estabilidade técnica para os próximos dois anos, mas ao mesmo tempo é importante para a FIA que, ao proporcionar esta estabilidade, recebamos o mesmo compromisso positivo dos fabricantes.”, afirmou Mohammed bin Salman, o presidente da FIA.

Já o diretor-geral do Promotor do WRC, Jona Siebel, acrescentou: “Como promotor do WRC, este é um momento extremamente importante para nós, pois podemos avançar com unidade e consistência ao longo dos próximos dois anos, do ponto de vista técnico, enquanto investimos fortemente em formas novas e emocionantes. para aumentar a base de fãs deste desporto.

quinta-feira, 6 de junho de 2024

Noticias: Divulgados os novos regulamentos para 2026


A FIA apresentou nesta quinta-feira aquilo que será o seu carro de Formula 1 a partir da temporada de 2026, que terá um conjunto de novidades em relação à aerodinâmica do carro e o seu sistema de propulsão. 

Entre as novidades, estes são um carro mais leve, com menos 30 quilos, passando de 798 para 768 quilos. Haverá menor pressão aerodinâmica, mas ativa, sob a forma de asas dianteiras e traseiras móveis para permitir corridas ainda mais equilibradas, potência extra para ultrapassagens, semelhante ao "push to pass" que a IndyCar tem, e um carro menor, com uma distância entre-eixos a passar dos 3.60 metros para os 3.40 metros, e uma largura diminuída de dois metros para 1.90. Apesar de tudo, muitos ainda consideram este um carro enorme.

Quanto às unidades híbridas, embora tenha diminuído dos 550-560kw para 400kw, o elemento bateria aumentou significativamente de 120kw para 350kw, um aumento de quase 300 por cento em termos de energia elétrica. A quantidade de energia recuperada na frase da travagem é agora de 8,5 MJ (megajoules) por volta.

A FIA também afirmou que os "crash-tests" serão ainda mais rigorosos.


A FIA procurou desenvolver uma nova geração de monolugares que estão totalmente em contacto com o ADN da Fórmula 1 – monolugares que são leves, extremamente rápidos e ágeis, mas que também permanecem na vanguarda da tecnologia e, para o conseguir, trabalhámos para aquilo a que chamámos um conceito de “carro ágil”, começou por afirmar Nikolas Tombazis, Diretor Técnico dos monolugares da FIA, na apresentação do conceito do monolugar da Formula 1.

No centro desta visão está uma unidade de potência redesenhada que apresenta uma divisão mais equilibrada entre a potência derivada do elemento de combustão interna e a energia elétrica.", continuou.

"Do lado do chassis, conseguimos reduzir o tamanho e o peso do carro em 30 quilos, resultando num monolugar mais dinâmico. Além disso, estamos a introduzir duas novas características para melhorar as corridas – a aerodinâmica ativa para conseguir uma resistência muito baixa nas retas e o sistema de anulação manual que fornecerá aos condutores uma ‘Power Boost’ da bateria quando estiverem suficientemente perto do carro da frente."

Mais leves, mais potentes e mais centrados nas capacidades dos pilotos, os Regulamentos Técnicos da FIA para a Fórmula 1 de 2026 foram concebidos para proporcionar corridas mais renhidas entre os pilotos, aumentar a competição entre as equipas e melhorar o espetáculo. Além disso, optámos por uma maior componente elétrica da unidade de potência, um carro mais eficiente, em geral, e combustíveis totalmente sustentáveis, como parte do nosso esforço para um futuro mais sustentável para o nosso desporto.”, concluiu.


