Mostrar mensagens com a etiqueta ACO. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta ACO. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

A pressão para a nona corrida do calendário da Endurance


Se as coisas no calendário de 2025 já estão estabelecidas, com a realização de oito corridas, para 2026, a FIA e a ACO quer uma nona prova, apesar da relutância das equipas em aceitar tal coisa, por causa dos custos associados. Há alguns alvos, dos quais se destaca Silverstone.

Um dos clássicos da Endurance, tem estado fora nas últimas temporadas, quer do Mundial, quer do Europeu (ELMS). Contudo, em 2025, o ELMS colocou a pista no calendário, e há a vontade para colocar em 2026 no calendário do WEC. E essa poderá ser a melhor solução, porque a alternativa era de abrir mais um lugar mo Médio Oriente - a Arábia Saudita queria acolher uma corrida - mas as equipas e os construtores disseram "não" por causa dos custos. 

A ACO e a FIA tem também outra ideia em relação à logistica. Ao contrário da Formula 1, que aposta no ar, a Endurance prefere o transporte marítimo, que é mais barato. E também encher o calendário com algo semelhante à Formula 1, ainda por cima, a durar seis horas, exceto Le Mans, que tem 24, e faz quatro corridas no mesmo final de semana, é muito duro para máquinas e pilotos.

E claro, isso também é secundário, comparado com o grande objetivo do horizonte: a introdução de máquinas a hidrogénio, que querem começar em 2028.  

Apesar de ser daqui a algum tempo, a haver algum alargamento do calendário, há prioridades.    

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Uma complicação chamada hidrogénio


O hidrogénio está a ser visto por alguns como "o combustível do futuro", com alguns construtores, especialmente japoneses, a apostarem nele como transição para a economia "verde". Um dos que quer apostar nessa tecnologia para o automobilismo é o ACO, o Automobile Club de L' Ouest, situado em Le Mans, que desde 2018, tem estado a testar e desenvolver propulsores para essa tecnologia, com a intenção de usar nas 24 Horas de Le Mans. Até a Toyota já embarcou no projeto, quando mostrou nas 24 Horas deste ano o seu H2, o carro para a tal nova classe.

Contudo, apesar de ter mostrado há cerca de um mês o seu carro para a nova classe, a data da sua introdução tem sido outro problema. E este, bem grande. A ACO queria introduzir em 2025, no inico da década, mas a pandemia atrasou as coisas, e foi adiado para 2026. Contudo, nesta semana, anunciou que a sua entrada acontecerá, afinal, em 2027. Segundo conta o presidente da ACO, Pierre Fillon, este último adiamento tem a ver com razões relacionadas com a segurança. 

Nós [o ACO e a FIA, ndr] gastamos muito tempo em tudo relacionado com a segurança”, começou por afirmar Fillon, no fim de semana das Oito Horas do Bahrein. "Demorou mais do que o esperado. Acho que 2027 é mais realista.", concluiu.


O problema que Fillon está a falar é que a FIA está a analisar certas questões espinhosas relacionadas à segurança, e isso inclui a localização dos tanques de combustível. Segundo conta o Endurance-info.com francês, os depósitos de combustível, que estão instalados em ambos os lados do cockpit, terão de ser posicionados atrás dele, como acontece nos depósitos a gasolina. E isso não é fácil, porque para injetar o hidrogénio no carro, terá de ser sob muita pressão, e isso está a ser algo muito complicado de se resolver, e até é uma questão, na indústria, que está a complicar a introdução em massa dessa tecnologia no mercado. E não é só nos carros, também é no depósito dos postos de abastecimento. Daí se wer muito poucos um pouco por todo o mundo, em contraste com as centenas de milhares de postos de carregamento elétricos um pouco por todo o mundo.

Para além disso, os poucos construtores que olham para o hidrogénio - especialmente os japoneses como Honda e Toyota, bem como a coreana Hyundai - estão a ter dificuldades em resolver os problemas relativos à segurança dos seus carros de estrada, e a insuficiência dos postos de abastecimento. E mesmo quando apresentou o seu projeto H2, não disse quando pretende colocar na pista. Segundo conta a mesma endurance-info, a Toyota poderia ter o H2 em testes a partir de 2026, contudo, está a ter os mesmos problemas relacionados com a segurança e a colocação dos depósitos de combustível. O suficiente para forçar o fabricante japonês a rever minuciosamente o seu projeto e adiar por mais algum tempo. Isto... se continuar a acreditar na aposta no hidrogénio.

Teremos de esperar se o futuro resolverá estes problemas e se a ACO conseguirá levar o seu projeto adiante. O automobilismo também é isto: colocar novas tecnologias para serem experimentadas na pista, antes de se generalizarem nos carros de estrada.  

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Endurance: Lançado o carro a hidrogénio da ACO


A Mission 24 apresentou nesta quarta-feira um novo protótipo de hidrogénio elétrico para lançar a terceira fase do projeto. Com este novo modelo, a tónica será colocada no desempenho para competir com as outros protótipos em pista, com o objetivo último de correr nas 24 Horas de Le Mans. Ainda sem nome - será revelado a 13 de novembro - tem dentro de si uma pilha de combustível de hidrogénio, com motor elétrico de alto rendimento, que alimenta as rodas traseiras e terá uma potência máxima de 650 kW (872 cv). 

A bateria é de lítio de alto rendimento, com uma potência máxima de 400 kW e assegura a dinâmica necessária ao sistema, recuperando a maior parte da energia disponibilizada pelas travagens.


