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sábado, 11 de janeiro de 2025

Noticias: Jos Verstappen duvida do quinto título de Max


O neerlandês Jos Verstappen acha que a Red Bull não é a favorita ao título de 2025. O pai de Max Verstappen contou este final de semana à publicação alemã F1 Insider que a Red Bull terá uma queda competitiva em 2025 por causa da saída de Adrian Newey da equipa, por causa da guerra intensa pelo poder, catalisada pelo caso que envolveu Christian Horner.

Jos, que foi um dos que pediu a demissão de Horner, disse que depois da saída do projetista britânico, a formação de Milton Keynes regressou à forma que evidenciou até à explosão do ‘caso Horner’, e por causa disso, não se mostra confiante de que o seu filho possa garantir o pentacampeonato em 2025.   

Ainda duvido um pouco disso. A Red Bull tem de construir um carro que seja mais previsível em todas as condições. Se olharmos para a segunda parte da temporada de 2024, não posso ser optimista. A Red Bull, simplesmente, não conseguiu tornar o carro consistentemente rápido. Tendo isto em conta, por que deveria conseguir este ano?”, começou por questionar o pai Verstappen.

Questionado sobre se a queda competitiva da equipa se deveu à saída de Adrian Newey, Jos Verstappen foi perentório: 

Penso que sim. O facto é que o carro não melhorou desde que ele [Adrian Newey] deixou a equipa. Os pacotes de desenvolvimento não funcionaram como o desejado. Já disse o suficiente sobre as razões pelas quais a equipa corre o risco de se desmoronar. Vamos por aqui. Uma coisa é certa, a Red Bull tem um grande desafio pela frente, em 2025”, concluiu.

Max está na Red Bull desde 2015, e em 2024, ele terá como companheiro de equipa o neozelandês Liam Lawson, que substituiu Sérgio Pérez, despedido devido aos maus resultados.

domingo, 22 de dezembro de 2024

Noticias: Horner acha Hadjar muito telantoso


O patrão da Red Bull elogiou Isack Hadjar pelo seu impressionante desempenho durante o teste de pós-temporada em Abu Dhabi. Poucos dias depois de ter sido anunciado como piloto da Racing Bulls para 2025, no lugar de Liam Lawson, que foi para a Red Bull, no lugar de Sérgio Pérez, Horner descreveu o piloto franco-argelino de 20 anos como um talento em bruto, mas promissor, com uma velocidade significativa, embora tenha reconhecido que Hadjar ainda precisa de aperfeiçoamento.

Isack [Hadjar] é outro talento”, começou por falar Horner, em declarações ao RacingNews365.com “Ele é rápido. Ele saltou para o carro, foi mais rápido do que Yuki no teste da semana passada, o que chamou a atenção. Ele é definitivamente um talento em bruto e precisa de um pouco de polimento, mas ele tem a velocidade”, continuou. 

Na Fórmula 2, ele teve a infelicidade de não participar da última corrida devido a problemas técnicos com o software de largada, pelo que entendi. Mas ele também impressionou, especialmente com a sua velocidade. Vai ser interessante ver como as coisas se desenrolam.”, concluiu.

Vice-campeão de Fórmula 2 em 2024, batido por Gabriel Bortoleto, durante o teste de pós-temporada em Abu Dhabi, conduziu o RB20 ao lado de Yuki Tsunoda, e os seus tempos e o seu ritmo foram considerados superiores aos do japonês, que irá ser o seu companheiro de equipa. 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

A imagem do dia


Christian Horner esteve nesta quarta-feira no palácio de Buckingham para ser condecorado pelo rei Carlos III com o grau de Comendador da Ordem do Império Britânico (CBE), o grau imediatamente inferior ao de KBE, ou seja, ser Cavaleiro e ser tratado por "Sir". A razão tem a ver com os serviços prestados ao automobilismo britânico, especialmente pelas quase duas décadas ao serviço da Red Bull, que levou a equipa a ganhar oito títulos de pilotos e seis de Construtores, entre 2010 e 2024, com pilotos como Sebastian Vettel e Max Verstappen

Contudo, esta condecoração chega na esteira de uma polémica que estoirou no inicio do ano, com as acusações de assédio por parte de uma trabalhadora da empresa, e que revelou um ambiente de trabalho algo tóxico. Horner resistiu às pressões para que se demitisse por parte do ramo tailandês da companhia, e o título deste ano em termos de pilotos serve para acalmar as coisas nesse campo.

Contudo, com esta noticia, a polémica ressurgiu, pelo menos nas redes sociais. Muitos referem a auditoria que ele passou - que nunca foi independente, foi feita pela chefia da Red Bull, para aplacar os tailandeses - e do qual apenas parte das conclusões foram publicadas. 

Mas se calhar isto pode acordar algo que poderá, não tanto acordar o que se passou na altura, como pensar sobre algumas das pessoas que lá andam. A primeira delas é que a Red Bull é, como a própria empresa, bicéfala. Metade da firma é tailandesa e a outra metade austríaca. Se os tailandeses são discretos e gostam de receber o dinheiro - são a família mais rica do país, apenas superado pela família real - já os austríacos, depois da morte de Dietrich Mateschitz, em 2021, o filho deste, apesar de manter a discrição do pai, gostaria de ver algumas mudanças numa equipa vencedora. Tentou mexer alguns cordelinhos quando foi da polémica de Horner, mas não foram muito bem sucedidos. 

Mas há outro braço da equipa: Helmut Marko. O ex-piloto, agora com 81 anos, não tenciona largar o lugar, mas há algumas tensões dentro da equipa por causa dele. Há quem queira referir a idade, mas ele quer ser como o seu amigo Niki Lauda: ficar no lugar até morrer, ainda a influenciar quem será o piloto de uma das melhores equipas do pelotão. E nem falo do que será da equipa em 2026, quando vierem os novos regulamentos e trocarão os motores Honda pelos Ford, apesar de boa parte ser construída nas instalações de Milton Keynes. Sem Adrian Newey, rumo à Aston Martin, e sem muitos dos engenheiros que ajudaram a colocar a equipa no pedestal, o que passará depois de 2026 é mais uma incógnita que outra coisa.  