Em acordo com o objetivo de alcançar o Carbono Zero Líquido até 2030, as unidades de potência de 2026 funcionarão com combustíveis totalmente sustentáveis, e hawerá uma maior utilização de energia elétrica nas unidades de 2026, com uma mudança para uma distribuição de energia cinquenta por cento elétrica e cinquenta por cento térmica.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

WRC: FIA decide mudanças na classe Rally1


A FIA decidiu esta tarde, na reunião do seu Conselho Mundial, que irá abandonar os sistemas híbridos, e os carros de Rally1 serão limitados a 330 cavalos e a um "cost cap" de 400 mil euros a partir de 2025, com o abandono das atuais regras na temporada de 2026. Atualmente, um exemplar de um Rally1 custa cerca de um milhão de euros por exemplar e é isso que, segundo alguns, está a causar a falta de competição e de mais equipas no WRC, em contraste com o que se passa na Endurance, com a explosão na principal categoria, a Hypercar.

O atual carro de Rally1 continuará sendo o simbolo do WRC em 2025 e 2026, mas com modificações para reduzir custos e desempenho”, começa por afirmar o comunicado oficial da FIA. “Isso inclui a retirada da unidade híbrida plug-in, com o desempenho compensado pela redução do peso total, e pela redução do restritor de ar e da aerodinâmica.", continua.

Quanto aos carros de Rally2, estes continuarão na sua forma atual durante a sua homologação, que serve como base para as diversas competições nacionais e internacionais, como o Europeu de ralis.

No entanto, os carros de Rally2 que competirem em eventos WRC a partir de 2025 terão a opção de rodar com um kit WRC composto por um restritor, um tubo de escape, uma caixa de velocidades estilo "paddle shift" opcional, bem como uma asa traseira maior, com o objetivo de reduzir a diferença de desempenho entre os carros de Rally1 e Rally2.

Os carros de Rally1 serão obrigados a disponibilizar os seus carros para venda direta no parque fechado de cada evento do WRC.

Os membros do WMSC [World Motor Sport Concil, Conselho Mundial de Automobilismo]  consideraram cuidadosamente as recomendações do Grupo de Trabalho do WRC e estiveram unidos no seu apoio à série de objetivos que foram estabelecidos”, começou por afirmar o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem. “Estamos no ponto em que a Comissão do WRC pode agora trabalhar na finalização de propostas que irão percorrer um longo caminho no sentido de cimentar o rumo futuro do WRC, uma vez aprovado pelo WMSC, é um momento significativo para o campeonato, para os seus stakeholders e para a comunidade de ralis, em geral."

Também é importante notar que os resultados da Pesquisa de Engajamento dos Torcedores do WRC serão cuidadosamente considerados pela Comissão do WRC durante o processo de elaboração das propostas finais.", continuou.

Agradeço a todos aqueles que participaram enquanto continuamos o processo de entrega de um WRC que seja relevante para o presente e adequado para o futuro.”, concluiu.

O WRC continua o seu campeonato dentro de um mês, em terras quenianas, para o Rali Safari.

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

A revolução que poderá mexer com os ralis


Em meados de 1986, os ralis lidavam com carros crescentemente leves e potentes. Os Grupos B, apesar de estar cheio com construtores - Lancia, Audi, Peugeot, MG, Ford, Toyota... - estavam nas mãos de pilotos que cada vez mais se queixavam de não ter capacidade para controlá-los. E os acidentes de Joaquim Santos, no Rali de Portugal, e sobretudo, de Henri Toivonen, no rali da Córsega, levaram a que a FISA tomasse uma decisão radical, que foi a de abolir o grupo B, e deitar fora o Grupo S, com carros ainda mais velozes e potentes, a favor do Grupo A, mais lentos, mas mais baratos. O Grupo A entrou em vigor em 1987 e ficou por uma década até aparecer o WRC, e ficou marcado pelo domínio dos Lancia, a principio, e depois surgiram os Toyotas, Fords e Subarus.

Agora, mais de 35 anos depois, a FIA poderá estar a tomar uma decisão tão ou mais radical que tomou em 1986. E não tem a ver com o excesso de potência ou os problemas de segurança. Tem a ver com a ideia de atrair mais construtores para os ralis, embaratecendo os custos. No próximo dia 28 de fevereiro, está marcado uma reunião do Conselho Mundial da FIA, e o que se falar é a extinção, pura e simples, dos Rally1 no final desta temporada e passar, a partir de 2025, para os Rally2, sob outro nome, que poderá ser o de... WRC.