O chassis, produzido pela Adess, possui um sistema de arrefecimento otimizado. A estrutura mais estreita do cockpit proporciona um lugar mais central para o condutor. O peso alvo é de 1300 kg (1450 kg para o H24) e a sua aerodinâmica poderá ser variável.

O sistema de células de combustível de hidrogénio é feito pela firma Symbio, que utiliza a tecnologia multi-stack de nova geração para fornecer uma potência líquida máxima de 300 kW, e dois depósitos armazenam 7,8 quilos de hidrogénio a 700 bar de pressão, para um peso total de cem quilos e uma autonomia prevista de 25 a 30 minutos. O protótipo poderá ser reabastecido nas instalações planeadas para a futura categoria H2 nas 24 Horas de Le Mans.


Os pneus serão da Michelin, com o objetivo de utilizar 40 por cento de materiais de origem biológica ou reciclados até 2030, com o objetivo de ter cem por cento em 2050.

Depois de introduzir o hidrogénio nas pistas, a MissionH24 está agora a entrar numa nova fase: trazer o hidrogénio para a competição”, começou por afirmar na sua conta de Twitter o presidente da ACO, Pierre Fillon. “Este novo protótipo pretende claramente rivalizar com outras formas de energia na área. A tecnologia do hidrogênio é segura, fiável e funciona. A ambição agora é fornecer o primeiro vencedor com emissões zero das 24 Horas de Le Mans.”, concluiu.

terça-feira, 30 de maio de 2023

Endurance: ACO quer fazer do hidrogénio a sua propulsão principal


A ACO, Automobile Club de L'Ouest, decidiu que o futuro da endurance será a hidrogénio, e apostou no projeto de um protótipo nessa propulsão, agora a partir de 2026 - deveria ter sido em 2024, mas a complexidade do projeto está a fazer adiar a data da sua introdução - com o objetivo desses carros serem todos propulsados com esse tipo de motores. E foi para apresentar a categoria, e encontrar potenciais investidores que Pierre Fillon, o seu presidente, foi ao Japão, mais concretamente a Fuji, no final da semana que passou. 

"Em 2026, teremos uma categoria de hidrogénio em Le Mans ao mesmo nível que a Hypercar", disse Fillon aos jornalistas. "Em Le Mans é importante permitir que os fabricantes testem diferentes tecnologias: é o que acontece há 100 anos e queremos continuar a fazê-lo.", continuou.

"A ideia é introduzir a categoria H2 progressivamente depois de 2026, e a ideia em 2030 é ter cem por cento da categoria de topo [Hypercar] com hidrogénio", clarificou.

Nesse campo, já há uma marca que está interessada na tecnologia: a Toyota. Koji Sato, recém-nomeado CEO da Toyota, esteve em Fuji e mostrou todo seu contentamento aos jornalistas presentes pela oportunidade apresentada pelos regulamentos da ACO.

"O ACO tem sido positivo em relação ao hidrogénio como energia desde a fase inicial. Tem havido um esforço muito prático e realista e nós aprendemos muito com a ACO", começou por afirmar o dirigente japonês. "Nas nossas comunicações anteriores, falámos sobre a forma como nos temos empenhado nos motores a hidrogénio e sobre a atratividade dos motores a hidrogénio, embora tenhamos alguns desafios com os motores a hidrogénio.", continuou.

"Obrigado pelo anúncio de hoje, é uma motivação muito grande e é importante para nós na Toyota Motor Corporation. Estou muito otimista em relação a esta oportunidade. Não posso fazer quaisquer declarações definitivas e específicas mas, muito provavelmente, num futuro próximo, espero poder fazer um grande anúncio com um sorriso na cara!", concluiu.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

O hidrogénio está atrasado


É sabido desde há algum tempo que a ACO (Automobile Club de L'Ouest) quer construir um protótipo movido a hidrogénio, para meter na Garagem 56 em 2024, e há testes a serem eitos num protótipo com especificações de LMP3. Contudo, noticias recentes afirmam que esse projeto tem atrasos tais que a data poderá ser adiada para 2026. Ainda por cima, o desinteresse de uma marca - mas o interesse de outra - não ajuda muito nesse projeto.

Como é sabido, o ACO  está desde 2017 envolvido num projeto de um chassis uma classe de zero emissões nas 24 Horas de Le Mans, com o objetivo de mostrar ao mundo na edição de 2024, e através de uma parceria com a GreenGT. Desde então, tem aparecido protótipos que fizeram demonstrações em La Sarthe, e em testes, conseguiram tempos comparáveis aos GT3. Contudo, atrasos causados pelo CoVid-19, em 2020 e 2021, e o desejo de assegurar que os carros a hidrogénio fossem verdadeiramente competitivos antes de serem introduzidos em Le Mans, causaram atrasos significativos. Agora, de 2024, é provável que possam ser estreados em 2026. 

Para piorar as coisas, havia uma marca verdadeiramente interessada nessa classe: a Hyundai. Contudo, com estes atrasos e com as mudanças na direção da fonte de energia, a marca coreana afastou-se da ideia. Em contraste, a Toyota demonstrou um grande interesse no hidrogénio, já que faz parte da politica para construir e vender carros de estrada com essa tecnologia. 

Resta saber como é que as coisas ficarão, apesar destes obstáculos. O projeto, esse, continua, e esperam ter pelo menos mais um carro na tal classe H2, dentro de três anos, na famosa Garagem 56, e que seja o futuro sem emissões que a ACO tanto procura. 

