terça-feira, 8 de setembro de 2009
E por falar em Baião...
sexta-feira, 6 de março de 2009
Angola entrou na minha vida...
Tinha quase 10 anos de idade quando apareceu na minha sala de aula da quarta série uma aluna nova. Chamava-se Carla Patrícia e mais singular do que o nome, para nós, era o sotaque com que ela se expressava.
Usando a língua como no tempo de Camões, com todos os esses bem marcados e os pronomes nos lugares certos, Carla Patrícia nos contou que nascera em Angola em 1971. Mas que deixara o país quando este se tornara independente.
Na partida, ela se separara dos pais, que foram tentar a vida no Brasil; fora levada pelos avós para Portugal, onde vivera até entrar na minha sala de aula da quarta série.
O tempo passou e em algum momento mudei de escola e perdi o contato com Carla Patrícia. Nunca mais a vi, nem sei nada sobre o que se passou com ela depois da oitava série.
Provavelmente, nunca mais a encontrarei e jamais poderei contar a ela que agora já conheço aquele lugar chamado Angola, que ela nos apresentava em seu sotaque lisboeta como o melhor lugar para se viver em terras de África.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Taj Mahal
Que me contaram e agora eu vou contar
Do amor do principe Xá-Jehan pela princesa Num Mahal
De de, dederede, de de, dederede, de de ... Taj Mahal"
(Jorge Ben Jor)
História bonita e tal mas a verdade é que o Taj Mahal está se transformando, hoje, num símbolo de como a vida moderna destrói os sonhos românticos.
O primeiro golpe na lenda dos apaixonados vem da ciência. Historiadores enxergam um simbolismo escondido nas inscrições islâmicas que adornam as paredes do mausoléu. Estão reproduzidos ali 14 capítulos do Corão que tratam sobre o Dia do Julgamento Final e sobre os prazeres do paraíso. Um deles, no portão de entrada, é uma citação em que Alah convida os homens de fé a entrarem no seu paraíso.
Além disso, foi descoberto recentemente um texto em Sufi antigo que descreve como seria o trono de Deus e, adivinhem, a descrição é idêntica à planta do Taj Mahal. O texto constava da biblioteca do pai de Shah Jahan. Associando as duas evidências, os cientistas alegam que Shah podia, sim, ser muito apaixonado pela esposa. Mas que também se considerava Deus e o mausoléu, no caso, teria sido construído para ele mesmo reproduzindo as descrições do paraíso.
De que ela era megalomaníaco ninguém duvida. Basta olhar para o imenso mausoléu.
As flores feitas de pedras semi-preciosas foram engastadas no mármore
Estas foram esculpidas numa longa pedra de mármore branco
Mais adornos engastados nas paredes do palácio
As descobertas da ciência podem abalar o mito, mas não acabam com a magia do Taj Mahal. Esta está sendo destruída mesmo é pela poluição lançada na atmosfera por automóveis e indústrias da região.
A chuva se tornou ácida e já há alguns anos vem correndo o mármore do palácio. Trabalhos de recuperação da estrutura vêm sendo feitos e algumas medidas de contenção da emissão de poluentes têm sido tomadas, mas a verdade é que o palácio está ameaçado.
Além disso, o rio que passa por trás dele foi assoreado, perdeu vazão e baixou. O terreno se tornou instável e os alicerces dos minaretes ao norte estão abalados.
Ou seja, enquanto a ciência especula as intenções românticas de Shah Jahal, nosso estilo de vida está prestes a acabar com a estrutura física da representação do amor eterno.
As cúpulas do Taj Mahal e, abaixo, a mesquita que faz parte do complexo
P.S. – Mumtaz morreu em 1631 e a obra começou em 1632, mas só acabou em 1653. A dúvida é: onde ficou enterrado o corpo da Mumtaz enquanto o Taj não ficava pronto?