O presente pode ser muito bom, mas não faço ideia do que será o futuro. E quando eles tem os olhos demasiado postos em Max, não consigo ver a equipa onde está em 2028, por exemplo. E isso é importante.  

Noticias: Lawson confirmado na Red Bull para 2025


Rei morto, rei posto: depois da saída de Sérgio Pérez da Red Bull, a Red Bull não demorou nada para decidir quem ficaria com o lugar, e o escolhido foi o neozelandês Liam Lawson, depois de ter a concorrência do japonês Yuki Tsunoda, preterido por ser essencialmente um piloto da Honda, apesar de Christian Horner ter dito que ele era ligeiramente mais rápido que o piloto japonês. Será que considerou a saída da marca japonesa no final de 2025 como fornecedora de motores? 

Ser anunciado como piloto da Red Bull Racing é um sonho de toda a vida para mim, é algo que quero e para o qual tenho trabalhado desde os meus oito anos de idade. Tem sido uma viagem incrível até agora. Estou muito entusiasmado por trabalhar ao lado do Max e aprender com um campeão do mundo, não tenho dúvidas de que vou aprender com a sua experiência. Mal posso esperar para começar.”, disse Lawson.

Já Christian Horner declarou: “Não há dúvida de que correr ao lado do Max, um tetracampeão e, sem dúvida, um dos maiores pilotos de sempre da Formula 1, é uma tarefa assustadora, mas tenho a certeza de que o Liam pode estar à altura desse desafio e apresentar-nos alguns resultados extraordinários no próximo ano.

Pequeno detalhe: segundo algumas fontes, o neozelandês irá ganhar entre cinco e seis milhões de euros em 2025 como piloto da Red Bull, numa negociação do qual, segundo falam, nem foi muito difícil, levando a pensar que a equipa está totalmente focada em Max Verstappen como seu melhor ativo - e se calhar, único.

Nascido a 11 de fevereiro de 2002, em Hastings, Nova Zelândia, Lawson é membro da Red Bull Junior Team desde 2019, e desde então, tem subido constantemente na hierarquia dos desportos motorizados e demonstrou o seu talento em várias ocasiões. Antes disso, foi campeão da Formula Ford em 2017, aos 15 anos, o mais jovem de sempre, e campeão da Toyota Racing Series, na Nova Zelândia, em 2019. 

Para além disso, foi segundo classificado em competições como a Formula 4 australiana (2017), a Formula 4 alemã (2018), a Euroformula Open (2019), o DTM (2021) e a SuperFormula japonesa, em 2023. 

Apesar de somente em 2025 ter a sua primeira temporada completa, ele já competiu em 11 Grandes Prémios, cinco em 2023 e seis em 2024, sempre a substituir Daniel Ricciardo, tendo conseguido até agora seis pontos, com três nonos lugares como melhor posição.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Noticias: Pérez dispensado da Red Bull


O mexicano Sérgio Pérez foi dispensado da Red Bull, depois dos maus resultados nesta temporada. O anuncio foi feito nesta quarta-feira, primeiro no comunicado oficial do piloto, depois através de Christian Horner, patrão da Red Bull, que afirmou que o piloto mexicano irá tirar "um tempo". 

No comunicado oficial do piloto mexicano, o piloto de 34 anos afirmou que a rescisão foi de mútuo acordo e agradeceu pelos anos que esteve na equipa:

"Estou incrivelmente agradecido pelos quatro anos na Red Bull Racing e pela incrível oportunidade para correr dentro de uma equipa fabulosa. Pilotar pela equipa foi uma experiência inesquecível, e sempre acarinharei os sucessos que alcançamos juntos. Batemos recordes, conseguimos feitos e tive a chance de conhecer e trabalhar com gente fantástica.", começou por afirmar.

Quero agradecer imenso a todas as pessoas, desde os dirigentes, passando pelos engenheiros e mecânicos, catering, hospitalidades, a cozinha, o pessoal do marketing e comunicação, para além de toda a gente na sede de Milton Keynes. Desejo-vos o melhor para o futuro. 

Também foi uma honra trabalhar ao longo este tempo com Max e partilhar os sucessos que alcançou. Por fim, quero agradecer a todos os meus fãs um pouco por todo o mundo, especialmente os meus fãs mexicanos, pelo vosso apoio diário e incondicional, iremos ver-nos em breve.", concluiu.

Christian Horner respondeu depois em comunicado que o piloto mexicano decidiu tirar uma licença sabática depois da temporada decepcionante que teve em 2024. 

Ele tem sido um membro fantástico desta equipa”, disse Horner sobre Pérez. “Foi um ano difícil para ele, mas é uma ótima pessoa e, claro, desempenhou um papel fundamental no campeonato de pilotos de 2021 e nos títulos de construtores de 2022 e 2023. Foi segundo no campeonato de pilotos do ano passado e ganhou cinco Grandes Prémios com os nossos carros.

Mas ele refletiu depois da temporada. Sentámo-nos e discutimos na semana passada sobre os próximos passos e ele decidiu que vai tirar algum tempo, essencialmente tirar uma licença sabática da Fórmula 1. Por isso, estamos tristes por vê-lo deixar a equipa, mas é óbvio que é altura de ele se dedicar à sua jovem família e ao que quer fazer no futuro.”, concluiu.

Ainda não se sabe quem o substituirá, mas tudo indica que irá ser substituído pelo neozelandês Liam Lawson, que ganhou a corrida ao lugar para o japonês Yuki Tsunoda. Para o seu lugar na Racing Bulls virá o franco-argelino Isack Hadjar, que em 2024 esteve na Formula 2. 

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Noticias: Horner afirma que Ricciardo tem a porta aberta na Red Bull


Christian Horner só tem boas recordações de Daniel Ricciardo, e ainda acredita que ele poderá fazer um regresso num futuro próximo. Embora se diga que essas chances são remotas - tem agora 35 anos e neste seu regresso à Racing Bulls, ele não deu nas vistas - Horner espera que continue no desporto e que esteja disponível para qualquer eventualidade, mesmo que seja para ser um embaixador da equipa no automobilismo. 

