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quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Youtube Formula 1 Video: Newey poderá salvar a Aston Martin?

O anuncio da contratação de Adrian Newey pela Aston Martin criou a expectativa de que a marca de Silverstone poderá ser a próxima ganhadora (ou dominadora) da Formula 1, especialmente depois de 2026, quando os novos regulamentos entrarem em vigor. 

Apesar do generoso contrato - aparentemente, 30 milhões de dólares por temporada, mais 2,5 por cento da equipa - isso não quererá afirmar que isto será inevitável, ou seja, chega ali, desenha carros e depois ganha dinheiro, vitórias e títulos. Porque ele passou por algumas travessias no deserto.

E é sobre isso que se trata o mais recente vídeo do Josh Revell

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Aston Martin: Pilotos satisfeitos pela contratação de Newey


A noticia da contratação de Adrian Newey por parte da Aston Martin deixou satisfeitos os seus pilotos, o canadiano Lance Stroll e o espanhol Fernando Alonso. O anuncio, feito na sede da fábrica, em Silverstone, deixou ambos os pilotos entusiasmados, especialmente Alonso, afirmando que conhecimentos do engenheiro e o seu passado na Fórmula 1 trarão uma experiência inestimável à equipa.

Corremos há muitos anos um contra o outro [Newey e Alonso]. Diria que ele foi uma inspiração, com o seu talento e os seus carros. Acho que todos melhorámos como pilotos e como equipas de engenheiros, todos tivemos de elevar a fasquia graças a ele. Penso que hoje é um dia incrível para a equipa. A visão de Lawrence toma forma com este edifício [do Campus AMR], com o Adrian e a Honda, a Aramco e o novo túnel de vento. Diria que esta é a equipa do futuro.”, afirmou o veterano, de 43 anos.

Alonso afirmou que teve pena de não ter trabalhado com ele na Red Bull, mas sabe que trabalhar com ele significa uma enorme oportunidade, em termos profissionais.  "É uma oportunidade incrível de trabalhar com estas pessoas que conhecemos e com as quais podemos aprender tanto.”, referiu.

Lance Stroll afirmou que este é um grande dia para acolher uma personalidade tão importante quanto o projetista de 65 anos, e afirmou que se está a juntar uma equipa de sonho para 2026, altura em que aparecerão os novos regulamentos da Formula 1. 

É um grande dia”, começou por afirmar o piloto canadiano durante a conferência de imprensa. “Já muito foi dito, mas penso que este é o dia mais emocionante na história desta equipa. O Adrian ganhou mais campeonatos do que qualquer outra pessoa no paddock e agora vai vestir de verde, por isso é um dia extremamente emocionante e 2026 não está longe, com um conjunto de regulamentos completamente novo e muitas oportunidades. Estamos a juntar uma equipa incrível, com tantos talentos de pessoas que já cá estão e agora com a presença do Adrian, o que é realmente entusiasmante.

Noticias: Adrian Newey na Aston Martin


Era o segredo mais mal escondido da Formula 1, mas foi hoje confirmado: Adrian Newey tornou-se no projetista da Aston Martin, a partir da temporada de 2025. Alegadamente, ganhará mais de 30 milhões de euros por ano, até, em principio, o final da temporada de 2029. O britânico de 65 anos juntar-se-á à formação britânica antes de serem introduzidos na Fórmula 1 os novos regulamentos de chassis e de unidade de potência no início da temporada de 2026. 

E para além disso, ele será acionista da marca.

No comunicado oficial da marca, Adrian Newey afirmou estar entusiasmado por se juntar ao projeto, bem como a ambição de alcançar campeonatos.

"Fiquei extremamente inspirado e impressionado com a paixão e o compromisso que Lawrence [Stroll] traz para tudo em que está envolvido. O Lawrence está determinado a criar uma equipa campeã do mundo. Ele é o único proprietário maioritário de uma equipa ativamente envolvido na disciplina. O seu empenho é demonstrado no desenvolvimento do novo Campus Tecnológico da AMR e do túnel de vento em Silverstone, que não só são topo de gama como têm uma disposição que cria um ótimo ambiente para trabalhar. Com grandes parceiros como a Honda e a Aramco, têm todas as peças-chave da infraestrutura necessária para fazer da Aston Martin uma equipa vencedora do campeonato mundial e estou ansioso por ajudar a atingir esse objetivo”, afirmou.


Lawrence Stroll, o patrão da Aston Martin, está extasiado por ter Newey nas suas fileiras.

"O Adrian é o melhor do mundo naquilo que faz e estou incrivelmente orgulhoso por se juntar à Aston Martin Aramco Formula One Team.", começou por afirmar. "É a maior história desde que o nome Aston Martin regressou à disciplina e outra demonstração da nossa ambição de construir uma equipa de Fórmula 1 capaz de lutar por campeonatos mundiais. Assim que o Adrian ficou disponível, sabíamos que tínhamos de fazer isto acontecer.", continuou. 

"As nossas conversas iniciais confirmaram que havia um desejo comum de colaborar numa oportunidade única na vida. O Adrian é um piloto de corridas e uma das pessoas mais competitivas que já conheci. Quando viu o que construímos em Silverstone – o nosso incrível Campus de Tecnologia AMR, o talentoso grupo de pessoas que reunimos e o mais recente túnel de vento – compreendeu rapidamente o que tentamos alcançar. Estamos a falar a sério e ele também. Adrian partilha a nossa fome e ambição, acredita neste projeto e vai ajudar-nos a escrever o próximo capítulo da história da Aston Martin Aramco na Fórmula 1.”, concluiu.

Desde que anunciou a saída da Red Bull, em maio, falou-se que poderia estar a caminho da Ferrari, mas o interesse se esfriou no verão, acabando por ser seduzido pela Aston Martin, apesar de ter havido uma tentativa da parte da Williams de o contratar, ele que esteve na equipa entre 1991 e 1996, tendo projetado, entre outros, o FW14 e o FW18, carros campeões do mundo de pilotos e construtores. 

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Noticias: Brown desmente Newey na McLaren


Apesar dos rumores sobre Adrian Newey, há quem achou por bem aparecer em público para confirmar que... não vai por ali. Zak Brown, diretor executivo da McLaren, disse nesta quinta-feira que Newey não estará na equipa de Woking em 2025, um lugar onde trabalhou entre 1997 e 2004, ganhando os campeonatos de 1998 a 2000, especialmente o mundial de pilotos de 1998 e 1999, com Mika Hakkinen ao volante. 

Em declarações à BBC britânica, Brown reconheceu o talento de Newey, mas afirma que deseja ganhar campeonatos sem os seus préstimos. 

Não vamos contratar o Adrian Newey. Estou muito contente com a equipa. O Adrian é um grande amigo, tem um enorme talento e um currículo inigualável. Mas com o que temos aqui, não podia estar mais satisfeito. Podemos fazer o trabalho. Estou contente com a equipa que temos e vamos tentar ganhar o campeonato do mundo com a equipa que está aqui hoje.”, afirmou.

