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domingo, 31 de janeiro de 2021

A(s) image(ns) do dia






Ainda me lembro da primeira vez que um português ganhou em Daytona. Fora João Barbosa, em 2010, e parecia que era algo único, que iria ficar na vitrine do automobilismo português por muito tempo, como se fosse uma espécie de "Evereste" do qual iriam admirar por muitos e bons anos. Afinal... fomos enganados. No bom sentido.

É que depois daquela vitória de João Barbosa, ele venceu mais duas vezes, em 2014 e 2018, uma delas com Filipe Albuquerque ao volante, em 2018, e ainda tinha o brasileiro Christian Fittipaldi a acompanhá-los. O piloto de Coimbra já se sabia que era bom na Endurance, correndo quer na LMP2, quer na LMP1, quando tinha a chance. Mas nos últimos tempos, ele começou a mostrar a sua solidez, vencendo quer o campeonato LMP2, quer conseguindo uma vitória na categoria nas 24 Horas de Le Mans.

Mas este ano, a Endurance foi diferente. Com os novos regulamentos a entrarem, as equipas mais poderosas querem os melhores pilotos. E a Wayne Taylor Racing quer os melhores. Como o Filipe. Para Daytona, colocou-o ao lado de Ricky Taylor e Alexander Rossi, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, e Hélio Castroneves, que já venceu no "Brickyard" por três vezes.

E foi uma luta dura. Uma corrida de 24 horas já não é um teste de resistência aos motores e outros componentes, agora é uma corrida de sprint que dura um dia inteiro. E as coisas estiveram tão próximos um dos outro e relação ao segundo classificado que na última hora, um volante que deveria ser para Ricky Taylor, caiu para as mãos de Filipe Albuquerque. A razão era simples: ele têm mais sangue frio do que a concorrência. E essa confiança não foi abalada. Ele levou o seu carro ao fim, e no primeiro posto, enquanto o Cadillac guiado por Renger van der Zande e Kevin Magnussen, entre outros, furou e atrasou-se na corrida para a vitória.

E havia mais razões para essa confiança: a Wayne Taylor Racing queria vencer pela terceira vez consecutiva esta prova, a bordo do seu Acura, e também para prestigiar a sua equipa como uma das melhores da atualidade. No final, correu tudo bem, e para todos eles, esta vitória só veio prestigiar todos os que correram nela. Quer pela distância entre eles, quer pelas dificuldades, quer pelo prestigio. 

E nós, de um, que parecia ser algo unico e irrepetível, chegamos agora à quarta vez que um português vence por aqui. Começa a ser um hábito festejarmos por aqui. 

quinta-feira, 28 de julho de 2016

O lugar mais desejado da Formula 1

O lugar mais desejado da Formula 1 neste momento está nas traseiras. Como assim? Eu explico. Imaginem uma equipa que anda pelos últimos lugares da grelha, mas tem o melhor motor do mercado, e que basta ter um chassis adequado à ocasião para dar o pulo que tanto merece. E já tem um bom piloto nas suas fileiras. Estão a ver qual é a equipa. Se ainda não adivinhou, digo agora: é a Manor. E porque é que este é um lugar desejado? Digamos que não tem a ver com Pascal Wehrlein, mas sim com o seu companheiro de equipa, o indonésio Rio Haryanto.

É sabido desde o inicio da temporada que Haryanto anda a tentar arranjar dinheiro para fazer todo o ano. A Petramina deu-lhe cerca de 15 milhões para correr, mas precisa de pelo menos mais oito milhões para resolver a questão, e fala-se que depois de julho, o dinheiro acaba, e se ele não arranjar mais, poderá ir fora, apesar das garantias vindas da própria Manor para que não se preocupe com o assunto, que tem tempo para arranjar dinheiro. Chegou a haver uma campanha para que os indonésios (o arquipélago, de maioria muçulmana, tem mais de 200 milhões de pessoas) ajudassem com SMS, mas parece que não deu muito resultado...

Resultado final: o lugar é muito cobiçado, pelo menos a partir de setembro. 

E digo isto porque um dos candidatos é o americano Alexander Rossi, o piloto que surpreendeu tudo e todos ao vencer as 500 Milhas de Indianápolis, sendo o primeiro "rookie" a alcançar esse feito em mais de 15 anos. Com o campeonato da Indy Car Series a terminar em setembro, ele pode estar disponivel a tempo da Formula 1 andar de novo por paragéns asiáticas, a partir do GP de Monza. Caso faça, pode fazer seis provas, da Malásia até Abu Dhabi. Sendo ele terceiro piloto da marca este ano, depois de ter andado por algumas corridas no ano passado, ele poderá atrair mais americanos para ver este desporto, ainda por cima depois da vitória no "Brickyard". Mas isso seria apenas no final do ano, diga-se, pois para a próxima temporada, isso seria uma incógnita.