Espero que ele continue no desporto”, disse Horner sobre o australiano no podcast F1 Nation. “Deixámos bem claro que queremos que ele continue a ser um embaixador da equipa. Claro que nunca se sabe, se o Liam não conseguir fazer o trabalho, se o Checo não conseguir fazer o trabalho, sabemos qual é a capacidade do Daniel. Mas acho que ele sabe que, na idade em que está, teve uma grande carreira. Tantas recordações, a coisa mais nojenta de sempre foi beber champanhe da sua bota suada. Mas ele conseguiu que algumas pessoas incríveis bebessem o champanhe do seu sapato suado.

Não é segredo que Horner gosta muito de Ricciardo e acredita muito nele. Só assim se entende o esforço que ele fez nestes últimos tempos para manter o australiano, e deseja tê-lo por perto para qualquer eventualidade no futuro:

Fiz tudo o que estava ao meu alcance para lhe dar o máximo de tempo no carro, para que ele pudesse cumprir o seu objetivo, caso contrário ele teria saído do carro depois de Barcelona. Todos os pilotos estão sob pressão para cumprir o prometido, mas a razão pela qual Daniel estava no carro era para se colocar de novo em posição de estar lá para apanhar os pedaços se o Checo não cumprisse o que se esperava. O problema é que eles tiveram problemas de forma em alturas diferentes. O Checo começou a época muito bem, muito forte. O Daniel estava a ter dificuldades e depois, quando o Checo perdeu a forma, o Daniel encontrou um pouco de forma, mas nunca foi suficientemente convincente para dizer ‘OK, devíamos trocar os dois pilotos’.

Ricciardo esteve na Racing Bulls até à corrida de Singapura, conseguindo 12 pontos - melhor resultado um oitavo lugar no Canadá - e uma volta mais rápida. 

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Noticias: Horner explica decisão sobre Ricciardo


A troca de Daniel Ricciardo por Liam Lawson era esperada, mas há quem questione o timing dela, especialmente quando falta seis corridas para o final desta temporada. Contudo, Christian Horner, diretor da Red Bull, fala que a razão pela substituição do piloto australiano da Racing Bulls/VCARB é mais abrangente, apesar de ter performances semelhantes ao piloto japonês. E tem a ver com a equipa principal.

Em declarações prestadas ao podcast F1 Nation esta semana, Horner começou por explicar:

"Num mundo perfeito, tê-lo-íamos feito [deixar Ricciardo terminar temporada]. Mas, numa perspetiva mais ampla, precisamos de respostas para o plano geral em termos de pilotos. É a oportunidade perfeita para colocar o Liam ao lado do Yuki [Tsunoda], para ver como ele se sai nos seis Grandes Prémios restantes.", disse.

Ele também afirmou que isto vai para além da Racing Bulls/VCARB: também tem a ver com a Red Bull, especialmente na temporada de 2025, com o mexicano Sérgio Pérez.

"Isto vai além da VCARB [RB], abrange também a Red Bull Racing. Obviamente, temos um contrato com Sergio válido para o próximo ano, mas temos de estar sempre de olho no futuro. Será com o Liam? Ou precisamos olhar para fora do nosso programa? Ou um dos outros juniores pode subir, seja o Isack Hadjar ou o Arvid Lindblad?", questionou.

Atual oitavo classificado no campeonato, com 144 pontos, e o pior piloto entre os das quatro melhores equipas do pelotão, rumores sobre a sua continuidade correram no fim de semana de Singapura, ao ponto de ele poder abandonar a competição no final desta temporada. Rumores que "Checo" correu a desmentir nas redes sociais. 

terça-feira, 27 de agosto de 2024

Noticias: Horner quer saber onde perdem em relação à McLaren


No rescaldo do GP dos Países Baixos, onde a Red Bull perdeu em toda a linha, apesar de Max Verstappen ter conseguido superar Lando Norris nos metros iniciais, para depois acabar com mais de 20 segundos de diferença para o vencedor, Lando Norris, Christian Horner disse que a Red Bull tem de resolver os problemas do seu carro e a manter-se competitiva durante o resto da época, agora que tem uma vantagem de 70 pontos no campeonato de pilotos, a nove corridas do final da temporada.

Em primeiro lugar, parabéns à McLaren e ao Lando [Norris], o carro deles esteve numa liga diferente. Fizemos tudo o que podíamos e o Max converteu o segundo lugar numa liderança no início, mas via-se que ele não conseguia competir com o ritmo do Lando.", começou por afirmar.

"Em retrospetiva, a aposta que fizemos com mais downforce, depois de muito pouca pista na sexta-feira, talvez não tenha sido o melhor caminho. Temos de perceber onde está o défice em relação à McLaren e como podemos melhorar o desempenho do nosso carro, temos algumas ideias e vamos trabalhar arduamente para isso." continuou.


Em relação ao campeonato, Horner afirmou que o facto de agora estarem atrás da McLaren, depois de um inicio de temporada dominador, mostra até que ponto as coisas mudam com o tempo e com a evolução dos carros na temporada. 

É notável que essa seja apenas a segunda vitória de Lando com esse carro. Ele está a conduzir bem, está a ganhar confiança. A pressão está sobre nós para respondermos. Estamos habituados a estar na luta pelo campeonato ao longo dos anos, vamos lutar com tudo o que temos nas restantes corridas.”, começou por afirmar.

Acho que temos de conduzir com o campeonato em mente e houve sete vencedores de corridas diferentes este ano. Por isso, se não podemos ganhar, temos de marcar pontos. Só mostra que as coisas podem mudar muito rapidamente. Estávamos a ganhar corridas por 20, 25 segundos, e o Stefano [Domienicalli] estava a pedir-nos para abrandar nas primeiras cinco corridas. E depois as coisas podem mudar muito rapidamente, o que significa que também podem mudar para o outro lado”.

"Vamos ter de reagir e estou confiante de que temos a força e a profundidade necessárias para o fazer. O Max tem 70 pontos de vantagem no Campeonato de Pilotos, mas temos de continuar a pontuar como equipa e, nos dias em que não podemos ganhar, temos de terminar em segundo." 