Sobre o campeonato, Brown afirma que será bem mais equilibrado que se pensava, comparando a um combate de boxe. 

Vai ser uma luta de boxe. Penso que vai ser uma luta entre as quatro equipas [Red Bull, McLaren, Mercedes e Ferrari]. Vamos ver batalhas épicas. Oito pilotos que podem aparecer em quase qualquer pista e ganhar, e vai ser emocionante.”, concluiu.

Desde há dias que a Autosprint italiana fala de Newey a caminhar para a Aston Martin, alegadamente por mais de 150 milhões de euros. O anuncio poderá acontecer em setembro. 

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Rumor do Dia: Newey pode ter escolhido a Aston Martin


A Autosprint italiana afirma que Adrian Newey assinou pela Aston Martin num acordo com a duração de quatro anos. O acordo poderá ter custado cerca de cem milhões de dólares, e o projetista terá poderes absolutos dentro do seu departamento. Isto será revelado no próximo mês, fala a publicação. 

Segundo a mesma fonte, Newey decidiu-se pela Aston Martin depois de ter visitado as instalações da marca durante o mês de Junho e ficou satisfeito com o plano ambicioso e bilionário de Lawrence Stroll, que inclui o estabelecimento de uma parceria exclusiva com a Honda a partir da temporada de 2026.

Caso seja real, isso significa que Newey rechaçou a oferta da Ferrari, impedindo assim a chance de trabalhar com Lewis Hamilton, que estará na Scuderia a partir da temporada de 2025. 

O projetista de 65 anos saiu da Red Bull este ano depois de quase duas décadas na frente dos destinos da equipa dos energéticos, onde ganhou seis títulos de pilotos e sete de Construtores. Para além da marca de Milton Keynes, Newey trabalhou na March, Williams e McLaren, ganhando títulos nas duas últimas marcas, entre 1992 e 1999, em carros pilotados por Nigel Mansell, Alain Prost, Damon Hill, Jaques Villeneuve e Mika Hakkinen

Aliás, nos últimos dias tinha-se vindo a falar que um regresso à Williams poderia estar em cima da mesa.  

sexta-feira, 12 de julho de 2024

A imagem do dia


Este é o fim de semana do Goodwood Festival, e entre as centenas de modelos que são apresentados, passados, presentes e futuros, alguns deram nas vistas. Uma delas foi o novo Ford Capri, que será elétrico - e não é mais que um Polestar2 mais pequeno... - e o Red Bull RB17, o hypercar desenhado por Adrian Newey, e basicamente o último projeto do mítico projetista ao serviço da marca de bebidas energéticas. 

E é sobre Newey que falo hoje. Por curiosidade, a apresentação do carro acontece no dia do meu aniversário natalício, e o carro faz lembrar um pouco o Valkyrie, o Hypercar da Aston Martin que será estreado no Mundial de Endurance de 2025, com dois carros. Mas ele, que tem 65 anos e uma carreira com mais de 40 anos, não se sabe bem onde irá trabalhar, depois de ter anunciado a saída da Red Bull no fim de semana do GP de Miami, em maio.

De inicio, tudo indicava que ele ia a caminho da Ferrari, indo trabalhar ao lado de Lewis Hamilton, que irá a Maranello a partir de 2025, depois de 12 temporadas na Mercedes. Contudo, nas últimas semanas, surgiram noticias de que... poderá não ir para Itália. Quem falou disso é uma fonte aparentemente improvável, mas tem um pouco de fundamento: Jeremy Clarkson.

Sim: o mítico apresentador do Top Gear disse a um apresentador neerlandês que ele anda à procura de casa na região de Silverstone, sede da Aston Martin e algumas instalações da McLaren. Até esta fonte pode não ser levado muito a sério, mas ele é amigo e foi colega de escola de Newey. E há algumas semanas, surgiu a noticia de que Newey poderá ter ido à sede da Aston Martin, em Silverstone, para visitar a fábrica que esatá a ser construida para receber os motores Honda, que terão a partir de 2026. Claro, ele andará este sábado em Goodwood no Ferrari que Niki Lauda triunfou no campeonato de 1975. Claro, será que com esse passeio, poderemos afirmar que ele está a caminho de Maranello, como se fala desde que saiu de Milton Keynes, há mais de dois meses?

Uma coisa é certa: estamos a meio do ano e muitas das peças sobre o que acontecerá a partir da próxima temporada ainda não estão colocadas. E sem as coisas definidas, existe imensa especulação, e até poderão acontecer destinos surpreendentes. Por exemplo, Newey pode acabar na Williams! 

Mas hoje, está a apreciar a sua mais recente criação. O futuro, se calhar, ele já sabe.

quinta-feira, 20 de junho de 2024

Rumor do Dia: Adrian Newey visitou a fábrica da Aston Martin


No fim de semana do GP de Espanha, os rumores sobre Adrian Newey voam. Se muitos estão convencidos que ele estará a caminho da Ferrari, com um salário a rondar os 150 milhões de euros pela duração total do seu contrato - três temporadas - agora, o jornal "The Times" fala que Newey fez uma visita secreta à fábrica da Aston Martin e já conversou em algumas ocasiões com Lawrence Stroll, o presidente executivo da marca e pai de Lance Stroll.

Stroll pai estaria a tentar convencer Newey a ir para o seu lado em vez de ir para Itália e desenhar os carros para a Scuderia de Maranello, porque está convencido que o projetista de 65 anos continua a desempenhar um papel fundamental nos sucessos das equipas onde trabalhou, como a Williams, McLaren e Red Bull, em uma carreira com mais de quatro décadas, e que começou na Fittipaldi, antes de ir para a March, desenhando carros para a CART, primeiro, e depois, na Formula 1, antes de rumar para a Williams em 1990.

Também é referido que a Williams poderá ter feito uma oferta para tê-lo de volta, uma vez que trabalhou para eles entre 1991 e 1996, antes de rumar para a McLaren.

Newey, que estava na Red Bull desde 2006, anunciou a saída da sua equipa no inicio da primavera, depois de ter ajudado a ganhar sete títulos de pilotos e outros tantos de Construtores. 

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Rumor do Dia: Newey já assinou pela Ferrari


Adrian Newey pode ter já assinado pela Ferrari. Segundo o órgão de comunicação Business F1, o projetista britânico de 65 anos começará a trabalhar em 2025 e ficará até ao final da temporada de 2027, indo ganhar até 105 milhões de euros nestas três temporadas em Maranello. Por agora, Newey ainda não reagiu à matéria publicada, e não se sabe se existirá algum anuncio oficial nos próximos dias.