Isto porque Rossi corre numa equipa que usa motores Honda nos Estados Unidos. Ter uma equipa com motor Honda seria ótimo, mas os japoneses não vão pensar nisso em 2017, não enquanto a marca fizer um bom motor para a McLaren. E isso também se aplica a Stoffel Vandoorne, terceiro piloto da McLaren este ano, mas que está ligado à Honda e este ano está a correr na Super Formula japonesa.

Assim sendo, quem poderá sobrar? Um francês, Esteban Ocon, é uma grande chance. Atualmente com 19 anos (nasceu a 17 de setembro de 1996), é piloto interessante: terceiro piloto da Renault, é piloto de desenvolvimento... da Mercedes. Atualmente na DTM, ele foi o campeão da GP3 no ano passado, depois de em 2014, ter vencido a Formula 3 europeia, conseguindo bater Max Verstappen.

Ter Ocon na Manor em 2017 seria muito bom para a Mercedes. Apesar desta equipa poder virar uma "Mercedes B" ou "Mercedes Junior Team", poderá ser que a equipa ache a ideia interessante, pois poderia ter em compensação um belo desconto nos motores alemães, ou então uma melhor evolução do motor, capaz de dar o tal salto que precisam para sair do fundo do pelotão. Mas este ano, Ocon luta para conseguir uma boa posição no DTM (só tem dois pontos até agora), logo, pode ser que isso espere por mais algum tempo. E ainda tem mais uma coisa: a Renault pode perfeitamente usá-lo no final da temporada, um pouco para se livrar de um dos pilotos que "herdou" dos tempoda da Lotus, como Joylon Palmer.

Em jeito de conclusão: parecendo que não, há um lugar em perigo. E muito talento para poder preencher.

sábado, 4 de junho de 2016

Rumor do dia: Haryanto até Hungaroring?

Já se sabe desde há algum tempo que Rio Haryanto, o primeiro piloto indonésio da história da Formula 1, andava à procura de orçamento para cobrir o que é necessário para poder completar a sua primeira temporada na categoria máxima do automobilismo, mas os rumores sobre a sua capacidade de arranjar esse dinheiro nunca deixaram de existir, apesar dos apelos do governo para o ajudar nesse sentido. E este sábado, as dúvidas sobre se ele acabaria ou não a temporada aumentaram mais quando surgiram declarações... da sua mãe, Indah Pennywati

Ela disse, numa entrevista à agência de noticias Antara, que a procura de um patrocinador tem sido complicada. "Estamos nos esforçando para encontrar um patrocinador que cubra o montante rque falta [de 8,5 milhões de dólares]", começou por dizer.

"Estamos fazendo o nosso melhor para encontrar um patrocinador", continuou, revelando também que o prazo para tal já passou há algum tempo. Mas também disse que a Manor está disposta a esperar mais algum tempo para que possam arranjar o montante necessário. "Essa é a única coisa que eles pedem de nós, realmente", concluiu.

Mais interessante é que os rumores sobre quem o poderia substituir não falam que o americano Alexander Rossi - piloto de reserva da equipa - poderia ficar com o lugar. É sim... o venezuelano Pastor Maldonado, que provavelmente deverá ter algum do dinheiro que sobrou dos patrocinios milionários da PDVSA, e já disse que procurava ativamente um lugar para a temporada de 2017.

terça-feira, 31 de maio de 2016

A(s) image(ns) do dia


"The Money Shot", ou se preferirem, o dia seguinte à corrida. É uma altura onde o piloto posa dentro do seu carro, com a coroa de louros, com o enorme troféu Borg-Warner, e em muitos aspectos, com os maços de notas que vai receber por ter vencido por lá. Foi assim que o Emerson Fittipaldi se mostrou ao mundo em 1989, quando comemorou a sua primeira vitória no "Brickyard", e se calhar, muitos tiveram a consciência de o que é aquilo.

Alexander Rossi - que até domingo poucos sabiam quem era - ganhou só para ele cerca de 2,5 milhões de dólares. Isso representa cerca de 20 por cento dos 13,2 milhões de dólares que a organização tem para distribuir por todos os participantes desta corrida. Só o 31º classificado, Buddy Lazier, leva para casa cerca de 200 mil dólares... 

