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16 janeiro 2012

Mais uma surpresa brasileira, o elegante Rastros do Pampa Premium Cabernet Sauvignon 2009


No ano passado experimentamos 2 espumantes da Estância Guatambu que gostamos bastante. Um extra-brut elaborado pelo método Champenoise (relembre) e um brut pelo método Charmat (relembre), sendo esse último uma grande surpresa. 

Os vinhedos da vinícola ficam na Campanha Gaúcha, quase divisa com o Uruguai e a produção é limitada. No caso desse Cabernet Sauvignon foram produzidas apenas 12.000 garrafas e abrimos a de nº 9.975. 

Na taça a coloração é rubi, com formação de muitas lágrimas. Bons aromas, frutos vermelhos e negros, ameixa, groselha e leve álcool quando a temperatura estava mais alta. 

Na boca o corpo é mediano, com bom equilíbrio já no primeiro gole. Taninos dóceis, finos, acidez presente e equilibrada. Álcool não esteve presente em boca. Final longo, com muita fruta, chocolate, madeira muito bem integrada. Boca levemente seca, vocação gastronômica. 

Um Cabernet Sauvignon "amigável", diríamos. É delicado, sem ser chato ou doce.  Tem menos taninos e acidez que os vinhos do Vale dos Vinhedos.

Evoluiu bastante durante a degustação e a última taça foi a melhor, (in)felizmente. Parece pronto para beber já, embora possa evoluir com a guarda.

Avaliação VPT = 87/100 pontos. 

Saúde a todos!





03 dezembro 2011

O cremoso Guatambu Poesia do Pampa Espumante Brut


Aqui em casa temos preferência pelos espumantes elaborados pelo método tradicional (Champenoise) e não escondemos isso nas postagens. Então, quando falamos que um espumante elaborado pelo método Charmat é muito bom, é porque ele rompeu até mesmo nossa preferência pessoal.

Esse Brut é produzido pela Estância Guatambu, na Campanha Gaúcha e custa em torno dos R$ 43. Foi um presente do amigo Marlan Logan, que também havia nos dado o Extra Brut já comentado aqui (relembre).

Esse brut é feito a partir de um vinho base de Chardonnay (80%) e Sauvignon Blanc (20%) da safra 2011. Foram produzidas apenas 8.200 garrafas e abrimos a de nº 3.626.

É um espumante de coloração amarelo palha. Quando servido demonstrou o visual típico dos espumantes de grande qualidade: perlage intensa, bolhas finas, constantes e ótima formação de espuma. Os aromas tem boa intensidade, frutos brancos, discreto floral e lembrança tímida da fermentação, prometendo leveza e frescor.

Na boca realmente é leve, tem boa acidez e é refrescante. Mas a surpresa ficou por conta de sua grande cremosidade. Muita fruta presente e nenhum amargor. Final de boa persistência.

Não foi elaborado para ser um espumante de grande complexidade, até por conta do tempo de autólise (4 meses), mas é corretíssimo e equilibrado, com características muito agradáveis, especialmente o frescor, delicadeza dos aromas e sua cremosidade em boca, seu ponto alto. 

Como ainda é um produto novo, de uma vinícola nova, considero-o um achado.

Compre e, se não gostar, me envie as garrafas restantes que as aceitarei humildemente.

Saúde a todos!





16 novembro 2011

O quase uruguaio Guatambu Espumante Extra Brut 2010


Conhecemos os produtos da Estância Guatambu em Ribeirão Preto, no Encontro de Vinhos do ano passado. Na ocasião foram muitas provas durante o dia todo e não tivemos como prestar muita atenção nos vinhos deles, mas de lá pra cá ouvimos coisas boas a respeito desse espumante.

Esse nós ganhamos do amigo Marlan Logan, mas fiquei sabendo pela Fabiana Gonçalves (blog Escrivinhos) que no Recife é encontrado a R$ 53. Uma boa compra, sem dúvida.

É elaborado em Dom Pedrito-RS, na região da Campanha, quase divisa com o Uruguai. O enólogo também é uruguaio, Alejandro Cardozo. Então, esse 100% Chardonnay, elaborado pelo método tradicional, com autólise de leveduras por 10 meses é "quase uruguaio", mas reforça o time do (ainda) melhor produto da vitivinicultura brasileira, os espumantes.

Foi bebido em casa, no dia 9 de novembro, quando a Érika fez alguns pratos para harmonizar com vinhos brasileiros. No visual impressionou logo quando servido. Espumante "nervoso", como gostam de falar os enófilos, perlage intensa, bolhas finas e numerosas, com boa formação de espuma. Mesmo depois de alguns minutos na taça, a intensidade se manteve.

Na cor é amarelo palha, denunciando um produto mais leve, sem a oxidação que lhe daria mais peso. Aromas em boa intensidade, frutos brancos e traços da fermentação em boa harmonia, sem que uma característica se sobreponha à outra. Na boca o equilíbrio se confirma, bom frescor dado pela acidez marcante, fruta delicada e discreta lembrança de fermento e casca de pão. Boa cremosidade. Final de médio a longo, repetindo boca e aparecendo algumas notas minerais.

É um espumante Extra Brut, o que significa que seu teor de açúcar não pode ultrapassar 6 gramas por litro. Seco, sem ser agressivo ao paladar dos que preferem os Brut com açúcar residual mais elevado.

Foram produzidas apenas 3.200 garrafas. Abri a de nº 1.812.

Harmonizou-se bem com uma entrada feita pela Érika. A receita vem daqui há pouco aqui no blog.   

Saúde a todos!