É certo que os sinais de alarme estão a ser tocados desde há algum tempo, e as alterações no sistema de pontuação neste ano são um primeiro sinal deque querem mexer nas coisas. Mas um grupo de trabalho dentro da comissão de ralis do WRC, chefiado pelo fundador da Prodrive, David Richards, e pelo ex-navegador de Colin McRae, Robert Reid, estão a chegar à conclusão de que este WRC como está, poderá levar à competição a uma decadência irreversível. Os Rally2 Plus - no qual estariam à partida Citroen e Skoda, para além de Toyota, Ford e Hyundai - tem o potencial de serem competitivos, mas os construtores que lá estão tem de ser convencidos de que esta decisão, radical, tem de ser feita, a bem da competição, porque isso significaria o fim prematuro destes Rally1 na estrada, do qual só são usados pelas equipas oficiais, com quase ninguém a usar em termos privados, por causa dos custos. 

É que entre oito Rally1 na lista de inscritos e - potencialmente - 25 Rally2 Plus, provavelmente a FIA tem de convencer os construtores de que a troca valerá a pena no médio prazo.

Mas pela imagem que ilustra este post e o artigo de opinião do qual deixo aqui o link, entende-se o propósito. O WRC é a competição mais acessível do automobilismo, em termos de espectadores. Embora seja, em muitos aspetos, uma atividade localizada à Europa, com alguns núcleos aqui e ali, está numa situação de decadência, longe do auge de há quatro décadas, e a ideia é recuperar isso, provavelmente colocando limites nos custos, embaratecendo o material e vendendo chassis a privados, ganhando em termos de qualidade nas listas de inscritos e fazendo despertar talento local.

Resta saber se esta abordagem resultará... isto, se os construtores aceitarem.

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Uma complicação chamada hidrogénio


O hidrogénio está a ser visto por alguns como "o combustível do futuro", com alguns construtores, especialmente japoneses, a apostarem nele como transição para a economia "verde". Um dos que quer apostar nessa tecnologia para o automobilismo é o ACO, o Automobile Club de L' Ouest, situado em Le Mans, que desde 2018, tem estado a testar e desenvolver propulsores para essa tecnologia, com a intenção de usar nas 24 Horas de Le Mans. Até a Toyota já embarcou no projeto, quando mostrou nas 24 Horas deste ano o seu H2, o carro para a tal nova classe.

Contudo, apesar de ter mostrado há cerca de um mês o seu carro para a nova classe, a data da sua introdução tem sido outro problema. E este, bem grande. A ACO queria introduzir em 2025, no inico da década, mas a pandemia atrasou as coisas, e foi adiado para 2026. Contudo, nesta semana, anunciou que a sua entrada acontecerá, afinal, em 2027. Segundo conta o presidente da ACO, Pierre Fillon, este último adiamento tem a ver com razões relacionadas com a segurança. 

Nós [o ACO e a FIA, ndr] gastamos muito tempo em tudo relacionado com a segurança”, começou por afirmar Fillon, no fim de semana das Oito Horas do Bahrein. "Demorou mais do que o esperado. Acho que 2027 é mais realista.", concluiu.


O problema que Fillon está a falar é que a FIA está a analisar certas questões espinhosas relacionadas à segurança, e isso inclui a localização dos tanques de combustível. Segundo conta o Endurance-info.com francês, os depósitos de combustível, que estão instalados em ambos os lados do cockpit, terão de ser posicionados atrás dele, como acontece nos depósitos a gasolina. E isso não é fácil, porque para injetar o hidrogénio no carro, terá de ser sob muita pressão, e isso está a ser algo muito complicado de se resolver, e até é uma questão, na indústria, que está a complicar a introdução em massa dessa tecnologia no mercado. E não é só nos carros, também é no depósito dos postos de abastecimento. Daí se wer muito poucos um pouco por todo o mundo, em contraste com as centenas de milhares de postos de carregamento elétricos um pouco por todo o mundo.