Para o jovem piloto de 25 anos, esta vitória "caída do céu", no seu primeiro ano na IndyCar, é uma grande recompensa, e se calhar compensa o facto de não ter ficado na Formula 1 depois de meio ano na Manor. Apesar de tudo, Rossi não perdeu os laços à outra competição, já que é piloto de reserva na mesma equipa. E provavelmente, dado que a competição acaba em setembro, poderá, quem sabe, voltar a um carro de Formula 1 nas últimas provas do ano, especialmente em Austin. É que muitos sabem que Rio Haryanto ainda recolhe dinheiro para ver se faz toda a temporada deste ano...

Uma coisa é certa: vai ser um ano inesquecível para Rossi, com esta vitória. E sabe-se lá que portas é que não abriu na Formula 1, não é?

domingo, 29 de maio de 2016

A imagem do dia (II)

Como sempre, as 500 Milhas de Indianápolis foram emocionantes, e o final foi imprevisível. Numa corrida onde pilotos como Ryan Hunter-Reay, James Hintchcliffe, Tony Kanaan e Hélio Castro Neves, o final foi um de nervos.

Contudo, os nervos nem foram tanto por causa de uma batida qualquer que uniu o pelotão e as ultrapassagens foram imensos nos metros finais. Foi mais um final de nervos em relação a saber quem teria gasolina suficiente para chegar ao fim. Com depósitos que não dão mais do que 35 voltas, e as últimas paragens a acontecer por volta da volta 155, muitos andaram no limite, especialmente nas cinco voltas finais.

Nessa altura, as coisas ficaram decididas por dois jovens pilotos: o colombiano Carlos Muñoz e o americano Alexander Rossi. Muñoz não aguentou e fez um "splash and dash" a três voltas do fim, ficando no segundo posto e esperando que Rossi não chegasse ao fim se escolhesse por ir até à meta. O piloto da California escolheu seguir até ao fim... e bastou. Mesmo a correr com vapores dentro do seu depósito, a distância para Muñoz era mais do que suficiente para se tornar no primeiro "rookie" em dezasseis anos a vencer as 500 Milhas. Ainda por cima, ganhou com o numero 98, o mesmo que Dan Wheldon tinha em 2011... e claro, Rossi ficou sem gasolina no caminho para o pódio, antes de receber a coroa de louros e beber o leite.

Aos 25 anos de idade, Alexander Rossi foi um americano foi decidiu ir para a Europa para tentar a sua sorte como piloto de Formula 1. Andou na GP2 - foi vice-campeão em 2015 - foi piloto de testes pela Caterham e Manor, e em 2015, correu em cinco Grandes Prémios por esta última equipa, no lugar de Roberto Merhi. E este ano, enquanto corre pela Andretti, também é piloto de reserva da equipa que tem este ano Rio Haryanto e Pascal Wehrlein. Se calhar, depois disto, deverá pensar que é melhor ficar-se pelas Américas do que correr na Europa...

Já Muñoz, na sua quarta participação, ele bateu de novo "na trave". Depois de ter sido o "rookie do ano" em 2013, ao ser segundo, e ser quarto, em 2014, teve este ano mais uma grande chance de alcançar o lugar mais alto do pódio, numa corrida bem calma e a aproveitar os deslizes dos outros. Chegou ao primeiro lugar na parte final da corrida, graças a uma estratégia inteligente, e este muito perto de suceder a Juan Pablo Montoya. Foi azar dele e sorte dos outros...

Mas foi assim as 500 Milhas de Indianápolis de 2016, num domingo cheio de automobilismo. No próximo ano, haverá mais, sem dúvida!

quarta-feira, 9 de março de 2016

Noticias: Alexander Rossi vai ser piloto reserva da... da Manor

Não, não vai ser como Will Stevens, que vai correr pela mesma equipa, mas na Endurance. É que o americano Alexander Rossi, que já tem a sua vida feita na IndyCar, sendo quarto piloto da Andretti, também será piloto de reserva da marca, e estará presente em onze fins de semana, em paralelo com a sua temporada nos Estados Unidos.

Dave Ryan, o diretor desportivo da Manor, explicou a situação: “Precisávamos de alguém seguro para este lugar, que fosse capaz de se sentar no carro a qualquer momento e que ajudasse a desenvolver o carro. O Alex fez um excelente trabalho a pilotar para nós o ano passado e achamos que é a pessoa ideal para isto”.

Quanto a Rossi, apesar de fazer a sua temporada na IndyCar, ainda acredita que tem lugar na Formula 1: “Não posso ficar à espera que as coisas aconteçam. Esta é a minha maneira de continuar ligado à F1 e pronto para entrar em qualquer momento. Vou ter um programa muito preenchido este ano mas também estou orgulhoso de estar ligado à Andretti Autosport na IndyCar”, comentou.