"O Checo também fez uma condução sólida e, olhando para o seu ritmo, pareceu forte, especialmente na segunda metade da corrida, o que é positivo."

"Portanto, temos muito trabalho pela frente, mas aprendemos muitas lições este fim de semana que podem ser muito valiosas, experimentámos algumas coisas no carro e temos bons dados para avaliar. Temos de garantir que utilizamos esses dados; é altura de digerir o que aconteceu aqui e tentar recuperar em Monza.”, concluiu.

A Formula 1 regressa este final de semana em terras italianas. 

terça-feira, 30 de julho de 2024

Noticias: Sérgio Pérez fica na Red Bull


Depois de semanas de especulações sobre se iria continuar na Red Bull depois das férias, e de gente como Helmut Marko ter dito que o piloto mexicano "entrou em colapso mental", Christian Horner anunciou esta semana aos funcionários da equipa, em Milton Keynes, que "Checo" ficaria na Red Bull como segundo piloto de Max Verstappen depois das férias de agosto.

Tudo indica que isto tenha sido uma decisão pessoal de Horner, que pretende manter o equilíbrio e a estabilidade da equipa. Para além disso, manifestou confiança no desempenho futuro de Pérez nas pistas onde se destacou anteriormente, após a pausa de verão. Contudo, se ele pensa de uma maneira, já Helmut Marko tinha outras ideias para o resto da temporada, largar o mexicano a favor de Daniel Ricciardo, colocando Liam Lawson na Racing Bulls, ao lado de Yuki Tsunoda.

Não está a ser uma temporada muito fácil para Pérez. Neste momento tem 131 pontos, contra os 217 que tinha em 2023. Para piorar as coisas, a concorrência aumentou bastante, com Mercedes, McLaren e Ferrari a ganharem poles e sobretudo, vitórias, secundarizando Pérez nesta temporada. Para piorar as coisas, esses resultados tem vindo a custar à Red Bull pontos importantes na luta pelo Campeonato de Construtores, tendo-se assistido a uma aproximação progressiva da McLaren e ainda da Ferrari e da Mercedes, havendo o sério risco de a equipa de bandeira austríaca perder o ceptro deste ano.

Pérez assinou há algumas semanas uma extensão do seu contrato até ao final da temporada de 2025, com opção por mais uma temporada.   

segunda-feira, 8 de julho de 2024

Horner: "Falta de pontos do Pérez é insustentável"


Parece que o mau momento de Sérgio Pérez já incomoda Christian Horner. Semanas depois da sua renovação, e depois de duas corridas sem pontuar, o diretor da Red Bull acha que esse mau momento do piloto mexicano pode prejudicar as chances da equipa no Mundial de Construtores.

É claro que é frustrante quando os dois carros não têm um desempenho semelhante”, comentou Horner após a corrida britânica. “Foi frustrante perder o Checo na Q1. Ele falhou [o primeiro treino] devido à condução de Isack Hadjar. Provavelmente deveria estar entre os seis primeiros e depois perder o carro na Q1 foi muito frustrante. Este fim de semana nada lhe correu bem." continuou. 

"Fizemos uma aposta na corrida. Ele começou com o pneu duro, estava a fazer um bom progresso no início da corrida. A chuva começou a chegar, ele estava em P15 ou 16 na altura. Nessa altura, é preciso lançar os dados, como aconteceu com o Leclerc. Passámos para os intermédios. Se a chuva tivesse aumentado, ele teria sido um herói. Não foi o caso, por isso tivemos uma paragem extra e a perda de tempo. É óbvio que há muito para analisar no fim de semana. Ele sabe que é insustentável não estar a marcar pontos. Temos de marcar pontos e ele sabe disso. Ele conhece o seu papel e o seu objetivo e, por isso, ninguém está mais ansioso do que o Checo para regressar.”, concluiu.

Pérez é atualmente sexto classificado no Mundial de pilotos, com 118 pontos, e o seu último pódio foi em Xangai, quando conseguiu o terceiro lugar, atrás de Max Verstappen e Lando Norris, os dois primeiros classificados do campeonato. 

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

A(s) image(ns) do dia




Christian Horner é um dos mais bem-sucedidos diretores desportivos dos últimos 20 anos. Desde que pegou as rédeas da Red Bull, no final de 2004, quando esta comprou a Jaguar, que contratou os pilotos certos, como Sebastian Vettel, Mark Webber, Daniel Ricciardo, e por fim, Max Verstappen, conseguiu sete títulos de Construtores e outros tantos de pilotos. Tão bom como ele, só Toto Wolff, o atual diretor da Mercedes. Ao seu lado, teve gente como Helmut Marko, como conselheiro - curiosamente, do outro lado, na Mercedes, estava o seu compatriota Niki Lauda - e quando conseguiu atrair Adrian Newey, o "foguete" disparou, especialmente em 2009, quando aconteceu a primeira vitória. Curiosamente, meio ano depois de Sebastian Vettel ter ganho... pela Toro Rosso.

Ao longo deste tempo, soubemos do "segredo do sucesso". Gente como Marko pressiona os pilotos, quase ao nível do assédio, para darem o seu melhor, caso contrário, seriam despedidos. Muitos pilotos passaram por esse período, especialmente na Toro Rosso, um verdadeiro "assador" de talentos, e exemplos - que vão desde Daniil Kvyat até Alex Albon, passando por Jean-Eric Vergne e Pierre Gasly - basicamente fizeram com que a ida para a Red Bull fosse algo parecido com "um pacto com o Diabo". Que diga António Félix da Costa, que em 2013 parecia ter um lugar garantido na Toro Rosso, quando uma temporada mais ou menos na World Series by Renault deu lugar ao piloto russo. 

Muitos desses pilotos acabaram na Endurance e na Formula E, e quase todos eles continuaram a ganhar e a serem campeões noutras categorias. O que mostra que o talento... até tinham, o problema é a cultura dentro da Red Bull.