Curiosamente, quem está a negociar este tipo de acordo é... Eddie Jordan. Ele, de facto, é empresário, e trabalha de forma não oficial para o projetista, e com isso, poderá ter uma comissão de 5 milhões de dólares com este negócio.

Com isto, depois de quase 20 anos na Red Bull, e com passagens pela March, Williams e McLaren, Newey, que saiu da Red Bull no fim de semana do GP de Miami, irá para aquela que poderá ser a sua última grande equipa da sua carreira, e trabalhará também para Lewis Hamilton, que sairá da Mercedes no final de 2024. De uma certa forma, por causa do bom trabalho de Fred Vasseur, parece que a Ferrari está a construir uma equipa que tem tudo para ser campeã.

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Noticias: Adrian Newey sai da Red Bull


Agora é oficial: Adrian Newey irá sair da Red Bull, com efeito no final da temporada. O projetista de 65 anos anunciou nesta quarta-feira que encerrará a sua jornada na equipa de Milton Keynes no primeiro trimestre do próximo ano, mas não sem deixar a sua marca final no hipercarro RB17, que está previsto para ser revelado em julho no Goodwood Motor Festival.

No comunicado oficial da marca, esta agradece os serviços do engenheiro que esteve na marca dos energéticos desde 2006. “O chefe de engenharia retira-se das funções do projeto na F1 para se concentrar exclusivamente no último patamar de desenvolvimento e na realização do tão esperado RB17”, afirmou a equipa.

Também no comunicado oficial, o próprio Newey afirma que não se reformará das suas funções de projetista. “Desde a infância, o meu sonho foi moldar carros velozes. Tive o privilégio de transformar esse sonho em realidade na Formula 1, contribuindo significativamente para o sucesso da Red Bull Racing ao longo dos anos. Por quase duas décadas, foi uma grande honra ter desempenhado um papel fundamental no progresso da Red Bull, que foi de novata a equipa vencedora, com vários títulos””, começou por afirmar.

Sinto que é tempo de procurar novos horizontes e permitir que outros assumam o leme. No entanto, até lá, o meu foco permanecerá na conclusão do RB17. Gostaria de agradecer às muitas pessoas incríveis com quem trabalhei na Red Bull em nossa jornada nos últimos 18 anos por seu talento, dedicação e trabalho duro. Foi um verdadeiro privilégio e estou confiante de que a equipa de engenharia está bem preparada para o trabalho de evolução final do carro no período de quatro anos deste regulamento”, concluiu.

Christian Horner aproveitou a ocasião para agradecer a Newey pelo seu contributo na Red Bull.

Todos os nossos melhores momentos dos últimos 20 anos vieram com a mão de Adrian na parte técnica, com visão e brilhantismo que nos ajudaram a conquistar 13 títulos em 20 temporadas”, começou por afirmar. “A excepcional capacidade de conceituar além da Formula 1 e trazer inspiração mais ampla para o design dos carros, o notável talento para abraçar mudanças e encontrar as áreas mais gratificantes das regras para se concentrar e a vontade incansável de vencer ajudaram a Red Bull para se tornar uma força maior do que acho que Dietrich Mateschitz poderia ter imaginado”, continuou.

Os últimos 19 anos foram muito divertidos. Para mim, quando Adrian chegou à Red Bull, já era um designer consolidado. Duas décadas e 13 campeonatos depois, sai como uma verdadeira lenda. Ele também é meu amigo e alguém a quem serei eternamente grato por tudo que trouxe para nossa parceria. O legado que ele deixa ecoará pelos corredores de Milton Keynes e o RB17 será um testemunho e legado adequado ao seu tempo connosco”, concluiu.

Quanto ao seu futuro, especula-se sobre possíveis destinos, com a Ferrari e a Aston Martin. Fontes afirmam que uma das marcas já acionou a clausula dos 40 milhões de libras que tem na clausula de rescisão para poder se libertar mais cedo da Red Bull e evitar o "gardening leave", ou seja, o período de pausa para poder trabalhar uma outra equipa. A ideia seria trabalhar já em 2025 para o carro de 2026, altura em que entram os novos regulamentos na construção dos bólidos. 

A Formula 1 continua esta semana com a quinta corrida do campeonato, nas ruas de Miami, no estado americano da Florida. 

terça-feira, 30 de abril de 2024

Rumor do Dia: Newey poderá sair da Red Bull


O anuncio da saída de Adrian Newey da Red Bull poderá acontecer a qualquer momento. Segundo informações referidas hoje, se antes falava-se da saída do projetista no final da temporada, agora a ideia é sair da equipa de Milton Keynes, com efeitos imediatos. A acontecer, não se sabe onde iria parar, se Ferrari, ou Aston Martin, ou até Mercedes, mas a ideia é aproveitar o "gardening leave", trabalhar a meio de 2025, para ter tempo para projetar o carro de 2026, altura em que entrarão os novos regulamentos. 

Fontes dentro da Red Bull afirmam que Newey anunciou a sua intenção de sair no final da semana passada, afirmando achar que o ambiente de guerra interna entre Christian Horner e a liderança austríaca da marca de energéticos, que não o quer ali por causa da polémica com uma funcionária da equipa, que Horner o assediou e que se soube no inicio do ano. O filho de Dietrich Mateschitz, que controla a empresa desde a morte do seu pai, em 2022, deseja a saída de Horner, que é defendido pelo ramo tailandês da empresa, liderado por Chalerm Yoovidhya, o filho do fundador, Chaleo Yoovidhya

Um outro rumor fala que no seu último contrato, Newey negociou uma saída sem quarentena, ou seja, poderá já trabalhar no carro de 2025. E que uma equipa - do qual se suspeita ser a Ferrari, pois a fonte vem de lá - poderá ter pago os 40 milhões de dólares de multa rescisória para ter o projetista.

Newey está na empresa desde 2006, altura em que veio da McLaren, e todos apontam que foi um dos grandes obreiros dos títulos que a equipa venceu ao longo dos últimos dezoito anos.

Aos 65 anos, a ideia de trabalhar por mais uma equipa poderá ser o último grande contrato da sua carreira, ele que começou aos 21 anos na Fittipaldi, antes de rumar para a March, Williams, McLaren e agora, Red Bull. 

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Rumor do Dia: Newey de saída da Red Bull?


Esta quinta-feira, a Auto Motor und Sport volta a falar que Adrian Newey poderá estar de saída da Red Bull no final desta temporada. Segundo o jornalista Michael Schmidt, o destino poderá ser a Ferrari, embora haja também a chance de ir trabalhar para a Aston Martin e Mercedes.

Aparentemente, a decisão tem a ver com as lutas internas dentro da Red Bull, nomeadamente a polémica de Christian Horner em relação às acusações de assédio. O contrato com a marca de Milton Keynes só termina em 2025, mas este assunto e um outro - a guerra de poder entre os ramos austríaco e tailandês da merca, o primeiro que quer Horner e o segundo não - poderá ter decidido que é altura de ele sair de cena, depois de década e meia na equipa.