A sua estreia na IndyCar vai acontecer este fim de semana, nas ruas de St. Petersburg, uma semana antes do inicio da Formula 1, em Melbourne.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

IndyCar: Alexander Rossi vai correr na Andretti

Poucos dias depois de saber que não iria correr pela Manor em 2016, Alexander Rossi não perdeu tempo e foi à procura de lugar para correr esta temporada. E encontrou logo na IndyCar, indo correr no quarto carro da Andretti Autosport, que estava vago até agora. 

"Estou muito ansioso para fazer minha estréia na IndyCar Series nesta temporada e estou orgulhoso para fazê-lo uma equipa com um pedigree tão grande como é a Andretti Autosport", começou por dizer o piloto de 24 anos, no comunicado oficial. "Como piloto, não posso esperar para começar, o nosso objetivo é ser competitivo logo na primeira corrida da temporada, em St. Petersburg", continuou.

Para Rossi, que foi vice-campeão da GP2 em 2015 com três vitórias e piloto da Manor por cinco provas no mesmo ano, poderá ser um sério candidato a ser o "Rookie do Ano", ao lado de Conor Daly e do britânico Max Chilton. Agora, só falta um lugar para preencher, na Dale Coyne. O italiano Lucca Filippi é um dos favoritos ao lugar.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Aluga-se: cockpit

Em 1975, Frank Williams estava no inicio da sua carreira como construtor, e as coisas tinham as suas dificuldades. Até ali, tinha adquirido chassis de outras marcas (Brabham), geriu com chassis feitos por encomenda por outras equipas, (De Tomaso, Iso-Marlboro) e em 1974 lá construiu o seu primeiro chassis próprio, batizado de FW04. Nesse ano, tinha arranjado um bom piloto, o francês Jacques Laffite, e conseguido o seu primeiro resultado de relevo, um segundo lugar no GP da Alemanha.

Contudo, se Laffite corria na equipa dele, ao mesmo tempo que tentava vencer o Europeu de Formula 2 (objetivo que conseguiu alcançar), o segundo carro era alugado pela melhor oferta. Pilotos como Tony Brise corriam quando Laffite não podia, mas outros aproveitavam a oferta de correr pelo segundo chassis para pagar as contas das deslocações da equipa. Arturo Merzário pagou por seis corridas, mas outros andaram por lá apenas uma vez, desde o suiço Jo Volanthen até à italiana Lella Lombardi, (na foto, em Watkins Glen) passando pelo sul-africano Ian Scheckter, o italiano Renzo Zorzi e o francês Francois Migault, entre outros.

Tanta gente à volta do mesmo carro fez com que a FIA decidisse a partir dali limitar o numero de pilotos na equipa na mesma temporada. Hoje em dia, esse limite é de quatro pilotos por equipa, do qual nem todos usam, claro. Contudo, hoje surgiu uma ideia relacionada com a única equipa que ainda tem um lugar vago: a Manor Racing, agora gerida por Stephen Fitzpatrick, que no ano passado ajudou a salvar a equipa da falência e que este ano tem motores Mercedes e um piloto garantido, o alemão Pascal Wehrlein.

Com tudo feito e a entrada de alguns nomes de peso na área técnica - Pat Fry, por exemplo - há grandes expectativas sobre quem irá guiar os carros na temporada de 2016. O grande favorito à vaga é o indonésio Rio Haryanto, que pode ter conseguido juntar boa parte do dinheiro que a equipa exige, cerca de 15 milhões de euros, mas poderá haver mais dois candidatos, na figura do britânico Will Stevens e no americano Alexander Rossi

Ora, hoje surgiu a chance de repartir o lugar... por três. Segundo me conta o meu amigo João Pedro Quesado no seu sitio no Facebook (a fonte é o jornal finlandês Ilta Sanomat), o Comissário, afirma que todos eles pagariam cinco milhões de euros cada um, e a coisas ficariam espalhados nos seguintes termos: sete corridas para cada um, com o indonésio a correr nas corridas asiáticas, Rossi nas corridas das Américas (Estados Unidos, Canadá, México, Brasil e mais três) e Stevens com as corridas europeias. Tenho de procurar a fonte do qual ele afirma ter visto essa chance, mas não é irrealista.