Para além disso, os poucos construtores que olham para o hidrogénio - especialmente os japoneses como Honda e Toyota, bem como a coreana Hyundai - estão a ter dificuldades em resolver os problemas relativos à segurança dos seus carros de estrada, e a insuficiência dos postos de abastecimento. E mesmo quando apresentou o seu projeto H2, não disse quando pretende colocar na pista. Segundo conta a mesma endurance-info, a Toyota poderia ter o H2 em testes a partir de 2026, contudo, está a ter os mesmos problemas relacionados com a segurança e a colocação dos depósitos de combustível. O suficiente para forçar o fabricante japonês a rever minuciosamente o seu projeto e adiar por mais algum tempo. Isto... se continuar a acreditar na aposta no hidrogénio.

Teremos de esperar se o futuro resolverá estes problemas e se a ACO conseguirá levar o seu projeto adiante. O automobilismo também é isto: colocar novas tecnologias para serem experimentadas na pista, antes de se generalizarem nos carros de estrada.  

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Noticias: FIA abre candidaturas para novas equipas


A FIA anunciou esta quinta-feira que abriu candidaturas para novas equipas a partir de 2025. Caso alguma dessas candidaturas sejam acolhidas pela FIA e Formula 1, elas poderão entrar em qualquer uma das três temporadas: 2025, 2026 ou 2027.

A FIA afirmou que, depois de serem acolhidas, irá analisar capacidade técnica, recursos e “a capacidade da equipa em cumprir as suas obrigações ao abrigo do Regulamento Desportivo, Técnico e Financeiro de Formula 1” isto para além de demonstrar que conseguem fazer face às exigências financeiras da participação na Formula 1. 

"A Fédération Internationale de l’Automobile anuncia hoje o lançamento oficial de um processo de candidatura para identificar potenciais equipas que pretendam participar a nível competitivo no Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA.", começa por ler o comunicado oficial.

"A FIA acolhe o interesse de entidades com sérias intenções de participar no Campeonato do Mundo de Fórmula 1 da FIA. O elevado nível de interesse de vários potenciais candidatos é mais uma prova da popularidade e crescimento do campeonato. Todos os candidatos serão submetidos às devidas diligências. A avaliação de cada candidatura abrangerá em particular as capacidades e recursos técnicos da equipa candidata, a capacidade da equipa de angariar e manter um financiamento suficiente para permitir a participação no campeonato a um nível competitivo e a experiência e recursos humanos da equipa.", continua.

"Pela primeira vez, qualquer candidato será obrigado a abordar a forma como iria gerir o desafio da sustentabilidade e como planeia alcançar um impacto líquido de CO2 nulo até 2030. Qualquer equipa de Formula 1 em perspetiva teria também de ilustrar como pretende alcançar um impacto social positivo através da sua participação no desporto. Isto ajudará a cumprir os objetivos mútuos da FIA e da Gestão de Fórmula 1."

"Os interesses gerais a longo prazo do Campeonato, envolvendo todas as partes interessadas, determinarão quais os candidatos selecionados juntamente com os regulamentos e disposições de governação aplicáveis."

"Os termos do processo de candidatura formal - juntamente com os critérios de seleção completos, prazos aplicáveis, requisitos legais e outras condições - serão comunicados aos candidatos que apresentem uma manifestação preliminar de interesse à FIA.", conclui.

O Presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, justificou a abertura das candidaturas da seguinte forma: “O crescimento e apelo do Campeonato Mundial de Fórmula 1 está a níveis sem precedentes. A FIA acredita que as condições são adequadas para que as partes interessadas, que satisfaçam os critérios de seleção, manifestem um interesse formal em participar no Campeonato.