A saída acontece numa altura essencial da sua vida: Newey tem 65 anos e o próximo contrato poderá ser o último da sua vida ativa. O candidato mais óbvio é a Ferrari, que sob a liderança de Frédéric Vasseur, está a construir uma super-estrutura, graças à contratação de Lewis Hamilton e de diversos técnicos à Mercedes e à Red Bull. Estar em Maranello seria um sonho concretizado, e também, trabalhar com Hamilton seria também a oportunidade de trabalhar com um dos melhores pilotos da sua geração, mesmo que em 2025, tenha 40 anos.

A outra chance, a da Aston Martin, seria semelhante ao que fez com a Red Bull, ou seja, transformar uma equipa que não é vencedora numa em que os títulos estariam ao seu alcance. E trabalharia com Fernando Alonso, algo que nunca aconteceu, ele que fará 43 anos em julho. E também poderia dar uma perninha no projeto do Hypercar Walkyrie, que foi ressuscitado no sentido de fazer correr no WEC a partir de 2025. 

No caso da Mercedes, a ideia era que a formação de Brackley poderia finalmente entender o funcionamento dos carros com efeito de solo, algo do qual estão a ter dificuldades, e assim entrar em 2026 com maior confiança. Ainda por cima, sem grandes nomes, poderia ajudar à ascensão do jovem italiano Andrea Kimi Antonelli, que por estes dias se fala poder entrar na Formula 1 dentro em breve pela Williams, no lugar de Logan Sargent

Em jeito de conclusão, parece que Newey está a caminho de encerrar uma era na Formula 1, e um dos assuntos do verão será saber para onde vai, porque a sua mais-valia é mais que óbvia.  

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

A imagem do dia

Somos todos seres humanos. Isso é um facto. 

E como temos dias gloriosos, também temos "dias de cão". Só que alguns se esquecem que, quando estão em posições de charneira, eles não poderão cometer qualquer deslize. Nenhum. Porque a responsabilidade é enormíssima. E não é por serem, por exemplo, "role models" para centenas de milhares, senão, milhões de pessoas. 

Mas também para uma minoria, essa gente - humana, volto a referir - que espera qualquer deslize para que este caia. E com o maior estrondo possível. A alguns, poderá ser pessoal. Mas a outros, aplicam o principio falado há mais de cinco séculos por Niccoló Machiavelli: Aos amigos, tudo, aos inimigos, toda a força da Lei. Ou seja... politica. 

E Christian Horner é um ser humano que entrou na história por ser um dos diretores desportivos mais importantes da história da Formula 1, a par de gente como Alfred Neubauer, Colin Chapman, Ron Dennis, Frank Williams ou hoje em dia, Toto Wolff. E conquistou títulos mundiais pela Red Bull - sete, até agora - e uma dupla imbatível com Helmut Marko, com Adrian Newey nos bastidores. Aos 50 anos, o britânico, ex-piloto (medíocre) que pegou na Arden, na Formula 3000 e começou a treinar-se para pegar na Red Bull, onde está desde 2005, e conseguiu colocar onde ela está, poderá ter os dias contados no seu "bebé".

Porquê? Porque, aparentemente, foi humano. E todos os humanos tem um dia de cão. E quando tens os teus dias de cão, cometes deslizes que mais tarde, regressarão a ti como se fossem boomerangs.

Segundo as noticias que correm desde segunda-feira, dia 5 de fevereiro, na imprensa internacional, Horner está a ser investigado por "conduta imprópria". E essa conduta, agora que se sabem dos pormenores, refere que ele mandou imagens de si mesmo a uma funcionária da Red Bull. E aposto o que quiserem, não são aquelas imagens que dão para autógrafos. São do outro tipo. Creio que a palavra - em inglês - começa por D... 

É uma bola de neve. Séria. Muito séria. E pelo seu lado humano, nestes dias que correm, a sua imagem pública ficou afetada. E também nestes dias que correm, pessoas que cometem este tipo de assédio, só tem uma saída: a da porta. E lá, tem de entregar o cartão. 

Só que, caso aconteça isso, poderá desencadear uma avalanche. É assim: se Horner sair, existem cláusulas no contrato dele que podem levar à saída de... Adrian Newey, o projetista dos carros vencedores da equipa. E como sabem, a equipa, como todas as outras, é feita de muita gente, e estes dois, mais Max Verstappen, foram parte de uma espinha dorsal vencedora. E eis o dilema: se for considerado culpado, a porta da rua terá de ser indicada, e se calhar, sem que pague indemnização (que se calhar, é isso que a Red Bull quer). Mas com isso, poderá ficar sem diretor desportivo, sem projetista... e será que garantirá o seu piloto principal, aquele que está a ganhar tudo? 

Não sabemos se foi um erro, se foi um assédio, ou um deslize, mas a história está a aparecer e poderá ser tão forte quanto a da saída de Lewis Hamilton da Mercedes para rumar à Ferrari. A saída de um dos mais titulados diretores desportivos do automobilismo, no auge da sua trajetória vencedora, por um erro humano - ou assédio proposital - é uma machadada numa das equipas mais bem sucedidas da história do automobilismo. 

Claro, pode-se perguntar: "mas o Helmut Marko manda umas bocas e não acontece nada.". Depende. Hoje em dia vivemos numa cultura que já não tolera coisas que eram toleradas no passado. Sexismo, racismo, assédio sexual, homofobia, transfobia... em certos países, é crime. E se algum dia, o teu patrão te manda "dick pics" ou te chantageia, afirmando que "se não abres as pernas, não te dou o aumento que mereces", isso é chantagem. Muito grave. E parece que as acusações que Horner está a ser referido cabem nesta categoria. 

Logo, pode não ter escapatória. Mas se acontecer... a casa poderá ir abaixo. 

Ainda é cedo para saber, mas inesperadamente, para Christian Horner, os seus dias na Red Bull poderão estar contados. Veremos como isto acabará, mas como se costuma afirmar, cá se fazem, cá se pagam. 

E o pagamento poderá ser avultado.        

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

A imagem do dia


Ontem passou mais um aniversário de nascimento de Adrian Newey - são 63, caso estejam curiosos - provavelmente um dos últimos grandes projetistas da história da Formula 1, e que atualmente trabalha na Red Bull, projetando os carros da equipa, especialmente o Red Bull RB16B, que deu o título mundial de pilotos a Max Verstappen, oito anos depois da última vez.

Contudo, Newey poderia não ter visto este aniversário, pelo menos por aquilo que conta a sua mulher, Amanda. Os pais de Harrison Newey, piloto dos escalões de formação, passaram por um grande susto em agosto deste ano quando Adrian sofreu um grave acidente de bicicleta quando passeava na Croácia. Sofreu várias fraturas cranianas e teve a sua vida em perigo.