Uma coisa é certa: daria experiência a todos e seria uma forma de compensar os candidatos ao lugar. Mas ter uma confusão destas numa equipa como a Manor só demonstra que as coisas por ali não são lá muito bem geridas. Isto faz me lembrar como eram as coisas na Hispania, em 2010, no seu primeiro ano na Formula 1, onde tiveram quatro pilotos ao longo da temporada: Bruno Senna, Karun Chandhok, Sakon Yamamoto e Christian Klien. E passa uma má ideia na Formula 1, algo do qual Bernie Ecclestone nunca gostou muito e provavelmente poderá estar por trás da razão pelo qual John Booth e Gaeme Lowdon sairam dos seus lugares e decidiram montar a sua equipa na Endurance, comprando um LMP2 e continuando o nome no automobilismo.

Resta esperar pelo dia 22, data em que, alegadamente, será apresentado o novo chassis da Manor. Veremos quem estará (ou estarão) ao lado de Wehrlein.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Como andam as coisas na Manor?

Em outubro, nas vésperas do GP do México, parecia que a Manor teria um futuro risonho: motores Mercedes em 2016, financiador na figura de Stephen Fitzpatrick e alguns patrocinadores a aparecer nos chassis dos seus carros. A equipa, que tinha começado em 2010 como Virgin, e que depois passou para Marussia, tinha conseguido dois pontos em 2014 graças ao nono posto de Jules Bianchi no Mónaco, meses antes do seu acidente fatal, no Japão. Agora com dinheiro e um motor competitivo, o salto para o meio do pelotão parecia ser um facto.

Contudo, no fim de semana do GP do México, os seus dois diretores, John Booth e Graeme Lowndon, anunciaram a sua demissão da equipa, alegando divergências com o seu financiador. As razões expuseram toda uma série de divergências entre os diretores da Manor e o seu principal financiador em relação aos rumos que queriam tomar no futuro. Booth e Lowndon são pessoas que vivem o automobilismo por dentro (a Manor Motorsport é de 1990, com triunfos e títulos na Formula 3 britânica, por exemplo), enquanto que Fitzpatrick, com o seu conglomerado Ovo, parece ser um daqueles empreendedores que pretende comprar barato para vender caro, algo que por exemplo, Bernie Ecclestone não deseja, e como já expliquei sobre isso há cerca de um mês

Passado algum tempo, há algumas novidades no horizonte, e duas delas são as seguintes: Fitzpatrick pediu autorização para colocar outro nome na equipa, e os dois homens da Manor vão continuar com o nome, mas no WEC.

Comecemos pelo fim: ambos, Lowndon e Booth, foram vistos no fim de semana das Seis Horas do Bahrein, a ver as coisas a passar, e segundo conta hoje o site dailysportscar.com, é altamente provável que ambos voltem à carga com um prótótipo da LMP2, desconhecendo saber qual. O site fala que os planos de ambos serão revelados nos próximos dias, e que terão os direitos ao nome Manor, tanto que já apareceu uma conta no Twitter cujo endereço é @realManor. E claro, fala-se que ambos ficaram impressionados com a organização e a estrutura da competição.

Quanto a Fitzpatrick, o nome que deseja para a sua equipa ainda não é sabido, mas tudo indica que não será o grupo Ovo. Já em relação aos pilotos, sabendo o que têm em mãos, ele está a definir um preço para que as suas vagas - agora altamente cobiçadas - sejam preenchidas. O custo? Dez milhões de euros por lugar. 

E isso já fez assustar Toto Wolff, que já lhes deu os motores Mercedes, pois desejava lá colocar o novo campeão do DTM, Pascal Wehrlein. E sacar mais dinheiro da marca de Estugarda parece ser um pouco demais, mesmo para Wolff: "À medida que a competitividade da equipa aumenta, o mesmo acontece com o valor", admitiu o austriaco à publicação alemã Auto Motor und Sport. "Temos um orçamento para piloto, mas não nesta escala", concluiu. Assim sendo, é provável que Will Stevens e Alexander Rossi possam continuar na equipa em 2016, apesar de oficialmente os seus lugares ainda estarem vagos. 

Mas ainda temos a hipótese do indonésio Rio Haryanto, do qual tem patrocinadores que poderão estar dispostos a largar até 60 milhões de euros para correr em 2016. Resta saber se os novos donos da Manor aguentam a tentação, mas sabendo desse preço, talvez nem precisam de gastar isso tudo. Basta-lhes 15 milhões, por exemplo. 

 E claro, Wehrlein poderá ter de continuar no DTM em 2016 para defender o seu título.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

As imagens do dia


O "Regresso do Herbie" (é o numero que Alexander Rossi escolheu para correr) não acabou muito bem nesta sexta-feira em Singapura. Aparentemente, o piloto americano terá de se adaptar depressa ao carro, e claro, vai ter alguns contratempos. Que este seja o único...