Aliás, suspeito que o Max é o que é e conseguiu o que conseguiu porque está habituado a esse tipo de cultura. O seu pai, Jos Verstappen, é desse tipo de pessoa. E chegou a ser condenado a tempo de prisão por isso.   

Mas pensava-se que era gente como Franz Tost ou Marko. Não Horner. Porque, aparentemente, ele fazia a pressão noutros lados. Dentro da fábrica.

Pelo menos, foi isso que aconteceu no inicio do ano. Uma empregada queixou-se do assédio que Horner fez, e um dos jornais, o neerlandês De Telegraaf, afirmou ter acesso a mensagens dele na rede social WhatsApp, onde a assediava, com fotografias incluídas. A Red Bull chegou primeiro a tentar um acordo, de 650 mil libras, segundo o jornal, mas o outro lado rejeitou. Assim sendo, aconteceu um inquérito interno e independente, segundo afirmam, e prometeram presentar os resultados antes da primeira corrida do ano, no Bahrein. 

E foi o que aconteceu. Esta quarta-feira, as conclusões foram divulgadas e a sentença foi a seguinte: ele não cometeu nada de errado. 

Muitos esperavam o contrário. Até julgavam que, com as cerca de "uma centena" de provas contra ele, a coisa era uma questão de tempo: ele iria ser afastado. Mas não aconteceu. O inquérito foi para as chefias - austríacas e tailandesas - e o resultado foi esse. Ilibado de todas as acusações.     

No mesmo dia, no Bahrein, e nas vésperas da primeira corrida do ano, a imprensa falou sobre "o assunto Horner" aos pilotos. O único a comentar sobre o caso foi Lewis Hamilton:

Essa é uma pergunta difícil. Acho que sempre temos que fazer mais para tornar o desporto e o ambiente em que as pessoas trabalham seguros e inclusivos. E qualquer alegação deve ser levada muito a sério.”, começou por afirmar o piloto da Mercedes.

Obviamente, não sabemos tudo o que aconteceu. Mas isso precisa ser resolvido, pois está pairando sobre o desporto e será muito interessante ver como será tratado daqui para frente, em termos do efeito que pode ou não ter sobre o desporto. Acho que é um momento muito importante para garantir que sejamos fiéis aos nossos valores.”, concluiu.

Semanas antes, quando o Williams FW46 foi apresentado, James Wolves, o seu diretor desportivo, afirmou, apesar das devidas escusas sobre o assunto em si, 

E tem razão.

Mas ao longo das semanas, desde que o escândalo foi revelado, que as pessoas falam sobre este assunto, dado imediatamente a sua sentença. Aliás, até já tinham garantido o seu despedimento. Quando nesta quarta-feira viram o que aconteceu, detestaram a decisão da Red Bull. E dou alguma razão neles. 

Contudo, tenho de me meter na posição do "advogado do Diabo". Independentemente do que vier a seguir. Primeiro que tudo, acho que todas as pessoas são inocentes até qualquer prowa em contrário. Segundo, nos tempos que correm, o "tribunal" da Internet é rapidíssimo a condenar as pessoas, muitas das vezes, sem ler as provas. É no "diz que disse". E com isso, o público torna-se juiz, júri e carrasco. 

Ora, não é assim que as coisas funcionam. Se funcionassem, não precisaríamos de tribunais, advogados, não precisaríamos de habeas corpus e Códigos Penais. Bastaria uma denuncia e já está: "pena de morte". Logo, por muito que não gostemos de determinada pessoa e das atitudes de determinada pessoa, tem o direito a defender-se. E claro, a justiça demora porque tem de refletir sobre as provas.

Contudo, no momento em que estou a escrever estas linhas, alguém enviou para todo o pelotão da Formula 1 - diretores de equipa, FIA, Liberty Media e os jornalistas - um ficheiro onde, alegadamente, estão as provas apresentadas contra Horner no inquérito da Red Bull e do qual ele acabou por ser ilibado.

Poderá ser um "malware", ou um "Trojan Horse"? Poderá ser o "plano B" que o outro lado decidiu ativar, como vingança, assim que soube da decisão da Red Bull, sabendo que alguém abrirá, meterá na Internet, sabendo que o ambiente está completamente contra ele, esperando por uma "caça às bruxas" e respetivo "linchamento"? E se for esse o caso, servirá de prova num inquérito futuro?

Acabou por não ser. Daquilo que já se leu até agora, a melhor definição cabe ao jornalista italiano Roberto Chinchero. Que afirma o seguinte:

"O e-mail foi enviado para mais de 100 pessoas, incluindo figuras seniores da Liberty Media e organogramas da FIA, bem como todos os chefes de equipe e uma grande representação de mídia credenciada com passes permanentes. Além disso, o endereço de e-mail de Jos Verstappen também foi incluído entre os destinatários. A assessoria de imprensa da Red Bull não confirmou se os documentos são genuínos ou falsos, mas no final esse aspecto é menos importante do que pode parecer.

O fato mais alarmante é querer desacreditar a figura de Christian Horner. Depois do comunicado divulgado ontem pela Red Bull sobre a conclusão da investigação interna, que isentou Horner das acusações, há quem não queira desligar os holofotes sobre o caso. A forma como uma ou mais pessoas operam anonimamente confirma uma determinação feroz que não tem problemas em cometer crimes como a divulgação de material privado e confidencial."

Outro jornalista disse sobre este assunto na rede social Twitter:

"Horner deverá ser o primeiro a exigir a desclassificação da documentação do processo, caso contrário a suspeita de uma sentença conveniente também permanecerá na mente de seus atuais colaboradores.

Posso estar errado, mas acho que sim. Uma vez iniciada a máquina de lama, seja você inocente ou culpado, você nunca apagará a dúvida da culpa daqueles que o rodeiam."

Bem sei que estou a ser um "advogado do Diabo", mas se é para que haja a ética empresarial que todos queremos, é preciso que estas coisas sejam feitas da maneira mais legal possível. Se queremos que aquilo que Lewis Hamilton disseram em público seja uma realidade, o linchamentos públicos pela Internet não ajudam.     

