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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

No Chill Out, o sábado é sempre em grande

Dia desses, lembrei com muitas saudades dos agitos da Ilha, nomeadamente a noite de sábado no Chill Out, quando fecha o restaurante e vira uma discoteca metida à besta, cara até não dizer mais (USD 30 dólares, só para surgir e sorrir) e cujos critérios de seleção para saber quem entra rápido ou fica mofando na fila são mais abstratos do que os utilizados pela Real Academia de Ciências da Noruega para entregar o Nobel a Obama, recentemente.

Se você é homem, branco, e vai lá desacompanhado, fica no mínimo uma hora na fila para entrar. Se chega acompanhado de uma dama – seja ela uma catorzinha angolana ou uma brasileira mais saliente – passa na frente de todos e vai ser feliz imediatamente. No zunzunzun do sereno, carteiradas, sabem com quem está falando, conversas ao pé do ouvido e, claro, flertes, muitos flertes. Casais de angolanos bem nascidos não ficam um segundo à espera.

Lá dentro, um mundo artificial formado pela mistura de mwangolês com expatriados chama atenção. Todos estão no desespero para ver e ser visto, acabar a noite bem, no sentido bíblico, se os leitores inteligentes dessa Casa compreendem. Nuvens de catorzinhas diáfanas sobrevoam tugas horríveis nas suas camisas xadrezes de manga curta. Brasileiros mal-educados, por seu turno, diluem-se em litros de uísque e passam a se sentirem um Rockefeller da vida. Os de Pernambuco são os piores. Os papos geralmente começam em inglês e depois evoluem para a língua de Camões, sempre com a clássica pergunta: “você está em Angola há quanto tempo”?

O tumps-tumps das “mesas misturadoras” é ótimo. DJs evergando camisetas geralmente da grife Dolce & Gabanna fabricada no Dubai ou na China, além de óculos escuros imensos e cintos dourados, fazem às vezes de Jesus Luz - o namorado brasileiro da Madonna que agora meteu-se a Malvado - sem perceberem que nós notamos que tudo tocado ali é playback. Ah, que saudades do Kuduro sampleado ou da última versão de um house tocado no ultimo verão em Ibiza tendo o mar ao pé de si no Chill Out...

A noite avança... O uísque faz efeito...

Numa rodinha, um grupo de curitibanos – chatos como só um carnaval ao lado de uma namorada com TPM pode rivalizar – destilam pérolas como “ah, eu não vejo a hora de ir de férias para o Brasil”. Do lado, uma portuguesa afirma, em alto e bom som: “gostava imenso de conhecer um brasileiro mais a fundo…”. Então tá, vamos nessa. Quando toca o Créu, caem por terra os 500 anos de educação promovidos pela colonização nos dois lados do mar, isso tudo nas tais cinco velocidades.

No final da festa, lá pelas cinco da manhã, jipes imenos enfileira-se à porta, à espera que os grupinhos que se formam na calçada – a hora final é a de maior desespero, pois agora só sábado que vem, por isso ainda dá tempo – decidem se vão todos para o Talatona ou a baladinha pode continuar por ali, pela cidade, nos domínios de quem tem mais privacidade e não precisa dividir 100 metros quadrados com mais seis pessoas.

No final do dia, alguns integrantes dessa peça de teatro que tem lugar todos os sábados no Chill Out encontram-se num dos vários restaurantes da Ilha e, de óculos escuros, nem confiança para os demais.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Brincadeiras linguísticas


Propaganda da Coca-Cola em Luanda com "Frescura" no lugar de gelado. E o sexo oral, você pratica?

O vídeo postado pelo F. despertou realmente uma saudade imensa do sotaque angolano e me fez parar para pensar nas influências linguísticas que carregaremos para sempre aqui no Brasil depois de viver nessa terra.

Não podemos mais nos encontrar nos MSNs e Google Talks da vida que a Ju já vai dizendo:

-- Xuxis, tás em que altura?

Uma pergunta dessa não faz o menor sentindo para um brasileiro que nunca tenha conversado dois minutos com um português ou com um angolano. Na primeira vez, fica-se "boiando" mesmo, ou melhor, "sem perceber" (outra pérola!). Geralmente a resposta é: "no quarto andar do meu prédio".

Já a Branquela, sai-se sempre com essa, quando comenta-se qualquer coisa sobre ela, "nomeadamente" sobre os seus vestidinhos diáfanos: "Tás a me aldrabar". Meu Deus, como é difícil pronunciar esse verbo! Eu nunca consegui.