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Noticias: Merhi substituido por Rossi na Manor

Já se falava desde há algum tempo que algures nesta temporada o espanhol Roberto Merhi poderia ser substituído por outro piloto. Falava-se que tinha a ver com os seus compromissos na World Series by Renault, mas na semana passada, ele decidiu concentrar-se apenas na Formula 1, depois de uma temporada abaixo das expectativas.

Contudo, isso pode ter vindo tarde para ele, pois a Manor anunciou esta tarde que o americano Alexander Rossi será o seu substituto por cinco corridas - Singapura, Japão, Estados Unidos, México e Brasil - a partir desta quarta-feira, em Singapura. O piloto californiano de 23 anos vai ser o primeiro americano a andar na Formula 1 desde Scott Speed, em 2007. Era para ter sido o substituto de Jules Bianchi no GP dos Estados Unidos de 2014, antes da Marussia ter pedido a falência e faltar nas últimas corridas da temporada passada. Merhi correrá em Sochi e Abu Dhabi, a corrida final do ano.

"Estou muito grato a correr pela Manor Marussia F1 Team e por acreditar nas minhas capacidades", começou por afirmar. "Eu estou preparado há algum tempo para esta oportunidade. Muitos sabem que desde 2014 que a equipa e eu temos uma relação forte e existe um pouco de assuntos por acabar para mim por aqui", continuou.

"Esta é uma pequena equipa que já passou por muita coisa. Eles exemplificam paixão e verdadeira força de caráter, e seu regresso nesta temporada é extraordinário. Estou honrado de fazer parte deste legado e seu contínuo crescimento e sucesso" declarou.

"Quero agradecer a gerência da Manor Marussia F1 Team e da minha equipa na GP2 Series, a Racing Engineering, para apoiar quer as minhas funções na Formula 1, quer na realização da minha campanha na GP2. Desde Monza, o meu regresso à Formula 1 aconteceu de modo veloz e sem problemas. O apoio coletivo de ambos, Manor e Recing Engeneering, foi fundamental no sentido de tornar possível esta oportunidade", concluiu.

John Booth, o responsável pela Manor Marussia, afirmou: "Estamos muito satisfeitos por ter Alexander como nosso piloto. Ele é amplamente considerado como alguém que está à beira de uma carreira emocionante na Formula 1 e sua forma actual na GP2 Series tem feito muito para reforçar o seu potencial. Com isso em mente, temos o prazer de apoiar nos seus compromissos da GP2 enquanto ele continua a batalha para a vitória no campeonato, por isso ele vai correr em cinco dos sete restantes corridas nesta temporada, com Roberto correndo na Rússia e em Abu Dhabi"

"Enquanto Roberto está obviamente desapontado com esta decisão, ele entende que é do interesse a longo prazo da equipa e agradecemos pelo seu profissionalismo. Não foi qualquer decisão a respeito de nossa dupla de pilotos para 2016 e vamos continuar a avaliar as nossas opções durante o resto da temporada", concluiu.

Esta temporada, O piloto californiano está na GP2 ao serviço da Racing Engeneering, onde já conseguiu seis pódios, uma pole-position e duas vitórias, na Bélgica e em Itália, sendo o segundo classificado no campeonato. 

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Rumor do Dia: Marussia a caminho de Abu Dhabi?

Desde que se soube da noticia da falência da Marussia, praticamente nada se sabia sobre a sua situação, e julgava-se que eles não participariam na última corrida do ano, em Abu Dhabi. Contudo, esta quarta-feira, surgiram os rumores de que afinal, eles estariam a caminho, e recrutando à última da hora pessoal para ajudar a montar a equipa na pista árabe.

O sinal sobre isso foi dado esta manhã numa entrevista em que o jornalista Adam Cooper deu ao administrador da Caterham, Finbarr O'Connell, sobre quem ficaria com o lugar de segundo piloto, após a saída do sueco Marcus Ericsson:

"Tenho ouvido rumores de que ele estava interessado no logar, caso a Marussia não estivesse a correr. Ele está sob contrato e claramente ele nunca faria nada contra isso. Ele só pode correr um carro, numa equipa [na temporada]. Disseram-me que esta é, possivelmente, o que vai acontecer se a Marussia chegar amanhã", comentou.