Contudo, quem conhece esta área, pelo menos em termos de carros de estrada, sabe que o hidrogénio perdeu pelo menos 20 anos a favor dos elétricos com baterias de lítio, devido à enorme dificuldade de conseguir através da electrólise, e de ter de construir do zero uma rede de postos de abastecimento - escassos na Europa e nos Estados Unidos, em contraste com as dezenas de milhares de recarregadores na Europa, Ásia, América do Norte e Austrália - e ainda por cima, neste momento, mais de 25 por cento de vendas em termos de novos carros são elétricos, contra menos de 0,01 por cento de carros novos a hidrogénio. 

Em suma, o projeto é interessante, mas pelas dificuldades mostradas, é uma enorme montanha para escalar. 

terça-feira, 10 de maio de 2022

Endurance: Protótipo a hidrogénio correrá em Imola


O H24, o protótipo de hidrogénio que a Automobile Club de L'Ouest está a desenvolver para a Endurance, teve esta terça-feira a autorização para participar na Michelin Le Mans Cup, que acontecerá este final de semana em Imola. Os pilotos que a irão conduzir nesta jornada serão o francês Norman Nato e o monegasco Stephane Richelmi.

Esta autorização, que estava dependente dos testes de segurança da FIA, poderão fazer com que o carro possa competir nas corridas da Road To Le Mans, incluídas no programa das 24 Horas de Le Mans de 2022. A participação nesta prova de Imola, antes de Le Mans, deve ser entendida como tendo sido uma etapa essencial para o ACO aprovar o carro para este correr em La Sarthe.

A Le Mans Cup é uma categoria de apoio do European Le Mans Series e cuja categoria LMP3 é classe mais alta.

sábado, 21 de agosto de 2021

Noticias: FIA e ACO prolongam parceria


FIA e a ACO anunciaram este sábado que prolongaram o acordo Accords Le Mans, no qual organizam juntas o Campeonato Mundial de Resistência, o WEC. Apesar de alguns terem dito que o acordo será prolongado por uma década, na realidade, nada foi dito sobre a duração deste acordo. O anterior tinha sido assinado em 2017, e durou por três temporadas.

A parceria entre a FIA e a ACO proporciona a tão necessária estabilidade do lado promocional, que é fundamental para apoiar os desenvolvimentos positivos no Campeonato do Mundo da Resistência da FIA”, começou por dizer Jean Todt, Presidente da FIA. “Nessa frente há muito a esperar, incluindo a categoria Hypercar e a entrada de fabricantes. Por conseguinte, formalizar a continuação da cooperação foi uma decisão óbvia. As corridas de resistência têm bases sólidas para o futuro”, concluiu.

No início de uma nova era dourada de corridas de enduro, temos o prazer de estender o nosso acordo com a FIA”, comentou Pierre Fillon, Presidente do ACO. “O crescente interesse na nossa disciplina e o regresso das maiores marcas automóveis à classe superior é a prova de que a nossa colaboração dá frutos. Os próximos anos oferecem perspectivas que as corridas de resistência nunca viram. O Campeonato do Mundo de Resistência da FIA nunca foi tão popular e estamos encantados por prosseguir a nossa parceria com o organismo dirigente do desporto automóvel internacional”, finalizou.

O anuncio é feito a seguir à amostra do calendário para 2022, que tem seis provas, e claro, prepara o caminho para os LMDh. 

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Noticias: ACO adia por um ano a entrada da classe de hidrogénio


A ACO anunciou esta sexta-feira que a classe de hidrogénio irá ser adiada por um ano, para 2025. Este tipo de protótipo, incitada desde 2018 pela entidade organizadora das 24 Horas de Le Mans, tem vindo a trabalhar para desenvolver a tecnologia através do programa “Mission H24”, tando conseguido construir um protótipo LMP3.

Contudo, apesar dos progressos, nenhuma marca se comprometeu com o projeto de construir um carro com esse tipo de energia.

A ‘Mission H24’ é a ilustração do nosso compromisso com um desporto automóvel descarbonizado”, começou por afirmar Pierre Fillon, o presidente do ACO. “Temos programas ambiciosos com especialistas como Michelin, Total, Red Bull Advanced, Oreca, e estamos a trabalhar no lançamento do hidrogénio. É uma nova tecnologia – não é um mar de rosas e nós sabíamos disso. Por causa do COVID tivemos atrasos no nosso progresso, por isso decidimos adiá-la por um ano”, concluiu.

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Endurance: IMSA, FIA e ACO chegam a acordo sobre os LMDh



Agora é oficial: os protótipos LMDh poderão competir na IMSA, o campeonato americano de Endurance, a partir da temporada de 2023. O acordo entre todos foi anunciado esta tarde e permitirá a que todas as marcas que já anunciaram a sua intenção de participar na Endurance de se inscreverem e correrem em ambos os campeonatos. Ou seja, tanto podem fazer Le Mans como Daytona e Sebring, por exemplo.  

Nessa reunião técnica, todas as partes chegaram a um acordo que visa equilibrar o desempenho destes diferentes tipos de carros (sobretudo o grupo motopropulsor e o conjunto de tração às quatro rodas) para que os carros LMH possam competir no IMSA. A elegibilidade dos LMH exigirá também um acordo comercial individual entre cada fabricante e o IMSA, que respeite os seus regulamentos desportivos.