"Meter" é outra expressão absurdamente horrorosa, que faz corar o mais hypado dos clubbers da envergadura do Zé Kalango.

Hoje mesmo, li num jornal daqui uma expressão muito recorrente na nossa velha redação da Rey Katyavala: "toda a gente". Fez-me lembrar um episódio hilário, vivido por este datilógrafo num restaurante de Lisboa. Um grupo de seis brasileiros, falando alto como se estivesse em casa, sai-se com essa:

--Vamos todo mundo para a Alfama?

E o garçom, uma criatura bem abusada, certo de que "ao pé de si" estava todo o império português e a cartilha que ensinou o beabá a Eça de Queiroz, deu-nos uma lição:

-- Esses brasileiros são muito "giro" (já me imagino uma carrapeta): seis pessoas numa mesa e tratam-se por "todo mundo"!

Ahahaha. Era para ter dido "toda a gente" mesmo, mas não sabemos fazer isso.

Voltando ao vídeo, a melhor coisa é quando a apresentadora chama os alunos da "Universidade de Dúvidas e Omissões" de Luanda para ajudá-la a reponder sobre esse tema muito "giro":

-- O sexo oral, você pratica? (percebe-se aí a influência totally brasileira, pois não?)

Se depender as propagandas de gasosa e sorvete que vimos por aí... a questão está respondida.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Pra matar a saudades do sotaque...

E também da ingenuidade do humor angolano, publico aqui um vídeo enviado pela querida Kianda. É de um quadro de humor da TPA.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

As manhas da Dorotéia

Dorotéia visita a uma comunidade do Kwanza Sul: dias felizes


Bastou perceber que seria deixada para trás para Dorotéia começar a resmungar. Logo ela, que enfrentou longas estradas até o Kwanza Sul e Huambo sem jamais criar um único problema, agora decidiu que só dá na partida quando bem lhe entende.

Todas as manhãs desde que voltamos da Namíbia é assim. Dorotéia só pega depois de uma conversa, um carinho no volante, e algumas tentativas na chave.

Incrível como é apegada essa menina...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

E quando não tem limão?


Outro dia saí de casa com o seguinte desafio: comprar limões. Simples assim.

Pois fui a 5 supermercados, tentei umas 10 zungueiras (vendedoras de rua)... e nada. Só não desisti porque não queria decepcionar os gringos do churrasco lá de casa, sedentos por uma caipirinha.

Depois de toda uma manhã ensolarada de busca, encontrei 5 limões murchinhos, meio esquecidos numa prateleira de uma mercearia. Paguei 6 dólares pela raridade, e voltei pra casa com aquele ditado na cabeça: "Se tens limão, faças limonada". Certamente quem criou a frase não conhecia Angola... Aqui, às vezes nem o limão a gente encontra!

E então me lembrei de uma piadinha que me contaram outro dia:

"Um tipo morre e vai parar no Inferno. Chegando lá perguntam-lhe para onde quer ir: para o inferno americano, europeu ou angolano. Fosse como fosse teria de comer um balde de merda todos os dias...

O tipo pensa, pensa, pensa e acaba por escolher o inferno angolano. Perguntam-lhe então o porquê de tal escolha... Apesar de tudo na América há liberdade, cidades limpas e organizadas... A Europa tem cidades charmosas, cheias de história e cultura...

E o tipo responde: Pois, mas em Angola quando há merda não há balde, e quando houver balde não há merda!"

Moral da história: Em Angola, se tens limão, fica feliz da vida e enche logo o carrinho, que pode levar semanas até baixar o próximo carregamento!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Menos angolano macho. Menos...

Ora bem. Que o angolano macho tem “problemas de incontinência”, já toda a gente sabe. Que não se inibe em tirar o negrinho do conforto das calças em qualquer lado e a qualquer hora do dia, também já toda a gente sabe. Que meninas bonitas não têm ouvidos (e sobretudo olhos) para estas situações, também já toda a gente sabe. E agora, perguntem lá: qual é a novidade migas? Calma, eu respondo. A novidade é que para além do angolano macho ser um mijão, é também um mijão com pinta de conquistador. Eu juro que se fosse menino e estivesse naquela situação (negrinho na mão, encostado à parede), à passagem de uma menina eu ia esconder-me o mais possível para que não pudesse ser reconhecido mais tarde. Se ainda fosse a tempo, até talvez recolhesse o negrinho confortavelmente, desse meia volta e fosse à minha vidinha, com cara de paisagem. Mas não. O mijão angolano, naquela situação pouco simpática, ainda arrisca com um “olá”. Não vá deixar escapar a oportunidade para uma linda amizade. Oras, oras... Isso não se faz, angolano macho. Quanto muito, consegue da menina um olhar de pânico. E pensamentos do tipo “como defender-me se este depravado decidir seguir-me”. Nunca, mas mesmo nunca, um olhar fofinho. Estamos entendidos?