Pela primeira vez, como parte das condições de seleção, solicitamos que os candidatos indiquem como cumpririam os critérios de sustentabilidade da FIA e como teriam um impacto social positivo através do desporto”.

O processo é uma extensão lógica da aceitação positiva do Regulamento da Unidade de Potência 2026 Formula 1 da FIA pelos fabricantes de motores, o que atraiu a Audi para a Fórmula 1 e criou interesse entre outros potenciais participantes”, concluiu.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Formula 1: Honda estuda regresso


A Honda registou a sua intenção de estudar as regras do motor para 2026. Isso poderá significar, no máximo, que poderá regressar à Formula 1 como fabricante de motores, depois de se ter retirado no final de 2021, quando alcançou o campeonato, em conjunto com a Red Bull. De uma certa forma, é a confirmação dos rumores que apareceram ao longo dos últimos meses de 2022 de que a marca japonesa não descartaria um regresso, sobretudo após as noticias do colapso do plano de Red Bull e Porsche se unirem em 2026, em julho.

O presidente da Honda Racing, Koji Watanabe, confirmou esta segunda-feira que a Honda fez a inscrição, mas foi claro que isso não significava necessariamente que entraria a partir de 2026. 

"Como HRC, registámo-nos como fabricante de unidades de potência depois de 2026", disse Watanabe durante a Apresentação do Plano de Atividades Desportivas Honda 2023, prosseguindo: "Os regulamentos da F1 a partir de 2026 estão a avançar no sentido da neutralidade carbónica. Além disso, o facto de a eletrificação também estar a ser promovida, e a neutralidade carbónica e eletrificação que a Honda Motor Co., Ltd. está a promover, é a mesma. Os alvos coincidem. Como empresa de corridas, registámo-nos como fabricante para avançar com pesquisas sobre corridas. Há também o facto de 15 de novembro ser o prazo limite [para inscrição]. Registamo-nos como fabricante para continuar esta investigação.", concluiu.

Resta saber se a marca, caso avance, faça sozinha ou em parceria com a Red Bull. Neste momento, o atual acordo com a formação de Malton Keynes estará em vigor até ao final da temporada de 2025, após o qual a equipa dos energéticos planeia construir a sua própria unidade de potência. A Red Bull já disse estar aberta a uma potencial parceria com a Honda, ficando esta mais focada na parte eléctrica da unidade de potência.

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Formula 1: Red Bull violou regras do limite orçamental e é multada


A FIA declarou esta sexta-feira que a Red Bull violou o teto orçamental de 2021, e por isso, irá pagar uma multa de sete milhões de dólares e perderá 10 por cento de tempo disponível no desenvolvimento aerodinâmico do monolugar de 2023. Isso resulta do Acordo de Aceitação de Violação entre as duas partes - ABA, Accepted Breach Agreement, na sigla inglesa. 

A multa está excluída do limite fiscal de 2022, e a penalização de tempo será válida para os próximos 12 meses. 

No comunicado da FIA, pode-se ler que a Red Bull “agiu de forma cooperativa ao longo do processo de revisão e procurou fornecer informações e provas adicionais quando solicitadas atempadamente, que este é o primeiro ano da aplicação integral do Regulamento Financeiro e que não há nenhuma acusação ou prova de que a RBR tenha procurado em qualquer altura agir de má-fé, desonestamente ou de forma fraudulenta, nem escondeu intencionalmente qualquer informação da Administração do Limite Orçamental”.

Para além disso, a FIA explicou que áreas como o catering, contribuições para a segurança social e um erro administrativo no cálculo dos custos da Red Bull Powertrains, num total de 13 pontos, terão de ser ajustados para manter o orçamento da equipa de Milton Keynes dentro do limite orçamental.

A violação do teto orçamental foi na ordem dos 1,6 por cento em relação ao limite, mas poderia ter sido de menos de 0,4 por cento se tivesse apresentado corretamente um crédito fiscal, que a equipa aplicou. 