“Ele não está nas redes sociais. É muito sábio! No entanto, depois de um ano que passamos, dou-lhe os parabéns públicos. Em agosto estive perto de perder o amor da minha vida em um acidente de bicicleta”, começou por dizer Mrs. Newey. Agradeceu a Bernie Ecclestone por ter agilizado no socorro médico, nomeadamente no transporte para o Reino Unido, para ser operado o mais rapidamente possível. E o facto de ter estado afastado dos trabalhos em Milton Keynes nos dois meses seguintes, e poder ter prejudicado o desenvolvimento do carro na fase final da temporada, a favor da Mercedes, foi a única coisa do qual as pessoas notaram que algo de errado se tinha passado com o projetista que tem uma carreira de 40 anos, que tinha começado como estagiário na Fittipaldi, em 1980.

"Múltiplas fraturas cranianas, sentadas na parede virtual do Grande Prémio da Holanda dez dias depois de sua craniotomia mostram a sua força. A sua recuperação foi pelo menos milagrosa", disse a esposa do engenheiro. “Este aniversário é extra especial. Feliz aniversário, Adrian”, expressou ao terminar.

Newey tem uma vasta história no automobilismo. Projetou carros para a March, especialmente na IndyCar, entre 1983 e 1986, antes de desenhar os carros de Formula 1 de 1987 a 1990, passando para a Williams, entre 1991 e 1997, McLaren de 1998 a 2004, e desde 2005, os carros da Red Bull.

domingo, 28 de novembro de 2021

A imagem do dia


Meu pai sempre quis colocá-lo no seu carro de corrida. O desejo dele então se tornou realidade, mas terminou da pior maneira possível.

Ele nunca falou com ninguém sobre isso, mas você podia ver a dor em seus olhos cada vez que ele pensa sobre o acidente em Imola." Claire Williams, 2019.

Não queria acabar este dia sem falar de Frank Williams e Ayrton Senna. Aqui na foto, os três - Senna, Williams e Patrick Head - no fim de semana do GP do Brasil de 1994. Toda a gente sabe que a primeira experiência do brasileiro a bordo de um carro de Formula 1 foi em Donigton Park, em 1983, a bordo de um Williams FW08B, com o número 1, e então guiado por Keke Rosberg.

Foi uma tarde agradável, onde Senna aproveitou bem a oportunidade e correu como se fosse o seu carro de Formula 3. E os tempos foram tão impressionantes que Williams ficou de olho nele, suspeitando que ele tinha material para ser campeão. 

Os anos passaram, e a Williams se tornou grande. Senna andou na Lotus e McLaren, mas em 1992, o brasileiro viu que eram eles os melhores, com Nigel Mansell e Riccardo Patrese. Se querias ganhar, tinhas de estar naqueles carros que tinham tudo: suspensão ativa, caixa de velocidade semiautomática, controlo de tração... e nos treinos, davam "calendários" à concorrência. Até Senna, o "poleman", deveria pensar quando é que daria à concorrência com aqueles carros?

Chegou a dizer que "competiria de graça" para Williams. Ele não precisava disso. Mas naqueles tempos, era complicado. Mansell não queria concorrência, e já tinha assinado com Alain Prost, que agradava à Renault, sua parceira e termos de motores. Isso iria acontecer em 1993, e Senna penou mais um ano com um chassis que andava com motor Ford V8, semelhante aos dos Benetton, mas conseguiu cinco vitórias. Com o quarto título mundial na mão, foi-se embora e nem sequer quis competir em 1994, apesar de ter contrato para essa temporada.

Senna estava feliz: finalmente iria ter essa chance. O contrato seria por três temporadas, suficiente para conseguir o que achava ser o suficiente para apanhar e ultrapassar os cinco títulos de Juan Manuel Fangio. E depois de ter tudo - as poles, as vitórias, os títulos - iria para a Ferrari fechar a sua carreira.

Mas as regras tinham sido modificadas para impedir o dominio da Williams e conter os custos. Significava que não havia mais controlo de tração e suspensão ativa. E o FW16, desenhado por Adrian Newey, não era tão eficaz como os anteriores. E Senna sofreu: andava sempre atrás de Michael Schumacher, no seu Benetton, excepto na qualificação, e nunca pontuou, nem em Interlagos, nem em Aida.

Imola esperava-se que as coisas mudassem um pouco. O brasileiro conseguiu a pole, mas a qualificação ficara marcada pelo acidente mortal de Roland Ratzenberger, no seu Simtek. E na corrida, no inicio da sexta volta, depois de algumas voltas dabaixo do Safety Car por causa de um acidente na partida entre o Benetton de J.J. Letho e o Lotus de Pedro Lamy, Senna bateu no muro na Tamburello e um pedaço da suspensão entrava no seu capacete, causando um ferimento mortal.

Williams seguiu para o hospital assim que pode. E foi aí que soube da gravidade da situação e do seu final inevitável. O seu coração ficara partido. Pela segunda vez na sua carreira, um os seus pilotos morria. Lembrou-se de Piers Courage e do seu acidente em Zandvoort, quase 24 anos antes. E para piorar as coisas, sempre quis dar o melhor carro para ele. E o destino foi-lhe violento. E para piorar as coisas, as autoridades italianas decidiram investigar sobre as circunstâncias o acidente. Surgiram indicações sobre a coluna de direção, modificada a pedido de Senna, e que poderia ter sido quebrado antes do acidente. No final, descobriu-se que a quebra foi depois do acidente, não antes.

Williams e Newey foram declarados culpados por negligência e condenados a pena suspensa. E nos anos a seguir, nenhum deles gostou de falar sobre o acidente e o carro. Para ambos, foi um duplo pesadelo: tinham o melhor piloto e não conseguiram dar o que pretendiam. E pior: ele morreu num dos seus carros. Daí o desgosto que os acompanhará até ao final dos seus dias.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

A visão de Newey sobre Imola

Adrian Newey é um dos maiores projetistas do seu tempo. Desenhou carros icónicos na Formula 1 que vão desde o Williams FW14, de 1991, até ao McLaren MP4-12, de 1998, passando pelos Red Bull campeões do mundo, entre 2010 e 2013. Agora algo retirado da competição, mas ainda a desenhar os carros da equipa de Milton Keynes, Newey decidiu publicar um livro sobre as suas criações. De seu nome "How To Build a Car", fala sobre todas as suas criações desde meados dos anos 80, tendo começado em 1981 com a Fittipaldi.

Contudo, o mais interessante é ele dar as suas visões sobre o acidente que matou Ayrton Senna em 1994, e sobre a sua criação, o FW16. Ali ele fala das suas responsabilidades sobre o acidente, de que não acredita que foi uma falha da suspensão a causa dela, e critica o julgamento, afirmando que o procurador encarregado do caso estava mais em busca de prestigio pessoal do que estar à procura das verdadeiras causas dos acidentes daquele fim de semana.