O que conquistamos como grupo há algumas semanas em Paris tem o potencial de revolucionar os Sport-Protótipos em todo o mundo”, disse o presidente da IMSA, John Doonan. “O palco está armado para uma categoria superior altamente competitiva que incluirá muitos dos maiores fabricantes mundiais, apresentando tecnologia relevante nas corridas de endurance de maior prestígio do mundo. Coletivamente, temos a oportunidade de nos envolver com a próxima geração de fãs de Resistência e elevar o nosso desporto aos níveis mais altos. Não posso estar mais orgulhoso do espírito de colaboração entre nossa equipe IMSA, nossos colegas na ACO e FIA, e todos os nossos parceiros automotivos.”, concluiu.

Do lado da ACO, Pierre Fillon também se mostrou satisfação no acordo alcançado.

Este anúncio surge da nossa ambição de construir um futuro comum para as corridas de resistência”, começou por dizer Fillon. “Todos nós trabalhamos juntos para alcançar este acordo histórico e gostaria de agradecer sinceramente a todas as partes interessadas. É uma notícia maravilhosa para as equipas e fãs e traça um futuro brilhante para a resistência.

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Endurance: 24 Horas de Le Mans fechados ao público

As 24 Horas de Le Mans vão acontecer sem público. A decisão foi comunicada esta segunda-feira pela FIA e o ACO, que toma conta dos eventos na pista de La Sarthe. Já tinha sido adiado para o fim de semana de 19 e 20 de setembro, e agora a organização decidiu que não teria público nos quase cem anos da sua realização.

"Proteger a saúde de competidores, parceiros e espectadores sempre foi uma preocupação primordial para o ACO e a FIA.", começa por dizer o comunicado oficial da entidade máxima do automobilismo. "Os fãs, é claro, poderão acompanhar a corrida na segurança de seu próprio ambiente. Graças à nova plataforma digital, eles terão uma visão exclusiva do que se passa nos bastidores das 24 Horas de Le Mans.", continua.

Pierre Fillon, o presidente da ACO, expressou a sua tristeza por não poder ter gente numa das provas mais populares do automobilismo, depois de tentativas em abrir portas num número limitado de espectadores, mas o aumento de casos em França fizeram-o tomar tal decisão. 

As 88ª 24 Horas de Le Mans ficarão nos anais da história, pois, infelizmente, a maior corrida de resistência do mundo será disputada este ano sem espectadores na pista. Nas últimas semanas, vimos muitas maneiras de realizar nosso evento em setembro com os fãs presentes, embora em um número limitado. No entanto, dadas as restrições envolvidas na organização de um evento à escala de um festival ao longo de vários dias na situação atual, optamos com as autoridades governamentais locais por realizar a corrida à porta fechada.", começou por dizer. 

"Sabemos que nossos fãs ficarão tão decepcionados quanto nós com esta decisão, mas, com a saúde pública em jogo, realmente não foi uma decisão difícil de fazer. Você não compromete onde a segurança está em causa. Os fãs não vão perder tudo. Eles podem não estar em Le Mans, mas nossas equipes de mídia e provedores de serviços levarão Le Mans até eles! Temos certeza de que podemos contar com o apoio e compreensão de todos neste momento.”, concluiu.

A prova irá contar para o Mundial de Resistência, o WEC.

sábado, 4 de janeiro de 2020

Presidente da IMSA espera que haja convergência entre DPi e Hipercarros

A IMSA tem novo presidente. John Doonan é agora o líder da competição, escolhido em outubro, mas começou o seu trabalho no dia de Ano Novo. O dirigente tem conhecimento das negociações entre a sua organização e o ACO sobre a possibilidade de colocar os DPi no Mundial de Endurance, que a partir de 2021-22 terá os hipercarros. Doonan diz que o interesse é legítimo.

Desde o segundo dia de trabalho como presidente do IMSA que já me envolveram nas discussões com os parceiros do ACO.”, começou por dizer, em entrevista à sportscars365.com

Há muito interesse e as discussões envolvem muita coisa. Estamos a trabalhar juntos para que este desporto continue a crescer.”

Quando perguntado sobre a viabilidade de uma convergência, Doonan indicou que os fabricantes do FIA WEC, assim como os atuais fabricantes dos DPi, já fizeram grandes investimentos nas plataformas confirmadas.

A Toyota já fez um grande investimento. A Aston Martin já se comprometeu, tal como a Peugeot, à plataforma dos Hipercarrros. No IMSA os nosso três principais investidores também já se comprometeram. Só o tempo dirá. Há potencial para tal, mas, tal como tudo, existem muitas coisas a resolver antes.”, concluiu.

quinta-feira, 21 de março de 2019

Endurance: Mazda quer voltar a Le Mans depois de vencer no IMSA

A Mazda está interessada em regressar a Le Mans, mas coloca como condição fundamental a vitória  na IMSA. Até lá, as atenções estão concentradas na competição americana, onde está oficialmente, numa parceria com a Team Joest.

Numa entrevista recente à publicação The Drive, Masahiro Moro, o CEO da Mazda North America, afirmou que conversa frequentemente com Pierre Fillon, o presidente da ACO, e Jean Todt, da FIA, sobre a situação da Endurance para um eventual regresso a Le Mans. "Nós estamos em contato com o ACO e tenho-me encontrado pessoalmente com o Pierre Fillon e o Jean Todt para discutir. É importante para nós [Mazda] estarmos atualizados", começou por afirmar.