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
No tempo das rusgas (II)
- Eu era muito grande, aparentava mais idade. Sempre que passava uma patrulha da tropa, lá ia eu. Em todas as vezes tive sorte. O comandante de plantão, ao verificar meus documentos, mandava me soltar porque eu não tinha idade e estava na escola.
Aos 16 anos, o tio de Ladislau conseguiu um papel - falso - onde dizia que o garoto frequentava a escola militar. Isso ajudava na liberação. Ele calcula que, até os 17 anos, foi apanhado mais de 10 vezes.
- Quando cheguei aos 17, meu tio viu que não ia mais ter como resolver, porque eu ia completar a idade da tropa. Nesse meio tempo, meu irmão tinha cursado direito em França, já tinha condições, e decidiram me mandar para lá. Mas não era fácil. Eu tratei todos os papéis no consulado de França, mas não se podia simplesmente chegar ao aeroporto e embarcar. As autoridades veriam a minha idade e me proibiriam de entrar no avião.
O tio subornou algumas autoridades, Ladislau só foi para o aeroporto quando faltavam 15 minutos para o vôo partir. Entrou diretamente pela pista, sem passar pelos controles. Em outras palavras, fugiu do país.
Na França Ladislau viveu 20 anos. Lá se casou e teve duas filhas. Nesse tempo todo, nunca voltou a ver os pais. Em 2007 ele retornou a Angola por causa de um emprego. Só então voltou ao Zaire e reencontrou o pai, que era incapaz de reconhecer.
- Meu pai morreu duas semanas depois daquele encontro. Parecia até que só estava a esperar por isso.
Ladislau escapou de lutar, mas não das consequências da guerra. Foi criado longe dos pais, teve de se refugiar num país estranho e agora enfrenta de novo o drama de viver longe da família, no caso a esposa e as duas filhas francesas que não querem deixar o conforto de Paris para viver em Luanda.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
No tempo das rusgas
- Você deu sorte então. Quando chegou na idade de fazer tropa, a guerra acabou.
- Nem por isso, chefe.
- Como assim? A idade de ir para a tropa não é 18 anos?
- Naquele tempo da guerra o exército apanhava qualquer jovem a partir de 14, 15 anos que estivesse pela rua. Não esperava completar 18 anos. Você não via jovens assim andando por aí. A gente só saía de casa para a escola, de lá para casa e ficava fechadinho. Quando circulava a notícia então de que ia ter rusgas, ih, nem valia a pena. A gente não saía nem para ir à escola.
- Rusgas? O que é isso?
- É como eles chamavam os períodos em que apanhavam jovens nas ruas para a tropa. A gente ouvia dizer, do dia 1 ao dia 15 de dezembro vai ter rusgas, já nem saía de casa para nada, porque se estivesse na rua e a tropa passasse, era mesmo apanhado na hora.
Sandro passou os melhores anos da adolescência se escondendo. Mas pelo menos escapou da tropa.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Quem partiu em 1975 e nunca mais voltou?
A idéia é abrir espaço para revelar lembranças desta terra ainda muito viva na memória daqueles que partiram para nunca mais.
Eu sei que essas lembranças estão por aí, guardadas entre os segredos mais bem conservados.
Deixo aqui os links para os comentários de um leitor que esta semana nos escreveu num post de abril, sobre a partida dos portugueses, e para a nostalgia que a querida Migas despertou - especialmente da Kandanda - com seu post sobre o Uíge.
Se você partiu e nunca mais voltou, entre em contato conosco deixando um comentário ou escrevendo para casa_de_luanda@yahoo.com.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Coisas para lembrar
J., o mesmo do post abaixo, viveu o comunismo na infância e tem uma visão bem diferente do que foi aquilo:
"As pessoas eram mais humanas, havia mais afeto mesmo, entre os estranhos. Se eu parasse na estrada, a caminho da escola, logo parava uma viatura e me oferecia uma boléia. Hoje? Iam é me atropelar. Só vais no carro se der algum dinheiro. As pessoas pensam só em si. Naquela altura, tínhamos os sábados vermelhos, onde todos se uniam para fazer a limpeza dos bairros, das ruas, eram momentos em que as pessoas se ajudavam umas às outras. Quase não existiam gatunos, você podia deixar a viatura aberta na rua. Mas, agora que somos uma economia de mercado, todo mundo só pensa em si próprio, em acumular riqueza passando por cima dos outros. Não estou a dizer que aquele modelo económico era melhor, tinha muitas falhas. Mas, do ponto de vista da união entre as pessoas, epá, isto aqui era outro país."