Caso isso se confirme, uma pergunta que se coloca é quem estará no segundo lugar da equipa, ao lado de Chilton. O candidato mais forte será o americano Alex Rossi, que teve duas tentativas abortadas para correr na equipa nesta temporada. A primeira, na Bélgica e a segunda, nos Estados Unidos, para ficar no lugar de Jules Bianchi, que sofreu um grave acidente durante o GP do Japão, no passado dia 5 de outubro.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Noticias: Alex Rossi poderá correr em Sochi

Afinal de contas, poderá haver substituto de Jules Bianchi em Sochi. A Marussia colocou o americano Alexander Rossi na sua lista de inscritos com o carro numero 42, embora ainda não tenha dito oficialmente. Um chassis está a ser construído para ele, mas a equipa ainda não tomou a decisão de se irá entrar com ele ou não. Tal só se sucederá até amanhã de manhã.

A acontecer, poderá ser a chance que lhe prometeram dar um mês antes, no GP da Bélgica, onde foi cogitado para substituir Max Chilton, devido a uma alegada falta de pagamento, mas acabou por não acontecer.

Nascido a 25 de setembro de 1991 na cidade californiana de Auburn (têm 23 anos), Rossi começou a sua carreira na Skip Barber Series, aos 14 anos, em 2005. No ano seguinte, passou para a Formula BMW americana, onde terminou no terceiro posto, e em 2008, venceu a competição americana, antes de vencer a competição internacional, dando a oportunidade de testar um BMW Sauber, ao lado do mexicano Esteban Gutierrez. 

Em 2009, foi para a Europa fazer a International Racing Master para no ano seguinte fazer a GP3, onde venceu duas corridas e terminou no quarto lugar da competição. Em 2011, correu na World Series by Renault, através da Fortec, terminando no terceiro lugar, com duas vitórias. Em 2012, já como piloto de testes da Caterham, conseguiu apenas três voltas mais rápidas e o 11º posto da competição. 

Em 2013 passou para a GP2, onde venceu em Abu Dhabi e conseguiu o nono posto na classificação geral, passando para a temporada de 2014, na Caterham, antes de ser dispensado pela equipa. Ali, foi para a Campos Racing, mas até agora não conseguiu mais do que doze pontos e o 20º posto na classificação.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Marussia deve correr com um só carro em Sochi

Os sinais estão todos lá, mas falta a confirmação oficial: em Sochi, haverão apenas 21 carros na pista para o fim de semana. Isso porque a Marussia decidiu alinhar com um só carro para Max Chilton, e decidido que o substituto de Jules Bianchi - à partida, o americano Alexander Rossi - alinhará apenas na ronda americana de Austin.

Segundo conta o jornalista francês Laurent Dupin, do Canal Plus, na sua conta do Twitter, a Marussia decidiu alinhar desa forma, apesar de colocar todos os sinais da presença de Jules Bianchi, que neste momento luta pela vida no Hospital Universitário de Mie, no Japão. Ainda falta saber se Will Stevens, que era para andar no primeiro treino livre em Suzuka, mas que foi adiado para esta corrida, vai ou não alinhar no primeiro treino livre de sexta-feira.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O estranho volte-face da Marussia

Se ontem falou-se que o americano Alex Rossi iria ser o piloto da Marussia no fim de semana belga, no lugar de Max Chilton, hoje as coisas conheceram um "volte-face", e Chilton, afinal de contas, vai correr este fim de semana em Spa-Francochamps. A razão disto tudo, desde quinta-feira, é conhecida: dinheiro. Mas o que isto tudo mostrou, é que as coisas por lá não andam famosas. E uma pesquisa não muito profunda entre os "insiders" da Formula 1 , mostra que as coisas passaram por um problema de pagamentos por parte dos patrocinadores de Chilton.

Contudo, o jornalista britânico Joe Saward fala no seu blog que a Marussia poderá estar em posição de venda. Um consórcio americano, ainda não identificado, fala que está interessado em adquirir a equipa, mas que o seu dono, Andrej Cheglakov, não quer fazer negócio até ao inicio de outubro, altura do GP da Rússia. Desconhece-se se é Gene Haas a querer cortar caminho para chegar à Formula 1 ou outras pessoas, mas a ideia de que poderemos passar de zero para duas equipas de origem americana é bem interessante...

Contudo, voltando à Marussia, há questões que ainda estão por responder. Pelas declarações feitas hoje por Graeme Lowndon, poderá haver mais do que finanças sobre o caso de Chilton: "Eu não creio que seja apropriado comentar sobre os detalhes das questões contratuais, porque isso é confidencial entre as partes envolvidas, de modo que não há nada que posso dizer sobre isso", começou por dizer em declarações à Autosport britânica

"Isso [o regresso de Chilton] é o resultado de uma mudança de circunstâncias. Para ser honesto, você terá que falar aos seus relações-públicas. Eu não sei nada sobre isso. Você vai ter que falar com eles", concluiu.

