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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Baleias

E a polêmica a cerca das baleias que visitam Luanda continua. Alguns angolanos andam alardeando aos 4 cantos do cyberespaço que as baleias são frequentadoras assíduas de Luanda.

Que elas passeiam por essas bandas não resta dúvidas, mas dai a dizer que é um fenômeno corriqueiro da paisagem da cidade existe uma enorme diferença.

Algumas fotos foram espalhadas, tiradas do Chicala, como se fosse assim, fácil, fácil dar de cara com as piruetas de uma baleia em meio ao caos do trânsito quando se volta do trabalho...

Mas agora a verdade vem a tona. Sim as baleias estavam no Chicala, mas não estavam assim tão perto e tão pouco foram vistas por todos. Apenas um pequeno grupo privilegiados que passeavam em seu barquinho pode apreciar o belo espetáculo.

Quem quiser ver as fotos publicadas no blog do Angola Bela é só clicar aqui..

Eu continuo procurando quem viu assim de tão pertinho as rainhas do mar.

sábado, 25 de setembro de 2010

A quem servir a carapuça

Lamento mas os meus posts não são democracias. Se os leitores acharem que podem comentar e acrescentar algo interessante ao tema, óptimo. Podem até discordar, wow! Não me faz confusão nenhuma que não partilhem as mesmas opiniões ou, apresentem outros pontos de vista. No entanto, comentários mal educados, como o que apaguei no post anterior serão apagados. Estúpidos, já nos bastam os que temos de aturar na vida real e para esses, não há tecla delete. Os outros, os tristes, dependem da minha disposição e tempo. E sim, quem se arrisca a comentar com má educação, também se arrisca a receber uma resposta no mesmo tom. Repito, dependendo da minha boa disposição e tempo, claro. Quanto aos outros autores, não seguem obrigatoriamente esta regra. Esta é a minha regra. E pronto, era isto minha gente. O tempo passa mas pelos vistos, os que não simpatizam comigo ou com a Casa de Luanda, continuam a visitar-nos. Palminhas!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Agora sim eu entendi a reeleição


A reportagem da Folha de S.Paulo citada aqui ontem pelo X. teve uma continuidade. No episódio de hoje, o repórter explica a dependência da economia angolana do petróleo e encontra até um notável crescimento de outros setores, com fonte da Católica.

Além de se assustar com o preços cobrados por um café (5 USD) e um sanduíche (20 USD), ele tenta fazer uma rápida explanação do cenário político angolano, no trecho que - com a autorização do X., notório opositor das cópias de textos na internet -, reproduzo a seguir com o devido crédito:

"O futuro econômico de Angola também depende dos rumos da política. A nova constituição permitiu ao atual presidente, José Eduardo dos Santos, se candidatar. Ele deve ser o cabeça de lista do MPLA, partido do governo, em 2012. A partir daí, deve iniciar o plano de sucessão pacífica e renunciar, deixando o poder para o vice após mais de três décadas." (o grifo é nosso).

Xé, quer dizer então que o mais velho vai se candidatar à reeleição para em seguida renunciar? Epá, esses repórteres acreditam mesmo em tudo o que ouvem...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A Casa de Luanda voltou?

É preciso registrar que, desde novembro do ano passado, quando entrou em seu pior período de recesso, esta casa não recebia tantos posts num único mês.

Talvez seja cedo para afirmar que tenha mesmo voltado... Mas se de fato voltou, é preciso creditar aqui este retorno à energia do X., com seu incansável banzo de Angola e sua determinação para que a Casa não feche as portas de uma vez, e também à nossa querida Migas, que ensaia agora um retorno em grande estilo.

Parabéns, meus kambas, por não deixarem morrer este espaço da angolanidade.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