A multa acontece porque a Red Bull foi a única equipa a ultrapassar o limite orçamental de 145 milhões de dólares em 5,6 milhões, ou seja, gastou 150,6 milhões. Contudo, depois da Red Bull ter esclarecido sobre alguns itens gastos excessivos com o órgão dirigente, esse excesso desceu para 1,8 milhões de dólares, ou seja, gastou 146,8 milhões. 

Em termos de regulamentos financeiros, tornou-se numa "pequena violação" – abaixo dos 7,25 milhões de dólares - e o ABA significa que a equipa reconheceu as infrações e aceita as devidas sanções financeiras e desportivas.

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Youtube Formula 1 Video: As alterações nos regulamentos dos motores a partir de 2026

Já sabemos o que acontecerá nos motores a partir de 2026: uma maior hibridização, gasolina meio sintética, mais potência, mas maior sustentabilidade. Tudo para, aparentemente, fazer entrar a Audi e a Porsche na Formula 1, eles que são adeptos deste tipo de motorização, digamos assim.

Nestes dois vídeos, o pessoal da Formula 1 explica o que haverá de novo nos motores dentro de quatro temporadas, destrinçando os aspetos técnicos de uma forma simples para o espectador.

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Noticias: FIA finaliza regulamentos para 2026


A FIA divulgou ontem os regulamentos dos motores que estarão em vigor a partir de 2026. Os motos continuarão a ser os mesmos desde 2014 - V6 Turbo de 1.6 litros - mas haverá mais híbridade, tirando o MGU-H, e reduzindo a dois MGU-K. Contudo, o ERS, o sistema de recuperação de energia terá a sua potência aumentada para 350 kW. E os combustíveis serão metade sintéticos, de forma a ser cem por cento sustentável.

As alterações terão afeito a partir do próximo dia 1 de janeiro, e o "cost cap" - o teto orçamental para este sistema de motores - está limitado a 95 milhões de dólares, para depois ser aumentado para 130 milhões em 2026. A FIA espera atrair novos construtores, mas nos bastidores, afirma-se que estes regulamentos foram feitos de forma a atrair o grupo Volkswagen para a categoria máxima do automobilismo. Audi e Porsche poderão estar na porta de entrada, com a marca de Estugarda a fazer um acordo para ficar com 50 por cento da Red Bull, enquanto a marca de Inglostadt poderá fazer o mesmo em relação à Sauber, quando acabar o seu acordo com a Alfa Romeo. 

As alterações foram aprovadas em Conselho Mundial e no final da reunião, o presidente da FIA, Mohamed bin Sulayem, elogiou a tomada de decisão da FIA rumo à sustentabilidade:

A FIA continua a caminhar [em direção] a inovação e a sustentabilidade - em todo o nosso portfólio do automobilismo - os regulamentos da unidade de potência (UP) da Fórmula 1 de 2026 são o exemplo mais importante dessa missão.", começou por dizer.

A introdução da tecnologia avançada de UP, juntamente com combustíveis sintéticos sustentáveis, alinha-se com nosso objetivo de oferecer benefícios para os usuários de carros de estrada e cumprir nosso objetivo de zero carbono líquido até 2030. A Fórmula 1 está atualmente desfrutando de um imenso crescimento e estamos confiantes de que esses regulamentos se basearão na emoção que nossas mudanças de 2022 produziram."continuou.

Quero agradecer a todos os gerentes e técnicos da FIA envolvidos neste processo por sua diligência e compromisso em trabalhar em conjunto com todas as partes interessadas da Fórmula 1 para entregar [estas conclusões]. Também quero agradecer aos membros do WMSC [Conselho Mundial de Automobilismo, sigla em inglês] por sua consideração e aprovação desses regulamentos.”, concluiu.