Coisas para esquecer
J. trabalha comigo. Ele nasceu em Viana, na província de Luanda, mas os pais são de Benguela. Na capital, sempre foi identificado como uma pessoa do sul, por causa do sobrenome e das origens.
Em 1992 ele ainda era criança, mas se lembra bem do que aconteceu:
"Meu pai era do MPLA, sempre foi. Mas era do Sul. Nós morávamos já aqui em Luanda quando a guerra voltou. Os comandos das FAPLA e dos Ninjas* saíram às ruas matando todas as pessoas oriundas do sul, como represália pela opção do Savimbi de voltar à guerra. Meu pai foi arrancado de casa, levado para um paredão e nós ficamos de longe, olhando, eu tinha certeza de que ele ia morrer. Meu pai dizia que era do MPLA, mas eles diziam que era mentira. O que o salvou foi um major que apareceu na última hora e o conhecia do partido. Depois daquilo, ele pegou as três armas que tinha em casa, deu nas nossas mãos e disse: 'Se surgirem de novo, vocês fazem tiro, não importa se for do MPLA ou da Unita. Qualquer um deles vai nos matar'. Por sorte, ninguém mais surgiu. Mas muita gente do sul que era inocente morreu, simplesmente por que tinha nascido no lugar errado."
* Ninjas - Apelido da Polícia de Intervenção Rápida, a divisão de elite da Polícia Nacional
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Dois versos em cada cigarro
Durante os anos em que ficou preso, Agostinho Neto (para mais referências, leia estes posts sobre a independência e sobre uma polêmica recente) foi proibido de escrever. Ele então compunha seus poemas com letras miúdas, em pequenas tiras de papel, e os escondia enrolados dentro de um cigarro.
Às vezes, só havia dois versos em cada cigarro.
Quando sua esposa, Maria Eugênia, ia visitá-lo, ele lhe oferecia um cigarro. Ela o levava sem acendê-lo, porque sabia que era o dos versos. Em sete anos de cárcere, ele escreveu “Sagrada Esperança”, seu livro de 49 poemas.
Achei que devia reproduzir aqui esta história porque revela muito sobre a forma como este país conquistou a sua liberdade. E porque lembranças desse tipo andam a fazer muita falta nestes tempos entorpecidos de capitalismo selvagem.
terça-feira, 24 de junho de 2008
Democracia com as próprias mãos
O presidente José Eduardo dos Santos foi ao Memorial erguido no Cazenga, como habitualmente faz todos os anos na data. No caminho havia uma estrada nova, construída pelo governo provincial de Luanda com verbas do governo central.
Acontece que a tal estrada não estava lá tudo isso. E por essas e outras, a população da região estava revoltada com o governador provincial, Job Pedro Capapinha.
Como governador aqui ainda não é eleito pelo voto – é indicado -, a população decidiu fazer democracia com as próprias mãos. Quando a comitiva do governador chegava ao Memorial, foi recebida por uma chuva de pedras.
A comitiva do presidente, que vinha logo atrás, ficou parada mais de 40 minutos até que a polícia dispersasse os “eleitores”.
Depois dessa, o presidente decidiu ouvir a voz das “urnas”. Exonerou Capapinha.
Não quero nem ver no que dá se o Brasil aprende a usar a “cédula” de pedra...
sábado, 12 de abril de 2008
Luanda dos angolanos
Luanda virou uma loucura nos três meses anteriores à independência, que tinha data marcada para acontecer. Faltava comida e água, sobravam portugueses em imensas filas nos bancos, tentando sacar os escudos antes de partir.