"Precisamos de uma grande equipa [Mazda Team Joest] e um ótimo carro, uma ótima gestão de corrida - e, é claro, recursos", continuou Moro-San. "O Team Joest venceu as 24 Horas [de Le Mans] 15 ou 16 vezes, por isso há definitivamente muita capacidade para gerir esse lado também. Acho que estamos ansiosos para [ver] qual será o nosso futuro, com o passar do tempo [para decidir] competir nas 24 Horas. Neste momento o nosso grande objetivo é, acima de tudo, conseguir um campeonato aqui [na IMSA]. O sr. Joest é uma pessoa muito forte e definitivamente está exigindo um título - depois disso, vamos pensar no próximo passo.

Moro afirma que o WEC teria a ganhar se adoptasse os DPi na competição, pois assim, a Endurance ganharia um regulamento unversal e competições como as 24 Horas de Daytona e as 12 Horas de Sebring seriam tão importantes como as 24 Horas de Le Mans ou as Seis Horas de Spa-Francochamps ou Fuji, permitindo que as marcas colocassem os seus chassis em todas essas proas, em todas as competições, fossem a IMSA ou o WEC.

"Nos últimos anos, a ACO, com o WEC, e a IMSA cruzaram eventos e equipas como nas 12 Horas de Sebring, portanto acho que quando se trata do Balanço de Performance (BOP) nos EUA, acho que é bom agora", falou o dirigente do construtor baseado em Hiroshima. "Do meu ponto de vista, o formato DPi é muito económico para as equipas, então isso é bom. Isso significa que mais equipas podem entrar e participar, o que é importante para a série.

"Espero que este ano a FIA pense como podem trazer mais equipas para o campeonato e nós [Mazda] esperamos que os regulamentos [entre as séries] se tornem muito mais próximos. Espero que haja uma regulamentação universal - acho que seria uma boa fórmula para corridas globais - mas isso também é uma coisa muito política. Seria ótimo não só para mim, mas também para os fãs da Mazda que constantemente nos apoiam”, concluiu.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

WEC: ACO ajuda na construção da primeira equipa a hidrogénio

Quase um ano depois da apresentação do H24, projeto da Green GT e apoiada pelo Automobile Club de L'Ouest, o projeto vai avançar com a constituição de uma equipa, a H24 Racing, com a ideia de ajudar à introdução deste tipo de carros, em 2024. 

A criação de uma equipa de competição é sempre acompanhada de emoção, entusiasmo e curiosidade“, começou por afirmar Pierre Fillon, presidente do ACO. “Hoje, com a chegada do H24Racing ao mundo do automobilismo, não posso esconder uma certa satisfação. Esta equipa incorpora o trabalho de uma entidade, a GreenGT, que adquiriu ao longo dos anos uma experiência inegável na investigação, desenvolvimento e implementação no universo da mobilidade, dos sistemas de propulsão de hidrogénio de alta potência", continuou.

Em 2012, quando o Campeonato Mundial de Endurance da FIA recebeu os primeiros protótipos híbridos, Endurance liderou o caminho. Foi pioneiro.” diz Gérard Neveu, diretor geral da WEC e da ELMS. “Hoje, com o MissionH24 e H24Racing, a expressão desportiva das crenças do ACO e da GreenGT sobre hidrogénio, os nossos campeonatos entrarão numa nova dimensão. Eles vão ser o banco de testes, a base de lançamento para atingir o objetivo declarado MissionH24: uma categoria de hidrogénio nas 24 Horas de Le Mans em 2024", concluiu.

Cinco épocas e alguns meses nos separam das 24 Horas de Le Mans em 2024”, disse Jean-Michel Bouresche, diretor da H24Racing. “Cinco temporadas durante as quais a H24Racing participará em eventos de média e longa distância para testar a tecnologia de hidrogénio, com o protótipo LMPH2G. Alimentado por um módulo de energia elétrica e hidrogénio de alta potência, criado pela GreenGT, o LMPH2G acaba de completar a primeira fase de seu desenvolvimento, durante a qual sua configuração técnica foi definida. A segunda fase, que se abre agora, é uma busca por desempenho, velocidade e resistência. A terceira fase, que começará no decorrer de 2019, fará com que o LMPH2G enfrente adversidades, em competição, sob as cores do H24Racing. É o futuro do automóvel que vamos escrever“, concluiu.

Resta saber quando é que se estreará, e se aproveitará a chance de usar a Garagem 56, para fazer uma participação extra-competição nas 24 Horas de Le Mans a partir de 2019.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

WEC: Aprovado o calendário e novos regulamentos para 2021

O Conselho Mundial da FIA aprovou hoje o novo regulamento para o Mundial de Endurance (WEC), que entrará em vigor na temporada 2020/2021. E como seria de esperar, a FIA aprovou o regulamento para o regresso dos "hypercars". Esse tipo de carros têm como conceito “janela de performance", que de acordo com a FIA e o Automobile Club de L'Ouest (ACO), o promotor da competição, pretende criar competição próxima entre os diversos designs.

Estes “hipercarros” passarão a ter apêndices aerodinâmicos à frente e na traseira, e no campo mecânico, serão híbridos, com os motores de combustão interna passarão a ter um limite máximo de potência de 698cv (520Kw). O sistema de recuperação e de libertação de energia no eixo dianteiro terá um máximo de 268cv (200Kw). Os chassis terão uma homologação de cinco anos e terão limites de partes por temporada.