Noticias: Horner sente-se aliviado com o fim do processo


No dia seguinte à Red Bull ter ilibado Christian Horner das acusações de assédio a uma colega de trabalho, ele quebrou o silêncio sobre o assunto, afirmando-se "aliviado" pelo facto do inquérito ter terminado. Um dos episódios que marcaram a pré-temporada, o diretor desportivo britânico, de 50 anos, sempre negou as acusações com veemência e quer agora que a Red Bull esteja apenas focada na competição, que começa nesta quinta-feira no Bahrein.

Estou satisfeito com o facto de o processo ter terminado”, disse Horner à Sky já hoje no Bahrein. “Obviamente, não posso fazer comentários sobre o assunto, mas o foco está agora no Grande Prémio e na época que se avizinha e na tentativa de defender os nossos dois títulos. Não posso fazer mais nenhum comentário, mas o processo foi conduzido e concluído”. 

Contudo, este assunto pode não acabado. Esta tarde, uma conta anónima do Google Docs enviou para centenas de e-mails para jornalistas, responsáveis da FIA, Liberty Media, e outras entidades como diretores de outras equipas e gente como Stefano Domenicalli um ficheiro que, aparentemente, contêm fotos e conversas gravadas no WhatsApp entre Horner e a visada, entre outros. As tais "provas incriminatórias" que o outro lado apresentou contra Christian Horner no inquérito.

Iremos ver as consequências... caso o conteúdo seja verdadeiro.    

O GP do Bahrein arrancou hoje com os treinos livres, e a qualificação acontecerá amanhã à tarde, no circuito de Shakir. 

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Noticias: Horner ilibado das acusações de assédio


A Red Bull decidiu ilibar Christian Horner das acusações de assédio. A noticias foi dada esta tarde, nas vésperas do arranque da temporada de Formula 1, no Bahrein. Apesar de as mais de cem provas apresentadas contra ele, a firma de bebidas energéticas decidiu que o ex-piloto, e diretor, de 50 anos, não era culpado. Contudo, apesar de a Red Bull ter feito uma investigação justa e independente, não deu detalhes sobre qual teria sido o teor da acusação.

E para além disso, não só dá a investigação como encerrada, como não divulgará mais informações sobre o caso.

No comunicado emitido pela Red Bull Gmbh, controladora austríaca da Red Bull Racing, afirma-se: “A investigação independente sobre as alegações feitas contra o Sr. Horner está completa e a Red Bull pode confirmar que a reclamação foi rejeitada. O reclamante tem direito de recurso."

A Red Bull está confiante de que a investigação foi justa, rigorosa e imparcial. O relatório da investigação é confidencial e contém informações privadas das partes e terceiros que ajudaram na investigação e, portanto, não faremos mais comentários por respeito a todos os envolvidos. A Red Bull continuará a esforçar-se para atender aos mais altos padrões de local de trabalho”, concluiu.

Apesar de muita da confidencialidade que ronda este caso, o jornal "The Times" afirma que a razão pelo qual Horner acabou por ficar na equipa poderá ter sido o dono tailandês da marca, Chalerm Yoovidhya, que detêm 51 por cento da marca, numa altura em que no lado europeu, a marca ainda está em reestruturação, depois da morte de Dietrich Mateschitz, em 2022. Yoovidhya acha que não foram apresentadas evidências suficientes para retirar Horner do comando da equipa.

Mas provavelmente, este caso pode ainda não ter acabado. Por um lado, as desconfianças continuarão, mesmo depois da tempestade ter passado, como se, no futuro, alguma outra acusação surgir, este caso irá ser atirado na cara de Horner. Aliás, nas suas relações pessoais - ele é casado com a ex-Spice Girl Gerri Halliwell - esta polémica causou, alegadamente, tensões dentro da sua relação

A Formula 1 arranca neste final de semana com o GP do Bahrein.  

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Os pormenores da polémica com Christian Horner


A polémica com Christian Horner, que rebentou no inicio do mês, tem mais pormenores. Aparentemente, de acordo com o jornal neerlandês De Telegraaf, as acusações tem a ver com um assédio prolongado a uma funcionária da equipa, que incluiu mensagens de teor sexual. Mas na edição desta sexta-feira, o jornal deu mais pormenores.

Horner, como é sabido, terá enviado mensagens comprometedoras durante um longo período de tempo, tendo estas sido guardadas e apresentadas pela funcionária visada como prova ao advogado que lidera o inquérito interno da Red Bull. Já com o conhecimento do grupo Red Bull, os advogados terão tentado chegar a um acordo, com um pagamento de 650 mil libras esterlinas, quase 760 mil Euros, que a funcionária recusou, indo para o processo em tribunal, e claro, a divulgação pública do caso.

Ao mesmo tempo, a publicação RacingNews365 adianta, também durante esta sexta-feira, que o co-proprietário da marca, o tailandês Chalerm Yoovidhya - que detém 51% da Red Bull GmbH - tem uma posição “ambivalente” em relação a este caso. 

Entretanto, uma outra noticia, que apareceu no jornal britânico The Times afirma que a Red Bull pretende que a investigação de Christian Horner seja resolvida o mais rapidamente possível, em princípio, já na próxima semana. 

E claro, o diretor da equipa nega todas as acusações, voltando a afirmar no programa Today, da BBC4, a sua inocência.  “Em primeiro lugar, nego obviamente as alegações que foram feitas, mas estou a passar por um processo e respeito totalmente esse processo. Por isso, para mim, tudo continua normal, concentrado na época que se avizinha". começou por afirmar. "E é claro que é uma distração para a equipa. Mas a equipa está muito unida, está muito concentrada na época que se avizinha e tem-me dado um enorme apoio. Estou ansioso pela época que temos pela frente.”, concluiu. 

Veremos como é que este caso acabará. E o risco de isto se tornar em algo que poderá abalar a equipa mais vencedora da Formula 1 nos últimos 20 anos é bem possível.  

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

A imagem do dia

Somos todos seres humanos. Isso é um facto. 