O próprio Chilton disse em Spa que as coisas por trás desta decisão são muito diferentes daquelas que foram referidas até agora: "Tem sido umas 24 horas muito movimentadas", começou por dizer em entrevista ao jornalista Joanthan Noble, da Autosport britânica.

"Tem havido muitos rumores que não são verdadeiros. [As questões financeiras] são a primeira coisa que as pessoas pensam. Mas o que aconteceu nos bastidores foi mais do que isso. O que aconteceu ontem foi resolvido, e foi por isso que me colocaram de volta no carro."

Questionado sobre o que realmente aconteceu, escusou a falar. "Eu não vou comentar sobre mais nada, porque no momento em que comentar que as pessoas vão começar a escrever", disse ele. Contudo, ele afirmou que a questão envolveu o patrão da Marussia, Andrej Cheglakov. "O meu pessoal falou com o patrão", confirmou.

Assim sendo, e até ordem em contrário, Max Chilton correrá no carro da marca na qualificação, e eventualmente na corrida deste domingo, em terras belgas.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Formula 1 em Cartoons - os novos pilotos em Spa-Francochamps (Pilotoons)


Se André Lotterer na Caterham era uma novidade algo esperada, já Alexander Rossi na Marussia foi uma "bomba" que caiu em cima dos entendidos nesta quinta à tarde. Mas mesmo assim, o Bruno Mantovani teve tempo para fazer estes cartoons dos novos pilotos, já com os seus números. 

Marussia: Chilton sai, Rossi entra

De modo surpreendente, a Marussia anunciou esta tarde que o britânico Max Chilton decidiu ceder "voluntariamente" o seu lugar para dar lugar ao americano Alexander Rossi para o GP da Bélgica, que vai decorrer este fim de semana no circuito de Spa-Francochamps. A chegada de Rossi faz com que a Formula 1 receba o primeiro piloto americano na categoria máxima do automobilismo desde 2007, quando Scott Speed passou por ali, sem honra nem glória.

John Booth, o diretor da marca, justifica a chegada de Rossi da seguinte forma: “Apesar de não ser nossa intenção dar a possibilidade ao Alexander de correr esta época, à luz das circunstâncias estamos satisfeitos por lhe dar a oportunidade de se estrear em Grandes Prémios no GP da Bélgica em Spa-Francorchamps. Naturalmente esperamos continuar o serviço normal com respeito à nossa dupla estabelecida o mais rapidamente possível”.

Contudo, num comunicado oficial, os representantes de Chilton explicaram que a razão foi sobretudo, económica: “Max Chilton abdicou voluntariamente do seu lugar em Spa para permitir à equipa atrair os fundos muito necessários por vender a sua vaga. O Max irá assistir à corrida e estará a apoiar a equipa de qualquer forma possível”, referiram. 

Apesar de tudo, da parte do piloto britânico, os seus representantes esperam que a situação esteja resolvida daqui a duas semanas, antes da corrida de Monza.

Indiferente à polémica, Rossi está ansioso pela sua estreia: “Mal posso esperar para pilotar o MR03 desde amanhã e espero recompensar a equipa com um fim de semana sólido”, comentou. O piloto americano vai correr com o numero 42.

Nascido a 25 de setembro de 1991 na cidade californiana de Auburn (têm 22 anos), Rossi começou a sua carreira na Skip Barber Series, aos 14 anos, em 2005. No ano seguinte, passou para a Formula BMW americana, onde terminou no terceiro posto, e em 2008, venceu a competição americana, antes de vencer a competição internacional, dando a oportunidade de testar um BMW Sauber, ao lado do mexicano Esteban Gutierrez.

Em 2009, foi para a Europa fazer a International Racing Master para no ano seguinte fazer a GP3, onde venceu duas corridas e terminou no quarto lugar da competição. Em 2011, correu na World Series by Renault, através da Fortec, terminando no terceiro lugar, com duas vitórias. Em 2012, já como piloto de testes da Caterham, conseguiu apenas três voltas mais rápidas e o 11º posto da competição.

Em 2013 passou para a GP2, onde venceu em Abu Dhabi e conseguiu o nono posto na classificação geral, passando para a temporada de 2014, na Caterham, antes de ser dispensado pela equipa. Ali, foi para a Campos Racing, mas até agora não conseguiu mais do que doze pontos e o 20º posto na classificação.