Nos jardins das vivendas, as famílias construíram grandes caixas de madeira e empacotaram suas casas. O jornalista polonês Ryzsard Kapuscinski estava aqui na época. No seu livro “Another Day of Life”, ele descreve muito bem essa transferência da cidade de concreto para a de madeira.
No início de outubro, a Luanda encaixotada partiu numa longa fila de navios para Lisboa, Rio de Janeiro e Cidade do Cabo.
Despachadas as riquezas, seus donos iam para o aeroporto, que virou um campo de refugiados, desesperados por um vôo. Tinha gente dormindo na chuva do lado de fora do saguão, cada avião era disputado a tapas e outros países acabaram ajudando na criação de uma ponte aérea entre África e Europa.
Todos abandonaram a cidade. Da noite para o dia, Luanda não tinha mais médicos, nem carteiros, nem bombeiros, nem policiais... Nem lixeiros!
Os detritos acumulados nas ruas e esquinas, expostos ao calor intenso, começaram a transformar a Cidade Maravilhosa de África num lugar pestilento.
Apesar de tudo isso, havia um motivo para celebrar: pela primeira vez em 400 anos Luanda, enfim, era dos angolanos.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Você conhece a poesia de Agostinho Neto?
Imediatamente, vários escritores e intelectuais saíram em defesa das veleidades literárias do líder histórico do MPLA. E Agualusa vem sofrendo, desde então, um ataque feroz. A notícia mais recente, de hoje, diz que ele será processado judicialmente pela declaração. Prova de que Angola ainda não está tão aberta a opiniões divergentes das dos governantes.
Este vídeo, que encontrei no YouTube, mostra um dos poemas de Agostinho Neto. Ele foi postado por Kuribeka, que tem outros vídeos muito interessantes sobre fatos históricos de Angola, para quem se interessar.
domingo, 6 de abril de 2008
Rio de Janeiro de África
Até os anos 60, Luanda era uma Cidade Maravilhosa. Era chamada de Rio de Janeiro da África. Foi toda planejada pelos colonizadores. Seus prédios de amplos vãos sob as marquises ofereciam abrigo do sol inclemente. Os apartamentos avarandados e amplos eram bem ventilados.
As ruas seguiam uma ordem e as avenidas radiais levavam à Cidade Baixa, desembocando nas proximidades da Marginal de frente para a baía. Havia praças com jardins bem cuidados, árvores nas ruas, transporte coletivo.
Os portugueses realmente investiam na cidade, mas a projetaram para abrigar 600 mil pessoas. Hoje, ela tem 6 milhões de habitantes que chegaram por aqui sem que a infra-estrutura fosse melhorada.
Se você caminhar sob aquelas marquises de pé direito duplo, vai se “refrescar” com as goteiras dos condicionadores de ar ou sabe-se lá de que tipo de vazamento. Quanto às varandas, bem, a maioria foi fechada para dar lugar a um quartinho a mais já que as famílias que ocupam os apartamentos são numerosas.
O transporte público ruiu, o excesso de veículos travou as ruas e o resto você já sabe. Outro dia eu conto a história de como os portugueses partiram daqui.
sexta-feira, 4 de abril de 2008
O dia da paz
O conflito em Angola foi um dos mais emblemáticos da Guerra Fria, e foi marcado pela insanidade, pela sede de poder e pelo ideologismo interesseiro típico desse período. “Veste minha camisa que te dou um fuzil” (e depois levo suas riquezas...).
Soviéticos e cubanos sustentavam o MPLA; EUA e Israel garantiam as armas da FNLA; EUA (de novo!) e África do Sul patrocinavam a UNITA.
No fundo, uma confusão despropositada de siglas sem sentido para a maioria dos angolanos, mas que rapidamente fez a cabeça deles, separando irmãos e vizinhos em inimigos e uma nação novinha em folha numa filial do caos.