No dia em que Luanda mudou para mim

Acabo de ler este post do Miguel. E ainda estou nervosa, só de o ler. Com aquela sensação que se tem quando se vê um filme de suspense ou, no meu caso, também antes dos testes na escola. Pela primeira vez aqui no blog decidi também falar da experiência que vivi, quase há um ano. Na altura, achei por bem não escrever nenhum post. Não por mim, por não querer recordar. Mas pelas vozes dos merdosos que eu sei que iam aparecer a perguntar se no meu país também não há assaltos e blá blá blá pardais ao ninho. E eu, sinceramente, não tenho pachorra para gente estúpida. Porque haver há. Eu é que em 30 anos de existência, nunca vivenciei nenhum. Em Portugal ou nos países para onde viajei. Nem ninguém da minha família ou amigos. E também não moro propriamente em Carrazeda de Ansiães. O mesmo já não posso dizer dos amigos/colegas que vivem em Luanda. Mas, adiante. Quando fui assaltada, ia sozinha. Ia ter com uns amigos para jantar. Estacionei ao lado do restaurante, também na ilha. A partir daí foi o inferno. Os parvalhões - dois - não iam armados. Ou pelo menos, eu não vi nada. Até porque, dois matulões, visivelmente alterados com álcool ou drogas, não precisam de grande ginástica para me assaltarem. O problema é que eles não disseram nada. Não pediram nada. Um avançou logo a enrolar-me o braço no pescoço, a tapar-me também a boca e o outro, a procurar pelo que podia. E eu, esperneei, gritei porque sinceramente não pensei que aquela merda fosse só um assalto. E resisti. Muito. Já no meio do chão, abri a mão e dei-lhes o telemóvel que levava. A perda foi só essa. "SÓ". Ainda perguntaram se eu tinha mais alguma coisa e eu, com um sangue-frio inimaginável disse que não, sentada no meio do chão, e com o dinheiro no bolso de trás. Fiquei toda dorida nos dias que se seguiram, pescoço e orelhas inchadíssimas e um pé arranhado. Os camaradas à volta, que acham que controlam os nossos carros, nada. Só olhavam, talvez tão assustados como eu, não fosse a seguir chover também para eles. E pronto, depois disto a minha vida em Luanda, nunca mais foi a mesma. E agora, quando me perguntam qual é, para mim, o pior problema de Luanda, eu respondo: a segurança. Esta não foi a única situação de perigo. Tive outra, há poucos meses. Outro parvalhão, desta vez com um faca. E eu, em pânico (e feita estúpida), voltei a resistir mesmo depois do primeiro episódio me ter mentalizado que jamais resistiria novamente. Mas não. Desta vez pirei-me virada de costas para ele. O que é sempre bom quando o gajo que vem atrás de nós tem uma faca na mão. O que me safou é que aquele era um bandido ingénuo, um baby-bandido, e seguiu a vida dele quando viu que eu ia dar trabalho. Não fui feita para ser assaltada, está visto. Esta última, ainda por cima, foi num fim de tarde no regresso a casa depois de ter tido um acidente de carro, também o mais violento nos meus 30 anos de existência (culpa do outro que bateu por trás a uns, sei lá, 80km/hora), naquela "autoestrada" ali para os lados da Corimba. Já em casa, lembrei-me do que um amigo me tinha dito depois do outro assalto. "Nunca acontecem dois azares no mesmo dia". Pois. Parece que em Luanda tudo pode acontecer.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Aerograma

Um dos últimos post que escrevi aqui na Casa, também foi para publicitar um livro. O livro do nosso querido FBaião*. Desta vez, não posso também deixar de referir que o nosso "vizinho" Afonso Loureiro do blog Aerograma terá publicado brevemente o seu livro, inspirado no blog que escreve diariamente, a partir de Luanda. E eu, fico bem feliz, caneco! Porque, apesar de não o conhecer pessoalmente, sempre gostei bastante do blog dele. Sobretudo porque vi o blog crescer já quando estava em Angola e, muitas das visões eram partilhadas. Muito mais tinha para dizer mas... o blog e agora o livro, falarão por mim!
* E como é bom voltar a ler as "conversas" com o FBaião!

sábado, 20 de junho de 2009

O encontro

O telefone tocou no meio da tarde de inverno, daquelas bem iluminadas por um sol frio que só o sul tropical sabe fabricar em fins de junho. Do outro lado, o sotaque angolano era inconfundível, trazendo à lembrança aquele sol acanhado nas tardes do cacimbo de Luanda, a caminho de uma bica na Nilo dos Combatentes.

- F., estou cá em São Paulo, engarrafado num tráfego que mais me lembra o de Luanda, tás a ver?

Era Fernando Teixeira, o Baião, morador desta Casa, escritor angolano que melhor traduz a língua das cubatas de Luanda, pai do Pequeno Dicionário Angolano que tantos visitantes atrai para cá. Conhecíamo-nos apenas pela rede, graças a este blog, mas já nos unia há muito a solidariedade com que ele sempre defendeu este espaço dos ataques totalitários.

Marcamos encontro para a noite seguinte, jantar sob as árvores do Chácara Santa Cecília, em Pinheiros. Durante duas horas falamos de várias Angolas. A da infância do Baião, a dos primeiros anos de independência, aquela em que moramos eu e a P., a dos preços mais altos do mundo, onde toda esta história começou.