Os regulamentos técnicos completos foram divulgados pela FIA num ficheiro .pdf com 106 páginas de extensão

Em termos de calendário, a grande novidade é o regresso da Endurance ao Brasil, com a realização das Seis Horas de São Paulo, que acontecerá a 1 de fevereiro de 2020. Para além disso, acontecerá também a corrida de oito horas em Sebring, corrido em paralelo com as 12 Horas na mesma pista.

Eis o calendário da próxima temporada:

1 de Setembro de 2019 - 4 Horas de Silverstone (Grã-Bretanha) 
6 de Outubro de 2019 - 6 Horas de Fuji (Japão) 
10 de Novembro de 2019 - 4 Horas de Xangai (China) 
14 de Dezembro de 2019 - 8 Horas do Bahrein 
1 de Fevereiro de 2020 - 6 Horas de São Paulo (Brasil) 
Março de 2020 -1000 Milhas de Sebring (EUA)* 
2 de Maio de 2020 - 6 Horas de Spa-Francorchamps (Bélgica) 
13-14 de junho de 2020 - 24 Horas de Le Mans (França)

* a confirmar.

sábado, 22 de setembro de 2018

A(s) image(ns) do dia




A ACO e a FIA apresentaram hoje em Spa-Francochamps um carro movido a hidrogénio, que deu uma volta de "recreio" na pista belga, adiante da prova das Quatro Horas, a contar para o Europeu de Endurance. Foi apenas uma volta, porque problemas elétricos fizeram com que parasse nas boxes cedo, mas a ideia era de demonstrar perante o público.

Sei de muitos que acham que o hidrogénio é a verdadeira solução para a substituição dos combustíveis fósseis para um não poluente. Contudo, o pessoal da área tem andado a provar que - pelo menos para os carros - o hidrogénio não tem vantagens em relação ao elétrico. É certo que o hidrogénio é o elemento mais abundante na Natureza e no Universo, mas a tecnologia da captura e transformação em um gás liquefeito, que sirva para abastecer motores desse tipo, é complexo e gasta-se muita energia, mais energia do que numa tecnologia a baterias. E para piorar as coisas, a eficiência desses motores a hidrogénio é equivalente aos motores de combustão interna, cerca de 35 por cento, enquanto as baterias elétricas andam, na pior das chances, pelos 90 por cento de eficácia.

Não digo que não se façam pesquisas para o hidrogénio. Esta semana noticiou-se o inicio das atividades na Alemanha de dois comboios movidos a hidrogénio, como alternativa ao Diesel. Acho que o hidrogénio poderia ser uma alternativa em termos de barcos, comboios e aviões, mas não em carros. A eficiência dos carros elétricos e a crescente autonomia das baterias, bem como a sua durabilidade - as baterias dos automóveis NÃO SÃO as baterias usadas no nosso telemóvel ou computador portátil, bem como a possibilidade de carregar em casa - fazem quase com esta discussão esteja já resolvida a favor do carro elétrico.

Mas é interessante ver esta tecnologia no automobilismo, apesar de saber da existência de projetos semelhantes desde 2011, especialmente o projeto da Universidade de Delft, na Holanda. Contudo, ainda falta saber quando é que o carro a hidrogénio bate o carro a gasolina numa corrida, em chances iguais. E essa é ainda a grande questão.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

WEC: FIA deseja uma competição a hidrogénio

A FIA e a ACO (Automobile Club de L'Ouest, que detêm as 24 Horas de Le Mans) deseja implementar uma classe movida a hidrogénio nas 24 Horas de Le Mans a partir de 2024. A revelação foi feita esta manhã, na conferência de imprensa que anunciou o futuro da competição a partir de 2020, onde os carros de classe GT1 serão a classe principal. A FIA já disse que já constituiu um grupo de trabalho para lidar com este assunto, e já disse que existem seis fabricantes que estão interessados nessa competição, duas delas a BMW e a Audi.

Ao longo das décadas, o laboratório que o automobilismo oferece impulsionou o desenvolvimento de tecnologia e segurança que tem um benefício direto para todos nós”, afirmou o presidente da FIA, Jean Todt. “A FIA tem estado na vanguarda desse desenvolvimento, e a inclusão de uma classe para a tecnologia de hidrogénio no Campeonato do Mundo FIA de Endurance de 2024 é o próximo e importante passo na direção de um futuro mais limpo e sustentável.” 

Já do lado da ACO, comunicado afirma que sempre incentivaram a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias que “melhorem a segurança e o conforto, aumentem o desempenho e reduzam o consumo de combustível para a mobilidade e a mobilidade mais limpas e ecológicas.” 

A pesquisa e desenvolvimento de carros a hidrogénio tem acontecido aos poucos. Em 2016, o protótipo Green GT (nas fotos) apareceu na Garagem 56 para tentar a sua sorte na corrida de La Sarthe, mas acabou por não fazer competitivamente, apesar de ter dado uma volta de demonstração no traçado francês.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Endurance: ACO deseja ter outras fontes de energia

É certo que nas 24 Horas de Le Mans, bem como nos outras provas de Endurance, muitos dos carros são movidos a um sistema híbrido entre gasolina e eletricidade. Contudo, o ACO disse hoje que deseja que apareçam mais carros com outros sistemas de propulsão, como os biocombustíveis ou o hidrogénio, na sua "Garagem 56", e anunciaram que vão abrir um grupo de trabalho nesse sentido, esperando ver resultados a partir de 2020.