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Os Cabetulas

Cabetula é uma síntese do jeito alegre e despachado do angolano lidar com as makas cotidianas. Sempre tentando ser o mais esperto, ele invariavelmente acaba a história mais enrascado do que começou. Faz graça com os costumes de Angola, uma receita clássica de humor em quadrinhos.

Meio gozador, kilapeiro que só, ele gosta de umas biricocas e de umas mboas também. Salo, isso já não é muito com ele.

Cabetula apareceu como uma fonte de novos verbetes para o Grande Dicionário Angolano e logo virou leitura diária obrigatória no Jornal de Angola. Aprendi muito sobre o país com as aventuras dele.

Perdeu o espaço semanas antes da eleições porque o humor pode ser um perigo, principalmente para os censores zelosos, sempre prontos a desconfiar do que não entendem. Uma pena. Sem a tira, sobra pouco para ler no panfletário jornalão.

Esta Casa teve o prazer de conhecer os autores do Cabetula, os irmãos, Lindomar e Olímpio, dois jovens cativantes, daqueles que nos fazem acreditar no futuro de Angola.

Os irmãos Olímpio e Lindomar, pais da personagem Cabetula

Eles contaram que a personagem é inspirada num tio deles, sempre enrascado, e trouxeram uma grande notícia de que: o Cabetula tem uma revista em quadrinhos feita em Portugal.

Se quiser um exemplo do humor do Cabetula, clique na tirinha do início do post para ampliá-la.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Vai-te embora Satanás!!!