E como temos dias gloriosos, também temos "dias de cão". Só que alguns se esquecem que, quando estão em posições de charneira, eles não poderão cometer qualquer deslize. Nenhum. Porque a responsabilidade é enormíssima. E não é por serem, por exemplo, "role models" para centenas de milhares, senão, milhões de pessoas. 

Mas também para uma minoria, essa gente - humana, volto a referir - que espera qualquer deslize para que este caia. E com o maior estrondo possível. A alguns, poderá ser pessoal. Mas a outros, aplicam o principio falado há mais de cinco séculos por Niccoló Machiavelli: Aos amigos, tudo, aos inimigos, toda a força da Lei. Ou seja... politica. 

E Christian Horner é um ser humano que entrou na história por ser um dos diretores desportivos mais importantes da história da Formula 1, a par de gente como Alfred Neubauer, Colin Chapman, Ron Dennis, Frank Williams ou hoje em dia, Toto Wolff. E conquistou títulos mundiais pela Red Bull - sete, até agora - e uma dupla imbatível com Helmut Marko, com Adrian Newey nos bastidores. Aos 50 anos, o britânico, ex-piloto (medíocre) que pegou na Arden, na Formula 3000 e começou a treinar-se para pegar na Red Bull, onde está desde 2005, e conseguiu colocar onde ela está, poderá ter os dias contados no seu "bebé".

Porquê? Porque, aparentemente, foi humano. E todos os humanos tem um dia de cão. E quando tens os teus dias de cão, cometes deslizes que mais tarde, regressarão a ti como se fossem boomerangs.

Segundo as noticias que correm desde segunda-feira, dia 5 de fevereiro, na imprensa internacional, Horner está a ser investigado por "conduta imprópria". E essa conduta, agora que se sabem dos pormenores, refere que ele mandou imagens de si mesmo a uma funcionária da Red Bull. E aposto o que quiserem, não são aquelas imagens que dão para autógrafos. São do outro tipo. Creio que a palavra - em inglês - começa por D... 

É uma bola de neve. Séria. Muito séria. E pelo seu lado humano, nestes dias que correm, a sua imagem pública ficou afetada. E também nestes dias que correm, pessoas que cometem este tipo de assédio, só tem uma saída: a da porta. E lá, tem de entregar o cartão. 

Só que, caso aconteça isso, poderá desencadear uma avalanche. É assim: se Horner sair, existem cláusulas no contrato dele que podem levar à saída de... Adrian Newey, o projetista dos carros vencedores da equipa. E como sabem, a equipa, como todas as outras, é feita de muita gente, e estes dois, mais Max Verstappen, foram parte de uma espinha dorsal vencedora. E eis o dilema: se for considerado culpado, a porta da rua terá de ser indicada, e se calhar, sem que pague indemnização (que se calhar, é isso que a Red Bull quer). Mas com isso, poderá ficar sem diretor desportivo, sem projetista... e será que garantirá o seu piloto principal, aquele que está a ganhar tudo? 

Não sabemos se foi um erro, se foi um assédio, ou um deslize, mas a história está a aparecer e poderá ser tão forte quanto a da saída de Lewis Hamilton da Mercedes para rumar à Ferrari. A saída de um dos mais titulados diretores desportivos do automobilismo, no auge da sua trajetória vencedora, por um erro humano - ou assédio proposital - é uma machadada numa das equipas mais bem sucedidas da história do automobilismo. 

Claro, pode-se perguntar: "mas o Helmut Marko manda umas bocas e não acontece nada.". Depende. Hoje em dia vivemos numa cultura que já não tolera coisas que eram toleradas no passado. Sexismo, racismo, assédio sexual, homofobia, transfobia... em certos países, é crime. E se algum dia, o teu patrão te manda "dick pics" ou te chantageia, afirmando que "se não abres as pernas, não te dou o aumento que mereces", isso é chantagem. Muito grave. E parece que as acusações que Horner está a ser referido cabem nesta categoria. 

Logo, pode não ter escapatória. Mas se acontecer... a casa poderá ir abaixo. 

Ainda é cedo para saber, mas inesperadamente, para Christian Horner, os seus dias na Red Bull poderão estar contados. Veremos como isto acabará, mas como se costuma afirmar, cá se fazem, cá se pagam. 

E o pagamento poderá ser avultado.        

As acusações a Chris Horner


No meio das apresentações de segunda-feira, uma noticia irrompia pelas redes sociais como faca quente em manteiga: O diretor desportivo da Red Bull, Christian Horner, era acusado de "conduta imprópria". As noticias apareceram na imprensa alemã, austríaca e neerlandesa, e contavam que o incidente tinha acontecido numa estância de ski na Áustria, e, alegadamente, Horner tinha mandado uma série de fotografias a uma funcionária da Red Bull.

Sabido do incidente da parte da diretoria, esta aconselhara a Horner para que apresentasse a demissão, mas ele recusou, afirmando que as acusações eram um "disparate", como acabou por afirmar ontem, à saída da reunião da FIA em Paris. 

Segundo conta o jornal neerlandês "De Telegraaf", terá sido a denuncia da uma funcionária que desencadeou tudo isto, e no qual entregou os ficheiros onde tinham as tais fotografias "inapropriadas". Outra publicação, a alemã "Motorsport-Total", garante que existe um "dossier incriminatório, que resume as acusações e está a ser analisado interinamente". 

Um porta-voz da Red Bull revelou ao mesmo jornal que: 

"Depois de a empresa tomar conhecimento de certas alegações recentes, foi iniciada uma investigação independente. Este processo, que já está em curso, está a ser realizado por um advogado externo especializado. A empresa leva estas questões extremamente a sério e a investigação será concluída assim que possível. Não é apropriado comentar mais neste momento.", concluiu.


E isto poderá ser uma bola de neve que poderá virar uma avalanche. Segundo conta o Joe Saward, existe uma cláusula, quer nos contratos de Horner, quer no de Adrian Newey, o projetista da equipa, em que a saída de um abre a porta à saída de outro. Ou seja, a Red Bull poderá provocar uma reação em cadeia que abalará um projeto que, neste momento, está a vencer em todas as frentes.