Primeiro que tudo, descreve os arranjos feitos na coluna da suspensão - a pedido do próprio Senna - como "duas más peças de engenharia" do qual "ele e Patrick Head foram responsáveis". Conta que depois do acidente, fizeram testes e apesar de alguns sinais de fadiga, não eram susceptíveis de quebra.

Contudo, assume as suas responsabilidades: "Independentemente da coluna da direção ter causado o acidente, era uma péssima peça de design do qual nunca deveria ter entrado dentro daquele carro."

Para ele, a sua responsabilidade no mau design do FW16 tem mais a ver com o aerodinamismo do carro, que ficou estragado com a alteração dos regulamentos, que aboliram coisas como a suspensão ativa, e que tornaram aquele carro nervoso.

"O que eu sinto a maior culpa, porém, não é a possibilidade de que a falha da coluna de direção possa ter causado o acidente - porque eu não acho que foi assim - mas o fato de eu ter estragado a aerodinâmica do carro. Eu estraguei na transição da suspensão ativa [em 1993] de volta ao passivo e projetei um carro aerodinamicamente instável, no qual Ayrton tentava fazer coisas que o carro não era capaz de fazer".

"Se ele teve ou não um furo, ele ter tomado linha mais rápida num asfalto ondulado, num carro que era aerodinamicamente instável, teria tornado o carro difícil de controlar, mesmo para [um piloto como] ele".

Newey criticou ainda o procurador encarregado do caso, Maurizio Passarini, afirmando que ele fez mais por glória pessoal do que para esclarecer o caso. "O fato de que, no caso de [Roland] Ratzenberger, este foi tão facilmente varrido debaixo do tapete deixou-me desconfiado de que a principal motivação de Passarini poderia ter sido a glória e notoriedade pessoais".

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Apresentações 2017: o Red Bull RB13

Brincando com a superstição, a Red Bull apresentou esta tarde o seu carro para 2017, o Red Bull RB13. Com os novos regulamentos, o carro é mais agressivo em relação ao carro do ano anterior, tem a barbatana dorsal, mas o mais interessante é o carro tem uma entrada de ar na ponta do nariz, algo diferente em relação aos outros carros do pelotão.

Ver o novo carro é um momento empolgante. Acho que o RB13 é um dos carros mais bonitos que já desenhamos. A geometria do carro parece certa em razão das novas regras. Parece que vai ser rápido”, começou por dizer Christian Horner

E de uma certa forma, é verdade: apesar de não haver diferenças no desenho do Red Bull - pintura fosca, mostrando a força do touro vermelho - mantêm o desenho elegante que tem mostrado até agora.

Adrian Newey, o projetista do RB13, acredita que a combinação entre o motor e o chassis poderá fazer com que conjunto seja mais veloz do que a concorrência. “Acho que a Renault está, definitivamente, numa direção muito boa neste momento. Há dois anos nós terminamos numa posição onde eles não fizeram qualquer progresso ao longo do inverno — no muito, eles decaíram um pouco em comparação com o primeiro ano com o híbrido. [Agora] eles têm trabalhado muito duro ao longo do inverno. Eu conheço os números deles para este ano, é um bom passo à frente. Como sempre, é o mesmo com a gente. O que nós não sabemos é o que nossos rivais vão fazer”, comentou o aclamado projetista britânico.

Em relação aos pilotos, Daniel Ricciardo e Max Verstappen estão confiantes de que o novo carro poderá ser a tal máquina que os poderá colocar na frente do pelotão, permitindo bater os Mercedes. 

A minha primeira impressão é de que o carro é bem bonito e, definitivamente, parece elegante. Esses carros parecem os mais rápidos do mundo! Essa é a impressão que eu tenho”, começou por dizer o piloto australiano de 27 anos, que vai usar o carro no primeiro dia de testes.

Eu não sou nada supersticioso. Acho que superstições são apenas uma desculpa para as coisas darem errado. Nunca fui ligado nisso, então estou feliz que o time tenha mantido a tendência geral e seguido com o ‘13’, que vem depois do ‘12’”, prosseguiu.

Sobre o piloto holandês, seu companheiro de equipa, Ricciardo acredita que a competição entre eles vai ser positiva. “Acredito que é positivo ter um companheiro tão competitivo. Pessoalmente gosto de ter alguém que possa me pressionar ao máximo. Bater o seu próprio companheiro é uma sensação muito boa. Max e eu temos um tratamento igual dentro da equipe. Temos mostrado que podemos ser competitivos e espero que nesta temporada possamos repetir o que foi visto em 2016”.

Já Verstappen aceita que haja corridas tediosas... desde que seja ele o líder. “Tomara que tenhamos um bom início e permaneçamos na liderança por toda a corrida”, começou a dizer. “Tomara que seja uma corrida realmente aborrecida. Isso seria perfeito”, comentou.

Contudo, ele evitou fazer qualquer previsão sobre o carro antes de entrar com ele na pista. “Primeiro quero ver se o carro é competitivo, só depois quero estabelecer minhas metas. Estamos a começar de novo, tudo do zero. Espero que tenhamos construído um carro competitivo, estamos muito otimistas. Espero que o novo regulamento mexa na grelha de partida”, concluiu.

O Red Bull RB13 andará na pista a partir de amanhã. 

terça-feira, 7 de julho de 2015

Sobre as especulações do momento na Formula 1

Estamos a meio da temporada de 2015, e se nas pistas todos sabem quem vai ganhar - menos na parte dos pilotos... - em termos de equipas, as especulações estão localizadas, embora a resolução não seja assim tão fácil quanto se espera, apesar de haver chances de uma resolução breve.

Falei ontem sobre a situação da Lotus, mas isso poderá ser de fácil resolução. É que a Renault, depois de muito tempo a refletir e a pesquisar, poderá ter decidido qual é a equipa que irá comprar para fazer o seu regresso em 2016. E essa equipa poderá ser... a Lotus. Mais concretamente, a Genii Capital. Há algum tempo que se sabe das dividas, também da maneira como elas têm vindo a ser pagas, o que dá a ideia de que as coisas estão controladas. Mas com Carlos Ghosn já a ter dito à Renault Sport para que tome logo uma decisão, estes já estão a pensar onde ir e poderão ir para um sitio onde conhecem bem.

O preço? Provavelmente inferior a que a Red Bull propôs para que vendessem a Toro Rosso: 300 milhões de euros. Não ficaria admirado se vendessem por um peço inferior, ou até por um preço simbólico de uma libra, com a marca do losango a assumir as dividas, e Gerard Lopez e os seus sócios a sair dali aliviados pela montanha russa que foi a sua aventura na Formula 1. Uma coisa é certa: este fim de semana se falou que a resolução deste problema poderá acontecer nas próximas semanas. Ou mais cedo ainda.