Para conhecer os detalhes da guerra, leia os 3 post abaixo, fruto de pesquisa feita por F. e sua veia de historiador, que vem aflorando aqui na África...
Dia da Paz - Parte 1: Sopa de siglas
Ao norte, Holden Roberto fundou a Frente Nacional de Libertação de Angola, FNLA, em 1961. Defendia a supremacia de seu grupo étnico, os Bakongo.
Mais ou menos na mesma época, estudantes angolanos no exílio, principalmente em Portugal, fundaram o Movimento Popular de Libertação de Angola, o MPLA, liderados por Antônio Agostinho Neto e Viriato da Cruz. Embora tivesse maioria da etnia Kimbundo, era o mais universalista nessa questão, com uma visão de Angola como uma nação única.
O MPLA tinha inclinações marxistas, era financiado pela extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, com apoio de Cuba, o que o impediu de conciliar-se com a FNLA, financiada pelos Estados Unidos e por Israel, além do Zaire.
Em 1966, dissidentes da FNLA fundaram a Unita, União Nacional pela Independência Total de Angola, liderada por Jonas Savimbi. Diziam-se maoístas, depois marxista-leninistas, mas acabaram entrando na guerra civil financiados pelos Estados Unidos e pela África do Sul. Savimbi era Umbundo e também tinha inclinações racistas contra as outras etnias.
Dia da Paz - Parte 2: Independência e morte
O MPLA dominava a região de Luanda, Benguela e o Lobito. Para tentar evitar que esse movimento tomasse o poder, a FNLA – apoiada pelas tropas do Zaire - invadiu Angola pelo norte em julho de 1975. A África do Sul invadiu o sul do país com suas tropas para apoiar Savimbi em agosto e o MPLA recebeu reforços cubanos em outubro.
No dia 11 de novembro de 1975, Agostinho Neto declarou a independência e se auto-proclamou primeiro presidente de Angola. O MPLA chegava ao poder, mas a guerra continuava comendo solta.
Em 1976, a FNLA foi derrotado e Holden Roberto fugiu para o Zaire. A luta continuou contra Savimbi. A Unita e a África do Sul sofreriam sua grande derrota em 1988, na batalha do Cuito Cuanavale, onde o MPLA e os cubanos os expulsaram do país. A guerra perdeu força, mas não terminou.
Dia da Paz - Parte 3: A paz, aos trancos e barrancos
Em 1992, foram marcadas eleições livres. Holden Roberto recebeu apenas 2,1% dos votos, retirou-se de cena e viveu em Luanda até morrer, no ano passado. Jonas Savimbi ficou com 40,07%. E José Eduardo dos Santos, sucessor de Agostinho Neto (que morreu em 1979), foi reeleito com 49,57% dos votos.
Savimbi não aceitou o resultado e retomou a guerra civil. Outros tratados de paz foram tentados e quebrados sucessivamente, até que as Forças Armadas Angolanas mataram o líder da Unita, em fevereiro de 2002.
Em 4 de abril do mesmo ano, foi assinada a paz. José Eduardo dos Santos continua no poder até hoje. A Unita se tornou um partido político e ganhou alguns ministérios no governo. Foram marcadas novas eleições parlamentares para setembro e, no ano que vem, as presidenciais. Dizem que o presidente não vai concorrer.
Mas isso, só o futuro dirá.
terça-feira, 1 de abril de 2008
Tesouro escondido
O muro branco que fazia as vezes de tela está sujo, mal-cuidado como quase tudo por aqui. Faz muito tempo que não vê uma película. Do espaço, projetado pelo arquiteto português João Garcia de Castilho nos anos 50, sobraram os traços de pompa.
Deviam ser realmente magníficas as noites de cinema ao ar livre, com a baía de Luanda iluminada por navios na entrada do porto. Hoje o espaço só recebe eventos e espetáculos. Por isso as cadeiras alinhadas.