Como é óbvio, em Milton Keynes e em Salzburgo, estão todos fechados em copas em relação a esta situação. E não ficaria admirado que isto esteja a ser tratado com pinças. E quanto mais tempo demorar, isto poderá não diminuir, pelo contrário: Horner está na Red Bull desde o seu inicio, em 2005 - é o diretor desportivo que está no seu lugar há mais tempo - e o RB20, o carro para a nova temporada, será lançado a 15 de fevereiro, com Max Verstappen e Sergio Pérez.   

sábado, 30 de dezembro de 2023

Noticias: Ron Dennis será nomeado cavaleiro


O antigo patrão da McLaren, Ron Dennis, será nomeado cavaleiro do Império Britânico nas Honrarias do Ano Novo de 2023. Dennis, que cuidou dos destinos da McLaren entre 1980 e 2017, será a partir de agora em diante chamado de "Sir".

A sua condecoração tem a ver com as suas contribuições para a filantropia. Fundador de algumas fundações como a Podium Analythics, que visa as lesões desportivas na espinal medula, e a Tommy's, que visa o apoio para a perda de bebés durante a gravidez, algo que ele e a sua ex-mulher Lisa sofreram. Para além disso, fundou e preside à fundação Dreamchaser, que tem a ver com a redução da pobreza um pouco por todo o mundo.    

Nas mesmas honrarias, Christian Horner, patrão da Red Bull, também foi condecorado, passando agora a ser CBE, pelos seus serviços ao automobilismo.

Dennis, agora com 76 anos, esteve na McLaren entre 1980 e 2017, depois de ter chegado através da Project Four, e com o poio da então patrocinadora Marlboro, transformou-a numa das melhores da Formula 1, ganhando os campeonatos de Construtores de 1984, 1985, 1988, 1989, 1990, 1991 e 1998, mais nove de pilotos, em 1984-86, 1988-91, 1998 e 2008. Saiu do leme da equipa desportiva em 2009, para se dedicar à parte dos carros de estrada, antes de regressar á competição em 2014, saindo em 2017, por causa de uma luta de poder com Mansour Ojjeh, depois de ter trazído a Honda para a Formula 1 em 2015... com resultados desastrosos. 

Pela equipa, passaram gente como Niki Lauda, Alain Prost, Ayrton Senna, Mika Hakkinen e Lewis Hamilton, todos acabando como campeões do mundo, e outros como Keke Rosberg, John Watson, Gerhard Berger, David Coulthard, Fernando Alonso, Kimi Raikkonen, Juan Pablo Montoya, Heikki Kovalainen, Jenson Button e Sergio Pérez, entre outros, foram pilotos e triunfaram pelas cores da equipa de Woking.        

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Youtube Formula 1 Interview: Christian Horner e o problema da temperatura em Las Vegas

Como já afirmei ontem, o tempo em Las Vegas será muito frio na noite de sábado, pelas 22 horas, que é quando começará a corrida - 6 da manhã de domingo, no nosso fuso horário. Serão 7ºC nessa hora, o que poderá ser complicado para aquecer os pneus, e poderá ser uma das corridas mais gélidas da história da Formula 1. 

E é por causa disso e outras coisas que a Bloomberg decidiu entrevistar Christian Horner sobre este e outros temas, e o que poderá estar em causa.  

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Youtube Motorsport Video: A carreira (falhada) do piloto Christian Horner

Christian Horner poderá ir para o panteão do automobilismo como sendo um dos melhores managers de uma equipa de Formula 1, a par de gente como Ron Dennis, Jean Todt, Ken Tyrrell ou Colin Chapman. É ele que está na frente da Red Bull desde a sua chegada à Formula 1, há quase duas décadas, e foi ele que conseguiu todos os títulos que a marca conseguiu desde 2010, a par de Helmut Marko e Adrian Newey.

Contudo, só muito por alto se fala que ele foi piloto. Que chegou a andar na Formula 3000, na Arden, correndo ao lado de gente como Juan Pablo Montoya, Mark Webber, entre outros e... não foi grande coisa. 

Assim sendo, hoje, o Josh Revell decidiu fazer um video sobre as suas façanhas quando conduzia carros a alta velocidade. Se calhar, até poderia ser um caso de "estar na profissão certa, mas na seção errada."

quinta-feira, 3 de março de 2022

Noticias: Red Bull confirma renovação com Verstappen


A Red Bull confirmou hoje que Max Verstappen assinou com a equipa por mais seis temporadas, ficando até o final de 2028. O contrato, do qual se fala que ele ganhará 55 milhões de dólares por ano, será até quando ele tiver 31 anos, e provavelmente com mais de 300 Grandes Prémios no bolso.

Na véspera, sem entretanto confirmar o contrato, o piloto neerlandês afirmou que, mais do que guiar para títulos e vitórias, também pretende divertir-se na Formula 1. 

Mesmo depois de ganhar o título mundial, a minha ambição continua a ser ganhar corridas e títulos. Agora não temos de pensar nisso [o contrato], sabemos quanto tempo dura e podemos continuar a trabalhar”, disse Verstappen num vídeo publicado pela Red Bull Racing. “Além disso, não se trata apenas de ganhar e lutar pelo título mundial, mas também é importante aproveitar e divertir-me. Quero desfrutar do meu tempo na Fórmula 1”.

Para Christian Horner, a renovação do contrato com Max não só dará estabilidade ao piloto, permitindo-se focar naquilo que interessa - guiar para vencer corridas e ganhar títulos - como também a equipa ter conseguido ficar com alguém que consideram como um dos mais talentosos pilotos da atualidade.

Penso que demonstra o compromisso que a Red Bull tem com o Max e o Max com a Red Bull. Creio que é uma notícia fantástica para toda a equipa. Mostra também a crença no que estamos a fazer, pelo que não se pode começar a época de melhor forma. Um acordo até 2028 é fenomenal para nós”, começou por dizer Horner num vídeo da equipa. 

É muito importante para nós termos essa continuidade. Sempre acreditamos nisso. O facto de nos termos comprometido com o Max por um período tão longo, com o ano de transição em 2026, onde nos tornamos um fabricante e fornecedor independente de motores, é fantástico”.