Muitas Angolas, uma única saudade a nos unir, a mim e ao Baião. E ao X., que a esta hora está já a se matar de invejas por não ter tido a chance de desfrutar deste momento. Principalmente depois que souber que, já não bastasse o prazer da visita, presenteou-me o Baião com três de seus livros, incluído aí o último, cujo lançamento foi aqui anunciado.

Fernando, bom retorno a Portugal e já sabes: nas tuas voltas a São Paulo, tens cá um amigo, ya.

Tamos juntos!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Kimalanga - FBaião

Ai, ai, ai... E porque parece que está tudo com vergonha... aqui fica a sugestão da Kianda. A minha vénia (e um abraço), FBaião!... E para quem não comprar o livro, coisas más acontecerão! É a migas que diz. :o)

* Imagem ( e o título) emprestados do Silêncio da sôra dona Kianda. :o)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Canção de Ombera

Procurou-me nesta casa o poeta Namibiano Ferreira. Pedia autorização para publicar em seu blog a foto do quadro Imbondeiro, publicada aqui em agosto do ano passado. Selamos então um acordo. A foto foi ilustrar o poema de Namibiano e a poesia veio acariciar os sentidos dos leitores desta casa.
Canção de Ombera
De Namibiano Ferreira

É no renascer do imbondeiro
que espero a chuva radiosa
aconchegando meu passos
sobre a nudez dos dias ouroverde
que hão-de pintar as telas de sonhos
e risos amenos de crianças felizes.
É no despertar da prata tamborilando
que hão-de soar múcuas ao sabor do suor
da chuva nova a cantar as canções de Ombera.

E, o arco-íris prometido, anda tatuado
nos dentes pútridos e gelados do cometa da desgraça...

Se quiser ler mais poesias de Namibiano, visite o blog: www.poesiangolana.blogspot.com

sexta-feira, 3 de abril de 2009

F de Ferdi

Que agora atende também em novo endereço, a Casa da Garoa, para quem quiser conhecer um pouco de São Paulo e do Brasil.

Vejo vocês por lá!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Quem é vivo...Sempre aparece!


Rio Longa - Angola/2009

Sem tempo (nem vontade) para mais, aqui fica um abracinho aos meus amigos da Casa e, aos leitores que sempre nos acompanham... A migas ainda cá está, em Luanda, perdida na multidão. Até um dia destes!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Já arranjavam que fazer, não?

Meus queridos anónimos também conhecidos por senhores vigilantes da Casa de Luanda, agora, sempre que vos apetecer ir dar um passeio até meu MCG, escrever uns insultozitos, fiquem conscientes que só eu vou ter acesso a essas maravilhas da escrita! Por isso, pensem bem antes de escrever palermices, sim? Porque já sabem o destino. Ah? Não sabem? Então a migas explica. Vamos lá então ao serviço público. Sabem o que é um teclado, certo? Sabem aquela teclazita com um D, um E e um L? Tudo junto: DEL? Em inglês, equivale ao DELETE, certo? Apagar. Lixinho. Não interessa. Passa à frente. Para mim, significa isto tudo. Por isso, antes de perderem tempo em escrever poesia para os meus ouvidos, lembrem-se que a migas até é bem capaz de se rir um bocadito convosco, antes de colocar o dedito na tecla DEL. E tudo o que não devem querer é fazer a migas rir, imagino. Ainda por cima, isso de fazerem copy-paste de post em post, não joga muito a favor da vossa inteligência. Por isso, meus caros, juízo nessa cabeça, sim?

domingo, 25 de janeiro de 2009

O sonho não acabou!

Extra, extra, últimas notícias! Depois de anunciado o fim desta Casa, apareceram alguns destemidos dispostos a tomar bordoadas dos leitores insatisfeitos para manter aberto este espaço democrático.

Apresento hoje a vocês Ponciano Furtado, o mais novo morador e agora administrador desta Casa.

Ele provavelmente contará com a ajuda das queridas Migas, que apesar das reticências já foi elevada à condição de administradora, e Menina de Angola, que acaba de ser convidada a integrar este espaço. As duas dispensam apresentações, pois há muito são conhecidas dos freqüentadores deste espaço.

Vai ser uma espécie de Casa de Angola com Gindungo e Lobisomen.

Obrigado a todos por manter aberto este espaço, no qual pretendo continuar a me hospedar ainda por algum tempo.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Hey!!!