Para além disso, a introdução das novas unidades de potência será também acompanhada de uma alteração nos regulamentos desportivos. A partir de 2027, todos os pilotos continuarão a ter uma limitação a três motores de combustão interna durante toda a temporada, bem como três turbocompressores e duas unidades electrónicas de controlo e armazéns de energia. No entanto, os condutores serão limitados a três "conjuntos de escape" - abaixo dos actuais oito que estão a ser permitidos - e também serão limitados a apenas dois MGU-Ks, um a menos do que existe em 2022.

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Noticias: Verstappen atira-se à decisão da FIA


Se a decisão de ontem da FIA de intervir por causa da questão do "porpoising", alegando razões de segurança e da saúde dos pilotos, houve quem não tenha gostado nada desta decisão, afirmando que aconteceu para ajudar uma equipa em particular. Pelo menos, é o que pensa Max Verstappen.

Se a Red Bull parece ter gerido o assunto de forma mais confortável, já o líder do campeonato, Max Verstappen, expressou desilusão com a nova diretiva, e insinuou que os queixumes da Mercedes influenciaram a decisão da FIA em mudar o regulamento. Ele afirmou que esta mudança a meio da época foi errada e que isto acontece por causa das queixas dos Flechas de Prata, que são os que sofrem mais com este fenómeno, embora haja outras equipas que se queixam desse fenómeno, em menor grau.

E em declarações à racer.com nesta sexta-feira, em Montreal, não deixou de dizer o que pensava sobre a decisão: 

"Acho um pouco dececionante que, mais uma vez, haja uma mudança de regras a meio da época, diria eu. Nem sequer nos afeta mais ou menos do que as outras equipas, mas não se deveria mudar as regras só porque uma equipa se está a queixar muito. Penso que há muitas equipas que fizeram um trabalho incrível para não ter este tipo de problemas, por isso é possível dar a volta por cima. Se levantarmos o carro, então não teremos este problema, mas perdemos o desempenho. Mas se não conseguimos desenhar o carro corretamente, então a culpa é nossa, a culpa não é dos regulamentos. Para mim é uma vergonha”, afirmou o atual campeão do mundo.

terça-feira, 26 de abril de 2022

Noticias: FIA e equipas aprovam seis corridas sprint em 2023


Seis corridas sprint a partir de 2023, redução dos jogos de pneus de 13 para 11, câmaras para capacete e algumas alterações nas unidades motrizes. Contudo, o aumento das corridas "sprint" causou celeuma na FIA, pois Mohamed Ben Sulayem vetou essa chance, justificando o aumento de custos. Resolveu-se que este tópico seria investigado e discutido numa ocasião mais tardia.

Nesta terça-feira, a reunião entre ambos os lados falou sobre todos estes tópicos. Sobre as unidades motrizes a partir de 2026,  o que ficou combinado foi que elas tem de combinar critérios o do desempenho - semelhante ao dos modelos atuais, utilizando motores de combustão interna V6 de alta potência e de alta rotação - o da competitividade - ser atrativo para os recém-chegados aderirem ao desporto a um nível competitivo, e isso tem a ver com os projetos da Audi e da Porsche, que estão a chegar - e o da sustentabilidade - utilizará um combustível cem por cento sustentável e 50 por cento de potência vinda de unidades elétricas.

Para além disso, os carros terão mais algumas modificações, nomeadamente a simplificação de componentes estrategicamente selecionados para efeitos de redução de custos, uma redução nas dimensões dos carros e da massa do carro, ou sejam serão mais pequenos e mais leves.

Outro tópico que também foi falado tem a ver com a data vaga a 25 de setembro. Depois de se ter falado do Qatar, isso aparentemente já caiu por causa das altas temperaturas nessa altura do ano. Agora, a hipótese de uma segunda corrida em Singapura está em cima da mesa, com a diferença a poder ser o horário - este não seria uma corrida á noite, mas sim de dia - e também por causa das facilidades logísticas apresentadas.