"Hidrogénio é claramente uma evolução no caminho do futuro", disse Vincent Beaumesnil, o diretor desportivo da ACO. "Tem vantagens em termos de emissões zero, desempenho, autonomia e o tempo curto de carregamento", continuou.

"É por isso que criámos este grupo de trabalho, mas sabemos que a introdução de hidrogénio é um problema complexo para ser resolvido."

Apesar de ter havido uma tentativa em 2013 com o GreenGT, que acabou por não acontecer, em 2017 aparecerá o projeto da Welther Racing, com um carro movido a biomassa. Para além disso, existe o projeto dos holandeses da Forze Delft, que construirá um carro este ano para participar no campeonato holandês de Endurance, mas tem aspirações a competir no futuro na clássica de La Sarthe.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O maior espectáculo desportivo à face da Terra

"Esbarrei" com isto no Facebook, porque normalmente não folheio as páginas ou o "site" da National Geographic, mas ao descobrir as dez melhores manifestações desportivas, fiquei curioso. Ver por lá Polo, Ténis, ou Golfe não me admira, e descobrir que dois dos três integrantes do pódio serem os Jogos Olimpicos e o Mundial de Futebol também não me surpreendeu, mas o primeiro classificado, esse, foi uma completa surpresa. Haveria algo mais poderoso que dois dos mais emblemáticos espectáculos à face da Terra? Sim. 

É uma corrida de automóveis. E não é uma qualquer, são as 24 horas de Le Mans. Eis a descrição feita pela revista: 

"Destreza, Velocidade e Resistência marcam a melhor corrida de automóveis do mundo, as 24 Horas de Le Mans. A corrida, organizada pelo Automobile Club de L'Ouest, é uma ponte entre o passado e o presente do automobilismo.

A competição decorre no traçado semi-permanente do Circuit de la Sarthe, nas margens do rio com o mesmo nome, perto da cidade de Le Mans. Cerca de 46 carros participam nessa corrida em várias classes, incluindo Protótipos de alta performance, carros de corrida e carros de Turismo devidamente modificados. O vencedor é o carro, guiado por três pilotos, que cobre a maior distância em 24 horas.

A primeira corrida teve lugar em maio de 1923, hoje em dia acontece em junho, a corrida começa pelas 16 horas locais e durante 24 horas, o som dos motores enche os 13 quilómetros do circuito no ambiente rural francês."

Este ano, Le Mans comemora a sua 80ª edição. Não terá os Peugeot, que alegando a crise, decidiu abandonar de repente a Endurance, mas tem Audi e Toyota na categoria LMP1, e terá mais três categorias, a LMP2 e os GT's. Quando leio aquilo que diz a revista, entendo aquilo que ela quer dizer, apesar de ainda não ter colocado os pés em La Sarthe: é o ambiente que conta. Os que vão lá falam num "Le Mans dentro de outro Le Mans". São os adeptos que vêm um pouco de toda a Europa para ver as máquinas a rolarem. É a roda gigante, são as barracas de "comes e bebes", é o convivio entre "petrolheads", é o espírito campista. Onde é que tens esse espírito na Formula 1, hoje em dia? Não existe.

Não existe pelas razões óbvias: demasiado elitista, onde a FOM colocou o "povo" longe, em redes, cobrando preços absurdamente altos, em boxes e instalações que mais fazem lembrar enfermarias, desenhadas pela mesma pessoa. Os carros são rigorosamente planeados, com regras demasiado detalhadas, que em nome da legalidade, matam a criatividade. Já pensaram se estas regras existissem em 1950, o primeiro ano do Mundial de Formula 1, como seriam os carros agora? Muito provavelmente, ainda teriam os motores à frente e nunca teriam asas...

E quanto ao "ambiente do paddock", digamos que quando vejo as imagens disponibilizadas por uma FOM, reparo que está mais preocupada em mostrar "pit-babes" de cabeça vazia a festejarem sei lá o quê num telhado de Valência, ou o Puff Daddy a exibir-se nas ruas do Mónaco. Enfim, nesse aspecto, estamos conversados. Bernie Ecclestone não gosta do povo "porque não tem o cheiro do seu cavalo favorito", como disse certo dia o general e ex-presidente brasileiro, João Batista Figueiredo.

A essência do automobilismo está nas pessoas que gostam dela, é a seiva que faz alimentar a árvore. Se cortas a seiva, a árvore definha e morre. Há muito tempo que tenho a ideia de que a Formula 1 começa a caminhar para aí, com idas às petro-monarquias do Golfo e do Extremo Oriente, só para que o Bernie Ecclestone saque 200 milhões do ano, dos quais metade vão para o seu bolso. E mesmo os ralis, quando se começou a regulamentar em relação às distâncias e quantas pessoas é que podiam estar nas classificativas, também começou a definhar. Jean Todt está a tentar recuperar algum dos prestígio perdido, alargando as classificativas e o tempo dos ralis, mas é um longo caminho.

A ACO, contudo, viu à distância o que estava a passar e decidiu manter tudo. Afinal de contas, tinham uma formula de sucesso e decidiram mantê-la, sem pressões. Tem a televisão, claro, e conseguem fazer um bom trabalho. Eu, que vejo a Eurosport ou a Motors TV no final de semana da corrida, fico sempre satisfeito com o trabalho que fazem. E não é preciso mostrar toda a corrida na íntegra.