Eu sou uma pessoa discreta. Não aprecio discussões com gente que não conheço. Mesmo que sejam discussões sobre temas banais. Muito menos quando as discussões incluem temas mais ou menos quentes. Um destes dias, numa conversa entre conhecidos e desconhecidos, a personagem era nitidamente pró-Angola. Nada contra, tendo em conta que ou era angolana (branca) ou já cá tinha estado em criança. Ou então, era a defensora das causas impossíveis. Digamos que me inclino mais para a última. O tema era: Angola não precisa de expatriados. Não precisa ou não quer expatriados. Nem percebi muito bem qual das duas, a alminha defendia. Sim. E juro que não é uma das minhas brincadeiras. O tema era mesmo esse, tendo à frente mais de 10 expatriados nas mais diferentes áreas. Haja coragem! Ora, calma como sou (e porque parece que não se deve contrariar malucos) bico calado e fiquei a ouvir os argumentos. Ah, e fiquei também a contorcer-me para não rir às gargalhadas, deixando apenas escapar um daqueles sorrisinhos marotos pelo canto da boca. Então vejamos: os argumentos da mente iluminada eram de que Angola fornece um nível de formação muito elevado. Aqui há prática. Em Portugal é tudo teoria e o pessoal lá não percebe nada. Quem diz Portugal, diz outro país cujos cursos não incluam começar a trabalhar na área, ao fim do primeiro ano. E, para reforçar a ideia, a mente iluminada ainda fez questão de começar por um exemplo fabuloso. A medicina. Sim, aqui a medicina é muito avançada porque eles, devido à falta de médicos no país, começam desde cedo a praticar. Medo. Muito medo. Ao fim de um ano de aulas já praticam os ensinamentos em pacientes reais. Ora, o que é que eu posso dizer, perante uma afirmação destas? Ia dizer-lhe: ah sim? Então e quando tu estás doente, deixas-te tratar por um desses alunos num qualquer hospital público? E os pobres coitados que não têm dinheiro para as clínicas privadas, como tu, acharão divertido ser tratados por um aluno borbulhento do 1º ano da faculdade? Ora, eu não gastei a minha beleza com estas perguntas mas, houve quem gastasse. Mas, não ainda contente com este exemplo maravilhoso, decidiu falar nos engenheiros civis. Oh yeah! Mais uma vez, não podia ter escolhido melhor. Ou não estivessem na mesa uns três (ou mais), representantes dessa espécie maldita. Vai-te embora satanás! Bico calado, como sempre, lá ouvi as suas (mais uma vez) brilhantes explicações. Ora, a “inteligência”, bem via que em Portugal os cursos eram todos teóricos. Via, porque vivia ao lado de uma faculdade com esse curso. E acrescentava: ah, eles aprendem a calcular pilares e mais não sei quê e depois na prática, não percebem nada. Ainda estou para aqui a pensar sobre o facto de ela “ver”, porque morava ao lado da faculdade. Será que lá na terra as casas e faculdades são em tendas? A modos que a tenda dela ficava mesmo ao lado da tenda da disciplina de mecânica dos solos. Ou então, será que as aulas são registadas por altifalantes, daqueles que o Manel das farturas usa nas feiras para chamar a clientela? Eu até arriscaria dizer que, na terra dela devem ser todos engenheiros civis, porque eles bem vêm as aulas lá na faculdade. E assim sendo, é bem capaz que muitos dos que cá andam, tenham tirado o curso através dos tais altifalantes. Pelo meio também acrescentou que a polícia é muito melhor treinada do que os de Portugal pois muitos tiravam as formações nos Estados Unidos. Ai é? Eles afinal aprenderam nos EUA? Eu vi logo que a culpa das gasosas era do Bush! Só podia ser!!
Brincadeiras à parte, eu fico mesmo contente com estas afirmações completamente desprovidas de inteligência (isto, para não mencionar aquela palavra que começa por “b”, acaba em “e” e tem urric pelo meio). Oh, se fico. Até porque, ainda à pouco tempo andamos à caça (sim, este é o melhor termo que posso utilizar, face à dificuldade para encontrar a espécie) de engenheiros civis angolanos. E eis que, para além de aparecer a módica quantia de 3 exemplares à entrevista, um tirou o curso em Portugal (vá lá, também andou por Inglaterra, pode ser que lá comecem ao fim do primeiro ano a construir prédios de vinte andares, pontes e barragens) e o outro tirou o curso no Congo. O terceiro nem sei porque acabamos por contratar os dois primeiros. Hã, e então? Será que não precisam de expatriados? Assim sendo, vou já fazer as malas e rumar para outro país onde precisem de mim porque parece que Angola, seguramente não precisa de engenheiros civis (e consta que de médicos também não).

* A autora não tem conhecimento sobre a veracidade das afirmações desta mente brilhante, sobretudo relativamente aos alunos de medicina, isto é, se praticam com doentes reais os ensinamentos obtidos logo após o primeiro ano de curso. Não tem conhecimento também, do nível de formação das faculdades angolanas, nas diferentes áreas.
* E não. A autora também não se acha a última coca-cola do deserto. Considera apenas que, o país não tem quadros suficientes para responder ao desenvolvimento actual e, se não fôr um português, há-de ser um brasileiro, sul africano, filipino, espanhol, etc, etc, etc.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Carta às garotas com viagem para Angola