Mas o mais interessante é a Red Bull. Desde sexta-feira que se ouve um pouco de tudo: envolvimento da Aston Martin, construção de motores próprios e até o envolvimento de Adrian Newey em construir... um carro de estrada. É verdade!

Sobre o envolvimento da marca que James Bond usa, lendo sobre isso no sitio do Joe Saward indica que isso poderia acontecer através de um envolvimento indireto, ou seja, esses motores com essa marca não seriam mais do que... Mercedes V6 cliente. Para melhorar as coisas, a marca pertence desde 2012 a um fundo italiano, liderado por Andrea Bonomi, e teria como um dos seus conselheiros... Flávio Briatore. Ele fez um projeto para a Formula 1, mas a direção tinha outros planos, que passaram por uma troca de tecnologia com a Mercedes, em troca de 10 por cento da marca.

Feito o acordo, parece que a marca está a planear os próximos passos, e sabe-se que nesse campo, não há objeções por parte da marca alemã. Mas esta terça-feira o mesmo Joe Saward disse que o problema é agora o dinheiro, e como sabem, o investimento na Formula 1 é bem elevado, dinheiro que não abunda nos cofres da Aston Martin, que está mais preocupada em aumentar as suas vendas em até 7500 unidades por ano. 

E ainda há mais dados que indicam que poderá haver mais truques na manga. Uma delas é que a equipa de Milton Keynes poderá estar a trabalhar num motor próprio, provavelmente para ficar pronto no final de 2016, quando terminar o contrato com a Renault. Prova disso é a expansão das instalações da fábrica, com a aquisição de um edifício adjacente e a construção de um novo túnel de vento. E claro, dinheiro não falta, porque a firma de bebidas de origem austro-tailandesa está a nadar em dinheiro.

Caso aconteça, resta saber com que base é que eles vão partir, mas há alianças com a Nissan e com a Infiniti, a marca de luxo da mesma companhia. 

Contudo, resta saber se essas alianças continuarão quando eles lançarem o seu carro de estrada, algures em 2018. É que este ano, Adrian Newey afastou-se de vez da projeção dos carros de Formula 1 para se preocupar em construir um super-carro, como já fez no passado o Gordon Murray. A noticia aparece hoje no sitio brasileiro Flatout! e tem como base outra na britânica Autocar. Com quase 60 anos e 35 de carreira no automobilismo - começou em 1981 na Fittipaldi - deixou a Formula 1 por ser demasiado restritiva e passou para os carros de estrada.

Curiosamente, Newey poderá estar também a planear desenhar um carro para a Aston Martin, mas isso pelos vistos só acontecerá em 2018, e este poderá aparecer bem antes, com homologação para pistas e para as ruas. Resta saber se será tão revolucionário como foi o McLaren F1 em 1992, mas ele já mostrou que consegue fazer tais coisas, como já foi visto... na Playstation.

Para finalizar, volto ao Joe para falar sobre outra coisa que está nos bastidores, mas também é importante: a queixa das equipas médias à União Europeia à FOM e a CVC Capital Partners devido à opacidade em que os negócios são feitos e a desigualdade na distribuição de dinheiros. Aparentemente, isso deveria ter sido apresentado agora, mas as instituições da União encerram para férias a 15 de julho, logo, é provável que só lá para setembro teremos novidades...

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Apresentações 2015 - O Red Bull RB11

De uma maneira algo surpreendente, o Red Bull RB11 foi apresentado esta manhã em Jerez de la Frontera, imediatamente antes dos primeiros testes da temporada. Apresentado de modo camuflado, o carro, que será guiado por Daniel Ricciardo e Daniil Kvyat, tam um nariz baixo, mas uma frente que faz lembrar o Ferrari e o Mercedes do ano passado. Embora se diga que este não é o nariz definitivo...

Adrian Newey - que provavelmente desenhou um dos seus últimos carros da sua carreira - comentou que o novo carro é o resultado daquilo que aprenderam com o que se passou no ano passado: "O design do RB11 é resultado de tudo o que aprendemos no ano passado, que representou também uma grande mudança nos regulamentos, portanto desta vez preocupámos-nos com a unidade motriz e as suas necessidades, e tudo o resto foi pensado à volta disso. Significa isto dizer que o foco esteve na colocação em prática de tudo o que aprendemos o ano passado”, disse.

Daniel Ricciardo, o piloto australiano que foi o único que conseguiu vencer às Mercedes em 2014, afirmou que estava confiante de que com este novo carro, vai conseguir se aproximar dos Mercedes nesta temporada.

"Estou realmente ansioso para pilotar o RB11 e não vejo a hora de começar. Espero que seja uma fera. Logo saberemos", começou por dizer. "Acho que construímos uma boa base desde o ano passado e realmente estou pronto para brigar de perto com a Mercedes. Acredito que será uma grande disputa", acrescentou.

Quanto às expectativas, o piloto australiano mantêm-nas altas: "Havia muita pressão em mim no ano passado e eu precisava provar para mim mesmo como seria o meu desempenho à frente de uma equipe de ponta. Agora, acho que todos sabem do que sou capaz e estou realmente animado para essa nova temporada", completou. Ele vai ser o primeiro piloto a andar no novo carro, este domingo, no circuito andaluz.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

A história de Tyler Alexander, um discreto fundador (parte 4)

(continuação do capitulo anterior)

Em 1971, a McLaren contratou Peter Revson para correr primeiramente na Can-Am e na IndyCar. A temporada correu-lhe bem, ao ser segundo classificado nas 500 Milhas de Indianápolis e vencer na Can-Am, com cinco vitórias. Para Tyler Alexander, Revson era um excelente piloto. "Era um corredor a sério, experimentava tudo. As pessoas julgavam que era um pouco pedante, mas davamo-nos bem. E então, em 1972, a Penske chega com o 917/10 e no final daquele ano, saímos da Can-Am para nos concentrarmos na USAC. Não tinhamos medo dos Porsche: Gary Knudson construiu um motor V8 com turbos com 1200 cavalos e 900 libras de torque. O Peter testou-o em Road Atlanta e queimava borracha a qualquer velocidade. Mas precisávamos de um noto tipo de transmissão e um novo pacote aerodinâmico, e não tinhamos financiamento para isso. Em contraste, a Goodyear estava disposta a apoiar-nos financeiramente para toda a temporada da USAC, e acabamos por optar."

"Mas continuava a viajar constantemente para as corridas de Formula 1. Em 1974, Emerson chegou com grandes patrocinios da Marlboro e da Texaco. Fiz de tudo para manter Peter na McLaren, e Teddy sugeriu que ele ficasse a guiar o carro da Yardley. Efectivamente, era uma despromoção para terceiro piloto, e ele não gostou muito. Então, aceitou a proposta da Shadow e Mike Hailwood aceitou o carro da Yardley. Então, em março, quando Peter estava a testar o Shadow em Kyalami, um braço da suspensão de titânio quebrou naquela curva rápida atrás da meta [Crawthorne Corner] e o carro foi para debaixo da barreira de proteção. Denny e mais alguns pilotos pararam para o socorrer, mas quando o fizeram, já estava morto."