O meu último post, pode ter passado a ideia de que andava triste ou deprimida com a "nossa" Luanda. Errado. Nada mais errado. Explicando: afinal, porque escrevemos em blogs? Inicialmente, por puro passatempo ou diversão. Ao fim de algum tempo, para além do prazer de contar as nossas histórias, consegue até encontrar-se ligações interessantes com alguns leitores que passam de desconhecidos, a amigos. Já me aconteceu. Ora, para mim, deixa de fazer sentido quando eu me irrito com os MEUS passatempos. Sou, regra geral, muito prática. Não gosto, não como. Quer dizer, eu até gosto e como de tudo. Sou a chamada "boa boca" no que se refere a comidinha. Só não "como" parvoíces. Faz-me uma certa azia, confesso. Não estou para viver o MEU passatempo, de pantufas, se é que me entendem. Por tudo isso, e porque a migas não está triste nem desanimada e, muito menos vai embora, deixo mais um texto, escrito à uns mesitos. Como desta vez, não vou criticar "pretinhos" mas sim, "branquinhos", peço a vossa licença. Sim, sim. A migas, anda impossível com o seu humor corrosivo de espanta espíritos maus...


Sabem aquelas conversas que começam: o irmão do meu amigo, blá blá blá... e se está mesmo a ver que se passou com a pessoa que nos conta? Pois bem, a irmã do meu amigo, ia a entrar em casa e as garotas vizinhas pararam à porta, ao lado dela, reparando em todos os gestos que fazia. De repente, uma diz:
Garota: moooçã...
Irmã do amigo: sim, diz.
Garota: moooçã, és bonita.
Irmã do amigo (sem jeito): ah, obrigada mas, tu é que és muito bonita.
Garota (para a coleguinha do lado): nunca tinha visto uma branca de rabo grande.

O que dizer à irmã do amigo? Que não sei se o “grande” é grande de bonito, jeitoso ou de GIGANTE. Ou então, que o “grande” da garota, pode não ser o “grande”, de “grande” à portuguesa mas sim, o “grande” ã angolana. Eh pá, não sei. Só sei que, as crianças não mentem.

*Voltarei, para chorar a despedida daqueles que um dia, acharam que eu podia ser uma boa companhia para partilhar esta CASA DE LUANDA. Prometo muita choraminguice, na festa de despedida! Oh, se prometo!!!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Dias contados

Há muito deixou de ser segredo para os mais próximos. Agora chegou a hora de anunciar aos leitores e também aos detratores (que poderão comemorar à solta): dez meses e mais de 38 mil visitas depois, a Casa de Luanda vai fechar as portas.

Não por falta de histórias para contar, não por causa das críticas ferozes. Simplesmente porque as malas estão quase prontas, as passagens estão compradas. Em poucos dias, Luanda ficará para trás na janelinha de um Boeing.

Não realizamos tudo o que queríamos, nas cumprimos um ciclo em Angola. Chegou a hora de partir. Cedo demais? Talvez. Mas quem, afinal, consegue colocar em prática tudo o que sonha?

Eu tinha idealizado esta Casa para que ela pudesse continuar depois que partíssemos. O primeiro passo era criá-la, o segundo era abri-la às idéias dos leitores mais fiéis, o terceiro era transferi-la para aqueles que nela mais se sentissem em casa. Os dois primeiros passos correram conforme o imaginado, o terceiro falhou.

O entusiamo da querida Migas, em quem mais apostávamos como sucessora, foi abatido a golpes de grosserias por alguns comentaristas. Não a culpo. É mesmo dura a vida de quem diz o que pensa e o que sente a quem não quer ouvir.

Ainda não vou me despedir de todos hoje. Continuarei publicando textos nos próximos dias. Também ainda não tenho nosso novo endereço virtual, mas o publicarei aqui, assim que for possível, para aqueles que quiserem continuar nos acompanhando.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Prêmio Dardos

Os dardos me atingiram lá na Namíbia, onde eu estava de férias, atirados pelo A. do Diário da África, a M. do Branquela D'Angola e pelo João Paulo Toledo do Em Angola.

Eu demorei para sentir as espetadas, porque a Namíbia é um país maravilhoso, cheio de atrações para descansar os olhos, e nos deixa pouco tempo para a internet nos cybercafés que fecham às 17h. Mas agora, finalmente, veio reparar minha demora e agradecer aos queridos amigos acima a indicação.

"Com o Prémio Dardos reconhecem-se os valores que cada blogger emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os bloggers, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web. Este prémio obedece a algumas regras:

1) Exibir a imagem do selo;

2) Linkar o blog pelo qual se recebeu a indicação;

3) Escolher outros blogs a quem entregar o Prémio Dardos."