É por estes e outras coisas que digo com orgulho que sou "petrolhead". Porque adoro automóveis e automobilismo. Ver os carros a acelererem na Mulsanne, a saltarem em Ouninpohja ou em Fafe-Lameirinha, a passarem pela Curva 4 de Indianápolis ou a saltarem nas dunas do Atacama e aplaudirem... isso sim, são fãs de automobilismo. Os que gostam de Formula 1 e só de Formula 1, francamente... não sabem o que perdem. Não direi que não sejam fãs de automobilismo, mas fico com a ideia de que não fazem ideia do que se trata.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Youtube Motorsport: A apresentação oficial do novo Mundial de Resistência



Já se sabe que a partir de 2012 teremos o Mundial de Resistência, numa parceria entre a FIA e o ACO, com oito corridas em quatro continentes, a começar em Sebring e a terminar na China, passando, claro, pelas 24 Horas de Le Mans, em junho. E depois da apresentação oficial do calendário, há cerca de dez dias, eis o filme que serve como "aperitivo" ao que aí vêm a partir de março do próximo ano.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Dissecando o calendário do novo Mundial de Resistência

No final de semana em que foi divulgado o calendário do novo Mundial de Endurance, bem como o seu respectivo logotipo, vinte anos depois da realização do último Mundial pela FIA. De uma certa maneira, este regresso - combinado com a FIA e o Automobile Club de L'Ouest (ACO) representa a nova politica que Jean Todt, ex-Ferrari e que levou a Peugeot a duas vitórias em La Sarthe com o modelo 905, em 1992 e 93, quer instalar na FIA, após o longo consulado do britânico Max Mosley.

Nos últimos dois anos tem-se vindo a verificar a lenta adesão dos construtores à Endurance, principalmente por causa das nova tecnologias, como a eletricidade ou a tecnologia híbrida, tão importante para os carros do dia-a-dia. Se a Audi e a Peugeot estão na Endurance por causa dos motores a Diesel, agora com o regresso da Toyota em 2012, e a tecnologia híbrida que querem explorar, muito provavelmente isso poderá significar a médio prazo evoluções significativas nessa tecnologia. E claro, quem fala dos híbridos, fala dos eletricos. Mas isso é outra conversa.

O que quero falar é o calendário de 2012 desta nova WEC, a sigla inglesa para World Endurance Series. É um verdadeiro Mundial, com paragens em quatro dos cinco continentes, e tem quatro clássicas incluidas: as 12 Horas de Sebring, as Seis Horas de Spa-Francochamps, as 24 horas de Le Mans e as Seis Horas de Siverstone, embora alguns incluam aí as Seis horas de Mont Fuji, devido à sua participação durante o tempo do Mundial de Sport-Protótipos, nos anos 80.

Contudo, o Mundial tem também outras provas no calendário, algumas de caráter duvidoso, digamos assim. A prova na China ainda não se sabe qual é, por exemplo. A ACO quer sair de Zuhai para correr em Xangai em 2012, mas não se sabe se tal vai acontecer a tempo. Não se discute a opção chinesa - toda a gente quer uma fatia daquele mercado - mas não se sabe ainda se a intenção de transferir a prova para aquele "tilkódromno" será bem sucedida. Basta dizer que no caso da Formula 1, o governo local oferece muitas das vezes os bilhetes para fazer encher as bancadas...

A segunda dúvida tem a ver com o Brasil. O fato do Autódromo de Interlagos ir albergar pode ser um incentivo para ressuscitar as Mil Milhas, um clássico da Endurance brasileira, mas as dúvidas que se colocam no calendário tem a ver com as obras que o veterano Autodromo irá passar na zona da curva do Café após dois acidentes fatais nos últimos três anos. Caso a FIA aprove as obras a tempo da sua realização, a 16 de setembro, teremos corrida. E veremos se as equipas atravessarão o Atlântico para brindarem os locais. Pelos vistos, sim, porque a Audi já confirmou que estará presente em todas as provas de Seis Horas.

Mas a mais polémica decisão tem a ver com o Bahrein. O sempre chato tilkódromo de Shakir fará parte do calendário a 20 de outubro, entalado entre Mont Fuji e o circuito chinês, e muitos já reclamam com tal decisão, pois como se sabe, a agitação social na pequena ilha do Golfo Pérsico no inicio deste ano - fazendo parte da Primavera Árabe - transformou o país num pária na comunidade internacional e desportiva. O GP do Bahrein de 2011 foi cancelado e apesar dos esforços de Bernie Ecclestone para o recolocar no calendário em 2012, as equipas estão a fazer "finca-pé" e estão contra o seu regresso.

E se para uns, a inclusão do circuito de Shakir no calendário do WEC pode ser encarado como um "prémio de consolação" e para aplacar a "furia" da familia real barenita e de Bernie Ecclestone, muitos também já reclamam do fato de a FIA já começar mal esta cooperação com o ACO. Enfim, esta polémica vai ficar para durar.

Entretanto, amanhã será também apresentado o calendário da Le Mans Series, que no ano que vêm será encarado como a versão europeia da Endurance, da mesma forma que funciona atualmente a American Le Mans Series. Em principio terá cinco provas de mil quilómetros cada uma - ou seis horas - e há rumores fortes de que terá uma prova portuguesa, em Portimão - como fecho da temporada, em novembro - a acompanhar provas em Paul Ricard, Brno, Donington Park e Zolder. A ver vamos.