Nessa mesma altura, nos Estados Unidos, a McLaren tinha na equipa Johnny Rutheford, que lhes deu mais duas vitórias para a equipa, em 1974 e 1976. Sobre ele, e mais alguns pilotos, Tyler Alexander tem grandes histórias.

"Johnny Rutheford ganhou a Indy para nós em 1974 e 1976. Tinha tomates tão grandes como as de um elefante, e era tão veloz em ovais, embora nas corridas mais convencionais, tinha dificuldade. Havia personagens tão pitorescas naquela altura, como por exemplo, o A.J. Foyt. Ele intimidava-nos, e tinhamos de nos levantar à altura. Quando metemos o motor DFX Turbo na nossa variante do M23 para a USAC, que foi batizado de M24, ele foi bem veloz, e Foyt odiou. Ele veio ter comigo ao pitlane, agarrou-me pelos colarinhos e disse: 'Porque é que vocês FDP's não voltam para Inglaterra?" Só olhei para ele e no meu melhor sotaque, eu lhe respondi: 'Mas eu sou de Bo-o-o-ston!' Outra situação aconteceu quando estavamos a discutir aquilo que iria acabar por ser a CART, e ele abre a mala e mete a sua  pistola .38 em cima da mesa. Digam o que disserem, era um grande piloto".

Em 1979, Tyler Alexander é chamado para a Europa no sentido de ajudar a McLaren na Formula 1. Eram tempos complicados, pois não venciam na Formula 1 desde o final de 1977, com James Hunt, e com pilotos como Patrick Tambay e John Watson ao leme, os resultados eram escassos. No final desse ano, em Paul Ricard, eles iriam dar uma oportunidade a um jovem francês de 24 anos, de seu nome Alain Prost.

"Estavamos a fazer um teste em Paul Ricard e Teddy tinha arranjado aquele pequenote francês, vindo da Formula 3, para fazer umas voltas. Quase de imediato estava não só a igualar como a bater os tempos do John Watson. Quando ele voltou às boxes, Teddy veio ter com ele com um papel nas mãos. Pensava que era a tabela de tempos, mas afinal era um contrato, e o Teddy estendeu a caneta e disse: 'Assina aqui!'"

Em 1980, Ron Dennis comprou a McLaren, e depois de 18 meses tensos, com ambos como diretores, Teddy decidiu vender as suas ações e seguir com a sua vida. Tyler, que também tinha uma participação, também decidiu sair da equipa e seguir Teddy, que iria fazer a sua equipa para a IndyCar. "Adquirimos uma unidade em Woking e establecemos a Mayer Motor Racing. Robin Herd era um dos nossos diretores, pegou em dois carros, voltei a Detroit, aluguei um edifício na 8 Mile Road, comprei duas carrinhas e estávamos de volta".

"Em 1984, tinhamos assinado com a Texaco e tinhamos Tom Sneva e Howdy Holmes, que trouxe dinheiro da sua firma de bolachas. Na March, Robin Herd tinha agora o jovem Adrian Newey conosco. Robin era dos melhores em aerodinâmica, e quando teve a ele, sabia do potencial que tinha. Após algum trabalho em tunel de vento, ele fez pequenas asas que ficaram perto das rodas traseiras. Em Phoenix, em abril, Tom e Howdy qualificaram-se na primeira fila e acabaram 1-2, dando uma volta a todo o pelotão." 

"Depois fomos para a Indy, e ao longo do mês de maio, éramos cada vez mais velozes, e a cada noite, o nosso engenheiro Phil Sharpe cortava mais e mais da asa traseira. Veio a qualificação e Sneva faz a pole, a primeira acima dos 210 milhas por hora - e Howdy ficou com o segundo lugar, bem perto do final. Na corrida, Tom perseguiu Rick o tempo todo, e bem perto do fim, teve uma oportunidade para o passar. Tinha mais velocidade na curva 3, e estava pronto para fazer a manobra quando os rolamentos de roda griparam. Nós iriamos vencer aquela maldita corrida".

"No final da temporada, em Las Vegas, a luta pelo título era entre Tom e Mário Andretti. tom tinha de vencer a corrida, e foi o que fez, mas Mario acabou no segundo lugar e acabou por vencer o campeonato. Ele na altura corria para a Newman-Haas e ele trouxe Teddy ao seu lado para lhe falar sobre a possibilidade de ir para a Formula 1 em 1985".

(continua)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Noticias: Newey assume que as metas são dificeis

Na véspera dos segundos testes de Formula 1 no Bahrein, Adrian Newey ainda pensa no que aconteceu em Jerez, no mês passado, e que se revelou ser um desastre para a Red Bull, onde graças às falhas mecânicas da Renault, o carro pilotado por Sebastien Vettel e Daniel Ricciardo só andou por 21 voltas, o que fez soar o sinal de alarme na fábrica de Milton Keynes.

No inicio desta semana, o projetista justificou os problemas com o design agressivo do RB10: “O que nos fez parar em Jerez foi um problema onde a carenagem do local do exaustor estava a pegar fogo”, começou por explicar num jantar no Royal Automobile Club, perante 200 convidados. “Assumimos a responsabilidade, pois era um problema da Red Bull. Era, você pode argumentar, o resultado de um pacote agressivo. Nós sentimos que precisamos correr alguns riscos para tentar ter um bom pacote que minimizaria o dano aerodinâmico desta grande exigência de arrefecimento”, justificou.

Na sua visão, a pressa em terminar o carro fez com que esses componentes não tivessem sido devidamente verificados nos dinamómetros da marca: “É um problema do qual esperamos que possamos resolver até ao Bahrein. Foi realmente por falta de tempo”, começou por comentar. “Era algo que poderíamos ter visto no dinamómetro se tivéssemos conseguido terminar tudo mais cedo”, reconheceu o dirigente. 

A Renault não nos ajudou com o seu uso do dinamômetro, nós também não ajudamos, ao não ter conseguido fazer as peças a tempo. Acho que se tivessemos tido mais algumas semanas, isso tudo poderia ter sido resolvido de forma privada nos nossos dinamómetros, mas, infelizmente, tudo isto foi feito em público”, lamentou. 

Newey também afirmou no jantar que os motores “Renault parecem ter uma grande exigência em termos de arrefecimento. Todas as três fabricantes de motores irão ter uma meta diferente em relação ao fluxo de ar quente que vai voltar para a câmara, e a Renault nos deu uma meta bem desafiadora, com todos os tipos de vantagens se conseguirmos chegar lá, mas do qual não é fácil de alcançar”, concluiu.