Além dos amigos citados acima, que já foram contemplados, indico os seguintes blogs para o prêmio:

1. Migas com Gindungo
2. O Silêncio da Kianda
3. Menina de Angola
4. Terapia Zero
5. Aerograma
6. Nos cus de Judas

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Nove meses

Crianças brincam no bairro da Cuca, no Sambizanga

Esta casa completou ontem nove meses. Fui reler o primeiro post, ainda sem fotos, cheio de cuidados, um jeito de escrever que, de alguma forma, deixei perder-se pelas ruas de Luanda.

Os problemas que descrevia então continuam a existir. Alguns se agravaram, outros melhoraram. Depois daquela casa branca na ilha passamos por outras oito moradas, das quais apenas uma era realmente só nossa. Isso tudo agora é passado, não mais nos afeta.

O maior preço pago pela opção de morar em Luanda foi mesmo pessoal e afetivo. Nunca voltei ao Brasil, desde que de lá parti, em março, e nesses nove meses três tios meus morreram sem que eu estivesse lá para secar as lágrimas dos meus pais.
Meu pai enfrentou a volta de um câncer e eu não estava lá para lhe dar força durante a radioterapia.

Minha afilhada perdeu os primeiros dentes, leu as primeiras palavras e eu não estava lá para escutá-la. Meus sobrinhos mais novos já falam corretamente, mas talvez não saibam dizer o nome do tio que partiu quando ainda eram jovens demais para recordações.

O Natal chegou e eu não estarei lá, a volta da grande mesa com todos os aromas e sabores que sabem a lembranças.

Tento fazer um balanço, descobrir se fiz alguma diferença em Angola. Talvez eu tenha melhorado um pouco, apenas um pouco, a vida de uma ou duas pessoas que cá conheci. Mas no geral, minha passagem por aqui tem modificado muito pouco. Eu não tenho esse poder, de transformar o que não quer ser transformado.
As crianças que tanto se divertiram ao se verem na pequena tela de LCD das minhas câmeras provavelmente já se terão esquecido daquele branco que lhes apontava as lentes. Eu, porém, jamais me esquecerei delas. Porque eu não fui capaz de mudar Angola, mas Angola sim, operou transformações em mim.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Estamos comemorando

Casa de Luanda conquistou o quarto lugar entre os 11 finalistas da categoria "Melhor Blog em Português" do The BOB's Award, e o quinto lugar entre os 11 finalistas da categoria "Melhor Blog".

Obrigado a todos os leitores que nos prestigiaram na votação e que continuam a nos prestigiar aqui todos os dias.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Só para esclarecer...

A Casa de Luanda ontem liderou, durante algum tempo, a lista de votações do prêmio The BOBs Awards, promovido pela Deutsche Wellle, no qual concorre em duas categorias: Melhor Blog em Português e Melhor Blog. Como essa situação provocou reações desagradáveis dos torcedores de outro blog, é bom esclarecer que:

1. A Casa surgiu entre os finalistas do The BOBs por indicação espontânea (obrigado leitor, não sabemos quem você é, mas se quiser se identificar ficaremos muito gratos). Nós não a inscrevemos no prêmio, mas claro que ficamos orgulhosos em saber que havíamos sido escolhidos, entre 8.500 indicados, para concorrer entre os 11 finalistas em duas categorias.

2. Apesar da nosso júbilo, jamais usaríamos qualquer mecanismo para aumentar artificialmente nossa votação. Pelo simples fato de que nunca tivemos expectativas de vencer o concurso. À parte o post de outubro anunciando a indicação, jamais fizemos campanha da nossa participação no prêmio. E os nossos leitores não passam seus dias votando centenas de vezes repetidas (como confessaram os torcedores do outro blog nos comentários que por lá deixaram, os mesmos que aqui vieram fazer insinuações contra a honestidade da Casa).

3. Ficamos muito gratos ao The BOBs por nos trazer novos leitores, vários dos quais passaram a nos acompanhar diariamente. A atenção de vocês é melhor do que qualquer selinho na barra lateral quando se trata de atestar qualidade.

4. Finalmente, este espaço não tem fins lucrativos. Não vende anúncios, rifas ou correntes de fortuna ou felicidade. Ele pretende ser apenas um espaço aberto às manifestações de gente comum, com bons textos e boas histórias para contar, sem a pretensão de ditar regras ou ensinar nada a ninguém. Exatamente como um dia foram todos os blogs.

Obrigado a todos os que nos acompanham. Os amigos que fizemos aqui (alguns, inclusive, extrapolaram a blogoesfera, como a querida Migas) são o melhor prêmio que a Casa de Luanda poderia nos proporcionar.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Pra quem andava curioso...

F., fotografando o Cristo Rei de Lubango