Imaginem um país machista. Um país onde os homens têm a certeza que são bem sucedidos nas suas investidas. Parece-me que, aquando a entrada no país, para além do carimbo no passaporte, recebem uma espécie de “manual de sobrevivência masculina”. Manual esse que, nenhuma mulher conseguiu pôr a vista em cima, até ao momento. Creio que Angola tem uma espécie de “poção” da paixão que os leva a serem atrevidos e desinibidos. Mesmo, o mais tímido dos tímidos. Não é escolhida nacionalidade. Também não é escolhida idade. Comecemos pelo asiático. Homem com mais de 50 anos, de careca não assumida. Cantor de karaoke com talento especial para dedicar músicas sobretudo substituindo “Sweet Caroline” por “Sweet alvo a seduzir”. Politicamente correcto, a fugir para o tímido até. Mas, na hora de convidar para jantar, não está com meias medidas e o discurso é: vou-te buscar às 6h para irmos jantar. Solução? Agradecer o convite e declinar. Afinal, somos livres para escolher, certo? Ora, ora! Existe também o português que, por facilidade da língua, será o pior deles todos. Não escolhe cor nem nacionalidade. Idade, já é capaz de escolher mas, adiante. Ao fim de algum tempo, acho que nem as angolanas os aturam. Falo nas angolanas que os servem em restaurantes ou as que para eles trabalham. Não há paciência que resista e, até eu fico com vontade de entregar um “manual de sobrevivência femina” às garotas, para que possam responder aos atrevidos. Porém, nem só as angolanas são os alvos. A última tirada de um desconhecido, por sinal do Norte como eu, saiu mais ou menos assim: “n’um” há “dubida” que as mulheres do “Nuorte” “som” as mais bonitas, carago. “Bê-se” bem nesta mesa". Concluiu com um “o que eu gosto dessa raça”. Primeiro, fiquei a saber que tenho raça. Raça do Norte, parece. Segundo, percebi que este é o tipo de piropo que se adapta a qualquer local. Naquela mente existirá certamente a raça do Norte ou do Sul. A raça brasileira ou angolana. A raça de Benguela ou do Soyo. Solução? Fitar o guardanapo à nossa frente como se lá estivesse a passar o último episódio da nossa série de tv favorita. Finalizar com um “pois” e um sorriso. Existem também os tímidos. Aqueles tão tímidos que usam os nossos cartões profissionais para nos mandarem poemas e declarações com palavras como “inebriado” e “encantado”. São persistentes, mesmo após serem claramente ignorados e, não receberem qualquer e-mail de volta. Depois de serem convidados a desistir e a deixar de usar o e-mail profissional para fazer amizade com a tal garota que os deixa “inebriados” e “encantados” percebem a asneira que fizeram e assumem o erro. Envergonhados até. Caso tenham usado o seu nome verdadeiro, rezam para nunca serem apresentados à tal garota. Por fim, existem os angolanos. Manhosos com as angolanas mas mais comedidos com as estrangeiras. Os mais desinibidos podem mandar piropos como: ai se esta fosse a mãe dos meus filhos, deixava-a espancar-me até à morte. E ficava viúva e com os filhos orfãos, portanto. Há também os que dizem: ai branca, te quero. Ou ainda, se eu pudesse esta “mulhé” era minha. Podem também contar-nos a sua vida, após os primeiros cinco minutos de conversa, sem nada lhes ter sido perguntado. Dizem a profissão, para que possamos perceber que se trata de um homem trabalhador e com “posição”. Um bom partido, portanto. Desistem quando ignorados ou se dissermos que somos casadas.
Em qualquer um dos casos, podem rir-se caras amigas mas, sempre para "dentro". Nada como a descrição, a roçar a antipatia, para que os galanteadores indesejados desistam. Aos que não perceberem, um abraço e um queijo e um até loguinho vai fazê-los perceber. Concerteza.
Ah, mas tudo muda de figura se o galanteador vos interessar. Aí, acho que já não preciso dizer nada.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O dia em que Dorotéia conheceu o mar

Ela entrou para a família faz pouco tempo, mas já conquistou seu espaço no nosso coração. Teve um breve período no hospital, para um check-up (ela é velhinha, tadinha). Mas depois mostrou todo o seu vigor e prestou valorosos serviços na mudança para a casa definitiva.

Por isso, este fim de semana, Dorotéia ganhou uma folga e decidiu conhecer o mar.


O destino escolhido foi Cabo Ledo e para chegar até lá, Dorô teve de vencer alguns quilômetros de estrada.

O esforço, porém, foi recompensado. Vejam a cara de alegria da Dorô de frente para a praia.

Depois de um passeio na areia, uma pausa para um café e uma água água.


E Dorô ganhou a estrada novamente, porque afinal, tinha de voltar para Luanda.

No caminho, porém, ela arrumou tempo para assistir ao pôr-do-sol no Miradouro da Lua.

P.S. - Não façam troça dessa cicatriz na fronte, que mais lembra uma antena de rádio. A pobre Dorô é uma heroína, lutou a guerra. Daí veio essa marca da qual nunca se livrou, porque não tem dinheiro para ir ao Brasil fazer cirurgias plásticas.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Piada pronta

Lembram-se daquele senhor proteção que matou o camundongo? Sabem como ele se chama?

Bambi.

Eu sei, a palavra deve ter algum significado em alguma das línguas nacionais, aliás, se alguém souber, pode me esclarecer, ficarei feliz em saber.

Mas, desculpa lá, não resisti à piada pronta.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Para Rir...

Imagine-se um local de trabalho com muitas nacionalidades. Imagine-se que nem todos falam português e, nem todos falam inglês. Imagine-se que alguns nem saberão uma ou outra língua. Imagine-se tudo isto e, muita criatividade!

WC em Angola - Luanda, Cacimbo 2007