“Não se trata apenas de um conjunto de regras, penso que se trata, em geral, de uma visão do desporto, que inclui um conjunto de regulamentos, mas não apenas isso, queremos ver também qual é a situação do promotor.", começou por afirmar. "Sabemos que o promotor está para venda, e como podem imaginar, se queremos investir, por exemplo, numa casa nova, queremos saber quem é o dono da casa, isso é muito importante. Portanto, a compreensão daquilo que seria a identidade, e o que seria o projeto do novo promotor, a sua capacidade de investir num desporto para o transformar.", continuou.
Abiteboul contestou a maneira como a FIA está a encarar isto, e o que pretende, porque para ele, não pode ter nem carros muito simples, com um potencial para uma regressão tecnológica, nem algo que custe milhões para construtores e assim afastar possíveis projetos, numa altura em que só há dois construtores e um preparador ajudado por outro construtor.
"O tipo de desporto que um novo promotor quer é algo importante, mas, neste momento, temos um desfasamento no tempo, temos a FIA de um lado, que nos está a pressionar para investir num novo carro, num novo desenvolvimento, que é de vários milhões de euros e, do outro lado, não sabemos o que é, por isso, primeiro, o que precisamos é de criar alguma clarificação sobre a situação do promotor.", começou por afirmar.
"Depois, para responder à operação, é preciso que este promotor esteja a trabalhar com a FIA. Se olharmos para o que se passa na Formula 1, para o que se passa na Fórmula E, o diálogo é muito construtivo entre o promotor de um lado, a FIA do outro, e os parceiros, e aqui isso não acontece, não temos este diálogo construtivo. Por isso, precisamos que este promotor seja nomeado, precisamos que este promotor tenha esta discussão com a FIA, para que saibamos onde estamos agora, em termos de regulamentação técnica.", continuou.